Em uma manhã de sexta-feira no trabalho, quando o alarme do WhatsApp soa
no celular. Não olhei prontamente e ao verificar:
- Amiga, logo à noite em minha casa, alguns amigos e eu faremos uma
festinha. E você está convocada. Eu disse CON-VO-CA-DA e não convidada. Ou
seja, não aceito desculpas. Bjs
Ao terminar de ler a mensagem sorrindo...
- Pois é... Não terei como não ir, quando Fábio vem com essas ideias, eu
sei que está aprontando uma. – Eu pensei.
O pior é que não tenho como resistir. Por Fábio ser homossexual, ele tem
cada amigo e nem todos tem a mesma opção sexual. Todo mundo se respeita, pois
ele sabe e conhece os limites de cada um.
E respondi a sua mensagem com um coraçãozinho.
E fiz todas as minhas tarefas o mais rápido possível e para ser melhor
ainda, o chefe me liberou antes do horário.
Fui correndo para casa, a fim de dar um toque especial em minha
produção. E nada melhor do que usar uma cor quente, como o vermelho nas unhas e
no vestido para constatar com a minha pele branca e o cabelo loiro.
E pelo WhatsApp marcamos a hora, já que ele gostaria que chegasse
primeiro que todo mundo.
Não sei o motivo, mas que aquilo me deixou com uma pulga atrás da
orelha... Deixou!
***
- Nossa! Você está um arraso! – Ele comentou ao me receber.
- Nada de mais! Bom... Estou aqui! Conte-me tudo o que está aprontando!
– Eu sugeri.
- Hum... Nada querida! A culpa é desse seu signo que a deixa desconfiada
de tudo! – Ele tentou disfarçar, mudando logo de assunto.
E notando que havia algo no ar, eu o ajudei a terminar de organizar a
sua pequena recepção.
Um pouco mais de uma hora e meia, os demais convidados começaram a
chegar.
As festas de Fábio eram sempre muito produzidas...
Um clima quente de sex-appeal também permeava o ambiente, com homens e
mulheres muito bem vestidos ou quase sem nada... Isso variava de acordo com a
ocasião e temática do evento. Mas aquele era algo mais casual, ou seja, para
todos se divertirem.
Durante a festa, conversei com alguns convidados que conhecia e fui
apresentada a outros, entre homens e mulheres, LGBTs e afins.
Aos poucos fui me envolvendo com a ambiência que se formava...
Comidas e bebidas à vontade...
Mesmo não sendo apta a beber, deixei me enveredar por algumas
doses, e sem perceber estava enredada por aquele novelo de luxúria e
perdição.
Vozes se misturavam ao som da música ambiente e eu cada vez mais
embriagada... Talvez ninguém ali me reconhecesse... Nem eu mesmo!
Para tudo tem a sua primeira vez, em meio a tantas outras que me mantive
fora do foco e de atenções alheias. Porém, dessa vez por mais que tentasse me
desvencilhar, havia algo que me puxava para o centro.
Não notava olhares maldosos em minha direção, para mim não passava de
uma brincadeira.
Infelizmente nem todas as pessoas são iguais. E por mais que nos
conhecemos, chega um dia na vida que somos surpreendidos por nossas próprias
atitudes.
Não conseguia raciocinar.
Mãos me tocavam...
As pessoas giravam ao meu redor, encontrava-me completamente tonta,
devido ao álcool em minha mente e com o que acontecia.
Fábio se aproximou e achou melhor eu me recolher em um dos quartos para
que pudesse descansar e me recuperar do porre... Achou por bem, uma de suas
amigas me acompanhar, pois tinha medo que fizesse alguma besteira. E sem
compreender bem o que se passava... Aceitei!
***
Ao acordar, não sabia exatamente a hora... Fazia-se silêncio no
apartamento e no quarto aonde me encontrava. Mas ouvia gemidos abafados entrando
pela porta, oriundos de um dos cômodos.
Ao me levantar, a amiga de Fábio e outro rapaz também despertaram. E
eles dormiam em um colchonete no chão do quarto.
Ao fazerem menção de perguntar algo, pedi silêncio, fazendo sinal com o
dedo sobre a boca, pedindo para que escutasse o som que vinha de fora do
quarto.
Nós três ficamos nos entreolhando, quando algo se acendeu: Respirações
ficando ofegantes... As bocas entreabertas e ressecadas... Olhares fixos
um no outro, formando um triângulo.
O álcool ainda passeava por minha corrente sanguínea e fazia estragos.
Guta... Se não me engano, este era o nome da amiga de Fábio, foi logo
deslizando a mão sobre o meu seio direito, mesmo por cima do vestido, senti
algo diferente. Quando Alfredo enfiou a mão entre as minhas coxas, afastando as
minhas pernas e, colocando a calcinha de lado, enfiou os dedos na carne molhada.
