Às vezes, um pequeno gesto errado...
Ou uma palavra pronunciada fora do tom, pode causar uma má impressão, ou não.
Ninguém sabe a maneira da entrega do outro –
Ainda mais quando esse usa de ressalvas no momento de se doar.
Quando vou ao encontro de alguém –
Entrego-me...
Rendo-me...
Eu faço de corpo e alma –
Jogando-me de cabeça nos desejos carnais.
A volúpia ascende em meu corpo reverberando...
Em cores –
Em sensações –
Em reações!
Conecto-me à luxúria...
Para alimentar o meu corpo,
Também saciar o do outro...
Em corpos encaixados que transcendem no ato da libertinagem.
Uma força avassaladora domina a minha essência.
No lampejo da vulva pulsando –
No orgasmo voluptuoso –
Mordendo o falo que lateja –
Na carne castigada pelos açoites –
No frêmito que embevece a alma.
Arrepios percorre pela pele alva...
O peso do corpo alheio deixando:
marcas –
Hematomas –
Escoriações.
Tapas fazem o tesão reagir no atrito da derme.
Perco-me entre os meus labirintos...
Na tentativa de me encontrar –
Ou reencontrar-me...
Abrindo a minha caixa de Pandora,
Deixando-me expandir.
Não desejando o muito...
Em desejos materiais que permeiam o físico.
O “x” da minha questão é bem mais íntima e profunda...
Bem transcendental –
Que vai além do que o outro deseja.
Mas como saber o que o outro realmente almeja?
Na dança que nos envolve em palavras não pronunciadas –
Apenas ecoando sussurros e gemidos.
Eu me transformo na força avassaladora que revolve a paisagem...
Transformando o atrito dos sexos na energia que castiga –
Desejando alcançar o âmago...
A fonte do poder.
Irradiando a vibração vitalícia...
A explosão do gozo...
Sofrendo a alquimia sexual.
Até revelar a saciedade pelas respirações ofegantes, batimentos cardíacos acelerados e suor escorrendo.
Boceta –
Cacete –
Latejando.
Expandindo- se –
Exsudando.
O elixir –
O néctar do desejo.
O prazer –
No deleite!
Sou feito um vulcão em erupção:
Recrio-me.
Injetando a adrenalina em minhas veias...
Que me entorpece,
Faz-me languida.
A sensação que vicia...
Nas carícias –
Revigorando a essência.
Não basta apenas em desejar...
É muito mais do que isso.
Na efervescência que cala,
E que também escraviza.
Sou muito mais do que posso imaginar...
Posso ser o que eu quiser.
Dona do meu corpo:
Eternamente minha!
4 comentários:
Poema genial
Gostei de ler
Kique
Hoje em Caminhos Percorridos - Batatas Fritas...
Parabéns pelo poema... Qnto mais eu leio mais quero ler... Algo viciante...
Melhor blog que sigo...
Muito obrigada!!! Bjs
Muito obrigada! Bjs
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