sábado, 26 de fevereiro de 2022

Epílogo da expansão

 


Ao final é sempre assim,

A pele marcada –

Em tons vermelhos.

Acariciando -me,

Aprecio no espelho.

Cor de carmim,

A excitação devotada –

Inspirando-me.


Alguns hematomas,

Denuncia o frescor.

Embates corporais,

Golpes viscerais.

Enlouquecida lascívia,

Endossada pela luxúria.

Saio da redoma,

Sentimento avassalador.


Na contrição dos atos,

A volúpia de fato.

O epílogo da expansão,

Corpos suados –

A transmutação,

Nos solfejos dos gemidos.

Na fricção – Os atritos,

Decibéis no alto, os gritos.


Miscelânea de sussurros,

Na pele o suor.

Envolvidos pelos urros,

A realização da voluptuosidade.

Essa é a realidade -

Arrepios – Uníssona verdade.

Os fluídos em explosão –

Revelando o ardor.


O âmago  – Delírio o tesão,

Impossível o desejo –

No bis – Desejo muito mais.

O sexo me preenche, demais,

A alma incontida, o ensejo.

Doce realização, alucinante,

Por horas o deleite –

Insaciável perversão.


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