domingo, 24 de fevereiro de 2019

Força motriz



No espaço dos contornos e no tempo...
Há uma luz desperta difusa e infinita.
Que ao longe brilha, o olhar penetra,
Sem regras e nem contrapontos.
Somos os mesmos em meio à despedida,
Mas ainda bem que há os reencontros.
Em roupas que caem espalhadas pelo chão,
Revelando a pele à meia luz... Carne crua.
Com avidez demonstrando o tesão,
A minha insanidade ser completa e tua.


O falo ereto penetra o entremeio da face,
Movimentos colaboram sem disfarce.
No golpe arremete toda  a lucidez,
Pondo a prova toda real insensatez.
A beleza na penumbra se revela...
Feito um barco a deriva e sem vela.
Vai nos levando em meio ao turbilhão,
Perdendo-nos sem bússola. Qual é a direção?
Expondo-nos aos prazerosos devaneios,
Mãos quentes e firmes passeando pelos seios.


A dança frenética... Golpeia-me e hipnotiza,
Devolve o viço... Ao corpo martiriza.
A derme marca... Linda cor de carmim,
Brincadeiras e fetiches sem nenhum fim.
Deixa-me tonta... Lânguida e sem reações,
A mercê do algoz e suas provocações.
Causando o intumescimento,
No clima desvairado... Pleno aquecimento.
Na devoção da luxúria e profanação,
No sexo... Heresia... Encobrindo a razão.


Na figura encandeia... Vulva inchada,
Entra e sai... Zig-zag injeta a fúria.
Com furor desencadeando maestria,
No entorpecer da entrada apertada.
Um mar revolto em meio a calmaria,
Penetrando o elixir da vida, a nossa galhardia.
É uma loucura avassaladora,
Corpos encaixados de maneira duradoura.
A lascívia imprime na alma... Tatuagem.
Excitação... Isso é mais do que miragem.


É envolvente o feitiço. Entrego-me e me leva,
Não tenho como não me render e enleva.
As tuas nuances são sim muito atrativas,
Possuo mil razões para seguir todas positivas.
Sem arrependimentos, sigo em frente,
Não quero saber se ajo incoerente.
O êxtase manchando o lençol, pontual,
Nada platônico totalmente proporcional.
Os sentidos cadenciados e arrebatador...
Rezo ajoelhada o rosário em pleno fervor!

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