- Filho da puta!
Sem a menor pretensão,
Consegues arrancar um sorriso tenso –
De meus lábios,
Provocando-me tesão.
Mesmo com a nossa loucura,
Da noite anterior.
Com uma cara de boba,
Com água na boca.
O cantarolar da chuva,
Despertando-me.
Aguçando os sentidos,
Chovendo em mim,
Ânsia sem fim.
Outra vez não quis me acordar,
Com o receio perder o horário.
E fico aqui,
Deitada com as tuas sensações,
Deliciosas reações.
A libido insaciável -
Fogo de caieira,
Reacendendo cada poro.
Contigo é tudo instigante,
Simplesmente contagiante.
A maneira como nos entregamos,
Sem pudor -
Não há resquícios de falso moralismos.
Rendendo-me –
Recebendo-me –
Da maneira que deve ser,
Despertando a descontrolada fêmea,
Usufruindo do prazer.
Atiçando o desejo por sexo,
A tua companhia vale qualquer segundo.
A miscelânea de fluídos,
Entrelaçando a luxúria de ébano –
Com o tom de minha derme clara,
Perfeito como café com leite.
No compasso de inaudíveis sussurros,
Na harmonia de gemidos,
No tempo certo de cada batida,
Impregnados de loucura.
O heavy metal em alto e bom som,
Para abafar a evolução sexual.
Não importa qual seja a hora do dia,
Aquecendo a clima frio –
Ou nos refrescando no calor.
O peso de teu corpo,
Desenhando ondas,
Desencadeadas por carícias.
Ornamentadas pela lascívia,
Um cabo de guerra.
Em movimentos acrobáticos,
Não há perdedores.
Pelo contrário:
Ambos saímos vencedores.
Após a invasão,
Corpos em equalização.
Arremetidas -
Açoites -
A excitação sentida.
Busca pela apoteose,
Longos e longínquos minutos.
Estremecendo-nos -
Unidos alcançando o êxtase,
Performática equalização.
Ofegantes -
Batimentos acelerados.
Passeando pela alegria,
Aguardamos o próximo ato.
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