terça-feira, 20 de dezembro de 2022

Reconciliação


Nuvens de incertezas pairavam sobre os meus dias.

Até que o sol voltou a brilhar.

A saudade falou mais alto.

A ausência sentida mutuamente,

O sinal dado no sonho.

Descortinamos uma chance de continuarmos a nossa história, vislumbrando o modo turbinado.

Na tentativa de nos reconectarmos, marcamos um encontro no mesmo local de antes, em um bairro movimentado.

O burburinho constratava com a minha emoção em revê-lo de longe  me aguardando, apesar das circunstâncias.

O que não demonstrava à anos por receio de não ser compreendida, deixei borbulhar em minhas reações corporais. E a primeira foi abraçá-lo como nunca tinha feito. Vivenciávamos essa interação de carinho quando morávamos próximo.

Naquele momento, eu o abraçava, apertava, desejando senti-lo completamente meu, com o igual cuidado que sempre teve, demonstrando todo o sentimento latente na alma.

O carinho –

O cuidado –

A compreensão –

Sempre existiu entre nós dois –

Nenhuma briga.

***

No supermercado, ele comprou algo para comermos.

- Você quer mais alguma coisa? – Fernando  me perguntou.

- Eu quero você! – Eu lhe respondi imediatamente.

- Aqui não pode! É atentado violento ao pudor! – Ele comentou sorrindo.

E continuamos a brincadeira até sairmos do estabelecimento.

***

No caminho para um lugar mais reservado, na intenção de conversarmos tranquilamente, seguíamos falando sobre nós dois.

***

No lugar um lanche e toda a ansiedade em saber como acabaria aquela conversa.

Afastado de outras pessoas, a emoção transbordava dos meus olhos, não vou mentir.

Em nosso lugar preferido –

Há certo tempo em que não frequentávamos, no mesmo quarto em que havíamos estado.

Expomos os nossos sentimentos,

Também demonstrávamos o carinho que tínhamos um pelo outro, tocando-nos como não fazíamos a certo tempo.

Eu explodi em amor,

Apesar do cansaço para ambos durante os últimos dias, as noites mal dormidas. A dor pela possibilidade de não vê-lo nunca mais, sem saber notícias. Isso foi deixado para trás.

A decisão para continuarmos não foi fácil.

E sentir o seu toque em minha pele, fez-me perceber que estou viva como pessoa e como mulher.

Eu o desejo –

O meu corpo reage a sua existência.

Só em pensar, entrego-me aos lampejos.

***

Foi inevitável não acontecer...

Os nossos corpos se desejavam.

Despimo-nos.

Fernando me ajudou com o sutiã, revelando os seios intumescidos.

Ele nu, sentado sobre a cama, encostado na cabeceira –

Primeiro o abracei sentindo-o teso –

Molhado.

Eu roçava a boceta em seu corpo,

Punhetava-o.

Enquanto, fazia-o suspirar,

Tudo muito tranquilo e intenso.

Mas a volúpia foi nos dominando, e descendo o meu corpo de quatro de frente para ele –

Tomei posse de seu cacete, ainda o punhetando-o, e de uma só vez o sorvi até o talo, provocando-me ânsia. Repetia essa ação várias vezes,  cessava por um momento, com a cabeça entre os meus lábios, massageando-o com a língua.

Ele delirava com a sensação que lhe provocava.

- Está tão gostoso! Não pára! – Fernando me pedia.

 Olhando fixamente para os seus olhos, eu repetia o movimento.

- Desse jeito eu vou gozar! – Ele me dizia quando a língua tesa passeava  por sua glande.

- Agora não! – Eu lhe dizia.

Entretanto, empinei a bunda em sua direção, para que também pudesse me bolinar. O que fazia intensificar o sexo oral oferecido.

Em um momento, coloquei-me por cima dele, encaixando-o na boceta, cavalguei-o.

Os meus gemidos tomavam conta do quarto, alucinados.

Momentos depois, com ele sentado sobre a poltrona, posicionei-me por cima novamente.

Eu o cavalgava ensandecida...

Levantando-me –

Fez com que ficasse na beira da cama, levantou as minhas pernas, encaixando-se na boceta.

Arremetia com perversão como se desejasse atravessar o meu corpo, explorando o tesão.

Entregava-me sentindo um turbilhão de reações e emoções.

Tocando-me –

Acendia para apreciar cada arremetidas.

Às vezes, cessava um pouco as minhas oscilações, no intuito de prolongar o momento mágico que acontecia entre nós dois.

Porém, o inevitável sempre se dá –

Gozei em seu pau regida pela libido acentuada.

Fernando reagiu ao meu orgasmo...

- Que delícia você gozando no meu pau! – Ele me dizia.

- Eu sou tua! Sempre fui! – Eu lhe correspondia.

- Aí que delícia! Também quero gozar! – Ele me dizia.

- Goza! – Eu lhe pedia.

Fernando continuou as arremetidas de encontro à boceta.

- Isso! Foda-me! Arregaça... Esfola essa boceta! – Eu lhe pedia repetidamente.

- Quero que você goze outra vez no meu pau. Quero esse presente! – Fernando  me falava.

Puxando-me para a diagonal da cama, ele investiu de encontro à boceta, socando-me repetidamente.

Até que outra vez, entregue aos gemidos, deixei-me derramar sobre o seu cacete em riste.

- Vou gozar! Onde quer que eu goze? Dentro ou fora? – Fernando  me perguntava.

- Onde você quiser! – Eu lhe respondi.

- Então, gozarei dentro! – Ele me falou.

- Isso! Quero leite na boceta! Deixe-a com bastante para rechear o morango! – Eu lhe falava.

Às vezes, a sua mão envolvia o meu pescoço.

Ele também se apoiava nos meus seios, apertando-os. Eu comprimia as suas mãos com as minhas, na troca de energia.

Amo sentir as reações de Fernando, 

O seu corpo se preparando para atingir o ápice do orgasmo –

As suas ondulações –

Interagindo com precisão.

De olhos fechados, Fernando se expandiu, derramando jatos de leite, enchendo-me por completo.

Permanecemos nos sentindo, e ao sair se sentou sobre a cama. E me encaixando sobre o seu colo, reconfortando-me sobre o seu abraço. O abrigo se fazia presente,  sentindo as nossas respirações.

***

Após um tempo, sobre um turbilhão de emoções, um delicioso banho juntos, compartilhando a cumplicidade que sempre tivemos.

A água trás uma reconstrução –

Uma restauração.

Permiti a água me lavar por completo, molhando os meus cabelos.

Fernando os enxaguava, o que me deu a sensação de pertencimento em meio às brincadeiras.

Porque ele é isso –

É a leveza!

***

Outra vez, sobre a cama, conversávamos sobre um futuro ainda indeciso. Mas com o comprometimento de seguirmos juntos.

Dando-nos uma nova chance –

De reatarmos o que sempre tivemos e, por medo de nos machucar, não falávamos abertamente.

Mas agora é diferente.

***

Ao deixarmos o local, procuramos um cantinho para almoçar, desse modo ficaríamos mais um tempo juntos.

E foi o que aconteceu...

Como quase tudo é inevitável, chegou o instante de nos deixarmos.

Percebia o cansaço, mas também estava, porém, o meu desejo era não de deixá-lo ir.

***

Uma nova chance –

Um momento único.

Para fazer tudo valer a pena.

Nada como dar tempo ao tempo,

Mesmo com que se tenha que lidar com a saudade,

Por não estarmos juntos sempre -

Por não lhe completar com o meu abraço,

Acredito que essa tempestade vai passar.


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