terça-feira, 20 de setembro de 2022

Reações em standy by

 


Surtei na tua cor,

Não tem como não pirar.

Antes de nos olharmos,

Reverberava a energia.

De longe a sintonia,

Envolvente melanina.

Perfeita aproximação,

Obra do destino.

Colocando-me em desatino,

Sem saber o nome.

Ecoando aos ouvidos,

Inesquecível o codinome.

Desejos pervertidos,

O sabor do pecado.


Criando –

Recriando –

Mil e uma possibilidades,

Na imaginação.

Tamanha a conectividade,

As percepções em expectativas,

Reações em standy by.

Deliciosas perspectivas,

Ressoando na alma.

O coração em compasso,

O tilintar,

Por vezes, faltando o ar –

No anseio do fogo,

A volúpia em chamas.


Ao corpo:

Anseio e comichão,

Enredando o tesão.

Pragmática alucinada,

Várias posições –

Alta performance.

A mistura –

Do café com leite,

Para o deleite.

Imaginando o tamanho,

Fantasiando o encaixe –

No vai e vem da lubrificação.

Para alcançar almejada expansão,

Prazer mútuo em comunhão.


Retornando a realidade,

Um jogo de conquista.

Em trocas de gentilezas,

Sem dar na vista.

Entrego-me pelo olhar,

Sem sutilezas.

Entre conversas -

A tentativa,

Em descobrir alguma pista.

Trazendo à vida novos tons,

Borboletas no estômago.

Ouço os sons -

Pura adrenalina,

Devolvendo o frescor de menina.


Rendemo-nos ao clima envolvente,

Para ver aonde que vai dá.

Quem sabe um outro encontro,

Na reviravolta –

Do mundo a girar na inércia,

Provaremos dos solavancos.

De auras unidas,

Aprontando as suas peripécias.


Um comentário:

Cabral disse...

Belo poema! Revelador e excitante.