domingo, 1 de outubro de 2023

Desdobramento Maya

 


Inacreditável o poder que desconhecemos possuir, e que de um momento para o outro ele se realiza – Um milagre, recriando outra realidade na ilusão ao qual somos submetidos.

O espaço-tempo é tão transitório.

Quais fitas de DNA foram apagadas de nosso organismo?

O ser humano não reconhece a força que tem, por isso, impregnam essa síndrome de sermos pequenos diante dos que detém o cetro da Terra.

No entanto,  ninguém consegue determinar a força da natureza.  O homem pode até destrui-la, mas sempre encontrará uma maneira de se regenerar.

Enquanto,  a nós vivemos obcecados pela tecnologia, pelo ego e pela ostentação, vestindo-nos de várias camadas em um jogo de falsidade com o único de nos darmos bem.

Os dados estão viciados,  com velhas cartas manchadas de sangue. No entanto,  somente os escolhidos serão capazes de vencer esta batalha. Os que possuem a alma imaculada.

Não posso dizer que serei uma delas, porque aqui dentro há uma luta constante  entre a luz e as sombras em distintos espaço de tempo.

O meu corpo é apenas um instrumento,  e ele possui vontade própria que ressoa em meu espírito.

Na verdade, não sei o que acontece... É como se me abduzisse, e me levasse para outra dimensão.

***

Por esses caminhos vago –

Todas as noites saindo, conhecendo pessoas e visitando lugares distantes.

Sempre há alguém com quem se deseja desfrutar de sua gentil companhia.

Como desejar alguém tão inatingível pelas circunstâncias, a quilômetros de distância?

Há uma linha tênue de conexão, onde não pode ser visualizada, porém,  sentida em completa sinestesia, com cores e sabores.

Através da realidade paralela – Viajei!

Sabia que estaria a minha espera.

***

O dia estava ensolarado –

O vento batendo em meus cabelos.

Enquanto, caminhava sentia o calor de sua presença, a sua alma me atraía feito um imã com a essência do coração. Direcionando-nos, sentindo e compartilhando as nossas energias. 

Os meus pés descalços tocando lentamente o chão, a quentura morna da areia em completa perfeição. 

Não havia resquício de medo, o amor refletia na aura. Nada e ninguém poderia estragar aquele momento de felicidade.

De longe o avistei, de costas, sentado em uma das pedras, observando o mar e pressentindo a minha presença.  Um leve sorriso estampava o seu rosto.

De repente, como poderíamos estar no mesmo lugar, em uma linda praia?

Há coisas que somente o sobrenatural pode nos responder.

Tudo o que mais precisávamos estava ali:

Zhyan e a possibilidade de surpresas.

Notas musicais ecoavam em minha mente contagiando a ambiência.

Os meus passos cessei por alguns segundos, olhando em sua direção.

O meu olhar emitindo energia, chamando-o mentalmente,  fez com que girasse a cabeça em minha direção, retribuindo o olhar, revelando a satisfação do encontro.

- Sabia que você viria. Não me pergunte como. Mas tinha essa convicção! – Ele me falou ao me aproximar.

- Também não me pergunte como cheguei aqui. De uma maneira ou de outra aconteceria. – Eu lhe respondi.

Os nossos  braços se envolveram  desejando o toque. O resvalar de nossas peles na sincronicidade, revelavam algo a mais do que propriamente aconteceria.

Ainda sem compreensão,  parecia tão surreal, mas estávamos prontos, unidos por uma força magnética, puxando um em direção ao outro.

A natureza como pano de fundo para o (re)encontro de almas. Porque possuímos tantos gostos em comum, sem nenhuma explicação ou querendo se mostrar. A única intenção é nos darmos bem, com o intuito da interação positiva, pela paz que emana livremente pelo acatar da terceira dimensão.

Com Zhyan não há nada forçado, tudo acontece naturalmente,  ou precisar me policiar para que não pareça exagerado.

Como não vivenciar este sentimento que nos reanima a seguir em frente sem pensarmos em uma rota de colisão.

Após um longo abraço,  revitalizando-nos, Zhyan  me segurando pela mão,  levou-me  para sentir a vibração da água sob os meus pés. Ele lia cada linha dos meus pensamentos,  como se fosse o que desejasse. Ao mesmo tempo em que transparecia estranho, era tão mágico,  como se tivesse me tele-transportado para encontra-lo. E assim,  como Zhyan gostaria de aproveitar cada instante, entre risadas e experiências, a sinestesia implacável.

Por algum tempo,  sentado lado a lado sobre a mesma pedra, contemplávamos todo a beleza que se irradiava ao nosso redor. Por vezes, em silêncio as palavras não se faziam necessárias, repetíamos um mesmo mantra no íntimo do chacra do coração. O amor emanava um brilho incandescente visível em nosso olhar, o que tornava tudo muito intenso.

Tudo e um pouco mais vibrava freneticamente entrando em sintonia com os nossos corpos.

De repente,  sentimo-nos sugados por uma força sobrenatural e resplandecente, abduzindo-nos para outro lugar, onde se fazia noite, de presente um céu iluminado  onde podíamos apreciar vários planetas, servindo de testemunhas oculares para especial momento.

Sobre a areia algumas mantas e almofadas,  ao redor os vaga-lumes bailavam em um compasso eletrizante, iluminando-nos com a alegria. Olhávamos sem acreditar, sentindo a paz que transformava o silêncio  em notas musicais.

- Como pode ser? Estávamos em outro lugar, embora se pareça como o mesmo, torna-se outro, completamente diferente. – Zhyan me perguntou sem acreditar.

- O sobrenatural não se explica. Apenas se sente e o contempla! – Eu lhe respondi.

- Tens razão! Ainda tenho muito o quê aprender.  – Zhyan concluiu.

- Todos nós! Mas para isso ocorrer, precisamos refletir com a alma, pois nem sempre os pensamentos são perspicazes. – Eu refleti.

Zhyan não disse mais nada, ajeitou o meu cabelo por detrás da orelha e me beijou no rosto.

A sua ação foi a deixa para que o amor transbordasse de vez, e nos olhando fixamente,  rendemo-nos aos sentimentos que tanto nos atraía.

Com um beijo afetuoso, foi me direcionando para baixo. De joelhos desfizemos de nossas roupas, espalhando-as pelo chão, sem pensarmos em mais nada.

