Durante
a nossa vivência devemos guardar segredos.
Não
são todas as coisas que devem ser ditas se desejamos progredir em alguma área
de nossas vidas: Financeira, trabalhista, amorosa ou em qualquer outra que
façamos.
***
Após
algumas desilusões, Lilla mesmo sendo discreta, procurava se blindar de todas
as formas e viver do seu jeitinho sem opiniões alheias. A validação de alguém
não estava em seu contexto.
As
pessoas sempre a veem sozinha, seguindo a sua vida como se não existisse outra
pessoa. Na verdade há, mas não precisa
alardear por aí para ser aceita de alguma maneira, moldar-se à ciclos de
amizades. Essa não seria ela. Os outros teriam que inclui-la do jeito que era,
e sua intimidade só dizia respeito à tal.
Acredita
que precisa existir um stand by, e viver algo interno entre ela e o namorado. Ninguém
precisaria saber, basta com que
se complementassem ao seu modo de ser.
Assim
seguia a sua rotina de treinos na academia, afazeres domésticos e trabalho em home office. Um mundo tão
particular compartilhado com poucos sem muitos alardes.
Às
vezes, assediada, porém, não permitia
aproximação de uma ou outra paquera.
***
Certo
dia, enquanto treinava, para surpresa de todos teve início uma operação
policial no local. Alguns disparos foram
realizados, os frequentadores acionaram o protocolo para se abrigarem,
dirigindo-se para os vestiários. O
treino foi substituído pela apreensão. Somente Deus para resguarda-los!
Um
grupo conseguiu se proteger dentro dos banheiros, inclusive Lilla que ficou atordoada porque se
encontrava próximo à janela.
Antes
os fortões do crossfit demonstrando força e virilidade, agora se encontravam
coagidos diante do cheiro de medo. Essas ações eram imprevisíveis.
Ao
cessar os estampidos e bombas, após um tempo em que saíram do lugar em que se
encontravam, ouviram um forte estrondo na porta sendo arrombada. Entre olhares de incredulidade e o suor
escorrendo por suas peles, perguntavam-se o que estaria acontecendo, até que
logo veio a resposta.
A
respiração de Lilla estava ofegante, não
somente a dela como as dos demais, e no fundo sabia que não tinha com o que se
preocupar, mas não sabia até em que ponto.
O lugar
estava sendo invadido.
Ela
pode observar que dois policiais permaneceram na entrada fazendo a segurança,
enquanto, os outros invadiram o local
ordenando que todos se encostassem com o rosto virado para a parede,
conversando entre eles.
A maioria usava balaclava. E um deles se
mostrando mais alterado mandou que todos abrissem as pernas. Aquilo não seria
mais um exercício.
Os
segundos mais pareciam uma eternidade...
“- Como
poderia acabar aquela situação?”
Esses
eram os seus pensamentos de uma mente ansiosa.
Homens
e mulheres ordenados a ficar de cabeça baixa foram separados.
Um
começou a revistar os homens, enquanto,
o exaltado foi em direção das mulheres. Na vez de Lilla ele a pulou sem
que os demais percebessem, somente ela, deixando-a por último, finalmente chegando a sua vez.
Ela
jamais imaginou que passaria por tamanho constrangimento.
Entretanto, com ela... Foi mais incisivo, com uma postura
mais bruta fazendo movimentos desnecessários
e até mesmo sexuais.
“-
Por quê?” – Ela se perguntava.
Em
um momento, tentou olhar para trás para
ler a sua identificação, porém, ele foi
mais rápido do que ela, e a segurando com os punhos para trás, simulando um par
de algemas, arrastando-a em direção de
um dos vestiários. Os colegas do treino nada puderam fazer com as armas
apontadas em sua direção.
O
policial era maior do que ela, tinha o rosto acobertado, treinado para usar
técnicas de imobilização que só tinha visto em vídeos por redes sociais e sem
força alguma para coloca-las em prática,
apenas se debatia para tentar se desvencilhar. Ele tampou a sua boca, e
ela lhe aplicou uma mordida. Por sua vez, tornando-se mais energético, segurando
em seu rosto, obrigando-a com que o
olhasse...
