O que existe em ti que desperta em mim o desejo?
E a volúpia de te querer?
Não sei...
Química? Desejo? Vontade?
Ao imaginar o teu cheiro que emana da essência de fêmea,
Provoca em mim um despertar de macho em sede.
Esse teu feromônio penetra de longe em minhas narinas e te imagino leve, cavalgante e solta.
Agarro-me aos teus cabelos negros, que deslizam por sobre meus dedos ávidos em busca-los para melhor imprimir o ritmo dessa dança tão nossa.
Não me culpe, não me condene e tampouco eu veria em ti algo de culpa.
Somos um só caminho, porém, há uma bifurcação que nos divide e nos tange um para o lado oposto do outro.
Quem sabe um dia, por um momento, num lapso de descuido do destino nossos braços, nossas bocas, nossos corpos se encontrem e se fundam num só.
Sim, quem sabe...
Heitor Cafila
À noite, depois da correria do cotidiano, longe do burburinho da cidade –
Em meu quarto, após o banho, cabelos ainda molhados.
Essa distância é uma tortura, provoca-me doce ansiedade,
Deixando-me completamente tonta, febril de tanto tesão.
Contorço-me de vontade, em movimentos despertando a inércia.
Dedos passeando por minha pele, até alcançar o ponto mais sensível.
Na voluptuosidade do ensejo, que me domina, causando-me os anseios, dopamina.
Olhos fechados, transcende em imensuráveis direções.
No deslizar da fricção, também os atritos –
A carne vermelha escorrendo –
Sinto-me ruborizada.
Baixinho – Repetidas vezes – Quase sussurrando – Chamo pelo teu nome...
Como em um mantra transcendental.
Respiração ofegante.
Os seios intumescidos –
Você nos pensamentos totalmente vibrante.
Evoluindo na cadência visceral,
Na fantasia que nos leva, a borbulhante luxúria, a libido, o pecado capital.
Entregamo-nos ao labor do simples ao anal.
A inspiração –
A premissa da imaginação –
Também nos presenteia com a realização,
Do gozo em veemente expansão.
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