sábado, 21 de agosto de 2021

A lenda da casa mal assombrada (energia sexual) - 3° parte


De volta à minha cidade, fui direto para a delegacia, pois estava ansiosa por ver Maxwell no lugar que deveria estar, mesmo depois da grande descoberta. Eu sei que não sou a única, mas tudo ainda girava na sensação da novidade.

Flávia achou por bem me acompanhar... Ela não sabia e nem poderia saber de nada.

                                       ***

Ao chegar e me identificando, com os procedimentos de praxe, o delegado responsável pelo caso, explicou-nos como Maxwell fora encontrado desacordado no meio da madrugada em uma rua praticamente deserta. O que ele faria aquela hora e sozinho? Um completo mistério... Uma pergunta que todos faziam ao receber os primeiros socorros. A sorte que estava com os documentos, o que facilitou a sua identificação, sendo constatado uma ordem de prisão preventiva contra a sua pessoa,  ao ser liberado do hospital, mesmo  não falando nada que fosse coerente, foi encaminhado para a delegacia.

Logo após a formalização do meu depoimento, pedi autorização para vê-lo. No início, Flávia não achou que seria inteligente da minha parte afronta-lo. Mas o delegado concordou, aproveitando para me avisar que de acordo como o caso fosse divulgado, com certeza outras vítimas apareceriam.

Um agente penal me levou até a cela onde Maxwell se encontrava. Dali seria levado para um presídio aonde seria formalizada a sua acusação. Provavelmente seria levado para outra unidade e ficaria em isolamento.

- Quem diria nós dois nesta situação? – Com segurança, iniciei o nosso diálogo.

Maxwell estava sentado no chão, abraçado aos seus joelhos, igual a uma criança com medo.

- Vai embora! – Ele gritou perturbado.

Eu o olhava surpresa com a sua reação.

- Foi mencionado que ele não está falando nada com nada. Totalmente aleatório e disperso. Parece que viu fantasmas! – O agente ponderou.

- E você um homem da lei acredita nesse tipo de bobagens? Talvez seja uma lenda. – Eu lhe falei.

- Ela que é a culpada! Veio do além! De outra galáxia! – Maxwell nós interrompeu aos gritos.

- Pode me beliscar senhor. Estou aqui viva de carne e osso. Tanto que você fez o que fez comigo. – Eu o retruquei.

Eu o olhava fixamente. E depois fazendo um sinal em afirmação para o homem que me acompanhava, retirei-me!

Não me abalei nenhum pouco.

Agora sabia quem exatamente era.

***

Flávia não poderia ficar mais tempo. E, após se certificar que ficaria bem, precisaria voltar para a sua vida.

À noite, pedi um carro de aplicativo, encaminhando-se para o aeroporto.

                                       ***

Sozinha... Poderia ficar mais à vontade, pensar em tudo o que estava acontecendo. Ao refletir sobre o meu reencontro com Maxwell, deu-me a entender que estava desnorteado, e que também não fazia a mínima ideia do que realmente estava acontecendo. E querendo ou não, eu me tornara uma ameaça.

Até mesmo em minha concepção,  tudo se fazia muito confuso e incompreensível. Quem em sã consciência acreditaria em minha ancestralidade? Que meu DNA não era apenas humano?

O tempo – O espaço – A ação –

Totalmente relativo ao que vivenciamos.

Sem perceber, inconscientemente, sugava um pouco da energia das pessoas que ficavam ao meu redor. Do nada elas começavam a ficar mais lentas e bocejar.

Na escuridão do meu quarto, repousando e pensando que estivesse em sono profundo, levantei-me e tomando posse do cajado, a sua pedra brilhou intensamente. 

Uma voz me chamava bem no fundo de minha consciência. Flashes de tudo o que havia vivenciado inundavam a minha mente, com uma sensação de poder. Os meus pensamentos me levaram até a cela que Maxwell estava, não mais a que eu o visitei. Antes sozinho, agora estava acompanhado por um colega.