Em um leve raciocínio, tentei me livrar de sua mão, mas aos poucos fui
dominada por uma sensação de entorpecimento, deixando com que aquelas mãos
fizessem o que desejassem comigo.
Em poucos segundos, estávamos os três nus, com mãos e línguas acariciando
os nossos corpos mutuamente.
Alfredo se mostrava imponente com a sua derme de ébano e Guta com seu
tom de pele bem bronzeado e lábios carnudos, proporcionando- me prazer.
Com a maestria do que sabem o que estão fazendo, colocaram-me deitada
sobre a cama... Guta flexionou os meus joelhos e abriu as minhas pernas,
repousando a língua tesa em meu clitóris, recebendo um choque de êxtase,
simultaneamente, Alfredo se alojou em minha boca... Os meus gemidos eram
abafados por sua proeminência.
Eu deixei me levar por essa nova sensação... Uma descoberta que jamais
pensei que me abriria.
Em um dado momento, Guta e Alfredo trocaram de posição. Ele fez com que
ficasse de quatro. E foi a vez dele degustar de meu sexo molhado... Guta me
oferecendo o seu.
No início fiquei meio sem jeito, porém, tudo e um pouco mais foi se
engrenando.
Cabelos se enroscavam...
Suores se misturavam...
Fluídos em alquimia...
Alfredo me estocava...
Guta apertava os próprios seios conforme a sua excitação, enquanto eu
metia a língua e dedilhava o clitóris em chamas.
Sussurros eram inevitáveis...
Alfredo ditava o ritmo... Encontrávamos em um compasso delicioso, onde o
sexo entrava literalmente em harmonia.
A cada estocada era um gemido de prazer... Fincando o dedão em minha
rodela...
Guta saiu de sua posição e fez com que Alfredo se deitasse e de quatro
com a minha bunda em sua direção, ele enfiava o dedo em meu anel e Guta se
servia de minha boca.
Alfredo fez com que me sentasse sobre ele, fincando o membro na entrada
traseira, enquanto Guta brincava com a vulva, para que assim a dor logo se
desvanecesse e reinasse o deleite.
Ao engoli-lo totalmente, um arrepio intenso percorreu toda a extensão de
meu corpo... Guta me olhava hipnotizada com a batuta de Alfredo fincada em meu
rabo e a boceta escorrendo, mais parecendo uma cachoeira e novamente caiu de
boca sobre mim, que rebolava ensandecida recebendo carícias duplas...
Quem em sã consciência poderia prever algo assim? Só o meu amigo!
Tudo exalava tesão!
Alfredo grunhia...
Elogiava-me...
Por minha vez, o apertava com meus lábios anais.
Guta me oferecia língua e dedos...
Alfredo e eu recitávamos palavrões...
Aos gritos gozei!
Não quis nem imaginar e nem saber quem pudesse me ouvir.
Ainda convulsionava encaixava em Alfredo, que também me brindou com o
seu mais puro licor, quente e espesso enchendo o meu copo, fazendo-o
transbordar... Que delícia!
A adrenalina me embriagava...
Guta se colocou em meu lugar. E apesar de ter gozado, Alfredo se matinha
ereto o invadiu o outro rabo... E ao abrir as pernas eu me enfiei entre elas
para saborear Guta em meu paladar. E
assim retribuía o prazer a mim concedido.
Sem perceber a aproximação, notei mãos em meus
quadris... Alguém abrira a porta e ao olhar de soslaio para trás, percebi a
presença de um dos amigos de Fábio que me penetrava com ele observando tudo!
Não me ou o questionei...
Apenas me deixei levar por aquele mar bravo que
descortinava um novo horizonte em meu olhar, sem saber em que porto me atracar.
Fábio deslizava as mãos sobre o meu corpo e me acariciava
tão intimamente.
Como se estivéssemos combinado, Guta e eu nos
entregamos a um gozo simultâneo, entregues a uma sincronia ímpar.
E o desfecho não poderia ser
melhor com o amigo de Fábio nos servindo com o seu leite direto em nossas
bocas.
E quem foi que disse que terminou por ai?
A nossa festinha particular teve continuidade na piscina.
E depois nos aconchegamos na sala ampla e espaçosa para usufruirmos de
nossos devaneios corporais.
***
Com muitos gozos, celebramos uma nova etapa de nossas amizades, entre
três homens e duas mulheres.
Se haveria espaço para mais...
Só com o tempo e a confiança que se saberá.
***
Assim nos rendemos às surpresas do destino...
E que venham mais festas para celebrarmos a arte do sexo!
Nenhum comentário:
Postar um comentário