segunda-feira, 13 de setembro de 2021

Ressonância


Da tuas palavras – O som,

Ecoam pelo meu imaginário.

Em meus ouvidos – Infrasson –

Seguem a correnteza de um rio,

Entregando-me às reações –

Desaguando - Mar de sensações.

Fecho os meus olhos...

O portal através do espelho,

Quebro as regras.

Posso senti-lo –

Em devoção – Sagras,

À quilômetros de distância,

Sem nenhum impedimento.

No desejo constante,

Lembranças de corpos encaixados:

Em tons chiaroscuro – A miscelânea,

Embalados por sinuosos movimentos.

Ou rendidos a euforia simultânea,

Simplesmente vibrante.

O tesão de forma potente,

Invade – Rasgando a alma.

Demonstrando pressa,

Desfazendo a calma.

A realização é o que interessa,

Ao enleio do compasso.

Dissonante – Em teus braços,

Elevando-nos à magia.

O suor escorrendo – As carícias,

A libido na inquietude do desejo.

Na carne molhada, os lampejos,

Vislumbre que descortina.

No céu da boca –

Jogando-me de cabeça.

No jogo – Atiça –

A insanidade atina,

Os gemidos, deixando-me rouca.

Provocando-lhe potente ereção,

No estardalhaço de tua invasão.

Que se abriga por completo,

Preenchendo-me, faço-me repleta.

Há mais do que o enlace carnal,

Domina também o afeto.

Transmutando a cor violeta,

Trazendo as boas novas –

Obscenidade sugestivas.

Um aroma petricor,

Como afrodisíaco, alimenta o paladar.

Sufocando, às vezes, faltando o ar,

No alvorecer do sabor.

O corpo se rende ao deleite,

Inundando os espaços.

Misturando os fluídos -

O pecado veemente e visceral.

Ecoando por todos os sentidos,

Insaciável luxúria –

Traçando os atalhos –

Na voluptuosidade primordial.

Revelando primícias,

No que fomenta o desatino.

Tê-lo não é um engano,

A excitação sempre estará nos planos.

Com a conduta instigando o sexo,

Nem sempre priorizando o nexo –

Ressonância tatuada – Transcendental.


***

Pix 

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