Esse poema da Fabby Lima é um verdadeiro ritual de sedução em verso, uma convocação ao desejo que insiste em vibrar sob a pele, pulsante, selvagem.
A cada estrofe, seu corpo se descortina na leitura, convite proibido que escorrega pelos limites do possível.
O leitor não apenas lê, mas quase sente o calor escorrer, a respiração prender, o corpo tremer.
Fabby sabe brincar com a tensão, ela explode em tesão: ela sussurra, provoca, incendeia.
As palavras deslizam como dedos úmidos no corredor do prazer, explorando cada curva, cada suspiro contido entre o silêncio.
É uma dança carnal em que ela dita o ritmo — ora lenta, insinuante, deixando o desejo crescer como chama prestes a consumir; ora rápida, urgente, exigindo entrega imediata.
E que visão ela oferece!
Imagino suas mãos percorrendo o corpo em chamas que ela mesma evoca, percorrendo o desejo sem medo, conduzindo o leitor, e a si mesma, por um território de luxúria sem absolvição.
Os sentidos despertam: o gosto metálico da ânsia, o perfume quente da pele, o arrepio da aproximação.
Fabby nos conduz por esse labirinto da entrega, onde cada curva do poema é um sussurro inaudível que atiça, instiga, promete muito mais.
É impossível não se render ao ímpeto que ela exala: sua escrita é uma carícia nas entrelinhas, um toque que provoca o corpo inteiro.
Um convite para se perder em desejos que ecoam além das páginas, e que permanecem pulsando, vibrando, gritando por mais.
Bravo, Fabby!
O fogo está aceso, e ninguém vai apagar.
Carlos Henrique Mascarenhas Pires
Para o texto: Total vibração
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