As carícias sobre as nossas dermes, tornavam-se intensas demarcando cada parte, revigorando-nos pelo tesão, que transcendia em nossas auras.

Zhyan por sua vez, projetava o seu corpo sobre o meu -

Sentia-o firme, forte e febril.

Ao mesmo tempo de uma intensidade,  também com cenas em câmera lenta, registrando na lembrança  cada detalhe por mínimo que fosse.

Não era necessário entoar palavras, os nossos corpos reagiam a cada toque e trocas de olhares performando a vontade de estarmos juntos.

A sua boca quente deslizava por meus seios intumescidos, por ora a língua em meus mamilos, fazendo-me contorcer pela lascívia, demonstrando a total entrega. Ele foi descendo, e quando atingiu a parte mais sensível, precisei me controlar para não me render ao êxtase,  pois merecíamos muito mais. Por mim, viveria presa naquele instante.

Degustada por seus lábios quente, sentindo-me a fruta mais desejada –

Língua e dedos me proporcionavam o prazer,  no ensejo de ser invadida.

Como se lesse os meus pensamentos –

Zhyan se colocou de joelhos, abrindo as minhas pernas, aproximando-se,  batendo com o pau na boceta, deslizando-os entre os lábios vaginais, preencheu-me de uma só vez, o que me fez soltar um grito, não de dor, mas sim de prazer com um sorriso estampado no rosto, fortalecendo a conexão.

Sinuosamente bailava em minhas entranhas, obtendo e dando a satisfação necessária que tanto buscávamos.

Em movimentos precisos,  complementava-nos, interagindo na igual proporção – A natureza em sintonia com os desejos que emanavam dessa conjunção carnal ou astral?

Usufruíamos da demanda que os nossos corpos desejavam com tanto afinco, aproveitando os segundos completa e preenchida.

E saindo rapidamente do meu corpo, ele se deitou por detrás, preenchendo-me novamente.

Abraçava-me por trás  -

Apalpava os meus seios, como se os colhesse, sussurrando em meus ouvidos, fazendo-me gemer em redenção completa.

Os quadris rebolando –

Desenhando círculos no ar –

Enlouquecendo em libido.

E o que ansiávamos encontrar em uma mesma vertente, universo paralelo, o antídoto para afugentar a escassez, porque transbordávamos de vontade. E totalmente,  o que nos fez ser diferentes diante da realidade que nos cerca.

Observando-nos do alto, nada mais poderoso do que possuir a oportunidade de compactuar de um sentimento tão genuíno, ao mesmo modo experenciando aquele turbilhão  de sensações que Zhyan me proporcionava.

Em dado momento,  as ondas nos alcançaram batendo em nossos pés nos reconectando com a energia da natureza que se alinhava com a nossa.

A cada instante que aumentava o ritmo de seus açoites sobre o meu corpo, alimentava não somente o seu como também o meu prazer.

Com o entusiasmo perdemos a noção do tempo-espaço –

E em perfeita sincronicidade, os nossos corpos alcançaram uma expansão transcendental, doce miscelânea de fluídos  que nos saciavam naquele instante, estremecendo a carne e fazendo o espírito mais leve.

Ainda penetrado,  Zhyan me abraçava por detrás tão apertado, como quem desejasse perpetuar o instante para sempre em sua memória. O que me fez sentir livre e feliz ao mesmo tempo, por sua energia corporal, a recíproca era a mesma. E dessa maneira, permanecemos abraçados, contemplando a natureza que se fazia presente ao redor.

Entretanto,  virei-me para o seu lado, a fim, de enaltecer  a aura de satisfação.

Os seu olhar esverdeado se confundia com o mar, e outra vez mergulhei não para me afogar, e sim, transmutar toda a energia que transmutação de meu ser.

Zhyan traduzindo em expressões corporais, jogou-se em minha boca, vasculhando em cada canto com a língua em riste, frenético, como se ansiasse por aquele momento mais do que eu.

As respirações de ambos estavam ofegantes, caminhando em direção ao mesmo intuito, de compartilhar sensações espontâneas.

Ao nos levantarmos,  o seu corpo roçando no meu, acariciei-o sentindo a leveza com um toque sutil o massageando, quando percebi um pequeno gotejamento, enfim, uma lágrima de felicidade.

Ajoelhando-me –

Contemplando o membro rosado sem indagar, assim sendo a minha maneira de saboreá-lo, de tê-lo entre os meus lábios.

A cada nova investida de sucção Zhyan emitia um sussurro de prazer, o que me acendia, tornava-me fogo de caieira.

O seu fluído se misturava a saliva –

Massageava-o com a ponta dos dedos –

Com a língua ágil  em uma performance eletrizante.

Por vezes, tocava-me mesclando os sons de êxtase por compartilhar de reverberante momento.

Estávamos em um transe hipnótico, de repente,  segurando os meus cabelos na altura da nuca, ele me direcionou para as pedras localizadas próximo de onde nos encontrávamos, colocando-me de costas para ele – Afastando as minhas pernas, penetrou três dedos de uma só vez, fazendo movimentos circulares me excitando mais de um jeito.

- Foda-me! – Eu lhe pedia.

- Nada melhor do que desfrutar do seu lado mais sapeca! – Ele me falou.

Após me dito isso,  Zhyan me penetrou, fazendo-me sentir todos os seus centímetros me preenchendo, o nosso deleite.

Nessa altura do tesão, tocava-me vivenciando as reações que me provocava  e o sabor da maresia.

Zhyan me fustigava –

Açoitava-me com desejo e precisão.

Sentia-o de corpo e alma –

Realizando uma vontade há  muito tempo sonhada.

Estávamos sendo presenteados por uma força infinita e não queria perder nenhum segundo dessa experiência, mesmo não tendo dimensão para saber o que de fato estava acontecendo. Éramos somente nós dois e a natureza como testemunha de um enlace perfeito.

A vibração das investidas eram nítidas tão tempestuosas quanto a maré cheia.

Apoiando em uma das rochas, intercalávamos os amassos em meus seios  para não me machucar com o atrito nas pedras, havia sintonia.

Por alguns momentos,  cessava os movimentos para não gozar muito rápido  e acabar com a nossa festa particular. Os nossos corpos já emitiam os seus sinais:  O sexo molhado, a carne inchada. Por fim, não suportando a ansiedade,  deixei-me expandir, libertando um grito da garganta,  quando o senti pulsar em minhas entranhas,  jorrando todo o arsenal de leite, escorrendo por minhas pernas trêmulas.

