quinta-feira, 11 de agosto de 2022

Místicos e molhados

 


Cabelos -

Longos -

Encaracolados,

Na vibração do quarto de motel –

Molhados.

Transcende no poder,

A aura mística.

Ao serem puxados,

Revelando os pecados –

O sétimo capital,

A luxúria excepcional.


O cacete à disposição –

Fincado,

Movimentos alucinógenos.

À favor da ereção,

Completa excitação.


Desperta os gemidos,

Crescentes decibéis.

Tapas –

Arranhões –

Mordidas –

Culmina em sensações.


Nos toques lascivos,

Buracos receptivos.

O som alucinante –

Do heavy metal.

No solavanco crucial,

Preenchida por inteira –

De modo cabal.


O despertar da alucinação,

Nada de frescuras.

Nenhuma objeção,

Aceito tudo, submissa.

Sem premissas,

Ou quebrando promessas.


Rendemo-nos aos instintos,

Os mais genuínos –

Talvez primitivos.

Na pele o suor,

Em meio ao labor –

Da diversão.

Os sussurros -

O fervor,

A utopia do acasalamento.

Ladainha ardil,

Deixando-me febril.

Resplandece o avivamento,

Em seu ensejo –

Mútua realização,

O desejo da expansão.


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