quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

Discípula de Lillith - I


O meu espírito vaga pela noite...
Procurando corpos repletos de lascívia para me chafurdar em seus mais íntimos desejos.
Enquanto a maioria dorme –
Sugo as suas almas!
Eu saio em busca...
O instinto sempre prevalece.
Almas a fins que se encontram,
Embriagando-se na luxúria.
Não sou dada a romances...
Sigo direto ao ponto,
Dissimulando as intenções –
Entorpecendo –
Hipnotizando.
Não há como se render ao desejo que mescla com a fome que tenho pela “tortura”.
Sou feito cobra que rasteja em meio a natureza.
Tenho as minhas vantagens sobre humanas evoluindo, dando o bote no momento exato.
E, quando acontece, recebo como prêmio um falo quente, duro e lubrificado: Em minhas mãos, entre os meus lábios ou em alguns de meus outros orifícios.
Nenhuma palavra é pronunciada...
Os meus pensamentos são transmitidos por ondas sonoras... Enigmáticas!
Adoro ficar por cima dos homens...
Possuir os membros fincados em minhas entradas...
Cavalgando...
Os longos cabelos batendo em minhas costas.
Os meus ensejos são atendidos...
Até extrair a última gota de sêmen que alimenta a minha fonte insaciável de prazer.
Nunca me dou por satisfeita –
Sempre quero mais, mais, mais e mais!
Da libido inesgotável...
Na fonte que está sempre em reposição.
Este é o meu vício...
O pecado carnal, cometo-o.
E compartilho com quem a mim se rende.
Os seios turgidos...
A boca ressecada...
Respirações ofegantes...
Sempre desejando o mais puro licor,
Embriagando-se em carícias.
Profanando corpos,
Até exaurir...
Fazendo a alma extasiada e inquieta.
Explorando...
Deixando em carne viva.
Até que não tenha forças para mais nada!
Perpetuando o anseio de sempre querer mais no vício lícito que perturba quando se está em abstinência.
Doou a minha perversão...
Até que algum dia retorne para as trilhas da submissão.

Um comentário:

IVAN O TERRÍVEL disse...

Perfeita sincronia!!!! Simplesmente fantástico!!!