quinta-feira, 12 de agosto de 2010

TELEFONEMA EM PLENA MADRUGADA



Em plenos dias agitados, nos quais não tenho muito tempo para respirar, em que rezo para chegar à noite e finalmente adormecer com ela.

Sempre tem alguém me ligando, amigo querendo saber como estou.

Isso faz parte da amizade!

No meio da semana, após o dia um pouco mais intranqüilo do que o normal, caio exausta na cama.

Embora o cansaço não me deixe dormir direito, primeiro tenho que descansar o corpo para a mente se tranqüilizar e então adormecer.

Em plena madrugada, já havia passado por este ritual, quando a não sei que horas o celular tocou.

Indaguei-me:
- Quem poderia ser? Talvez uma emergência, quem sabe?

Ao atender, uma voz masculina a qual não reconheci logo de imediato e também não poderia reconhecer.

A voz do outro lado da linha, perguntava por uma mulher chamada Ju e logo identifiquei o engano.
Porém, o rapaz não conformado, insistiu na idéia de saber quem realmente estava falando, e que eu poderia ser a Ju, repetindo o telefone que estava indicado em um anúncio de jornal do dia anterior, desejando alguém para lhe fazer companhia.

Percebi que havia um número errado, que não batia com o meu.

Ao ler o anúncio da Ju, achou interessante e resolveu entrar em contato.

Acho que devido a sua ansiedade, teclou o número errado caindo assim no número do meu aparelho.

Querendo entender o que estava se passando, continuei...

Acho que me achariam louca, em plena madrugada conversando com um sujeito sem ao menos conhecer.

O fato de ter a possibilidade do meu número celular estampado em um anúncio de jornal me intrigava bastante!

Nessa altura do campeonato, havia perdido o sono e continuamos a nossa conversa: ele sentado à mesa de um bar com o garçom quase o expulsando do local e eu em minha caminha quentinha, embora fizesse um pouco de frio em plena cidade do Rio de Janeiro.

Depois de muito conversarmos, ele me falou o seu nome, que aqui o chamarei de Guilherme.

Pois é, Guilherme me ligou desejando encontrar a Ju, possivelmente uma Garota de Programa, a qual não a julgo de nenhuma maneira...

E quem somos nós, para fazermos tal coisa?

...Para possuir umas horas relaxantes de sexo gostoso!

Mas o que Guilherme não poderia imaginar que não deixo de ser uma, mas de uma maneira diferente!

Outro dia, tecendo com uma amiga que mora em outro estado, ela me perguntou se eu seria uma Garota de Programa.

Minha resposta foi firme: - Não sou!

Realmente em me julgo uma Garota de Programa: A Mulher decidida que faz das palavras quentes, de textos com um alto teor de sexo explícito a sua realização sem medo de ser feliz e de não querer provar nada a ninguém.

Apenas com o desejo na alma de ser feliz e me realizar com alguém especial em um momento mais íntimo!

Após um longo papo, de quase meia-hora, despedi-me de Guilherme, pedindo que ele teclasse o número da Ju com mais atenção, só assim poderia falar com ela.

Ele respondeu dizendo que talvez não ligasse e sim retornaria a ligação para nos falarmos outra hora.

Depois falam que os homens não são volúveis!

Quando vi a hora com mais calma, já eram quase duas horas e meia da manhã...

Durante o restante da noite e também de dia, o celular não tocou, dando a compreender que Guilherme realmente tinha teclado o número errado.

Espero que esta noite, eu possa ter um sono tranqüilo e ninguém achar que eu tenho uma voz de sexi-phone!

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