Desde
que me entendo por gente... Por pessoa... Sempre busco o melhor para crescer e
evoluir.
Desta
forma procuro ajudar as pessoas e principalmente aos meus familiares.
Por
este motivo, decidi que continuaria os estudos em uma cidade grande e com mais
recursos, mesmo enfrentando um monte de obstáculos e inúmeras dificuldades.
...
Certo
dia, para espairecer um pouco a cabeça e me desligar da rotina da faculdade,
fui passear no shopping do bairro. Nestes dias de calor, nada melhor do que
aproveitar o ar condicionado em que nada vai acrescentar um centavo na sua
conta de energia.
E
foi nesta ocasião que tudo se deu...
...
Ao
caminhar distraída, apenas me concentrando nas vitrines, esbarrei no ombro de
um lindo rapaz que, logo me pediu desculpas. Porém, sei que a responsável por
aquele momento fui eu. E sem ao menos percebermos engrenamos em uma conversa. Ao
nos dar conta, apresentações foram feitas, resolvemos tomar sorvete e
continuamos uma conversa formal, mas com nuances de interesse no ar.
Havia
algo nele que mexia comigo... Um olhar negro, profundo e encantador. E Fábio
percebia. Mais quanto natural demonstrava ser... Mais me excitava!
Para
não perdemos mais contato, trocamos os números de nossos telefones, ele
enfatizando que, às vezes, passava um período fora por conta de suas
responsabilidades com o trabalho. Por isso, que o celular particular permanecia
geralmente desligado. E, neste caso, era somente deixar recado na caixa postal.
Compreendi-o perfeitamente, mas não me veio a ideia de perguntar o que fazia
para se manter, e ele emendou que na próxima semana já viajaria.
Depois
desse inesperado encontro, continuamos a nos falar pelo celular e trocas de mensagens
Encontramo-nos
no final da tarde de sábado... Sendo inevitável o clima não aquecer.
Desde
o primeiro encontro havia uma tensão sexual entre nossos corpos... A sua pele
ruborizada não deixava disfarçar.
Ao
deixarmos o local, já no táxi, ele indicou o hotel em que se hospedara. Só
estranhei o fato de não entrarmos pela porta principal. Mas tudo bem!
Ao
adentrarmos em seu quarto, percebi que era simples, mas bem aconchegante e de
muito bom gosto. Com um ar de mistério não revelando em quase nada a sua
personalidade e nem de fato o que exercia.
Atencioso,
soube muito bem preparar o ambiente, servindo-nos taças de vinho. Como não sou
acostumada a beber, logo fui ficando tonta.
As
nossas bocas enfim se tocaram, explodindo uma volúpia em nossos corpos,
arrancando as roupas, deixando-as espalhadas por toda a parte.
A
sua língua percorria a extensão de meu corpo, até alcançar o sexo quente e
pulsante.
Fábio
derramou um pouco de vinho ali... Gelado... Que o sorveu como se fora o melhor
elixir de sua vida. O contraste entre o frio e o quente me causou uma sensação
de entorpecimento.
Aquilo
de fato estaria mesmo acontecendo? Ou
seria a criação de minha mente pervertida?
O
seu pequeno pedaço de carne teso, percorrendo toda a extensão de meu corpo até
alcançar o território tão almejado.
A
sensação de seu toque era indescritível... A maneira como o fazia excitava-me
ainda mais. E a proporção de seu corpo seguia de forma natural e crescente.
Assim como a lascívia em nossa essência.
Desde
o nosso primeiro e casual encontro, os nossos corpos se acenaram... Deram os
seus sinais, almejando se entregar a luxúria. E exatamente era o que acontecia.
Os
meus quadris seguiam no ritmo de sua língua... O meu pequeno buraco piscava,
também na ânsia de ser invadido, e o direcionei para que o fizesse. Quando me
atendeu, senti um frenesi percorrendo o meu âmago, forçando o meu corpo de
encontro a sua mão, rebolando... Reagíamos a toda provocação. Porém, ansiávamos
por mais!
E
quase gozando, coloquei-me de quatro bem provocativa, piscando o meu anel para
que ele compreendesse sem palavras o que tanto desejava. Naquele momento só
enxergava o cacete reluzente em minha direção e apontando para a minha entrada.
Mas este deslizou e foi parar bem no centro das entranhas molhada. No início eu
o deixei para que me sentisse e, com jeito fui introduzindo o dedo anelar...
Quase falando um palavrão... Ao liberá-lo peguei no cacete e o introduzi na
entrada tão desejada.
Senti-o
estremecer!
As
suas estocadas me invadiam firmes e precisas.
Os
gemidos de ambos ecoavam pelo quarto... Havia momentos em que mordia o
travesseiro para não gritar de tão intenso.
Eu
me tocava...
Ele
me tocava...
Preenchia
a minha frente com os seus dedos.
Corpos
suados...
Cabelos
desgrenhados e grudados na pele.
Um
mar revolto em nossa essência e, isso nos instigava ainda mais.
