Há alguns anos nos conhecemos...
Da amizade surgiu algo platônico –
Um desejo –
Uma vontade entranhada na carne –
De se estar por perto –
De alcançar o toque.
Porém, a oportunidade de dar vazão a voluptuosidade de nossos corpos nunca existiu.
Em si –
O tesão -
Confesso que ficou adormecido.
Talvez amadurecendo...
Pessoas sempre existiram na sua vida.
Outras pessoas surgiram na minha...
Ainda bem que a excitação não floresce apenas para um alguém.
***
Por obra do acaso ou do destino, Renato ficou doente em um momento em que a sua família havia ido passar um período fora, visitando parentes. Ele devido ao seu trabalho ficou.
Por compaixão e zelo, por consideração, achei melhor que permanecesse em minha casa, mesmo não morando sozinha.
Acomodei-o em meu quarto.
Não teria problema em dormir na sala.
Entre uma tarefa e outra, ajudava-o no que fosse necessário.
Após alguns dias, a febre deu uma trégua.
Passou a caminhar pela casa...
De repente, uma tontura.
E no quarto, quando fui levar algo para que pudesse comer, percebi que queimava em febre.
Todas as vezes que o encontrava sozinho, acontecia um clima, que nos deixávamos levar por aquele sentimento de anos atrás. Por mais que tentasse disfarçar ele também notava a minha vontade.
***
Renato em meu quarto, encontrava-se deitado sobre a poltrona onde costumava fazer as minhas leituras – Enrolado em um cobertor em seu delírio febril, ele o afastou dizendo que me desejava. E que me desejou desde o primeiro momento.
Uma vontade translúcida despertava em meu olhar...
Preocupada com a febre. Seria emocional?
As minhas mãos percorriam por seu tórax embevecida pelo tesão. A sua boca implorava pela minha.
Rapidamente lhe dei a medicação, fazendo compressas. Finalmente a febre cedeu, menos o rompante que se acomodava em nossos corpos.
- Você pensou que fosse um delírio febril? – Renato me perguntou.
- Imaginei! É normal acontecer quando a febre está alta! – Eu lhe respondi.
- Sabe muito bem que não! - Ele falou se aproximando.
A sua boca se resvalou em minha face, até a sua língua invadir a minha, retribuí com igual desejo.
Antes havia trancado a porta, e subindo na poltrona, levantando o vestido, encaixei-me em seu corpo, roçando os nossos sexos, fazendo-o teso. Sentia-me cada vez mais umedecida. Renato explorava o meu corpo com as suas mãos, quando me tocou por entre as minhas coxas, enfiando os dedos na boceta, ficou me fustigando. O que me fazia bailar sinuosamente, a excitação em grau crescente.
Agora levada por meus delírios, enfiando a mão por nossos corpos, afastando a calcinha, fiz com que se acomodasse em mim... Abraçando-o – Gemia próximo ao seu ouvido, comandando os nossos movimentos.
Ele interagia comigo...
Rendia-se...
Entregava-me...
Renato crescia!
Um tesão avassalador ocupava cada espaço de nossas almas. E isso fazia com que, a nossa interação se desse em todos os sentidos.
O ritmo acelerando –
O clitóris roçando em seu corpo –
As nossas línguas entrelaçadas –
Respirações ofegantes.
De repente, o meu corpo se expandiu em uma explosão de êxtase e relaxamento.
Não queria que essa sensação acabasse, assim como o seu estado febril e continuei a galopar o tornando mais rígido, até o instante de pulsar e exsudar. Fiz questão de cessar as minhas arremetidas e a degustar de cada momento. Renato me olhava fixamente.
- Como posso ter sido tão burro e não ter vivido isso antes? – Ele se perguntava.
- A culpa não foi de nenhum dos dois. Era para acontecer agora! – Eu lhe respondi.
- Agora vou querer sempre! – Ele exclamou.
Passada a nossa euforia, vesti-me com pressa...
- Daqui a pouco eu volto para ver como está! – Eu lhe deixei
***
Nunca imaginei que pudéssemos ter algo e bem no meu quarto.
***
Na calada da noite, fui ao seu encontro. E ficando em sua frente, desfiz-me da camisola e deitei-me ao seu lado. Não precisávamos de palavras. Ele ainda estava um pouco enfraquecido, coloquei-me por cima de seu corpo. As suas mãos encheu com os meus seios e a boca com a sua língua.
E o sentindo crescer, invertir o meu corpo, ao toca-lo com a ponta da língua, sorvi a glande que se alojou entre os meus lábios. A sua língua deslizava por meus lábios vaginais, abafava os meus gemidos, sorvendo o pau que emanava as primeiras gotas se misturando com a saliva.
Os nossos corpos reagiam...
Direcionava-o para que pudesse brincar com o meu pequeno orifício piscando em sua direção.
Renato no início acariciava... E aos poucos enfiava o dedão, entregando-se... Perfurava-me! A volúpia transcendia e quase me fazia gozar.
Levantei-me... E de pé sobre a cama, de costas para ele me agachando, fui encaixando o seu pau no pequeno buraco que se abria para recebê-lo, enquanto me tocava.
Que deliciosa sensação –
O tesão se fazendo descomunal!
Renato me segurava pelos quadris usufruindo da reação que lhe provocava. A vontade que tinha era a de gritar e de xingar, mas mordia os meus lábios para não alardear os ímpetos aos quatro cantos da Terra.
O meu sexo desaguava em profusão –
O clitóris intumescido –
O sobe e desce com o cacete de Renato atolado em meu rabo –
Como viver sem obter o prazer de sua provocação?
Os meus movimentos se tornavam intensos, quando em êxtase convulsionei rebolando sobre o seu membro.
Renato me segurava pela cintura proporcionando firmeza naquilo que realizava. E por diferença de segundos exsudou enchendo o meu rabo de leite. Um prazer que há tempos nós devíamos.
***
Após ter passado o nosso frenesi, deitei-me ao seu lado, sentindo as nossas respirações ofegantes.
As suas mãos acariciavam o meu rosto.
Até o dia em que permanecemos abrigados sobre o mesmo teto, aproveitamos cada momento para usufruir desse prazer.
Quando se sentiu melhor e terminada a sua estadia, encontrávamos uma maneira de nós entregar um ao outro.
Esse foi o nosso segredo –
Por muito tempo...
Até que fui morar em outro Estado.
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