segunda-feira, 18 de julho de 2022

Ápice do prazer

 


O feromônio –

O perfume do recém banho tomado,

Alcança as narinas...

Incendeia o meu corpo.

Ligando os sinais de alerta,

Atiçando os sentidos.


Olha-me!


Sabes que estou à fim,

De fazer loucuras.

Reconhece todas as reações,

Puxando os cabelos –

Na altura da nuca.

Faço-me mole...

Lânguida...

Ao sabor da aventura.


Roçando-me –

Respiração quente,

Molhando a calcinha.

Sinto-o roliço,

Deliciosa façanha.


Pega-me de jeito,

Com todos os dedos –

O que tenho por direito,

O poder que assanha.


Entrego-me por inteira,

De modo faceira.

Despindo-me de frescuras,

Totalmente nua.

O tesão ao longe perpetua,

Envolvendo-nos em carícias.

Alimentando a luxúria,

Condicionando-me ao deleite.


A arte em posições,

Reverberando massagens anais.

Transcendendo na volúpia,

Lúdica –

Psicodélica –

Efeitos sensoriais.


Na sinergia do lance,

Maestria em performance.

Fustigante lascívia,

Transbordo –

Fogo de caieira –

Culminando em vulcão,

Movimentos viscerais.


Penetração –

Invasão –

Açoites –

Rebotes –

Solavancos –

Arremetidas –

Investidas –

Esbanjando-nos no ápice do prazer,

Ao mesmo compasso – 

O entreter.

A carne em expansão –

Transmutando em inundação.


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