segunda-feira, 8 de março de 2021

Contato interdimensional


A minha alma viaja por outras dimensões,

Em busca de aventuras.

No corpo as reações –

Envolvidas por novas sensações.

***

O tempo nem sempre é real –

No subconsciente é relativo.

O meu corpo pode estar aqui neste momento,

Porém, ao fechar os meus olhos –

Posso correr a vastidão do universo.

Podemos avançar –

Ou então, retroceder.

Basta apenas uma vontade,

Ou apenas um desejo.

Como também posso me desconectar deste mundo ou me duplicar.

***

Sozinha em casa –

Cuidando dos afazeres...

Eles apareceram do nada em trio, como se volitassem, mostrando-se altos e viris, a pele branca, no corpo apenas uma calça jeans.

Na ocasião, também usava uma dessa vestimenta, e com tamanha brutalidade me agarraram, levando-me para o quarto, despindo-me... Provocando arranhões em minha pele clara.

Completamente nua, sem o menor cuidado, dois me seguravam pelos braços, ao mesmo tempo me acariciando, o terceiro à minha frente, penetrava-me com dedos, mordendo os meus seios, o que fazia com que sentisse o líquido quente a escorrer pela derme, sem a menor chance em me desvencilhar dos algozes.

No entanto, é como se me conhecessem, e toda aquela brutalidade se transformasse em nuances de prazer, fazendo com que me entregasse. 

Sem esperar, com agressividade o cacete saiu rasgando a boceta, o que fez com que gritasse, porém, ninguém poderia me ouvir.

A percepção do tempo e do espaço não existiam. É como se estivesse somente os quatro envoltos naquela imensidão interdimensional.

As arremetidas firmes e constantes despertavam o deleite, fazendo com que deixasse o meu corpo bailar na inércia de sua lascívia, regido por gemidos. 

O que me fez reagir –

Estremecer em êxtase, simultaneamente, o sentindo pulsar em minhas entranhas.

Um dos que me seguravam, sentou-se ao chão, enquanto o outro forçou a me encaixar cravada com o pequeno orifício anal em seu cacete, logo em seguida, sentou sobre o meu corpo, enterrando-se na fenda que ainda escorria o resquício do outro.

Rebolava sentindo a respiração daqueles seres em meu rosto... O hálito quente.

O terceiro meteu o falo pela garganta quase me asfixiando –

Sufocando-me –

Cessando os gritos e gemidos, que se transmutavam em sussurros.

O abuso se convertia –

Transcendia –

Em minha essência corporal.

Envolta em seus açoites, não me sentia diferente com o atrito. Pelo contrário, fazia-me igual como se aquilo tudo em algum momento fizera parte da minha existência. Como se encontrasse o que tanto procurava. E eles estivessem me encontrado para reativar o que ficara perdido em algum momento.

Os seus embalos continuavam –

O sexo plenamente inchado e vermelho escorria.

O rabo em conexão sobressaia,

O tesão elevando para o grau máximo.

Carícias –

Mordidas –

Humilhação –

Tapas em meu rosto –

Provocação –

Incitação –

Servida por três criaturas, sem saber de onde surgiram.

A realização –

A dupla penetração –

Luxúria –

O pecado capital que impregna a carne, e me transporta por um mundo desconhecido.

Porém, há uma abertura, um portal que nos conecta  com outro lugar, concedendo-nos pequenas ou grandes realizações.

Os três usufruindo ao extremo de meu corpo, transformando a dor em deleite.

Também me tocava –

Paus e dedos penetrados em meus buracos –

Longos minutos que pareciam uma eternidade...

Não mais suportando a pressão que exerciam, fizeram com que outra vez gozasse. E os três exsudaram em abundância jatos de leite em meu corpo.

A respiração ofegante –

A satisfação corporal.

Sentia que me observavam, mas nada falavam.

E como se ouvisse uma voz em minha mente, um deles:

- Este é o momento de deixa-la!

Os outros assentiram com a cabeça.

***

Não sei por quanto tempo mais permaneci submergida em transe.

Ao recobrar a consciência, estava despida e sentada no chão do quarto na mesma posição, sem compreender o que havia acontecido.

Aos poucos vinham alguns flashes em minhas lembranças, fazendo com que tivesse a compreensão do que se passara.

Será que foi uma abdução?

Ou apenas um contato interdimensional?

Só sei que algumas sensações, ainda reverberam em meu corpo.

Um comentário:

Roberval Santos disse...

Conto verdadeiramente fabuloso parabéns.