quinta-feira, 11 de novembro de 2021

Tsunami de hormônios





Sem nos ver, foram anos,

Não sei se estava nos planos –

Ou se foi o destino,

Em insano desatino.


Há quanto tempo,

Desejei o seu peso –

Sob o meu,

Bem aceso.

Fazendo escarcéu,

No contraponto.


Um amor juvenil,

Enfeitando o céu.

Iluminando cor anil,

Lembranças ao leu.


***


Apareceu de surpresa,

No corpo –

Causando reboliço.

Fez-me a sua presa,

Tempestade de excitação.

Em deliciosa rendição,

Tsunami de hormônios.

Aplacando o feromônio,

Intempestivo feitiço.


O seu rosto o mesmo,

Um sorriso inigualável.

Perfeição de realismo,

Sem pedir licença.

Impôs a sua presença,

Tornando-me –

Vulnerável.


Apossando-se –

De meus territórios.

Os seios intumescidos,

Fazendo-se notórios.

Embriagando-me –

Com o seu furor.

Entorpecida –

Pleno torpor,

Desenhando pecados.


Desfazendo a razão,

Aflorando a picardia –

Entregando-me –

À lascívia.

Deixando-me –

Levar pelo tesão.


Roçando os sexos –

Sentindo o volume,

Na eminência.

De sua invasão –

Mágico lume,

Desvairados, sem nexo.

Em nossa resiliência,

A conquista, realização.


Peles suadas –

Ofegantes a respiração,

Arritmia descompassada.

Carícias – A perversão,

Toques, agraciada.


Pouco a pouco despidos,

Uma dança não ensaiada.

Percebendo a ânsia,

Ao me penetrar –

Asfixiando-me - Corta o ar.


De modo abrupto,

Usufruindo das coordenadas.

Ensandecidos –

Volúpia carnal.

Tapas incendeiam, primordial,

Açoites interruptos.


Ofereço-me –

Por completo.


Simultâneo –

Fremente –

Instantâneo –

Veemente.


A transitoriedade,

No infinito –

A dualidade.

Interdimensional,

Amadurecidos.

Em atritos,

Mais pervertidos.

Na essência,

Surreal –

Efervescência.


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