Não
suportando a pressão e o domínio que ele possuía... Deixei-me expandir... Entre
gritos e xingamentos gozei!
Há uma
semana aguardando por este momento, passada a sensação do clímax, continuei
rebolando com ele encaixado... Desejando sorver todo o leite que ali continha.
Não demorou
para que sentisse as suas veias se dilatarem em meu canal exsudando com o leite
que alimenta a vaidade de qualquer mulher.
Por
alguns instantes, parecia que ele não estava em si, não acreditando no que
acabara de acontecer, observando o resquício de seu fluído se misturando ao
meu... Uma miscelânea de desejos impregnados na alma.
Este
foi apenas um aperitivo para a nossa noite repleta de voluptuosidade.
...
Pela
manhã, pude observar um pequeno terço sobre a sua cabeceira. No início fiquei
surpresa, como não havíamos falado sobre religiões, talvez ele fosse católico. Tudo bem. O que importa era que Fábio estava
sendo um refrigério em minha tumultuada vida acadêmica.
...
Pela
manhã, ele pediu o nosso desjejum no quarto, e não poderia acontecer se não no
mínimo prazeroso. Ele sabia exatamente como me excitar!
...
Naquela
mesma noite viajou, já que na manhã seguinte teria compromissos. O nosso frisson era tamanho que nem perguntei
para onde iria e também não queria parecer inconveniente.
...
Já
na manhã seguinte, na sala de aula, lembrei de Fábio, dizendo que a noite me
ligaria. Confesso que estava ansiosa!
No
decorrer do dia, procurei não pensar nele, por vezes, até consegui, mas era
inevitável.
...
À
noite, em casa, quando o telefone tocou, sai correndo para atender. Mas ao
pegar o aparelho, vi que era ligação de minha cidade. Ao atender era uma tia,
dizendo que um dos meus irmãos sofrera um acidente de moto e, que eu fosse para
casa o mais rápido possível se quisesse ainda vê-lo com vida.
Com
medo de alguma notícia inesperada, desliguei o telefone.
Na
manhã seguinte, com a ajuda de amigos já estava dentro de um avião voando para
a minha doce Minas Gerais.
Não
passei nem em casa, fui direto para o hospital.
Como
e uma cidade pequena, o clima era de consternação, o meu irmão em estado de
coma.
- Por
que aquilo estava acontecendo?– Indaguei-me.
A
minha mãe me disse que no começo da noite haveria uma missa na intenção da
melhora de meu irmão... No fundo achava aquilo uma bobagem. Mas era um pedido
dela.
...
Quando
cheguei à igreja, um pouco atrasada não olhei bem para o altar. Todos estavam
de cabeça abaixada. Os meus pensamentos divagavam... Lembranças de quando
corria feito um moleque descalço pelas estreitas ruas... Lágrimas molharam o
meu rosto.
De
soslaio percebi que todos se levantaram... Procurei a minha família e notei que
meus pais e outros irmãos estavam no primeiro banco. E eu preferi ficar no
último, bem em um cantinho, aonde ninguém pudesse perceber as minhas lágrimas.
Porem, uma voz me chamou a atenção e quando olhei para o altar não pude
acreditar em quem conduzia o rito da missa, trajado de uma impecável batina.
Ao
tentar falar o seu nome, a minha voz não saiu... E ele me olhava fixamente:
Fábio.
Ao
procurar disfarçar, sai sorrateiramente da igreja e fui me sentar no banco da
praça apreciando a brincadeira das crianças.
Ao
final da missa, familiares vieram ao meu encontro, no entanto, disse que
precisava ficar mais um tempo sozinha.
Quando
finalmente todo aquele burburinho teve fim, Fábio veio ao meu encontro... Uma
coisa em meu íntimo me avisava que viria... Logo me pedindo desculpas e dizendo
que não se perdoava por não ter me revelado nada.
-
Você é o mesmo homem que conheci em outra cidade! - Eu lhe falei.
Por
um impulso me aproximei mais dele, no entanto, afastou-se!
Ele
quis saber o que me levou até ali e, expliquei-lhe que tudo fora apenas uma
mera coincidência... O que me fez voltar tão inesperadamente...
-
Como este mundo é pequeno! – Ele comentou.
Porém,
em público não poderíamos demonstrar nenhum grau de intimidade.
- Eu
queria poder te abraçar agora! Mas não posso! –Ele me disse de modo tão
sofrido.
- Eu
precisava tanto... – Eu lhe falei abaixando o olhar.
-
Conheço um momento que podemos ficar sozinhos! – Ele sugeriu.
-
Qual? - Eu lhe perguntei curiosa.
-
Venha se confessar! Estarei lhe aguardando amanhã às oito horas da manhã. – Ele continuou.
-
Tudo bem! –Eu concordei.
-
Vou lhe aguardar então. –Ele confirmou.
-
Preciso ir! Ainda não fui em casa. Primeiro passarei no hospital e depois
tentarei descansar. – Eu me despedi.
