Os
últimos dias tinham sido difíceis...
Não
suportava a pressão sobre a minha cabeça.
Em
mais nada procurava pensar...
Apenas
procurei refúgio para a minha alma, como também para o meu corpo...
O
refrigério.
Um
lugar onde os problemas ficam em um mundo exterior.
Por
ser uma pessoa conceituada, trabalho e lido com vidas. Mas há momentos que tudo
parece desabar. E são nestes instantes que sigo em busca de aventuras. Atiro-me
de cabeça no plano B, aonde além de me divertir e não é pouco ainda ganho uma
remuneração extra. Mas não deixo que isso me domine.
***
Uma
de minhas melhores amigas tem uma casa de massagem e dependendo do gosto do
cliente, ele não fica apenas nela. O pacote vai além do relaxamento.
Adoro
esse jogo de sedução...
De
induzir a surpresa...
O
próximo passo...
Flávia
me conhecia bem. E somente ela sabia desse meu segredo libidinoso. Às vezes,
trocávamos conversas por códigos. Ela ama quando através de uma senha indico
que quero trabalhar em seu estabelecimento para me exorcizar o estresse diário.
Na
verdade, descobri o meu talento para massagem por acaso. Certa vez visitando a
minha amiga em seu estabelecimento, um de seus clientes bonitões me confundiu
com uma de suas funcionárias e eu entrei na brincadeira, porque me senti instigada.
Além de ser relaxante, é algo diferente do que eu faço no dia a dia e fiz
aquele deus grego loiro gozar como nunca. Às vezes, ele liga para a clínica e
procura saber se estou disponível para um trabalho particular em sua casa, e
vou sempre que possível.
***
Querendo
ou não, tenho uma vida dupla. No entanto, procuro ser muito discreta naquilo
que faço. Para disfarçar enquanto estou em locais públicos, uso peruca e óculos
escuros.
Mas
é no ambiente da clínica que me realizo, tenho fetiche... Dá um sentido melhor para o que faço... O
aroma de essências que fica pelo ar.
Outro
acessório que não abro mão é da máscara, pois através dela que me camuflo e
posso ser quem desejar. A minha preferida é a vermelha que contraste com o
loiro do meu cabelo.
Flávia
tem o cuidado de manter o cadastro de seus clientes bem atualizado para não ter
nenhum tipo de surpresa. Quando sinalizo que conheço, ela o direciona para
outra atendente.
***
Ansiedade
era o meu sobrenome, apesar de ter o feito várias vezes.
Cheguei
meia hora antes do segundo horário para me preparar. Pouco tempo depois a
assistente preparou o meu primeiro cliente do dia, a quantidade pode ser
aleatória, já que para quem fecha o pacote completo não tem horário
pré-determinado, tanto que são várias salas adaptadas para serem usadas de
acordo com a criatividade de cada um. O único pedido que fazia era para que em
hipótese alguma a máscara fosse retirada do meu rosto.
***
Ao
entrar na sala, mesmo conhecendo o lugar, fazia questão em observar todo o
espaço. Assim o cliente ficaria ainda mais curioso, ou melhor, ansioso.
Alguns
ao perceberem a minha presença já se mostravam ofegantes, ansiando por
provocações e reações.
Primeiro
eu dou uma volta ao redor da mesa de massagem, como se observasse a presa a ser
abatida... O impacto de meu salto alto no chão cortava o silêncio... Causando
suspense!
Calmamente
me aproximei e peguei um óleo de massagem disposto sobre a bancada e coloquei
um pouco sobre as costas do freguês. O líquido gelado e refrescante, a sua pele
se fez arrepiada... Era notável a reação de poder em meu ego. E mais uma vez
estremeceu ao sentir o contato de minha mão... Ouvi um suspiro de prazer.
Um
jaleco lilás cobria o meu corpo, por baixo apenas um biquíni fio dental que mal
encobria o meu sexo.
Não
podia deixar de observar a pele morena, as costas largas de meu cliente... O
tom escuro de seus cabelos caindo por seus ombros.
A
língua passei por meus lábios ressecados pela excitação e massageando o seu
corpo, tentava adivinhar os seus traços.
Ao
quase atingir a altura de sua bunda, este se enrijeceu... Então, saltei para as
coxas firmes bem trabalhadas pela musculação... Continuei com os meus
movimentos como se brincasse de massinha de modelar e deixei as pontas de meus
dedos tocá-lo, como se procurasse por outro brinquedo mais atrativo. E
percebendo a minha intenção, afastou mais as pernas para que eu pudesse
alcançar o meu objetivo.
Sempre
fui decidida em tudo o que fazia, mas segui o impulso e pedi para que virasse,
quando o fez e se aconchegou seguro sobre a mesa, impossível não vislumbrar a
sua figura máscula e viril. Os meus olhos percorreram toda a extensão de seu
corpo e cessou em meu objeto de desejo. Porém, continuei com o meu trabalho. A
essência de minha lascívia fervia em minhas entranhas.
A
minha boceta se contraia no ritmo em que as minhas mãos o tocavam.
O
seu peito cabeludo...
O
meu olhar hipnotizado...