-
Você?! – Lilla lhe perguntou apavorada.
- Será que está acontecendo um clima aqui? – Ele lhe
perguntou com sarcasmo.
Tão
logo ele lhe pediu silêncio fazendo um sinal, e ela pode “relaxar” com o
coração quase saindo pela boca.
-
Tanto lugar para trabalhar, e veio parar logo aqui? – Lilla lhe perguntou quase
sussurrando com receio de serem ouvidos.
- Ordens!
Acredito que precisamos acabar com essa tensão, não acha? – Ele brincou – E te
arrastando foi o meio que encontrei de ficarmos sozinhos. – O policial tentou
se explicar sussurrando próximo ao seu rosto.
Naquele
instante, Lilla se esqueceu do que
acontecia ao seu redor, deixando-se levar pelo tesão.
O
que sentia no corpo era uma mistura de excitação com adrenalina, o perfume que
exalava do suposto estranho com a visão de vê-lo fardado, nunca o teria visto
assim pessoalmente todo paramentado, somente por fotos. O que de certa forma o
tornava mais forte e másculo – A sua libido só crescia.
Ele
colocou o fuzil ao lado do corpo, um verdadeiro soldado não se separa da sua
ferramenta de trabalho. E deu continuidade abrindo o zíper e colocando o membro
excitado para fora. Lilla com a destreza que ele já conhecia, colocou-o todinho entre os lábios,
fazendo-o crescer e o lubrificando com a própria saliva.
O
policial em questão se deliciava com as suas carícias, quando ela se ajoelhou o
sugando cada vez mais com vontade, fazendo-o
crescer.
A
sua calcinha molhada exalava à
luxúria.... À sexo.
De
repente, foi puxada pelo braço, girou o seu corpo abruptamente, abaixando o
short juntamente com a peça íntima, levando-os até abaixo dos joelhos impedindo
de certa forma a mobilidade, encostou-a
de frente para a parede como se fosse revista-la novamente de forma mais
íntima. Os seios apertando com uma das mãos, roçando em seu corpo, os dedos
penetrando a boceta escorregadia...
Todo
aquele clima a deixava lânguida, várias imagens se passavam em sua mente como
flashes de um filme pornô. A fantasia se tornando realidade em meio à tanta
tensão.
O
seu frenesi foi interrompido:
-
Qual foi amigo? Se dando bem sozinho? - - Um de seus colegas perguntou na
entrada do vestiário.
- Cai
fora! – Ele respondeu.
Lilla
olhou de soslaio, e notou pela sombra
que ele o obedeceu.
Neste
instante, ela se sentiu perturbada.
Algumas dúvidas pairavam sobre os seus pensamentos.
-
Relaxa! Disse que te protegeria! – Ele continuou.
Lilla
sentia o membro lubrificado passeando por entre a boceta e o rabo, aquilo de
certa forma a instigava, deixando-se
levar pelo momento.
Pouco
a pouco o pau em riste penetrava o seu pequeno e rosado orifício, fazendo com
que o seu corpo reagisse à tanta energia,
os quadris revelando incentivar oscilações sinuosas cooperando com a
invasão.
-
Boa garota! – Ele lhe dizia sussurrando em seu ouvido.
-
Sim senhor! – Ela lhe respondeu.
Lilla
mordia os lábios para não gemer e denunciar o seu prazer. Não pensava em mais
nada. Em seu íntimo desejou por aquele momento, as palavras têm poder.
Quando
percebeu que como uma boa garota gulosa o havia envolvido com a sua boca anal,
ela iniciou os movimentos de sucção,
tornando-o mais enlouquecido naquela mulher.
Ele
arremetia com vontade em seu rabo, possuía a percepção de que não poderia demorar dada a situação, e
penetrando os dedos em sua boceta sentia
a libido escorrer.