E refeito de seu orgasmo, Zhyan me abraçou,  apoiando-me para evitar que caísse,  recostando-nos sobre a formação rochosa.

Não acreditávamos no que acabara de acontecer, voltando a razão,  sorrindo um para o outro, puxei-o em direção para a água, onde mergulhávamos para recompor  e equalizar as energias.

Um bom tempo permanecemos no mar, com a água salgada nos revigorando-nos,  sentindo-nos acalentados pela natureza.

Ao sairmos ficamos de frente, contemplando todo o seu esplendor, de mãos dadas.

As estrelas enfeitando o céu, admirando as ondas quebrando, e sem percebermos caímos no sono.

***

No entanto,  ao acordar tive uma grata surpresa:

Não estava na praia com o Zhyan,  e sim, em meu quarto, sobre a minha cama com o dia amanhecendo.

Inúmeras sensações reverberavam em minha essência, o cheiro da maresia em minha pele, e as lembranças foram brotando em meus pensamentos.

- Como isso é possível? – Fiz-me essa pergunta.

O mar –

O som –

A natureza –

Principalmente,  Zhyan.

Como poderia ser possível um sonho tão real, está em outro Estado,  à quilômetros de distância. E trazer não somente o aroma, como também as sensações, o sabor de seus fluídos corporais.

Não vou negar que foi uma experiência sobrenatural.

Em meu coração resta uma questão:

- Zhyan,  será que o reencontrarei?


Transvestir/Cumplicidade mútua (Fetiches - Libertinagens Afrodisíacas)

 

6.     Transvestir

 

Quando o corpo ou a essência desperta o desejo para a transformação, a alma grita por liberdade.

Mesmo o que aparenta ser, não é o que realmente seja.

Há uma infinidade de indivíduos no mundo, nem que sejam gêmeos, trigêmeos, quadrigêmeos ou mais iguais. Nunca nenhum destes será idêntico ao outro, porque as suas personalidades os diferem, tornando-os únicos.

O ser humano tem direito a sua individualidade sexual, mesmo que para exercer tal papel, tenha que se transvestir de seu gênero oposto. Já que este é independente do sexo.

Transvestir-se...

Transmutar-se...

Buscar a sua realização na metamorfose humana –

Sem direito à hipocrisia, racismo e julgamento.

O importante é ser feliz...

Que sejamos a luz em um mundo que está tão cinzento.

 

Cumplicidade mútua

 

Não sei se foi devido à minha criação e formação...

Os meus pais tiveram cinco filhos, sou o caçula com quatro irmãs. O meu pai falecera quando ainda era criança. E figura masculina era as de dois tios distantes. Próximo somente três tias e algumas primas, mas nem por isso, nada alterou a minha masculinidade. E ser criado por mulheres, não foi difícil lidar com cabelos, manicure e maquiagens. Como sendo o mais novo da turma de vez em quando, pegavam-me para cobaia.

***

O tempo foi passando e veio a adolescência... A juventude... E sempre com as garotas. Às vezes, salvava alguma de um perrengue.

Os outros garotos até faziam bullyng comigo, ainda mais por ser negro, chamando-me de mariquinha, mas não ligava. Conquistava até umas namoradinhas.

Com o tempo descobri que eu gostava de me transvestir, mesmo não tendo predileção para o homossexualismo. No fundo eu amo as mulheres e estar no meio delas, faz com que eu me sinta bem e especial.

Embora seja heterossexual. Não era qualquer um que sabia dessa minha... Digamos parafilia.  Essa minha condição era guardada a sete chaves.

Mas será que algum dia, encontraria alguém que pudesse compartilhar um segredo tão particular?

Obtive algumas conquistas, mas o receio de ser mal interpretado falava mais alto do que qualquer possibilidade de prazer.

Quando me dava na teia, trancava-me no quarto e me transformava... Dava-me um tesão e o desejo de ter uma mulher ao lado para compartilhar com cumplicidade dessa fantasia. Um fetiche tão íntimo. Porém, há muito preconceito diante da sexualidade alheia. Talvez se o respeito fosse mais pregado e cultuado, principalmente vivenciado, não haveria tanta intolerância na sociedade sob a qual vivemos, ou melhor, sobrevivemos.

***

Certa noite em uma festa de amigos comuns, eu conheci a Dafne. A sintonia aconteceu de imediato em cinco minutos de conversa, parecia que éramos amigos de infância. E daí por diante, não nos largamos mais.

Sempre que podia estávamos juntos, até que o inevitável aconteceu: De um simples namoro, decidimos por morar juntos. E quando estávamos em locais públicos e de mãos dadas, as pessoas nos olhavam pelo simples fato de uma mulher branca estar se relacionando com um negro. O importante sempre foi o fato de estarmos bem e principalmente felizes.

***

Então, resolvi deixar o meu fetiche de lado, e joguei fora tudo o que dele me lembrava. No entanto, Dafne encontrou um batom no meio de minhas coisas, deduzindo que era de alguma mulher que esquecera e eu guardara. Não sabia onde enfiar a minha cara.

─ Não mentirei! É meu! ─ Eu lhe confessei.

─ Não entendi! Ao menos comigo você funciona direitinho! Ou será que é bissexual? ─ Ela me falou muito séria, tentando se controlar.

─ Eu sou hétero! Mas tenho um fetiche... Uma fantasia... ─ Eu tentei lhe explicar.

─ Acredito que seja normal... Quem é que não os têm? ─ Dafne me interrompeu.

─ Deixa-me explicar. Você conhece a minha história... A minha família... ─ Eu continuei.

Narrei tudo para Dafne sem o medo de ser julgado ou tachado de esquisito. Não havia nada para ser provado. E quantas vezes já havíamos tido relações sexuais? Várias vezes! E a nossa primeira vez foi em uma suíte de motel para ser algo especial e marcante.

Por fim, quando terminei...

─ Pode me mostrar como é isso na prática? ─ Ela me perguntou curiosa.

─ Não sei se será legal... Tem certeza? ─ Eu lhe perguntei.

─ Claro que sim! Não foi isso o que sempre desejou? ─ Dafne quis saber.

─ Sim! ─ Eu lhe respondi enfático.

