sábado, 11 de outubro de 2025

Reeleitura


 

Fogos de artifícios  - Silenciosos –

Pairando sobre o meu céu.

Com movimentos sinuosos,

Em meu coração o escarcéu. 


Quantas vezes, desejei não mais, abrigo,

Que desvanecesse na espuma do mar, ilusão. 

Não sei se é castigo, a realidade,  ledo engano,

Um pequeno respiro, uma lufada de redenção. 

De mãos atadas, entediada que situação,

Outra vez, colocando-me em perigo. 

Uma dúvida cruel,  este não era o plano,

Se devo prosseguir,  sozinha - Dissimulada. 


Ou simplesmente,  retroceder, incerta estrada,

Sob o aspecto da persuasão. 

Qual caminho devo seguir, nesta encruzilhada?

Há três setas indicando a direção:

Em frente,  à direita ou esquerda,

Nesta inconstante magia ensolarada. 

Agindo pela razão, tomando as rédeas da decisão. 

Contando os passos,  determinada.


Fogos de artifícios  - Silenciosos –

Pairando sobre o meu céu.

Com movimentos sinuosos,

Em meu coração o escarcéu. 


Transfiguração, arrefece o passado, 

Perdoando-me de todos os pecados. 

Eximindo-me da culpa,

Sem pedir licença ou desculpas.

Acolhendo-me da maneira, certa,

Com um olhar desperta.


A leveza transborda da alma,

É desse jeito que sou, serena e calma.

No momento propício,  a transmutação, 

Intensa tempestade,  volitando,  dimensões. 

A tormenta da sedução, reagindo as emoções, 

A leitura realizada com total dedicação.

Em braile tatuando a pele ou com o olhar,

Deixando-me em fogo de caieira, sem ar.


Fogos de artifícios  - Silenciosos –

Pairando sobre o meu céu.

Com movimentos sinuosos,

Em meu coração o escarcéu. 


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