Por alguns minutos permaneci somente observando o seu sono inquieto... As suas palavras desconexas revelavam uma mente em conflito com o seu corpo. O outro detido, mais calmo se mostrava um pouco inquieto pelas atitudes de Maxwell, mas por sua respiração percebia que a intranquilidade de sua alma, fazia-se presente.

O que me fez compreender que Maxwell não seria uma boa escolha para o momento, ainda um tanto debilitado como físico e psicologicamente, não seria viável.

Em meu corpo havia uma ânsia –

Um conflito entre o real e o sobrenatural –

A necessidade e a razão.

Às vezes, os agentes passavam pelas celas realizando as rondas de costume, porém, eles não poderiam me ver.

De repente, Maxwell despertou e ao notar a minha presença, soltou um grito de desespero, o que fez com que o outro homem também acordasse. Maxwell coagido se imprensava contra a parede, como se desejasse passar por ela. Os seus olhos arregalados, repetindo várias vezes a palavra não! Até que o outro totalmente estático, olhava-me como se não compreendesse a minha presença naquele lugar a certa hora da madrugada.

Os agentes penais apareceram para verificar o que realmente estava acontecendo, e vendo a cena patética que Maxwell realizava, deu apenas alguns gritos batendo com o cassetete nas grades para que ele calasse a boca. Vale lembrar que somente eles podiam me ver.

Não havia pressa!

Maxwell me aguardava acuado a minha movimentação, enquanto a outra pessoa tentava decifrar o que estava acontecendo. Talvez pensasse que eu fosse uma aparição, que não fosse real.

Ao levantar o cajado acima da minha cabeça, fiz com que aparecesse duas criaturas minúsculas, para que agarrasse o homem, que talvez não desse nada para os pequenos seres, este ao se levantar lutando contra, fez com que eles quadruplicassem o seu tamanho, finalmente o rendendo sem o menor esforço. Maxwell se encolheu para não ver, mas também fiz com que o capturasse, e de certa forma o tirassem de lá.

Em meu pensamento veio aquela mesma construção antiga, a velha casa abandonada. A qual a sua atmosfera tenebrosa de início fazia percorrer calafrios em meu corpo, reações as quais desconhecia por completo.

O ambiente era composto por uma fumaça meio enegrecida, a escuridão dando passagem a pouca luz iluminando apenas o necessário, fora o cheiro de enxofre para completar a ambiência.

Finalmente, em outra dimensão, os humanóides os prenderam, cada um em uma cruz de madeira formando um X. Novamente ao levantar o cajado, recriei uma masmorra.

Até aonde me conheço, nunca fui adepta a este tipo de fetiche, porém, estava me redescobrindo como um novo e diferente ser.

Maxwell em choque não esboçava nenhuma reação, já o seu colega de cela, ainda não havia se dado conta do que estava prestes a acontecer. Não quis saber o seu verdadeiro nome, mas a sua reação, agia como um pobre animal indefeso, o qual eu o apelidei de presa.

A partir desse dia foi assim que passei a chamar as pessoas, as quais eu sugava a energia, o meu alimento não perecível, às vezes, sim. Porque o medo e o temor era tamanho, que o indivíduo tinha uma síncope, e seus corpos eram levados através de outras dimensões para que pudessem descansar.

Não sabia que possuía algumas capacidades “especiais”. Com o tempo fui descobrindo novos poderes. A mente é realmente algo extraordinário.

Maxwell e a presa me olhavam apavorados e ofegantes. Não seriam necessárias as mordaças. Eu queria ouvir e/ou proibir os seus gritos, sufoca-los com as minhas ordens.

O cajado movimentando no ar, fiz com que surgisse um poderoso chicote em minha mão. E lentamente, porém, com passos firmes me aproximei da presa, rodeando, olhando-o fixamente, manipulando a manivela para que rodasse, e ao perder força comecei a chicoteá-lo por todas as partes do seu corpo.