...
Tudo
parecia uma tempestade na minha cabeça.
Quem
em sã consciência, no Rio de Janeiro, poderia imaginar o Fábio padre? E aquele
acidente inesperado com o meu irmão de apenas dezoito anos de idade?
Tudo
era demais... E a última coisa que queria era um escândalo na pacata cidade.
O
pouco que dormi, acordei com o galo cantando, sentindo um enjoo e lembrei que
não havia me alimentado direito no dia anterior.
No horário
em que o Fábio marcara, cheguei meia hora atrasada para não demonstrar a minha
ansiedade. E pela sua feição, talvez ele pensasse que eu não apareceria.
Ele
me explicou que a confissão costuma ser dentro da igreja, mas devido à ocasião,
ele comunicou a secretária que achou por bem ser em uma sala fechada.
- Danadinho
ele! Bem que ele mereceria um Oscar pela atuação! - Eu pensei.
Já
quanto a mim, o meu rosto estava inchado de tanto chorar. Não precisaria de um
mínimo de esforço.
Fábio
com toda cerimônia, abriu a porta para que pudesse entrar em sua frente, ao
passar e fechá-la. Não precisávamos de máscaras, apenas falar baixo para que
ninguém pudesse ouvir.
- Eu
sei pelo o que está passando. Se não bastasse a situação do seu irmão... E
agora me vendo como quem na verdade sou...
Eu o
ouvia com a cabeça abaixada.
-
Mas tudo o que vivemos é real... Na noite que disse que te ligaria, eu te
liguei inúmeras vezes e nada do telefone esta ligado. Somente quando a vi
participando da missa que eu pude compreender que você era a irmã que estaria
para chegar de outra cidade. Perdoe-me! – Ele continuou.
-
Não tenho nada para perdoar... É a sua vida! O que escolheu para si. Não posso
continuar aqui por muito tempo. No máximo até o próximo domingo pela manhã. –
Eu o comuniquei.
- Eu
sei que tens as suas responsabilidades.
– Ele me falou se aproximando e me tocando no rosto.
Foi
o estopim para que novamente pudesse explodir todo o nosso tesão, não
importando o lugar no qual nos encontrávamos.
Fábio
me pegou e colocando-me sobre a mesa e sem se indagar, invadiu a boca,
ofertando-me a sua língua que se enroscava com a minha.
Por
ora, as minhas mãos penetraram pelo tecido que cobria o seu corpo, abrindo o zíper
e colocando- o para fora.
Livrei-me
de seu beijo ofegante, ajoelhando-me e oferecendo a minha reza em forma de
deliciosas sorvidas em seu membro teso de minha boca, mas com cuidado para não
fazer nenhum tipo de barulho. Como não sou boba nem nada, ele me virou de
costas, levantando a saia comprida e grossa do vestido, revelando que estava
sem minha peça intima inferior, já no ponto de ser servida para o gostoso
pároco.
Ele
se arremetia de encontro ao meu corpo...
Não
dava para me conter com todo o furor sexual que nos envolvia, independente de
sua vocação, comigo estava o homem Fábio, devorando-me por completo, feito uma
puta.
A
sensação do perigo...
A
adrenalina fazia com que agíssemos sem pensar, apenas procurando conter os
ruídos que pudéssemos fazer, mas encaixes funcionavam perfeitamente. Até que
mordendo o dorso de minha mão, gozei arremetendo o meu corpo de encontro ao seu
cacete.
E no
auge desse frisson, Fabio se deixou levar pelas contrações de meu sexo no seu.
-
Que loucura deliciosa! – Eu lhe disse baixinho.
-
Você quem me deixa completamente louco! – Ele comentou.
Rapidamente
nos recompomos, tentando nos prometer que ali por diante nos comportaríamos
enquanto estivéssemos naquela cidade. E que quando eu retornasse ao Rio de
Janeiro, com certeza saberia e, daria um jeito de me ligar.
...
Nos
próximos dias, o meu irmão continuou sem nenhum tipo de reversão em seu quadro
clínico.
Na
manhã de domingo, como previsto retornei, não tinha nada para fazer, era
somente acreditar em um milagre.
À
noite, como prometido Fabio me ligou e, conversamos como se nada diferente
houvesse acontecido.
Até
que, às vezes, tentava imaginar a reação das beatas com aquele homem lindo
celebrando a missa.
...
Para
a minha surpresa, na terça-feira, o telefone tocou, era ele me dizendo que
havia um taxi na porta de casa me aguardando. E ao verificar era ele, que havia
vindo de surpresa para me levar onde estaria hospedado.
O
abraço de dias atrás, então foi dado e muito sentido... Como se ali juntasse
todos os meus pedaços.
E
finalmente Fábio me mostrou o que realmente desejava: Uma vida dupla... Ou será
dividida entre a sua vocação e uma vida carnal ao meu lado.
Por
que se arriscaria a tanto?
Só o
tempo iria me dizer...