─ Pode escolher alguma coisa minha. Espero por você lá fora! ─ Ela me avisou e saiu fechando a porta do quarto.

Por um momento, não sabia o que fazer... Não tinha nenhuma reação!

─ Estou aguardando! ─ Ela me disse batendo à porta.

Fiquei sentado na cama. Não acreditando no que havia acabado de revelar. O segredo de toda uma vida. Ao menos a reação de Dafne foi positiva.

***

Enfim, respirei fundo...

Ao abrir a porta do seu guarda-roupa, lembrei-me de uma saia rodada verde e um bustiê que ela gostava muito de usar em dias mais ensolarados. Quantas vezes eu me imaginei vestindo aquelas roupas. Lentamente me despi de Michel e me transvesti de Michelle, assim que me intitulava transvestida. Para muitos, algo bizarro, porém, na minha concepção era essencial na formação de meu caráter, como pessoa e indivíduo.

Ainda bem que Dafne não se importaria comigo mexendo em suas coisas. Providenciei uma maquiagem leve, calcei uma sandália básica de salto alto, mesmo sendo um número menor do que o meu.

Ao terminar de me montar, bati na porta dando um sinal.

─ Posso entrar? ─ Dafne indagou.

─ Se estiver pronta para conhecer a Michelle... Sim! ─ Eu lhe respondi.

─ Amiga! Quem sabe agora eu não vire lésbica e resolva-te “pegar”! ─ Ela brincou.

─ Pronto! ─ Eu lhe disse abrindo a porta.

Dafne mal podia acreditar no que o seu marido havia se transformado. Lágrimas escorriam de seus olhos...

─ Inacreditável! ─ Ela me falou.

─ Você gostou? ─ Eu lhe indaguei.

─ Não é que essa mulher ficou poderosa!  ─ Ela comentou.

─ Obrigada! ─ Eu lhe agradeci.

─ O que faremos agora? ─ Foi a sua vez de indagar.

─ O que você quiser! ─ Eu lhe disse, abraçando-a.

Dafne se sentou na cama, pediu para que desfilasse. Meio acanhado, fiquei caminhando de um lado para o outro um pouco sem jeito.

─ Agora eu quero ver do que a Michelle é capaz! ─ Dafne falou me puxando para junto de si.

No primeiro momento, ficamos nos curtindo sobre os lençóis...

Aos poucos nos despimos...

Esquecemo-nos de tudo lá fora. E quando o telefone tocava, não atendíamos.

Dafne achou um pouco estranho quando me viu trajando calcinha e sutiã, mas logo espaireceu quando apalpou o meu cacete em riste.

─ Essa Michelle está diferente! ─ Ela comentou.

─ Por um lado sim! ─ Eu lhe falei.

Desfiz-me do sutiã, da calcinha e também da que ela trajava...

Abrindo bem as suas pernas e degustando de cada centímetro de sua boceta.

Os seus gemidos me enfeitiçavam -

O seu corpo se contorcia de prazer reagindo ao meu.

À vezes, parecia que recebia choques, mas era o corpo se preparando para o êxtase. Inverti o meu e formamos um sessenta e nove... Enfiava o dedo em seu rabo. Aí que ela mais se entregava e se derramava.

─ Foda-me! Foda-me! Foda-me! ─ Dafne me pedia alucinada.

Como não atender ao seu pedido, ainda mais sendo tão maravilhosa.

Coloquei-a na minha frente, voltando a sugar os seios... A acariciar a barriga... A boceta... Penetrando-a com mais vontade e desejo, arremetendo de encontro a sua libido. Estávamos livres e eu me sentia pleno por ter a oportunidade de compartilhar algo tão íntimo, sem ter sido mal interpretado.

Nesta posição, além de arremeter com vontade em sua boceta, friccionava o clitóris. E em uma entrega despudorada, Dafne se rendeu ao êxtase, com o corpo convulsionando de prazer.

Dafne se virou de bruços e erguendo uma de suas pernas deixou a boceta inchada e vermelha exposta de propósito, bolinava-a circulando o dedão massageando o seu rabo rosado. Ela o piscava para que pudesse intensificar as minhas carícias – Enfiava um... Dois... Três dedos... E se empinava mais até que se colocou de quatro, abrindo bem as nádegas.

─ Fode o meu cu! ─ Ela me pedia.

O cacete chegava a pulsar de tanto tesão.

Com vontade deslizei o pau na boceta lubrificada, depois apontei para a sua entrada. Neste instante o gemido era meu. Ao entrar a ponta da lança, ela rebolava, reclamava, fazendo charme.

─ Aí! Está doendo! ─ Dafne falava sussurrando.

─ Quer que eu pare? ─ Eu lhe perguntava.

─ Não! Fode o meu rabo! Fode! ─ Ela continuava.

Aos poucos adentrava com Dafne rebolando e se tocando.

Os seus gemidos e sussurros se misturavam.

Aquilo me causava um tesão do caralho!

Gradativamente aumentava o ritmo de minhas estocadas.

Dafne se tocava...

A química que existia naquela noite foi algo fora do comum E soubemos aproveitar cada instante. E fodendo o seu rabo estava no ponto de quase explodir, mas consegui me segurar, pois queria senti-la gozar outra vez, mordendo a vara com o seu cu. E foi extremamente delicioso. Segundos depois foi a minha vez de exsudar, enchendo-o com muito leite.

***

No decorrer do dia seguinte, pensei que pudéssemos ter vivido o calor do momento. Porém, Dafne desejou saber quando que eu convidaria a Michelle para outra vez se fazer presente entre nós dois. E eu lhe respondi quando o desejasse.

Às vezes, ao amanhecer ela brincava querendo que a Michelle lhe fizesse companhia para assistir filmes e seriados, e também para fazerem as unhas e os cabelos juntos.

Acredito que Michelle criou um laço de empatia entre nós dois. Até aquelas picuinhas bobas de marido e mulher se acabaram. Não que tudo tenha ficado um mar de rosas, mas passamos a nos compreender mutuamente. Pessoas de fora notaram a nossa diferença e, às vezes, perguntavam o nosso segredo, apenas respondíamos que era amor somado à cumplicidade. No entanto, Michelle era somente nossa, não deveríamos abrir para mais ninguém.

***

Dafne sempre foi uma mulher incrível, e disso eu sabia muito bem!

