sábado, 13 de julho de 2024

Em alto e bom som (heavy metal)

 


Sexo e música,

Sinestesia perfeita.

Os primeiros acordes,

De uma guitarra eletrizante.

Os hiffs contagiantes,

Assim como o teu olhar penetrante.

O toque ardil –

Aquecendo a pele.

Carícias alucinantes,

Fazem-me perder os sentidos –

Completamente a razão.

 

Não tem como não ser diferente,

Aumento o volume do som –

As carícias alimentam os decibéis da luxúria,

Nada pode provar ao contrário,

As nuances navegando por rios –

Intensificando os delírios,

Contagiando-nos em devaneios.

 

O calor em contraste com a temperatura ambiente,

Incendiando o quarto,

Elevando mais de quarenta graus –

Dissimulada, levanto o teu astral.

Amo senti-lo firme e quente,

Oralidade total.

Escorrendo fluídos –

Pelo canto dos lábios.

Erguendo-o –

Fazendo-o ir à loucura.

 

É assim, vai chegando, e conquista,

Intorpecendo-me –

Deixando o corpo lânguido,

Delicioso sabor de pecado.

Chamando-me para a pista,

No palco, sobre a cama -

Sedento, também me inflama.

 

Na ânsia,  procuras por abrigo,

O peito arfando em desejo.

Os seios intumescidos,

Bebendo o licor, na desenhada taça.

Entrelinhas, sussurros e gemidos,

Provocante invasão.

Por entre lábios encarnados,

A língua tesa realizando arruaça.

Rebolando os quadris,

Provocando pirraça.

Desenhando círculos sobre os lençóis,

O tesão atando os nós.

 

Serelepe, ponho-me de quatro,

Esfuziante lascívia.

O suor escorrendo pelas dermes,

Em arremetidas perfeitas.

No enlace,  dueto afrodisíaco, pirotécnico,

Ardente chama –

Inebriando a ambiência,

Cabelos desgrenhados –

No ápice o grito gutural,

Ao som do rock n’ roll -

Desfrutando, orgasmo magistral.

 

- Fode! Fode a tua puta devassa,

O cacete rasgando fundo –

Ao ritmo fazendo graça.

O compasso segue, o rebolado,

Tapas na carne branca –

Hipnotizado pelas ancas.

Mordendo-o com a boca inferior,

O dedão no buraco apertado.

 

Olhando-o fixamente:

- Mete no meu rabo rosado,

- O picolé de morango,  quero fincado.

Respiras, não pensas por um segundo,

Devagar,  penetras profundo.

Aflorando a doce intenção,

De dar o buraco com vontade.

A dor e prazer de mãos dadas,

Verdadeira felicidade.

 

A batida da canção,

Vai ditando a intensidade -

As oscilações.

À um cacete potente,

Não tenho condições,

Parto de encontro à tora,

Engolindo-a sem demora.

Após um tempo,

Com o intruso acostumado.

Remexendo os quadris,

Intenso –

Arrefecendo o modo sutil.

 

Sem nos conter, alucinados,

Cavalgando-me –

Dando-me mordidas,

Espalhando as marcas.

Saborosa excitação,

Cadenciados movimentos.

 

Miscelânea de fluídos,

Culminando no apogeu,

O auge é a nossa base.

No gozo, quase dividindo em dois,

Transcendendo o êxtase.

Por sua vez, pulsando,

Sentindo as veias,

A libido, emaranhado,  as teias –

Nem pense em deixar para depois.

 

Essência,  exaurida –

Sedenta por mais.

Na fome insaciável,

Alcançando o impossível.

Na entrega sem medidas,

Simplesmente, o que fomenta,

A perversão  -

Em completa ebulição,

O prazer na realização.

 

Nenhum comentário: