Com a pandemia do novo corona vírus, muitas coisas ficaram suspensas no ar. Antes a correria do dia a dia, a falta de tempo. De um momento para o outro, deu lugar a desaceleração, fazendo com que tivéssemos muito tempo em nossas mãos.
Com o trabalho de home office, procurava ocupar a minha mente com uma vibe positiva: Música, livros, até um pouco de rede social, procurando vibrar em outra energia. Não a fúnebre que se apresentava nos canais de televisão, ou notícias falsas na internet.
Nos intervalos do trabalho, o que me salvava era o bom e o velho rock n’ roll.
Os meses foram se passando, o número de mortes diminuindo, embora atualmente ainda aconteça. Ao trabalho normal eu voltei. Os espetáculos e shows foram retornando gradativamente conforme as medidas de segurança. Não possuímos mais o receio e a preocupação de nos encontrarmos pessoalmente.
As minhas amigas e eu ficávamos trocando informações, ávidas por novidades através das redes sociais. Até que surgiu um festival de rock n’ roll na cidade. O flame recebi pelo whatsapp de uma delas. Algumas bandas tocariam durante dois dias, e escolhemos a noite de sábado para aproveitarmos a ocasião.
***
O dia marcado chegou.
Estávamos eufóricas.
Em um grupo de cinco amigas, contando comigo.
O apartamento de Bruna foi o nosso ponto de encontro. Quando cheguei, Sabrina já estava um tempo depois a Carla. Michele chegou um pouco atrasada, por conta de morar mais distante.
Finalmente, o carro do aplicativo não demorou a chegar. Sem falar que o motorista reclamou por estarmos em cinco, mas mesmo assim, com todas usando máscara nos levou.
A fila no local do festival estava imensa, mas conseguimos um bom lugar. Ao entrarmos, a primeira banda já entoava os seus primeiros acordes. Com receio de nos perdermos uma das outras, combinamos um ponto de encontro, como fazíamos de costume.
Os primeiros shows foram incríveis. Mas quando a terceira banda entrou, não sei o que havia bebido que surtiu efeito, ou será que foi a fumaça que se expandia? Até então, conhecia de nome. As pessoas em transe começaram a gritar o nome da banda: Efêmera Verdade, e dar socos violentos no ar. Aos acordes iniciais, o vocalista ecoou um grito gutural. O conjunto de sons e imagens criava uma sinergia, o que era impossível de não me deixar levar. De soslaio, observando as amigas totalmente entregues ao ritmo, enquanto, desfrutávamos do show. Uma ou duas se revezavam para buscar as bebidas.
De vez em quando a plateia organizava rodas, mas na parte contrária de onde estávamos. E no momento, em que sai e ao voltar não encontrei nenhuma das garotas.
Não foi difícil me desfazer do excesso de copos em minhas mãos. E continuei ali mesmo onde me encontrava.
O trio era incrível. Não sei como aínda não os conhecia. Ainda mais o vocalista que nessa altura do campeonato com a adrenalina efervescendo tratou logo em tirar a blusa, permanecendo com uma calça jeans marcando o corpo, exibindo um peitoral delicioso. Impossível não ficar excitada com todos aqueles ingredientes. As letras cantadas em tom de sentimentos e revolta, detonando o atual governo, dando um chega pra lá nos racistas.
Quando terminou esse show, no intervalo para a última banda. Aos poucos nos reunimos no lugar o qual marcamos.
No momento, em que tentávamos nos aproximar do palco com aquele empurra, empurra a última banda a tocar, finalmente subiu, novamente incendiando a galera. Mesmo com a gritaria e o pessoal cantando junto, uma voz sobressaiu nos meus ouvidos, porém, continuei curtindo as músicas. Como era uma banda que estava em evidência na cena, foi fácil disfarçar. Mas quando dançando me virei, não foi difícil reconhecer o dono dos dreads. Sim! Era o vocalista da outra banda que havia se juntado à plateia no meio da pista para também aproveitar o espetáculo. E bem perto de mim.
Algumas pessoas conversavam com ele, elogiavam o trabalho, comentavam sobre o show, mas com certo limite. E eu desejando ultrapassa-lo. Com certeza não seria a única mulher com a calcinha molhada. Em certo momento, esbarramo-nos, mas pedi desculpas. No meio da euforia trocamos algumas palavras. Sentia que acontecia um clima de flerte. Porém, era normal ocorrer nesses eventos e ficar por isso mesmo.
O dia estava quase amanhecendo, quando o bis da última banda acabou. Então, decidimos por esperar a maior parte do público se dispersar.
***
Enquanto, caminhávamos por uma rua mais tranquila para chamarmos um carro por aplicativo, encontramos uma padaria aberta, e decidimos por tomar um café. No início ficaram nos olhando um pouco estranho, mas quando sentiram que éramos “moças de família”, receberam-nos bem. Como estávamos em um festival de rock, nada como ir a caráter. Infelizmente, o preconceito existe.
Estávamos distraídas tomando o nosso café, que de desjejum não tinha nada. Como eu me sentei de costas para a entrada, e já havia falado do flerte com um dos vocalistas que tocaram.
- Não acredito! – Michele disparou.
- O que foi? – Eu lhe perguntei.
- Conta logo! – Bruna exclamou.
Sabrina neste momento, havia ido ao banheiro.
- A van da banda Efêmera Verdade acabou de estacionar aqui na frente e pelo jeito...
No momento em que virei para trás
- Olá! Acho que tem alguém aqui me seguindo! – O vocalista da banda comentou.
- Oi! Acredito que seja ao contrário! – Eu lhe retruquei.
- Verdade Charlison. Ela chegou aqui primeiro do que você, ou seja, do que nós! – O baixista da banda complementou.
- Eu sei. É somente para quebrar o clima da surpresa. – Charlison concluiu.
- Não estou te reconhecendo! – O baterista comentou.
- Alguém pode me explicar o que está acontecendo? – Sabrina perguntou ao voltar do reservado.
Todos nos apresentamos, afinal, estávamos no mesmo evento. E o que aconteceu ali foi apenas uma coincidência. Estranhei o fato de não ter mais pessoas no estabelecimento.
Os três rapazes da banda que estavam acompanhados por mais duas pessoas, fizeram o seus pedidos.
A conversa fluiu, comentávamos sobre os shows, a banda, como ficamos próximos na plateia. Como disse, tudo obra do acaso.
As minhas amigas como não são bobas e nem nada, perceberam uma tensão sexual entre o vocalista e eu. E como estavam um pouco atrasados para o próximo compromisso, o máximo que pudemos realizar foram trocas de contatos e redes sociais.
- É fácil sabermos por onde estamos. As agendas dos shows estão sempre sendo atualizadas em nossas redes sociais! – O baterista comentou.
- Lilla, assim que puder eu te ligo! – Charlison me falou.
E todos se despediram.
Quando foram embora.
- Aí Lilla! Deixou o cara caidinho! – Michele comentou.
- Isso é coisa de momento. No próximo show, na próxima cidade será outra. – Eu comentei.
Ao terminarmos, chamamos o carro por aplicativo e nos dirigimos novamente para a casa da Bruna. A euforia e a adrenalina ainda se faziam presentes, e com toda a expectativa pelo contato de Charlison.
No carro mesmo já começamos a seguir a banda pelas redes sociais. Os Instagrans individuais dos integrantes eram fechados, e por esse motivo, não enviei solicitação. Na parte da tarde antes de deixar a casa de Bruna, eles visualizaram os directs, em meio à correria que deve ser os shows e ensaios.
Ao chegar em casa, depois do banho, preparei o almoço rapidinho e fui dormir um pouco para repor as energias para mais uma semana de trabalho.
Eu peguei tão firme no sono, que acordei somente à noite. Não tinha como não ser, depois de toda aquela agitação da noite anterior no festival de rock e suas vertentes. Conhecer e manter contato direto com uma das bandas, ainda mais um flerte com o front Man, que ficará para a história, e ter o que comentar com as amigas.
Ao verificar o celular, havia algumas mensagens, e uma ligação de um número não registrado. Segui com a minha rotina assistindo a séries.
Durante a madrugada o telefone tocou me acordando, e ao observar era o mesmo contato. Ao atender com a voz sonolenta, a pessoa do outro lado pedia desculpas por conta do horário.
- Tudo bem! – Eu lhe falei.
- Aqui é o Charlison! Achou que não te ligaria? – Ele me perguntou.
- Na verdade sim! Pensei que seria algo de momento. – Eu lhe expliquei.
- Semana que vem haverá dois shows em uma cidade vizinha. Se quiser comparecer em uma das noites com as suas amigas. – Charlison nos convidou.
- Caramba! Que máximo. – Eu lhe falei surpresa.
- Pois é! Poderíamos marcar de nos encontrarmos por lá! – Ele complementou.
- Confesso a você que estou surpresa. Não esperava! – Eu comentei.
- Então, não quer me ver novamente? – Ele me perguntou diretamente.
- Claro que sim! – Eu lhe respondi.
- O pessoal está me chamando aqui! Vamos conversando durante a semana. – Charlison me avisou.
- Tudo bem! Bom show! – Eu lhe desejei.
- Beijos! Até mais! – Ele falou interrompendo a ligação.
Foi difícil dormir novamente. Para me distrair, fiquei assistindo os vídeos da banda por um site famoso.
***
Na manhã seguinte, enquanto, seguia para o trabalho, enviei mensagens para as amigas contando as novidades, falando principalmente, sobre o convite. Mas ao verificarmos o local dos shows, como seria um tanto longe, logo desanimaram por terem outros compromissos.
***
Durante a semana, Charlison me enviava mensagens, foi a única interação que tivemos durante os intervalos do trabalho. E acabei não indo ao show.
No meio da outra semana, ligou-me para avisar que não aceitaria um não como resposta. Pois os shows que seriam realizados no próximo final de semana foram cancelados por problemas com a casa de espetáculo, e que estaria disponível. Quando soube, pensou logo que seria a oportunidade de nos reencontrarmos.
Interagíamos através das redes sociais, pelos directs. E quando comentava algo em seus trabalhos, policiava-me para não me mostrar demais e as amigas também.
***
No dia marcado, enviou um carro de aplicativo para me buscar, enquanto, esperava-me em um barzinho badalado da cidade.
Ao sair do carro e reencontra-lo, um pouco diferente da madrugada em que nos conhecemos, com roupas formais, a pele negra, o cabelo ornado com longos dreads, no auge de um metro e noventa de altura. Porém, ao me aproximar, senti alguns olhares. Eu sabia que isso aconteceria. Por mais que sejam tolerados relacionamentos interraciais no Brasil, ainda é visto com certo olhar de reprovação. Portanto, isso nunca me intimidou nenhum pouco.
Os dois animadamente conversando, música ao vivo, um delicioso jazz para variar. Um sorriso perfeito, assim como chamou a minha atenção. Com certeza, atrairia qualquer mulher.
Charlison possui uma conversa inteligente, discorrendo por vários assuntos. Muitos julgam o rock n’ roll como um gênero barulhento, com muitos gritos, em que nada acrescenta. Não fazem menção do que este estilo musical é capaz de revolucionar e transcender.
Aquela mesma tensão sexual que aconteceu no primeiro dia, também se repetia naquela noite, com o álcool performando em nossas mentes.
Charlison me confidenciou que estava hospedado em um hotel próximo. O que me fez ler nas entrelinhas de suas palavras e expressões faciais, entendendo perfeitamente o que desejava falar, e também teria residência fixa em outra cidade. Aliás, músico não tem paradeiro certo, vive na estrada da vida, ainda mais por ser a voz principal. É muita responsabilidade, além do que é uma banda que está despontando no cenário, requer muitos compromissos, mas que naquela noite estaria todinho ao meu dispor. Prontamente, aceitei o convite.
Até falávamos sobre o seu trabalho, no entanto, o nosso intuito, era somente outro: O de nós conhecermos e degustar de longas horas prazerosas na companhia um do outro.
Não demorou para que fechássemos a conta, e no pequeno trajeto no táxi para o local em que estava hospedado, realizávamos uma prévia do que poderia acontecer entre quatro paredes. Ansiava muito, mas procurava não demonstrar.
No quarto, serviu-nos de vinho para apimentar o momento.
Ao ligar o aparelho de som, perguntou o que desejava ouvir...
- Heavy Metal! – Eu lhe respondi sem pensar.
- Algo em específico? – Ele perguntou com a voz embargada pelo tesão.
- Uma play list variada... Gosto de ser surpreendida! – Eu continuei.
- Adorei isso! – Charlison exclamou.
Ao selecionar as músicas, não perdeu tempo, abaixando a alça do vestido me beijando outra vez com aquela boca carnuda. A sua pele de pura melanina exalava tesão, o que me incendiava.
Charlison me provocava –
Tirava-me dos eixos –
Fazia-me flutuar com as sensações, o corpo em constante reação.
Sentando-me sobre a mesa que estava em um canto do quarto, apoiando um dos pés sobre a cadeira, fui me abrindo. As suas mãos deslizaram, entregava-me às suas carícias, os toques por entre as coxas atingindo o ponto sensível, afastando a calcinha mais do que molhada.
Ofegante –
Visualizava o volume rígido que se formava sob a sua calça, acariciando-o sobre o tecido, abri o zíper abaixando-a, o que apresentou toda a potência de macho. Com tamanho desprendimento, coloquei-me ajoelhada e o sorvi com voracidade.
Os acordes musicais se misturavam com os sussurros. Ele prendia os meus cabelos em uma das mãos, formando um rabo de cavalo. Os meus lábios vermelhos passeavam por sua glande, umidificando-a.
Os fluídos com a minha saliva –
O sabor do sexo –
Crescente proporção do prazer.
Charlison fez com que me levantasse e hipnotizada abri os botões de sua camisa a fazendo deslizar por seu tórax, soltei os cabelos que deu um ar totalmente sensual emoldurando a lascívia. Em seguida, girei o meu corpo, ele abriu o meu vestido que teve o mesmo destino de suas roupas: O chão. Acariciando-me por completa, fiz com que se sentasse sobre a poltrona quase em frente à cama, ajoelhando-me novamente e degustando o cacete com o corpo nu, enquanto, tocava-me. Em dado momento, levantei-me e de costas para ele roçava em seu corpo, rebolava sinuosamente, a boceta escorria pela ansiedade em ser preenchida, até o momento em que fui abaixando sentindo cada centímetro a me adentrar, quando o engolia, ele esfregava o clitóris, apertava os seios. Os instintos seguindo, envolveu-me em seus braços, levantando-se, guiou-me até a cama – Colocando-me de quatro, saiu rasgando a boceta, demonstrando a mesma atitude que possui nos palcos. Acredito que foi esse o motivo em ter despertado a minha atenção, ou melhor, o tesão. Ainda mais quando se aproximou com a pele suada e a adrenalina reverberando por sua essência. O heavy metal tem uma sinergia singular. Somente quem se conecta sabe do que estou falando.
As suas batidas seguiam ritmadas nos lábios vaginais que se expandiam, o que levava a me tocar. As mãos pesadas na medida certa puxando os cabelos, dando-me tapas que pedia enlouquecidamente. Tudo fazia vibrar ressoando na luxúria.
A cada açoite um gemido sentido mesclado com sussurros, tão imensurável que não demorei a me expandir, derramando-me quente sobre o pau teso, intensificando as arremetidas, sentindo-o cada vez mais em riste, até o instante em que o senti pulsando, deixou-se emanar com um grito gutural saindo de sua garganta, em demonstração do prazer.
Charlison me segurava pelos quadris, com o cacete a pulsar, simultaneamente contraia a boceta e o apertava para intensificar o deleite.
- Que visão maravilhosa! – Ele comentava.
Porque ao mesmo tempo em que contraia a boceta, o rabo também piscava o instigando.
- Rosinha! Não tem como não desejar! – Ele continuou.
- Quer? Ele é todo seu! – Eu lhe ofereci.
- Maravilhoso! – Charlison exclamou.
Não fazendo cerimônia, deslizando pela boceta, continuou até chegar ao rabo que se abria para recebê-lo.
De quatro permanecia –
Ao enfiar o dedão eu me contraia para ter conhecimento da pressão.
- Se com o dedão faz assim, imagina com o meu caralho! – Ele se certificou.
- Não quer verificar a sua teoria? – Eu lhe instiguei.
- Toda aberta... Oferecida... Só se for agora! – Charlison se prontificou.
Para trás, olhando-o fixamente, quando saiu da boceta com a mistura de nossos fluídos, deslizei a mão enfiando os dedos e gemendo baixinho, ele circulava o orifício anal com o dedo indicador mesclando com a língua, abria-me para sentir com ênfase as carícias. No instante, em que apontou o cacete teso, um arrepio percorreu todo o meu corpo.
Aos poucos foi me invadindo, e lentamente jogava a bunda de encontro ao seu corpo, engolindo-o, fazendo-o desaparecer. As mãos firmes me seguravam.
O que fazia era senão me render, entregar-me ao que o destino me apresentava.
Charlison abria as minhas nádegas para que pudesse me invadir completamente, quando senti as bolas batendo na carne, uma sensação de dor e prazer, uma miscelânea gostosa em desfrutar no auge da libido.
Demonstrávamos mutuamente à vontade e o desejo de estarmos juntos, irradiava em reações e sensações. No segundo em que me acostumei com a sua invasão, remexia-me devagar, gradativamente intensificando os movimentos, com ele puxando os meus cabelos – Impondo força.
Quando tomou as rédeas da situação, cavalgando-me com destreza, enquanto, aos gritos pedia para que continuasse a comer o meu cu.
Tudo à nossa volta contribuía para o clima de voluptuosidade: A pessoa, o lugar, a música, reconectávamos com a mesma energia e tensão sexual do primeiro dia em que nos encontramos, e isso se refletia em nossa performance.
Gritos e gemidos se misturavam com os barulhos dos açoites na carne, por um momento cessava e comprimia o cacete que me preenchia, inebriando a sensação de prazer em seu corpo.
Como já havíamos gozado antes, não foi difícil prolongar a nossa transa. Assim, Charlison pôde desfrutar com calma do meu corpo lhe proporcionando prazer, aliás, a nós dois. Porque ele sabe usar perfeitamente a língua, dedos e a batuta que tem entre as pernas. E que batuta!
Por alguns instantes batia com a bunda em sua direção, intercalando as investidas, comprimindo os músculos das nádegas no ritmo da música que tocava, incitando-o. Música é um afrodisíaco perfeito, e heavy metal nem se fala.
Completamente ensandecidos, perdemos a noção do tempo nessa brincadeira. Ao sentir a sensação do orgasmo se aproximando, cessava, mas logo recomeçava os movimentos. Porém, chegou o momento inevitável quando se deu, e aos gritos, em meio aos palavrões, rendendo-me ao clímax do prazer.
Convulsionando-me, Charlison continuava a instigar me tocando, até que com as batidas mais espaçadas, senti as suas veias se contrariem e a pulsar, derramando-se no pequeno buraco rosado.
Expandia-se – Contraia-se – Para receber a inundação.
Lentamente me remexia para prolongar ao máximo a sensação, quando se acalmou, sentia a sua respiração ofegante, e completamente lânguida. Ao se retirar ficou observando-o vermelho devido aos atritos, e a minha pele marcada pela euforia. Por ora saciados, deixando-nos cair sobre a cama, com o olhar vago para o teto, até que nos olhamos mutuamente sem acreditar no que acabara de acontecer.
- Olha como o destino é surpreendente! – Ele comentou.
- Depois de tanto tempo sem ir a um show, como também trabalhando. Desculpe-me por não conhecer a sua banda antes! – Eu comentei me aproximando mais dele.
- Sem problemas! Tudo aconteceu como tudo deveria ser! – Charlison ponderou.
- Você tem razão. Mas o meu corpo depois de todo esse frenesi está pedindo um banho. – Eu lhe falei.
- Não seja por isso! – Charlison falou se levantando e me estendendo a mão.
Charlison me fascinava com a sua postura viril. Às vezes, não lembrava o furacão de quando se apresentava.
A pele suada –
O gosto de sal –
A luxúria fazendo parte, contribuindo para a transmutação.
As carícias sob a água caindo do chuveiro, morna e os corpos quentes, não poderia ser diferente.
O cabelão de dreads novamente presos, transfigurando a imagem de um rei africano. O que me deixava mais excitada.
Ao sairmos do banho, o vinho para nós aquecer. A madrugada estava apenas no início. Teríamos muito tempo para nós aproveitarmos.
***
Levantando-se –
E se colocando em minha frente, ainda deitada, ele derramou um pouco de vinho em meus seios, começou a chupa-los.
A pele toda arrepiada –
A boceta molhada pela excitação –
Rendia-me por completo –
Entregando-me de corpo e alma.
A sensação que me provocava era tão maravilhosa que fechava os olhos para sentir toda a lascívia que dispensava ao meu corpo.
A sua língua foi deslizando até alcançar a boceta abrindo os lábios vaginais com os dedos, chupando o clitóris, fazendo-me gemer. Contorcia-me na volúpia. Os mesmos dedos que penetravam pela frente, foram parar na parte de trás.
Charlison me fustigava, levando-me ao delírio. Sabia perfeitamente como me instigar. As cores de nossos corpos se misturavam. A sua pele negra fomentando a luxúria. Como não deixar me condicionar a sua vontade, fazendo-me submissa a brutalidade que o tesão nos impõe. E se colocando ao meu lado, serviu-me com a ferramenta em meu paladar, prontamente, suguei-o como fruta deliciosa que se colhe do pé.
Os seus dedos me penetraram, proporcionando-nos prazer. Sorvia-o por completo, às vezes, chegava a me engasgar, provocando-me ânsia, ficava vermelha.
Ele me invadia freneticamente com as suas falanges.
Um delicioso imprevisto que veio bem a calhar.
Charlison montou sobre o meu corpo, soltou o cabelo, batendo com o cacete na boceta, deslizando, fazendo-me ansiosa por sua penetração. Apertava os seios intumescidos, mordia os lábios, fazendo-me rebolar até que finalmente me invadiu, levando-me ao delírio. Os movimentos frenéticos de entra e sai - Precisos, transcendendo qualquer desejo. Interagíamos alucinados, o pecado capital tomando conta de nossas auras.
Charlison mesclava os meus dedos com os seus, e quando estava no ponto de quase gozar, ele saiu da boceta, e prontamente se alojou em meu anel, não entrando de imediato. Primeiro o sentiu, para depois penetra-lo colocando só a cabeça. E comecei a aperta-lo. Isso fez com que ficasse alucinado, em seguida entrou rasgando, fazendo-me sentir um pouco de dor que logo cessou quando comecei a rebolar com a cabeça atolada em meu rabo. Neste momento, começou a brincar com o clitóris, proporcionando um duplo prazer.
- Puta que pariu! – Eu o xingava.
- Deliciosa! – Ele exclamou.
- Caralho! Não para! Foda-me! – Eu lhe instigava.
- Toma cacete nesse rabo! – Charlison me incitava.
- Vai delícia! Fode a tua puta branca! - Eu lhe dizia rebolando.
E continuamos assim ensandecidos pelo tesão.
A voz rouca –
Completamente suados –
As respirações ofegantes –
Com um delicioso sexo anal.
O resultado senão outro, a não ser de nos entregarmos ao gozo.
Com o corpo estremecendo, entreguei-me à sua rigidez, expandindo-me aos gritos.
Não demorou para que também exsudasse no buraco apertado, escorrendo o leite por todo o lençol.
Incrédulos, mas satisfeitos nos deixando inebriar pelo momento.
Ao nos acalmarmos, Charlison se apoiando nas mãos como se estivesse na posição de prancha em cima do meu corpo, olhou nos meus olhos bem sério...
- Você existe? – Ele me perguntou.
- Talvez eu seja uma alucinação. – Eu lhe respondi brincando.
- Posso te beliscar? – Ele continuou.
- Eu quem devo te beliscar para saber se está acordado! – Eu continuei com a brincadeira.
- Você é sensacional! – Charlison exclamou.
- Simplesmente sei o que é bom. – Eu lhe falei.
- Sorte a minha! – Charlison ponderou.
- Uma pele branca, sem nenhuma tatuagem. Gostando de metal, nunca pensou em fazer? – Charlison comentou.
- Já! Mas acredito que nunca fiz devido ao trabalho. Mas quem sabe um dia? – Eu lhe respondi.
A conversa fluiu mais um pouco quando me levantei ajuntando a roupa para tomar outro banho.
- O que você pensa que está fazendo? Não está pensando em ir embora! Está? – Ele quis saber.
Eu o olhei atentamente, e ao fazer menção em respondê-lo...
- Ainda possuímos muitas horas para desfrutarmos desse quarto! – Ele me falou.
- Tudo bem! – Eu lhe respondi.
Enquanto, fui tomar um banho, Charlison pediu um jantar leve para repor as energias, e depois me acompanhou.
Afinal de contas, queria aproveitar cada momento, porque com toda a agitação de sua agenda, não sabia quando teria outra data disponível.
Nesse exato momento, também não tinha o discernimento do que estava se desenhando entre nós dois.
Nada melhor do que deixar acontecer ao acaso.
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