Recordo-me que em um final de semana, daqueles chuvosos, que seria inviável sairmos e também não queríamos receber visitas. Não existia a necessidade em acordarmos cedo. Ela quando queria algo especial, não nos deixava cair na monotonia.

Em plena manhã de domingo, ao nos servir o desjejum, fui surpreendido com a performance da minha esposa: Ela transvestida com as minhas roupas, o meu tênis maior do que o seu pé, o lindo cabelo liso e loiro mel preso em um coque escondido por meu boné. A minha reação foi senão um misto de emoção com tesão. Eu a beijei em reação e demonstrando tudo o que estava sentindo.

Sem muita demora fui me preparar, pois o Dafno estava aguardando ansiosamente por Michelle.

O nosso café da manhã foi perfeito com Michelle e Dafno se conhecendo.

Em nosso “encontro” lúdico entre um homem e uma mulher, a regra do jogo era enaltecer o amor e nos brindar com muito tesão.

Nada mais afrodisíaco do que a cumplicidade.

E não é que Dafne incorporou mesmo a brincadeira, ou melhor, o fetiche?

Ela me imprensou contra a parede, roçando em meu corpo, enfiando a língua em minha boca, literalmente me devorava.

Eu sentia o meu sexo doer dentro da pequena calcinha, mas ela continuava a me torturar... E que doce desespero.

O cheiro de sexo se inebriava pelo ambiente.

Dafne continuou retirando a minha roupa e eu a sua mutuamente, ao tocá-la senti molhada, soltou um gemido. Agora era o momento de assumir o meu verdadeiro papel na relação. Girei o seu corpo, o meu sexo foi de encontro à boceta e logo se alojou. O seu corpo se contraiu, abraçando-me e encaixando as pernas em minha cintura, arremetia com força. Esticando-se toda se entregou ao gozo... Mas eu queria muito... Muito... Muito mais! E continuava a lhe foder... Dafne gozava freneticamente se derramando em meu pau. Eu a coloquei no chão... Lânguida e de quatro...  Lambia a boceta que se convulsiona em choques. Porém, a sua bunda muito convidativa me chamava.

Dafne se virou para o meu lado e começou a me chupar, a sua boca quente e maravilhosa, soltei os seus cabelos e os segurei em um rabo de cavalo. Não forçava a sua cabeça, deixava-a livre para sugar... Chupar... Lamber... Sorver!

Satisfeita por um momento ─

─ Vem! Agora arregaça o meu cuzinho! ─ Ela me pedia abrindo as nádegas.

Com uma tapa em suas coxas, abri os lábios vaginais, enfiando a língua e chupando o seu clitóris... Seguindo para o seu cu que piscava e metia a língua tesa... Dafne gemia e rebolava... Direcionei o pau e forçando a entrada.

***

O nosso prazer inimaginável, quem diria que em uma festa eu a encontraria? Passava um filme em minha cabeça, desde o momento em que a conheci, antes e depois da revelação. Claro que o depois ficou muito melhor para ambos sem as amarras e nem segredos.

***

Conforme a estocava, seguia entrando... Até que totalmente atolado em Dafne, rebolava se tocando... Segurava os seus cabelos, falávamos palavrões. Por ora, palavras desconexas que nem ao menos compreendíamos tão grande a nossa lascívia.

Dafne se dedilhava...

Adoro vê-la desfrutando do prazer.

Os seus movimentos em uma dança sinuosa, complementava o meu tesão. Acompanhava-a em seu embalo. Até que a fiz outra vez se expandir, mordendo o meu cacete continuamente enquanto gozava. E para coroar este instante, exsudei em seu rabo, brindando com um espumante quente... Sentindo o último lampejo dentro de seu canal anal. E a abracei por trás sentindo a vibração de nossos corpos.

Eu só tinha que contemplar cada uma de nossas explosões sexuais, com a realização de me transvestir...

Com a chuva caindo...

Não tínhamos pressa para nada.

Apenas de namorarmos e nos deliciarmos com o tesão transcendendo em nossas auras.

 

domingo, 24 de setembro de 2023

Estigmatofilia/Aproveitando ao máximo (Fetiches - Libertinagens Afrodisíacas)

 


5.     Estigmatofilia

 

Fetiche...

Ah! O fetiche nosso de cada dia.

Não sei se é normal ou não sentir atração sexual por tatuagens e piercings.

O que primeiro nos atrai na outra pessoa é o visual.  Ou se ela possuir algo igual ou diferente ao nosso corpo, que faça o diferencial, de certa maneira nos atraindo.

E, indivíduos que se enquadram na estigmatofilia, quando ver uma pele pintada, ou furada por um piercing logo acende o seu sinal de alerta, sente-se atraída e mesmo hipnotizado.

Mas na verdade, nem sempre podemos realizar este desejo.

O fetiche deve ser algo sadio e lícito.


Aproveitando ao máximo

 

A melhor coisa que pode acontecer com o ser humano, um indivíduo em meio a uma sociedade tão vil e separatista é encontrar um meio... Um canal de identificação.

Ainda mais por você ser uma pessoa diferente, não se sabe com a graça da divindade ou na pior das hipóteses ter nascido mulher.

***

Cresci com o título de ser a ovelha negra da família. Aqueles seres que quando chegam os outros torcem o nariz fazendo algumas caretas e nem ao menos disfarçam.

Porém, não são todos, ou a grande maioria, não percebem ou fingem que a ovelha negra é aquela que não aceita o que é “dito normal”, impulsionando a roda do falso moralismo. Pois este mesmo ser provocativo, não aceita o que lhe é imposto e está sempre disposto a colocar o dedo na ferida.

─ Prazer! Esta sou eu: A ovelha negra da família.

***

Cresci de forma diferente, não da maneira em que todos se moldam. Adquiri personalidade própria, principalmente em minha estrutura física.

É sempre assim: Um pequeno piercing aqui... Outro acolá... Uma pequena tatuagem e, de repente, quando nos deparamos estamos todos desenhados.

Foi através de um estúdio de tatuagens e piercings que fui me moldando... Sexualmente falando.

***

Como eu já tinha alguns piercings e tatuagens, uma amiga me convidou para conhecer um estúdio em sua cidade, pois o dono era um excelente profissional, além de ser um homem muito bonito. Mas não misturava o trabalho com diversão, pela foto era o maior galã.

