sexta-feira, 23 de março de 2018

Retalhos na carne





O encontro de nossos corpos,
Provocam intensas faíscas.
Em desejos desmedidos,
De formas geométricas.
Pela pele escorrendo o prazer,
Enchendo de luxúria os copos.

Com precisão a tua mão firme,
Percorre cada centímetro...
De meu perímetro.
Disparando a excitação, o alarme,
Totalmente uniforme...
Só quero que usufrua do meu charme.

Bata-me!
Xingue-me!
Necessito de teus açoites...
Retalhando a carne,
Todos os dias...
De modo perene,
Com primícias.
O perfume de sangue...
Inebriando o ambiente,
Indelével...
Não há nada que apazigue.
Imprescindível.

A miscelânea voraz dos instintos,
Incendiando os momentos.
De lascívia e insanidade,
Preenchendo a lacuna, cada fase.
Em devaneios que entorpecem os sentidos,
Estocando-me com raiva, ferocidade.
Embriaga-nos na languidez de movimentos,
Expandindo-se em êxtase.

Quando se fundem os fluídos,
Nuances corpóreos, sempre bem vindos.
No transe que alimenta a essência,
Rasgando as pregas anais.
Acelerando os batimentos cardíacos,
A junção do desejo carnal, poético.
Seguimos neste embate até a exaustão,
Mas a libido permanece em toda a existência.
O fogo de caieira acesso, provocação,
No ímpeto de querer sempre mais.

sábado, 17 de março de 2018

Transe profundo




Não sei o que de fato acontece...

Mas isso, não vem ao caso, no momento.

É uma quentura que aquece o corpo...

A libido ativa as pupilas...

Despertando o olfato de um modo diferente.

São dedos...

São mãos...

Que bailando vão sobre a minha pele branca, despertando ainda mais a luxúria de minha essência.

Assim sou em tua presença, sobre o domínio de quatro paredes.

Não há sensatez para os nossos momentos.

Tudo a nós dois é permitido, com a única regra benevolente que seja gozarmos no início, meio e fim!

No cardápio vamos da entrada ao prato principal, de maneira crescente ou aleatória.
A vontade do sexo anal vem incontida...

Com dedos quase me perfurando por completa...

Refestelando-me vou a desaguar incessantemente...

A tua boca sorvendo o liquido que sai de minhas entranhas.

Gulosa...

Feiticeira...

Peço mais e mais.

O teu pedaço de carne teso e babado...

Penetra com força a boceta, porém, não é neste buraco que eu o desejo, aproveita-se da minha lubrificação natural.

A minha posição, deitada sobre a cama, com as pernas escancaradas e de frente para você, não me deixa perder nenhum instante sequer.

Sem alguma cerimônia, invade-me de uma só vez por trás, analisando as minhas paredes anais.

Os dois atados...

Animais no cio.

Digladiando-nos em uma luta corporal, sem a menor intenção em saber quem será o vencedor.

Movimentos rotativos com os meus quadris...

Ensaio uma dança tribal de pura sedução.

Os teus dedos intercalando em meus clitóris...

Olhos nos olhos...

Transe profundo.

Os meus seios apertando.

Xingamentos e palavras desconexos e sem sentido, ecoavam de meus lábios se misturando ao som do heavy metal que se transmutava pelo quarto.

Tudo transcendia...

Uma junção de corpos...

De carnes que se fundem...

Compartilhamos de uma mesma liturgia.

Primícias...

Sabores...

Delícias...

Licores...

Até que o gozo se faça derramar.

Na expansão de todos os sentidos,

Atingindo o âmago.

Na pele tatuando cada impressão.

Assim é o nosso enlace carnal...

Ligado nos 220 volts, avassalador.

Rasgando as pregas,

Fazendo impregnar o ardor.

Totalmente livre, sem regras.



Fome



Nada limita o desejo,
Na inquietude do lampejo.
Que formenta a fome,
Na insanidade que consome.

A carne pede... Clama...
Sob os lençóis, ou fora da cama.
Na imparcialidade, verdade crua,
A essência da alma nua.

Quero tudo contigo,
Com letras grandes e garrafais.
Prontamente correr perigo,
Desfrutar de todos os gemidos e ais.

quarta-feira, 7 de março de 2018

Indelével


As suas marcas ainda estão espalhadas em meu corpo.
Como hematomas...
Feito tatuagens...
Em sensações impregnadas na pele.
A cada instante revivendo estas reações...
Transformando os meus dias.
Há algo pairando no ar...
E transformando a essência de meu ser,
Tornando-se indelével.
A desabrochar o tesão em forma de flor...
Contigo tudo se torna impactante.
A forma como me reverência...
Os lampejos na carne que me provocar...
O teu anseio também é o meu!
Aos toques...
Aos tapas que marcam o desejo inebriado todos os sentidos.
A alma embriagando na inquietude que resplandece.
Gota a gota se derramando sobre mim.
Na miscelânea.
Em suores...
Em salivas...
Em gozos...
Pois é somente assim que fico bem.
Indelével...
Na inconstância de desejos,
Que movem a terra e exultam aos céus.
No entreter da fome insaciável que a todo instante implora por mais!
Por:Fabby Lima.

sábado, 3 de março de 2018