Lilla
se entregava, por vezes, abria os olhos e percebia a presença do armamento ao seu lado, estava
completamente louca por aceitar, mas não havia outra escolha no momento.
O
policial empunhava mais energia ao fustiga-la, sincronizando as suas
arremetidas, até que Lilla começou a
sentir pequenas descargas elétricas denunciando que o seu gozo se aproximava –
Mordendo o dorso da mão para não gritar, entregou-se a expansão. O seu corpo
ainda estremecia, quando ele projetando as suas veias penianas, exsudou o cu com muita porra. Por alguns
instantes, ele cessou os movimentos para
senti-la vibrar, pois o seu sexo ainda se contraia.
-
Foi mais do que fantasiei! Um brinde ao acaso! – Ele lhe falou baixinho.
-
Sabemos disso! – Ela continuou.
-
Agora... Segredo! Sabe que é necessário.
– Ele lhe pediu.
Rapidamente
os dois se limparam com o auxílio de
papel toalha.
-
Preciso ir! – Ele lhe avisou. – Vou na frente,
depois você sai! – Ele ponderou.
-
Tudo bem. Saberei o que fazer! – Lilla concordou.
O
policial saiu do vestiário como se nada tivesse acontecido.
Os
praticantes do crossfit estavam sentados enfileirados, todos encostados à
parede. Alguns choravam com a possibilidade
do que poderia está ocorrendo em um dos vestiários.
De
volta, caminhando firmemente, com o
fuzil em punho para intimida-los...
-
Abaixem a cabeça. E não se preocupem, a
sua colega foi bem tratada. – Ele falou friamente.
As
mulheres se entreolharam, e se
encolheram com medo de alguma delas ser a próxima.
- O
que deu em você? Está louco? – Um de
seus colegas lhe perguntou.
-
Tesão! – Ele respondeu ironicamente.
-
Sei! Continuem de cabeça abaixada! – O outro gritou.
Os
policiais ainda demoraram alguns minutos para deixar o estabelecimento.
Lilla
deixou o vestiário como se nada tivesse
acontecido, minutos antes, lavando o seu rosto pensando no que realizara, mas
para os outros estava sendo interpretado como um crime.
Mesmo
olhando para baixo, todos puderam constatar que ela estava bem, juntando- se
aos demais, fingindo medo e um tanto chorosa. Alguém sem se importar,
perguntou-lhe se estava tudo bem, e ela respondeu que sim com um aceno de
cabeça.
Um
dos policiais que faziam a contenção ao lado de fora, ordenou que os outros poderiam sair, pois a área estava limpa.
O
policial que anteriormente estava trancado com Lilla no vestiário, andava de um
lado para o outro batendo o coturno no chão, em posição de alerta, olhando atentamente
para todos, portanto, parou à sua
frente, que levantou o olhar, por alguns
instantes se entreolharam, e ele bateu
em retirada sendo o último.
-
Aguardem por dez minutos, antes de se
levantarem! – Ele deu a última ordem.
O
tempo estabelecido parecia não passar, quando
uma de suas amigas:
-
Foda-se! - Nica se levantou querendo saber se ela estava bem.
-
Não se preocupe! Está tudo bem comigo! – Lilla tentou
tranquiliza-la.
A
responsável pelo espaço logo lhe ofereceu apoio, querendo que fosse a uma delegacia para denunciar o abuso.
No
entanto, Lilla não poderia falar a
verdade, informando que não aconteceu nada de errado.
- Mas
você conhece... conhecia aquele homem? – Nica lhe perguntou.
- Nunca
o vi na minha vida! – Lilla respondeu enfática. – Vamos esquecer tudo isso! – Ela
pediu.
Segredos
são segredos e segurança deve está em
primeiro lugar.
Ninguém
poderia saber a verdade entre os dois. E este era um dos motivos por a verem
sempre sozinha, como uma mulher
solitária. Mas que no fundo estava muito bem acompanhada.
E
nada melhor do que realizar fantasias idealizadas à dois.
E na
manhã seguinte, Lilla estava treinando, um dia comum, sem a presença do namorado
de surpresa.