quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

Imensidão do quarto

 


Totalmente febril,

A carne vermelha, ágil.

Os toques, provocação,

Arrepios, reação.


A vulva molhada,

Mulher desinibida.

Tens-me por inteira,

Fêmea faceira.


Atiça-me com a língua,

No ato, cunilíngua.

Contorço-me ao bel prazer,

O regalo, o embevecer.


Transmuta a aura,

Na imensidão do quarto.

Sobre a cama, delicioso prato,

Delirante loucura.


Sabes me prender, a magia,

Transpirava volúpia.

Desperta a lascívia,

Transborda-me de carícias.


Os seios intumescidos,

Sorvendo, duas taças.

Movimentos enaltecidos,

Jeito único, fazendo graça.


És o dono do meu tesão,

Abasteço-me de libido.

Aurora boreal, multicolorida,

Levando-me à expansão.


O sessenta e nove,

Oscilações, massagens.

Realização que move,

Real, nada de miragens.


Sorvo com gosto o pau,

Por ele derrete a boceta.

Instigando o potencial,

E nela se intrometa.


É completo o teu sexo,

O gingado me tira do eixo.

Coloca-me no prumo,

Dando sentido, o rumo.


O sentimento especial,

Completamos com o anal.

O gozo, deleite mútuo,

Compartilhado, perpétuo.


No pensamento acende a chama,

Na imperfeita ausência.

O meu corpo pelo teu reclama,

O reencontro, luminescência.


Preenchendo-me a equalização,

Entramos em combustão.

Tudo muito natural,

À flor da pele, primordial.


Arremetidas viscerais,

Gemidos, sussurros e ais.

Xingamentos, afrodisíaco verbal,

A beleza da alquimia carnal.


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