Sob o céu estrelado –
Uma noite quente de primavera.
Não há como não me render aos teus encantos.
O tesão florescendo dentro de nós –
Rabiscando pontos cintilantes em nossas almas –
Demarcando territórios.
Tudo é tão simples –
Ao mesmo tempo tão intenso,
Quanto a uma irradiação corpórea fazendo aquecer –
Transcendendo.
Sem medo nos entregamos –
Rendendo-nos ao desejo crescente.
Nos toques –
Fazendo com que os lábios se umidifiquem.
Somos tão pequenos com relação ao universo que nos serve de abrigo.
As mãos que se tocam...
Em dedos que se acariciam...
Lábios que solfejam gemidos...
Fazendo com que as linhas corporais bailem em uma forma sinuosa –
Serpenteando –
Em sincronia com os sons de nosso deleite,
No compasso de nossos encaixes –
Em arremetidas constantes –
À procura do êxtase.
Não há limite para a devassidão,
Na cumplicidade que se enraíza e vai nos amarrando ao sabor do prazer.
É esplêndida –
E constante essa fome carnal -
Que vai arrasando tudo como um vendaval.
No entanto, momentos depois estamos prontos –
Refeitos para um novo embate corporal que vai aniquilando as nossas forças...
Culminando em pulsações na carne molhada, provocando a libido.
Seios intumescidos –
Sexo se derramando –
Preenchendo-me com o teu leite –
Alimentando a luxúria de nossos corpos.
Quanto mais o tenho –
Mais eu quero –
Mais desejo possuí-lo entre as entranhas.
Arremetendo-se em lascívia –
Domando o tesão –
Com o teu corpo encaixado ao meu desbravando os orifícios –
Desferindo tapas em minha pele clara...
Enrolando os meus cabelos em tua mão –
Puxando-os com picardia –
Na perversão que acomete as horas quando estamos juntos,
E num piscar de olhos não percebemos o tempo passar –
Na transcendência que emana de nossas auras.
Acometidos pela respiração ofegante –
Peles suadas –
Pelo entorpecimento –
Lânguidos –
Embevecidos.
Seremos eternos...
Nesse fogo que nos consome –
Feito caieira,
Na loucura que nos invade!
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