O seu medo e também a sua excitação... Por que não? Excitavam-me! E fazia com que sentisse mais sede, fome e poder  no que realizava.

A boceta molhada em contrações.

Repeti o mesmo procedimento com o ex namorado.

Os dois continuavam apavorados e excitados!

Os cacetes só faltavam pular do tecido que lhes cobriam... Para facilitar o meu intento, fiz com que ficasse despidos com apenas um pensamento. Cada qual se assustava a seu modo, principalmente, a presa que não se acostumava com a minha condição. Maxwell tremia temendo o que pudesse a vir lhe acontecer.

Eles... Ou ao Maxwell deveria estar familiarizado, pois ele e seu grupo levavam mulheres para lugares nada condizentes, afim de realizar atos que deixaram qualquer humano de bom caráter enojado.

E notando que estava muito vestida, diante de seus olhares incrédulos, transformei a minha roupa, apenas em uma simples capa de látex, o que me deixava praticamente  nua revelando a minha pele clara contrastando com o lugar.

Outra vez manipulando o X de madeira onde estava a presa, deixando-o de cabeça para baixo, encaixando a boceta em seu rosto, ordenei para que me chupasse.

No início, relutante... Tocando-o com o cajado, a sua língua se enrijeceu não possuindo domínio de si próprio, espelhando as suas sensações com as de Maxwell, duplicando e potencializando o prazer.

Na agonia de não possuírem os comandos de seus corpos,  a boceta se tornava quente e inchada, observando o cacete da presa, este faltava explodir de tão excitado que se fazia. Às vezes, contorcia-se de dor, enquanto, segurava-me para não toca-lo me concentrando apenas em meu deleite.

Eles nada poderiam fazer para se desvencilhar de minhas garras. Cada vez mais louca e insandecida de tanta excitação. Porém, as  realizações se faziam necessárias para que pudesse me saciar.

O terror e o pânico se faziam notório. Isso também induzia com que sugasse as suas energias, que com meu regalo reverberava em minha essência.

Ao ponto de quase gozar, parei por um momento, e fiz com que os seus corpos cansados se soltassem das cruzes, e prendendo-os em uma prancha de madeira pelo pescoço, punhos e tornozelos. 

Essas pranchas possuíam uma certa particularidade: Conforme a pessoa se debatia sobre uma delas, os seus membros se esticavam. Uma vez ela completamente imobilizada, se caso não desejasse sentir dor, deveria se manter relaxada, do contrário...

Primeiro montei com a boceta no rosto da presa, esfregando-me. Maxwell observava de soslaio e repeti o mesmo com ele, que se debateu, podia ouvir os estalos de seus ossos, que com a evidência de dor em seus gritos, ficava paralisado, percebendo a dinâmica da prancha.

- Bem vindo à minha masmorra! – Eu lhe falava mentalmente.

Aquilo o deixava perturbado.

A excitação se fazia imensurável...

O tesão –

O orgasmo –

Este é o ápice!

De repente, fiz com que surgisse uma bancada de velas coloridas e acesas. O aroma se constratava com o do lugar. Os meus olhos brilharam diante das reações que poderia provocar.

A presa ficou me observando, talvez ansiando para ver o que pudesse realizar.

Apossando-me de uma delas, comecei a trilhar pingos pelo seu corpo. Quando o primeiro pingo flamejante tocou a sua pele, ele se contorceu de dor, fazendo com que seus membros se esticassem, e seus ossos estalassem, assim percebendo que teria que se concentrar a cada pingo tocando o seu corpo. Assim trilhas coloridas eram marcadas. Também repetia o mesmo processo com Maxwell, intercalando entre os dois.

As suas dores me excitavam –

Davam-me prazer –

Observava bem os seus olhares.

E quando os pingos tocavam as partes mais sensíveis de seus corpos, lágrimas escorriam demonstrando dor. Como aquilo me alimentava...  Os seus sofrimentos.

