sábado, 31 de outubro de 2020

Fomentando a carne

 

Há alguns anos nos conhecemos...

Da amizade surgiu algo platônico –

Um desejo –

Uma vontade entranhada na carne –

De se estar por perto –

De alcançar o toque.

Porém, a oportunidade de dar vazão a voluptuosidade de nossos corpos nunca existiu.

Em si –

O tesão -

Confesso que ficou adormecido.

Talvez amadurecendo...

Pessoas sempre existiram na sua vida.

Outras pessoas surgiram na minha...

Ainda bem que a excitação não floresce apenas para um alguém.

***

Por obra do acaso ou do destino, Renato ficou doente em um momento em que a sua família havia ido passar um período fora, visitando parentes. Ele devido ao seu trabalho ficou.

Por compaixão e zelo, por consideração, achei melhor que permanecesse em minha casa, mesmo não morando sozinha.

Acomodei-o em meu quarto. 

Não teria problema em dormir na sala. 

Entre uma tarefa e outra, ajudava-o no que fosse necessário. 

Após alguns dias, a febre deu uma trégua.

Passou a caminhar pela casa...

De repente, uma tontura.

E no quarto, quando fui levar algo para que pudesse comer, percebi que queimava em febre.

Todas as vezes que o encontrava sozinho, acontecia um clima, que nos deixávamos levar por aquele sentimento de anos atrás. Por mais que tentasse disfarçar ele também notava a minha vontade.

***

Renato em meu quarto, encontrava-se deitado sobre a poltrona onde costumava fazer as minhas leituras – Enrolado em um cobertor em seu delírio febril, ele o afastou dizendo que me desejava. E que me desejou desde o primeiro momento.

Uma vontade translúcida despertava em meu olhar...

Preocupada com a febre. Seria emocional?

As minhas mãos percorriam por seu tórax embevecida pelo tesão. A sua boca implorava pela minha.

Rapidamente lhe dei a medicação, fazendo compressas. Finalmente a febre cedeu, menos o rompante que se acomodava em nossos corpos.

- Você pensou que fosse um delírio febril? – Renato me perguntou.

- Imaginei! É normal acontecer quando a febre está alta! – Eu lhe respondi.

- Sabe muito bem que não! - Ele falou se aproximando.

A sua boca se resvalou em minha face, até a sua língua invadir a minha, retribuí com igual desejo.

Antes havia trancado a porta, e subindo na poltrona, levantando o vestido, encaixei-me em seu corpo, roçando os nossos sexos, fazendo-o teso. Sentia-me cada vez mais  umedecida. Renato explorava o meu corpo com as suas mãos, quando me tocou por entre as minhas coxas, enfiando os dedos na boceta, ficou me fustigando. O que me fazia bailar sinuosamente, a excitação em grau crescente.

Agora levada por meus delírios, enfiando a mão por nossos corpos, afastando a calcinha, fiz com que se acomodasse em mim... Abraçando-o – Gemia próximo ao seu ouvido, comandando os nossos movimentos.

Ele interagia comigo...

Rendia-se...

Entregava-me...

Renato crescia!

Um tesão avassalador ocupava cada espaço de nossas almas. E isso fazia com que, a nossa interação se desse em todos os sentidos.

O ritmo acelerando –

O clitóris roçando em seu corpo –

As nossas línguas entrelaçadas –

Respirações ofegantes.

De repente, o meu corpo se expandiu em uma explosão de êxtase e relaxamento.

Não queria que essa sensação acabasse, assim como o seu estado febril e continuei a galopar o tornando mais rígido, até o instante de pulsar e exsudar. Fiz questão de cessar as minhas arremetidas e a degustar de cada momento. Renato me olhava fixamente.

- Como posso ter sido tão burro e não ter vivido isso antes? – Ele se perguntava.

- A culpa não foi de nenhum dos dois. Era para acontecer agora! – Eu lhe respondi.

- Agora vou querer sempre! – Ele exclamou.

Passada a nossa euforia, vesti-me com pressa...

- Daqui a pouco eu volto para ver como está! – Eu lhe deixei 

***

Nunca imaginei que pudéssemos ter algo e bem no meu quarto.

***

Na calada da noite, fui ao seu encontro. E ficando em sua frente, desfiz-me da camisola e deitei-me ao seu lado. Não precisávamos de palavras. Ele ainda estava um pouco enfraquecido, coloquei-me por cima de seu corpo. As suas mãos encheu com os meus seios e a boca com a sua língua. 

E o sentindo crescer, invertir o meu corpo, ao toca-lo com a ponta da língua, sorvi a glande que se alojou entre os meus lábios. A sua língua deslizava por meus lábios vaginais, abafava os meus gemidos, sorvendo o pau que emanava as primeiras gotas se misturando com a saliva.

Os nossos corpos reagiam...

Direcionava-o para que pudesse brincar com o meu pequeno orifício piscando em sua direção.

Renato no início acariciava... E aos poucos enfiava o dedão, entregando-se... Perfurava-me! A volúpia transcendia e quase me fazia gozar.

Levantei-me... E de pé sobre a cama, de costas para ele me agachando, fui encaixando o seu pau no pequeno buraco que se abria para recebê-lo, enquanto me tocava.

Que deliciosa sensação –

O tesão se fazendo descomunal!

Renato me segurava pelos quadris usufruindo da reação que lhe provocava.  A vontade que tinha era a de gritar e de xingar, mas mordia os meus lábios para não alardear os ímpetos aos quatro cantos da Terra.

O meu sexo desaguava em profusão –

O clitóris intumescido –

O sobe e desce com o cacete de Renato atolado em meu rabo –

Como viver sem obter o prazer de sua provocação?

Os meus movimentos se tornavam intensos, quando em êxtase convulsionei rebolando sobre o seu membro.

Renato me segurava pela cintura proporcionando firmeza naquilo que realizava. E por diferença de segundos exsudou enchendo o meu rabo de leite. Um prazer que há tempos nós devíamos.

***

Após ter passado o nosso frenesi, deitei-me ao seu lado, sentindo as nossas respirações ofegantes.

As suas mãos acariciavam o meu rosto.

Até o dia em que permanecemos abrigados sobre o mesmo teto, aproveitamos cada momento para usufruir desse prazer. 

Quando se sentiu melhor e terminada a sua estadia, encontrávamos uma maneira de nós entregar um ao outro.

Esse foi o nosso segredo –

Por muito tempo...

Até que fui morar em outro Estado.

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