quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Além das dimensões

É tão estranho ter que conviver com essa ausência,
O meu corpo sente falta do teu, pede clemência.
Na escuridão que assombra os meus dias,
O que faço para conviver com esta nostalgia?
As lembranças do toque na pele, revelando sensações.
Fecho os meus olhos e percebo inúmeras reações.
Os seios se tornando cada vez mais volumosos...
O sexo quente se inflamando... Apetitoso,
Venha para perto, ultrapasse a distante dimensão,
Preciso de você para ser a minha constante diversão.

Acredito que algo assim possa ser possível,
O nosso amor, delírio de tesão... Imputável.
Há muito além dessa separação, outras constelações,
Divindade que perece as pequenas imperfeições.
Essa volúpia que transcende é a mais forte,
Não há nada que ultrapasse este desejo.
A certeza da realização, questão de sorte,
Desvanecerei no paladar de teus beijos.
Seremos apenas um na junção de doces lampejos,
A consumação... Com devoção e todos os ensejos.

Contorne os espaços de meu vasto território,
O que sinto é grande e mais do que notório.
A aura que resplandece através do espelho,
Não me diga que é um sonho velho.
Nem que espere por mais cem vidas,
Sei que nos reencontraremos de alguma forma.
Estou cansada de desencontros e enigmas,
Ao teu lado sou uma menina muito mais atrevida.
O teu espírito me persegue em horas de solidão,
Somente tu tens o poder de me salvar da escuridão.

Sei que posso voar livre ao teu reencontro,
O meu quarto... Belo ritual para o epicentro.
Não há nada que perturbe essa vontade,
Que nas entranhas causa febre e alarde.
A noite me contorço, ardendo em chamas,
Pelo poder sobrenatural, aquece a cama.
Posso te sentir a me bolinar, feito um devaneio,
Embriagando-me... Entorpecendo os sentidos.
Realizando todas as fantasias... Os mais pervertidos,
Restando o entorpecimento em um enleio.


domingo, 9 de setembro de 2018

Palavras sussurradas



- Faça-me amolecida...
- Com as tuas carícias.
- Completa e alucinada...
- No ritmo de primícias.
- Venha sem reservas...
- Em quaisquer alcovas.

Instiga-me com a tua boca,
Desperte a fera que há em mim.
A Lillith indomável... A louca...
Voluptuosa... Olhos da cor de carmim.
O meu instinto é insaciável,
Faz-se percebido, usufruir do poder.
O tesão posto no modo inflamável,
Elevando ao máximo o prazer.
A sua satisfação é garantida,
Sempre serei a tua menina atrevida

Os movimentos cadenciados, a perfeição,
Em corpos encaixados... Grande excitação.
Comoção de atos cinematográficos, obscenos,
Intercalando com climas lentos e mais amenos.
No entrelaçar de dedos, puxões de cabelos,
Vão se emaranhando nos dourados elos.
Olhando-nos através dos mágicos espelhos,
Vislumbrando na aura o reflexo da luxúria.
Das boas línguas não desejamos conselhos,
Quero-te fincado nas entranhas, com total fúria.

Os ajustes delineando em nuances de cores,
Paladar distinguindo na ponta da língua os sabores.
Que emanam... Derramando-se em fluídos,
Bailando... Fogo sinuoso, bem construído.
Na devassidão que consome a carne,
Dilacerando e entorpecendo os sentidos.
O espírito da lascívia seja eterno e encarne,
Tornando-se ainda mais pervertidos,
Embriagando-nos na bebida que sacia,
Desabrochando em êxtases, a pele arrepia.

O pescoço mordendo, sugando o líquido vital,
Último sussurro de prazer preciso e letal.
Não sei se é magia ou algo sobrenatural,
Essa força que exalta a volúpia, surreal.
Em toda ação há uma consequência,
O sacrifício do cio e, toda a sua efervescência.
Elixir vicioso alimenta os seres da escuridão,
Condenados por vivenciarem a completa perversão.
Ode a luxúria, aos seus afins e seus atributos,
Rendendo-se para si e degustando os frutos.

- Ao pé do ouvido...
- Palavras sussurradas.
- Oculto pecado...
- Jamais serão apagadas!