terça-feira, 22 de março de 2022

Puro deleite


Vens como fúria,

Uma tormenta ou furacão.

Muito bem vindo,

Entorpecendo os sentidos.

Fazendo-me perder a razão,

Causando o caos arrebatador.

Brilho translúcido de tesão,

Esguio e tentador.


O volume roçando no corpo,

Preenchendo-me de desejo.

O anseio – Lampejo,

Invertendo as bocas.

Delirantes carícias,

Emergindo as essências.

Primorosa lascívia,

Envolvendo-nos em luxúria.


No transmutar dos movimentos,

Respirações ofegantes.

Cadência rítmica,

Gemidos e sussurros,

Entoando o tom.

Ressoando nas peles,

Miscelânea de toques.


O sexo molhado,

O falo lubrificado.

O anseio pelo encaixe,

Visceral o fetiche.

Seios intumescidos,

Com gula apalpados.

Incendiando-nos –

Intensidade do fogo.

Queimando-nos –

Correndo perigo.

Transformando-nos –

Em abrigo.


Xingamentos –

A expressão da voluptuosidade.

Desvanecendo a espera,

Transformando a realidade.

Completa loucura,

Desmedido prazer –

Toda intensidade,

Consensual aventura.


Na brutalidade,

Demonstrando raiva –

No envolvimento primordial,

Para o momento.


O grau de devaneios,

Oscilações enlouquecidas.

Demonstrações insanas,

Entregues ao mesmo estágio.

Intensificando o cio,

Em tapas e mordidas.

A dor e o prazer,

Como remédio –

A dosagem certa.


O lado ninfomaníaco,

Escancarando as portas –

Abrindo as janelas.

Em total demonstração,

Na conjunção carnal.

Orifícios penetrados,

Lábios lambuzados.

Fermentando o leite,

Puro deleite –

Transloucado.

Culminando na expansão,

Reverberando na ambiência:

Os gritos –

A exaltação a perversão.


No arrefecer do frenesi,

A fome insaciável –

Em evidência:

Na pele clara –

As marcas desse embate.

Invadindo a noite,

Madrugada adentro.

Unidos não há espaço para o marasmo,

Apenas o doce refrigério –

O divertimento do orgasmo.


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