Atentamente olhando para Maxwell...

O cacete em riste apontado para o teto, dei-lhe o gostinho de me sentir novamente cravada em seu corpo, ainda apavorado. As suas reações e sensações, mesclavam-se o tornando rígido, fluídos se misturavam culminando em minha expansão corpórea fazendo com que também jorrasse o sêmen com abundância revitalizando as minhas forças.

Mas eu desejava mais –

Sempre mais –

O quanto desejasse!

E indo na direção da presa, realizei um movimento com o olhar, que de castanho se transformou em vermelho. Ele deu um grito tão apavorado, mesmo sabendo que ninguém o escutaria, com a força do pensamento o sufoquei, e apontando a ponta de seu cacete para a entrada do meu rabo, deslizei de uma só vez o engolindo. A sua expressão era como se não acreditasse no que estava presenciando e sentindo, pois fizera uma cara de prazer e não de dor. Isso o deixava mais intrigado, enquanto, subia e descia na sua rola, rebolando e me tocando.

A boceta escorria –

Com a massagem anal.

O pensamento cessando em sua incredulidade, com a manipulação de seu corpo, não correspondia aos seus comandos. Eu quem os orquestravam ao meu favor. Na ânsia pela saciedade, não me importava com o tempo que fosse.

O espaço e o tempo são bem relativos, como numa outra dimensão – Completamente desconhecido.

Por um momento, a presa começou a sentir dor, percebia por suas reações e gemidos, embora não se mexesse. Quanto mais demorasse sobre o seu pau, mais sugaria a sua energia com a fricção de nossos corpos, fazia com que ficasse mais aquecido.

Às vezes, percebia a prancha repuxando os seus membros, numa tortura dupla... E percebendo que não aguentaria segurar o seu gozo, deixei-me expandir em conjunto, mesclando o êxtase, o que fez com que a sua energia reverberasse em corrente elétrica em meu corpo.

Os dois me olhavam, como se não acreditassem no que vivenciavam. E não dei chance de compreensão, pois havia conseguido atingir o meu objetivo.

***

O cajado movendo, fiz com que retornássemos para a cela de antes. Nenhum sinal de anormalidade.

O dia estava amanhecendo –

Pacientemente eu fiquei em um canto observando a movimentação ou nenhuma.

De repente, uma correria de dois agentes pelos corredores carcerários, que vieram verificar. Maxwell e a presa, chamando-os pelos nomes. Como eles não respondiam, resolveram adentrar a cela. Ao verificar os sinais vitais, estes estavam normais, porém, ficaram intrigados com as marcas de queimaduras  de velas em seus corpos. Se fosse apenas em um, mas estavam nos dois. Não restava nada a fazer, a não ser levá-los para a enfermaria.

- Pelo jeito ela voltou a atacar novamente! – Um dos agentes comentou.

- Como assim? – Eu me indaguei.

Neste momento, a mulher misteriosa da túnica se revelou com um sorriso misterioso e eu o retribuí.

- Vi que é uma mulher inteligente... Aprende rápido! – Ela me falou mentalmente.

- Já percebi que não sou a única a ultrapassar a barreira do limite para conseguir o que se deseja. – Eu continuei.

A partir daquele dia, eu deixei que a justiça se encarregasse do destino de Maxwell.

                                     ***

Para usufruir da minha nova condição, resolvi por morar em um lugar totalmente remoto do país com pouquíssima civilização por perto. Dessa maneira poderia percorrer por várias dimensões sem ter que me esconder ou ter que dar explicações de quem eu sou e de minha aparência sempre juvenil.

Dessa forma poderia estar em um lugar calmo, ou em uma área bem movimentada em qualquer lugar do mundo, ou em outras galáxias. Dependeria apenas do desejo e de meus pensamentos.

Em todo o lugar do mundo há energia para revitalizar o meu corpo. 

Basta saber como me saciar.

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