Convite aceito!

Pela manhã peguei um voo. À tarde já estava na porta do tão famoso estúdio. A princípio não estava com vontade de fazer algo, somente a Carla.

Gilbert e eu devidamente apresentados.

A minha amiga já o conhecia, sabendo do seu profissionalismo, não foi difícil engatar uma conversa. Realmente ela não havia exagerado no que falara sobre ele, para complementar uma barba rala e o cabelo nos ombros deixando crescer.

Como estava um pouco frio fui com uma blusa de manga comprida. Carla sugeriu para que eu lhe mostrasse as obras de arte em meu corpo. Quando virei, pude notar o seu entusiasmo ao ver os piercings em minhas costas formando um corset quando coloco uma fita.

Gilbert rapidamente mudou a sua postura.

Carla se preparou para iniciar a sua primeira sessão, faria um aparador de sonhos em suas costas. Pois tinha um significado muito especial com relação a sua história com a avó.

No entanto, posicionei-me em um lugar estratégico, onde poderia dar o apoio necessário para a amiga e também mexer com os hormônios de Gilbert.

Fiz bem em ir com uma mini saia.

Entre uma agulhada e outra, conversávamos, fazendo charme e girando a cadeira, abrindo as pernas no momento em que ele parava um pouco para respirar. Talvez em dado momento, ele deva ter notado certa proeminência em minha calcinha, tenho um piercing em meus lábios vaginais.

Neste meio tempo, Carla reclamava um pouco de dor, ainda mais por estar frio.

Por fim, Gilbert tentando disfarçar, o seu notório estado de excitação.

Porém, ele aproveitando um momento em que a minha amiga nos deixou sozinhos para ir ao banheiro, Gilbert se aproximou...

─ Cachorra! Ficou me instigando o tempo todo! ─ Ele me falou.

─ Eu não! ─ Respondi-lhe dando uma lambida em sua boca.

Neste momento quando o piercing de minha língua tocou os seus lábios, apertou-me de encontro ao seu corpo, senti o pau roliço entre as minhas pernas. Não me fiz de rogada, quando me soltou, ajoelhei-me adorando o santo do pau oco. Rapidamente abri as suas calças e o coloquei para fora. Mostrou-se grande e imponente, com implantes penianos que se assemelham a ondulações, imagina dentro da vagina? Coloquei-o de uma só vez entre os meus lábios, que logo soltou uma gota como amostra grátis.

Carla ao sair do reservado, ficou surpresa ao se deparar com a cena que descortinava à sua frente.

─ Servida amiga? Não sou egoísta não! ─ Eu lhe ofereci entre uma chupada e outra.

Carla nada falou apenas se acomodou na cadeira em que antes estava sentada.

Por um momento, Gilbert se lembrou de trancar a porta. E Carla apreciava o nosso showzinho.

Gilbert me pegou, deitando-me de bruços na mesa, primeiro retirou a minha saia e com um puxão rasgou a calcinha, acariciando cada um de meus piercings. E ao olhar a Carla, ela se tocava enfiando a mão por dentro da calça. Ele deu continuidade, abrindo as minhas nádegas e deslizando a língua em meu clitóris sentindo o piercing. Os seus movimentos me faziam escorrer... Quando numa só estocada, rasgou a boceta.

As proeminências penianas me causavam um prazer nunca antes sentido. Um arrepio percorrendo em meu corpo, enquanto me agarrava na lateral da mesa para não cair conforme as suas arremetidas.

Carla se aproximou completamente nua, colocando a cadeira ao lado da mesa, abrindo-se toda para Gilbert. Arreganhando-se... Metia os dedos na boceta, por vezes, ele a bolinava sem parar de arremeter de encontro ao meu corpo. Quanto a mim, rebolava em sua deliciosa e grossa rola, estava adorando. Por ele fazer parte desse mundo multicolorido e fetichista das tatuagens e piercings as nossas químicas se conectaram.

A bunda branca empinava rebolando para o seu lado... Batendo de encontro a sua carne dura. Carla levou a mão em minha boceta... O tesão nos comandava. Estimulada por dois corpos, estremeci gozando, esfregando-me contra a mesa.

Ainda em frêmito Gilbert se sentou na cadeira giratória... Carla se fincou em sua tora. O seu olhar ia de encontro ao desenho que acabara de fazer, mas agora executava uma sinfonia de gemidos. E como não sou uma aluna nada disciplinada, coloquei-me de frente a Carla, comecei a acariciar os seus seios e a bolinar a boceta, ajoelhando sorvia o mel que escorria. Os gemidos eram inevitáveis. Que bela recepção que os dois me ofereciam em sua cidade. Não demorou que ela também gozasse. O suor escorria por nossas peles, apesar do frio.

Nós duas nos colocamos ajoelhadas e começamos a realizar um delicioso sexo oral em seu cacete tão robusto, revezávamos por entre o pau e o saco, mas não queria que ainda jorrasse.

E, de quatro na poltrona da recepção, foi a vez dele se revezar em nossas bocetas, enquanto estocava em uma a outra permanecia se tocando. Na minha vez ficava piscando o rabo para o seu lado, até que enfiou o dedo em meu cu, e mesmo quando arremetia na boceta da Carla não largava o meu rabo, chegando a minha vez, atolou-se na boceta, mas logo saiu mirando o meu buraco apertado que resistia a sua invasão. Pois estava acostumado com cacetes normais e não com um ornamentado com pequenas esferas, sabendo desse pequeno detalhe foi introduzindo devagar. Sentia as saliências em minhas paredes anais, o que fazia com que o tesão se duplicasse.

Carla se colocou por baixo invertendo o seu corpo. A sua língua tocou bem na ponta do seu clitóris. Gilbert foi me rasgando e para não gritar, introduzi a língua na boceta de Carla e a chupei. O prazer e a dor se misturavam... Acostumando-me com o intruso, rebolava-me sinuosamente fazendo com que se sentisse acolhido. A língua da amiga passeava por entre os meus lábios vaginais, multiplicando o prazer. Quanto mais Gilbert me fodia, mais o desejava numa miscelânea de desejos.

─ Isso! Fode... Fode... Fodem-me! Estralasse o meu rabinho! ─ Eu lhes falava.

A sensação era indescritível com Gilbert atolado em meu cu, e com a Carla me chupando. Confesso que não estava em mim. A energia que emanava de nossos corpos transcendia em igual conexão. Não foi algo planejado, e sim, uma mistura de auras que se integraram, dando-se uma explosão de tesão e realização de êxtases compartilhados. E rendíamos ao prazer!

Expandindo-me... A boceta e o rabo pulsavam extraindo de Gilbert um gozo abundante, que escorreu de meu copo e se esparramou pelos lábios de Carla.

Respirações ofegantes...

Peles suadas...

Corpos extenuados...

Porém, alimentados.

Havia um magnetismo ou um fetiche entre os três.

E ao deixarmos o estúdio, precisei comprar outra calcinha na loja ao lado.

***

Naquela mesma noite, Gilbert nos convidara para participar de uma festa particular que um de seus amigos organizava em sua casa.

Como a residência era localizada em uma área mais afastada da cidade, não teríamos problema em participar, apesar de não sermos menores. Mas a questão se dava por ser um evento bastante fechado. Onde só estariam presentes as pessoas escolhidas a dedo. Ele nos deu as coordenadas de como deveríamos nos vestir e a senha para adentrar no recinto.

Carla e eu ficamos empolgadas. Ela havia escutado alguns comentários sobre essas festas.

***

Não chegamos no horário exato que começaria.

Ao nos aproximarmos, somente duas pessoas estavam no portão, realizando a segurança, quiseram saber os nossos nomes e conferindo os documentos de identificação com foto, mencionaram o nome de Gilbert.

Eu trajava um vestido de couro preto, evidenciando a minha pele clara e uma jaqueta curta vermelha e uma botinha de camurça. Carla usava um vestido mais soltinho e rodado com sandálias de salto. Não sei se foi pelo fato de sermos novidades no tal lugar, as pessoas que não estavam em alguma orgia nos acompanharam com os olhares e as duas tentando encontrar Gilbert no meio daquela pequena multidão.

Para a nossa surpresa, ele se encontrava acompanhado por umas seis mulheres que estavam quase o estuprando. Mas assim que nos viu, pediu licença. Se elas tivessem armadas nos matariam.

─ Ah que bom que vocês chegaram! ─ Gilbert foi bem receptivo.

─ E você acha que trocaríamos uma diversão para ficarmos dentro de casa? Esqueceu que eu sou turista? ─ Eu brinquei lhe dando um beijo.

─ Venham!  Mostrarei a vocês todos os ambientes da festa! ─ Gilbert avisou.

O que vimos ao lado de fora da casa, foi somente um aperitivo do que ainda estaria por vir.

Gilbert percebendo que o meu vestido atrás possuía um decote bem generoso pediu licença e tratou em retirar a minha jaqueta para que pudesse mostrar os meus piercings, e lá não faltavam outras pessoas exibindo os seus e as suas tatuagens. E observando bem, podíamos ver homens e mulheres totalmente com os corpos cobertos ostentando verdadeiras obras de arte.

Um homem seminu se aproximou da Carla a reconhecendo da localidade, ofereceu-lhe uma bebida. E o meu anfitrião particular, aproveitou para me apresentar a um amigo seu: Marcos Gonzalez. No meio de nossa conversa, ele exibia os seus músculos, piercings e tatuagens. Porém, a intenção de Gilbert era outra e topei logo de cara, um pouco alta das caipirinhas que havia ingerido.

Gilbert me deixou sozinha com Marcos em um espaço comum, que foi me trazendo para perto de si. Apalpava-o por cima da calça. Gilbert apareceu nos mostrando algumas chaves e me pegando pela mão, Marcos nos acompanhou com uma cara mal intencionada. E Carla? Deveria estar aproveitando também.

***

Encontrando-nos sozinhos...

Gilbert e Marcos se sentaram na beira da cama.

Distanciando-me...

Retornei retirando a roupa sob o olhar atento dos dois.

Eu podia ver os volumes dos dois se formando. E pensava: Será que Marcos seria igual ao Gilbert? Com as mesmas protuberâncias? O meu rabo ainda não havia se recuperado.

Ajoelhei-me...

Abri a calça de Gilbert e depois a de Marcos...

Pedi para que se despissem.

Todos nós estávamos excitados e não tínhamos pressa.

Os cacetes se apresentavam tesos, mas isso não seria um problema...

Admirei... Cheirei primeiro o de Gilbert. Sem soltá-lo fiz o mesmo com Marcos.

Gilbert me vendo nua... Pele branca...

Os meus piercings o fascinavam.

Marcos gemia com as minhas carícias.

Quando sorvia o Marcos, Gilbert veio por trás me levantando pelas pernas meteu a língua em meu cu... Deslizava até a boceta. Ao mesmo tempo em que era bruto se tornava excitante. Os seus cabelos longos que lhe dava um ar de viking.

Ao me deixar completamente entregue, empurrou-me em direção ao corpo de Marcos, que escorregou para cima da cama, na empolgação me finquei na tora dele, que já estava me esquecendo de relatar, não possuía as mesmas saliências de Gilbert, mas que me serviu direitinho. Eu comecei a me esfregar em seu corpo, roçando o clitóris, tocando-me... Gilbert veio por trás, enfiando dois dedos em meu rabo, como se formasse um gancho e o arregaçando.

Marcos chupava os meus seios e os apalpava.

Gilbert acariciava a minha bunda com o cacete, fingindo que penetraria, colocando somente a pontinha e retirava, continuava levando-o até a boceta e foi fazer companhia ao membro não tão avantajado de Marcos. Uma dupla penetração vaginal. Não muito satisfeito, Gilbert saiu da boceta e foi adentrando não com a mesma sutileza de antes o meu orifício. Cada esfera penetrada era um gemido. Conforme ele arremetia, eu os mordia com as bocas inferiores... Rebolava sentindo as duas jebas me perfurando... A boceta se derramava de tanto tesão.

Gilbert acariciava os meus piercings, enquanto o da vagina acariciava a verga de Marcos.

Gilbert puxava os meus cabelos...

Marcos apertava o meu rosto deferindo leves tapas.

Os dois me imprensavam entre os seus corpos, arregaçando-me... Não demorou muito para que eu gozasse. Com o corpo amolecido eles continuavam me açoitando, até que se derramaram em meus buracos, misturando os nossos fluídos.

Já não me reconhecia entre os dois... Olhando-me através do espelho, a maquiagem não mais existia.