A
expressão lânguida de meu desejo...
A
minha boca aberta sem quase respirar.
Ele
se mostrava passivo às minhas investidas, nada dizia apenas me acompanhava com
os olhos. A única reação que obtinha era a sua respiração ofegante, ou seja,
gostava do que eu realizava.
Ao
cumprir todo o ritual, aos poucos fui descendo em direção a parte inferior de
seu corpo atingindo o ponto exato, as mãos ainda um pouco escorregadias,
aparei-o com a boca... Antes adormecido, criou vida com a quentura de meus
lábios na cor de carmim.
***
Eu
sabia o seu nome...
Ele
apenas me conhecia como Scarlatti.
***
Simon
levantou a parte superior de seu corpo e apoiado nos braços, fitava-me
recebendo as carícias, por ora se contraía e relaxava. Ao olhá-lo fixamente,
mordia os lábios carnudos... Passeava a língua pelo contorno de sua boca.
Após
degustá-lo... Parei bem à sua frente e abri o jaleco, deixando-o cair... Soltei
o laço do biquíni revelando os seios brancos e enrijecidos, subindo à mesa eu o
massageio usando-os... Enfiava-o em meus entremeios... Fazendo-o totalmente
relaxado. Nesta altura, Simon gemia e eu tocava a cabeça de seu membro com a
ponta da língua em círculos e ele reagia com pequenos gemidos.
Quando
fiz menção em descer da mesa, ele me puxou fazendo com que ficasse encaixada em
seu corpo e retirou a calcinha do biquíni, revelando a pele nua... Despida...
Lisa... Fincando os dedos entre os lábios vaginais.
Naquele
instante o jogo se invertera: Rendia-me ao seu aspecto quente e viril de macho.
O
meu líquido escorria em sua mão e por pouco quase gozei... Escolhi deixar me
levar sem regras, ao montá-lo... Cavalguei... Até atingir o êxtase.
Havia
uma química que incendiava. Sem pensar e me indagar, virei de costas com ele me
tocando, direcionando-o para o orifício que implorava para ser invadido.
Simon
leu em braile o meu desejo e devagar fui sentando, apertando-o até que
finalmente, com movimentos cadenciados de subir e descer, acabava-me de prazer
rebolando sobre a ordem de sua batuta. Através do espelho podia contemplar as
suas reações e desfrutava de sua ereção firme em meu traseiro.
Ele
segurava firme em meus quadris, dando-me o apoio e o equilíbrio necessário para
me abastecer... Para me alimentar... Ou ao menos tentar saciar um pouco da
minha fome por sexo.
Em
meu louco devaneio...
Com
as pernas trêmulas...
O
corpo suado...
Simon
deixou se guiar pelo instinto e se esvaindo, serviu-me do mais delicioso gozo,
fazendo-me gozar simultaneamente com ele.
Quando
eu pensei que o meu trabalho com ele havia terminado por ali, ledo engano foi a
sua vez de me deitar na mesa e me oferecer o seu sexo oral... A língua
percorria todo o território da boceta, chegando ao ápice no clitóris como se
descarregasse uma corrente elétrica que percorria todo o meu corpo... O dedo
penetrando o pequeno buraco que acabar de ser penetrado. Enquanto segurava os
lençóis para não agarrá-lo.
Ao
me virar de bruços e me puxou para baixo, apoiando-me na mesa, foi deslizando
até que finalmente começou a me estocar.
O
atrito de seu corpo no meu me abalava, reacendia um desejo imensurável para que
não acabasse logo. Sabe quando algo é bom e você não quer que termine nunca?
Foi o que estava acontecendo comigo. E de uma maneira ou de outra Simon também
sentia o mesmo e me possuía com urgência.
As
suas mãos procuravam por meus seios que eram acariciados.
Em
um dado momento, ele juntou os meus cabelos e puxando-os acelerava o seu
compasso.
Eu
gemia e rebolava com o prazer a mim consentido. Deliciando-me a cada nova
arremetida e ficando nas pontas dos pés, empinando-me para recebê-lo enquanto
os seus dedos me fodiam a bunda.
Ao
morder o lençol eu gozei, abafando o meu grito para que ninguém pudesse me
ouvir a não ser ele. Mesmo convulsionando de tesão, Simon continuou, até que
novamente gozou entre as minhas entranhas, exsudando de modo lactente.
Foi
inevitável não apreciar o seu sorriso de satisfação.
E ao
tentar não encará-lo, os nossos olhares se cruzaram.
Simon
mexeu com algo bem no fundo de minha essência.
Mas
não poderia deixar me levar por ímpetos de adolescentes.
Quando
finalmente se pronunciou...
-
Adorei senhorita Scarlatti. É uma pena que não seja assídua!
-
Que bom! Adoro quando os meus clientes saem satisfeitos e relaxados!
Simon
recolheu o seu roupão e se dirigiu ao lavado.
***
Talvez
o que sentira fora apenas uma mera impressão.
Não
quis mais pensar e segui para conferir o horário do próximo cliente.
A
vida segue, assim como as minhas aventuras!
Amo
a liberdade!
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