Sexo e música,
Sinestesia perfeita.
Os primeiros acordes,
De uma guitarra eletrizante.
Os hiffs contagiantes,
Assim como o teu olhar penetrante.
O toque ardil –
Aquecendo a pele.
Carícias alucinantes,
Fazem-me perder os sentidos –
Completamente a razão.
Não tem como não ser diferente,
Aumento o volume do som –
As carícias alimentam os decibéis da luxúria,
Nada pode provar ao contrário,
As nuances navegando por rios –
Intensificando os delírios,
Contagiando-nos em devaneios.
O calor em contraste com a temperatura ambiente,
Incendiando o quarto,
Elevando mais de quarenta graus –
Dissimulada, levanto o teu astral.
Amo senti-lo firme e quente,
Oralidade total.
Escorrendo fluídos –
Pelo canto dos lábios.
Erguendo-o –
Fazendo-o ir à loucura.
É assim, vai chegando, e conquista,
Intorpecendo-me –
Deixando o corpo lânguido,
Delicioso sabor de pecado.
Chamando-me para a pista,
No palco, sobre a cama -
Sedento, também me inflama.
Na ânsia, procuras por abrigo,
O peito arfando em desejo.
Os seios intumescidos,
Bebendo o licor, na desenhada taça.
Entrelinhas, sussurros e gemidos,
Provocante invasão.
Por entre lábios encarnados,
A língua tesa realizando arruaça.
Rebolando os quadris,
Provocando pirraça.
Desenhando círculos sobre os lençóis,
O tesão atando os nós.
Serelepe, ponho-me de quatro,
Esfuziante lascívia.
O suor escorrendo pelas dermes,
Em arremetidas perfeitas.
No enlace, dueto afrodisíaco, pirotécnico,
Ardente chama –
Inebriando a ambiência,
Cabelos desgrenhados –
No ápice o grito gutural,
Ao som do rock n’ roll -
Desfrutando, orgasmo magistral.
- Fode! Fode a tua puta devassa,
O cacete rasgando fundo –
Ao ritmo fazendo graça.
O compasso segue, o rebolado,
Tapas na carne branca –
Hipnotizado pelas ancas.
Mordendo-o com a boca inferior,
O dedão no buraco apertado.
Olhando-o fixamente:
- Mete no meu rabo rosado,
- O picolé de morango, quero fincado.
Respiras, não pensas por um segundo,
Devagar,
penetras profundo.
Aflorando a doce intenção,
De dar o buraco com vontade.
A dor e prazer de mãos dadas,
Verdadeira felicidade.
A batida da canção,
Vai ditando a intensidade -
As oscilações.
À um cacete potente,
Não tenho condições,
Parto de encontro à tora,
Engolindo-a sem demora.
Após um tempo,
Com o intruso acostumado.
Remexendo os quadris,
Intenso –
Arrefecendo o modo sutil.
Sem nos conter, alucinados,
Cavalgando-me –
Dando-me mordidas,
Espalhando as marcas.
Saborosa excitação,
Cadenciados movimentos.
Miscelânea de fluídos,
Culminando no apogeu,
O auge é a nossa base.
No gozo, quase dividindo em dois,
Transcendendo o êxtase.
Por sua vez, pulsando,
Sentindo as veias,
A libido, emaranhado, as teias –
Nem pense em deixar para depois.
Essência, exaurida –
Sedenta por mais.
Na fome insaciável,
Alcançando o impossível.
Na entrega sem medidas,
Simplesmente, o que fomenta,
A perversão -
Em completa ebulição,
O prazer na realização.
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