***

Na cama jogada, perguntava-me como é que aguentava Gilbert atolado em meu rabo com aquelas esferas. Ficava imaginando a dor em realizar tal procedimento em uma área do sensível da anatomia humana.

***

Gilbert nos avisou que precisaria de algo mais forte para beber, e saiu do quarto. Ainda ressaltou para nos comportarmos em sua ausência.

Marcos como não é nada bobo, comigo deitada, e fez da minha boca uma boceta, enfiando até a goela o cacete, o que fazia com que me engasgasse. De repente, a porta do quarto se abriu, e Gilbert não retornava sozinho.

─ Essa daí adora um pirulito! ─ Carla exclamou quando nos viu.

─ Vem amiga! Você sabe que eu compartilho! ─ Eu lhe convidei.

Carla foi se despindo deixando as roupas espalhadas, e se acomodou na cama de joelhos, fazendo com que Marcos desaparecesse em sua boca. Gilbert também se ajuntou a nós.

Dividíamos desejos...

Compartilhávamos prazeres...

Dois homens –

Duas mulheres –

Sem pudores...

Ou falsos moralismos.

Só queríamos gozar –

Foi o que realizamos...

E tudo era multiplicado!

Formávamos dois sessenta e nove: Carla e Marcos, Gilbert e eu, depois trocávamos os casais.

Entoávamos gemidos e loucos de tesão, Marcos sugeriu um showzinho nosso e Gilbert concordou. Os dois expectadores na poltrona nos assistiam entrelaçadas. Quando chegou o momento certo, os dois interferiram.

Com as duas de quatro, cada um penetrou a boceta, e como estávamos próximas nos beijávamos.

Cada uma se tocava na medida do seu prazer... E aos gritos gozamos!

Os rapazes se revezavam em nossos buracos.

Marcos se deitou e Carla fincando o rabo no seu cacete, Gilbert se deitou por cima lhe penetrando a boceta. Ela se contorcia recebendo as estocadas de dois homens, enquanto eu sugava os seus seios e lhe beijava. Em um frenesi Carla começou a convulsionar em êxtase, sem fôlego os dois a deixaram e foi a minha vez... Gilbert pediu para que eu me colocasse na mesma posição assim o fez... O cacete de Marcos entrou deslizando em meu cu e Gilbert esfregava a boceta até que a invadiu de uma só vez.

O cacete de Gilbert me causava um arrepio, sentir os relevos em minhas entranhas proporcionava muito tesão. Enquanto o tinha, fazia muito bem em aproveitar. Ele me fodia, olhando fixamente em meus olhos, como se me chamasse de puta. E era o que estava sendo naquele momento. Usava de truques, para retardar o meu orgasmo, ao mesmo tempo o apertava ferozmente o cacete dos dois massageando com as bocas inferiores. Não mais segurando a pressão... Expandi-me!

Como era deliciosa a sensação de possuir dois cacetes exsudando os meus buracos. Os dois me acariciavam em seus frenesis. Marcos arrumava os meus cabelos me chamando de putinha deliciosa e Carla também usufruía de igual desejo.

***

Carla e eu tomamos um banho e pedimos para que eles nos acompanhassem em um novo tour pela casa.

Todos os cantos para onde olhávamos havia pessoas fodendo em dupla, em trio, em quarteto, aos montes, ou até somente assistindo e se masturbando. Mas ao chegarmos à área da piscina, ajuntamo-nos a um grupo formado por três casais. Não foi difícil para interagirmos. Fiquei totalmente nua e Carla me acompanhou. Em seguida mais duas mulheres se aproximaram e seus maridos também. Marcos e Gilbert nos observavam atentamente, até que resolveram se aproximar, acabando por mergulhar. Só sei que realizamos a maior suruba dentro da água.

***

O dia estava amanhecendo...

Ainda nos encontrávamos na área da piscina. Os convidados, haviam ido embora, éramos o quarteto remanescente.

Como teria que viajar à tarde, Gilbert pediu para que ficássemos mais um pouco, com a autorização do seu amigo.

Carla dormia em uma suíte com o Marcos.

De joelhos na espreguiçadeira, Gilbert me ofereceu o seu cacete e o degustei com gosto. Passeava a língua por cada saliência sem pressa, fazia-o de sorvete. O seu tesão era tremendo, quando uma gotinha começou a minar, sorvia-a, envolvendo a cabeça, depois o enfiando entre os meus lábios... Mordiscava... Atolava-o em minha garganta, o mais profundo que suportava. Prestes a gozar, Gilbert me colocou de quatro, abrindo as minhas nádegas, deslizou a língua na boceta, até alcançar o rabo, introduzindo a ponta da língua... Aquele homem era mesmo uma máquina de fazer sexo.

Abria-me completamente, e vendo que estava receptiva, penetrou de uma só vez a boceta... Rebolava... Jogava-me de encontro ao seu corpo. Gilbert arremetia com velocidade, fazendo-me gozar. O meu corpo tremia, mas mesmo assim, ele não cessava. Ao se retirar da boceta em choque, ele mirou em cheio o meu rabo que já o reconhecia e o invadiu com mais facilidade... Gilbert brincava com o clitóris para me instigar. Entalado em meu cu, cessava os seus movimentos enfiava os dedos na boceta. Ele fazia isso forçando a ferramenta de encontro ao meu rabo... Não demorou que eu gozasse outra vez...

O meu corpo estremecia...

Reiniciando as suas arremetidas, puxava os meus cabelos.

De vez em quando algumas tapas estalavam em minha pele... As suas esferas me massageavam e pulsando o pau, encheu-me de porra.

Jamais pensei que uma pequena viagem fosse capaz de me proporcionar tanto prazer.

Exauridos pela noite mal dormida e de tanto fodermos...

Após um pequeno café da manhã...

Carla e eu nos despedimos de Gilbert e Marcos.

***

E deixei a cidade com a promessa de que qualquer dia retornaria e eu tinha um bom motivo para isso.

Claro, deixando o convite para que Carla e Gilbert também fossem me visitar.

Nada melhor do que compartilhar e retribuir êxtases!

E o prazer pode estar onde menos o esperamos encontrar, ou outra cidade, ou até mesmo ao nosso lado.

É só permitir olhar com mais atenção e tesão ─

Para desfrutarmos de orgasmos deliciosos, e quem sabe até mesmo compartilharmos!