Tecendo a noite,
Com os nossos corpos.
A volúpia se faz presente,
Arrepios na pele –
O anseio pressente.
Alucinações,
Tomando a consciência.
Sem pressa,
Busca pela transcendência.
Absortas –
Preliminares.
Abruptas –
Quanto a vontade.
Fantasiosa veleidade,
Possuímos de verdade.
Cada ato desesperador,
Como se fosse o derradeiro.
Presenciando as nuances –
Através do espelho,
Cor de carmim, vermelho.
Sinto o peso,
Aconchego-me –
Faço-me de travesseiro.
Sentindo as batidas na carne,
Os atritos – A aderência.
Também o ardido,
A angústia pelo prazer.
Nada de advertência,
No deleite do entreter.
Alvoroçando ainda mais,
A excitação.
Deixando-o –
No ponto exato, de bala,
Libido em alta escala.
Tomando posse,
De toda rigidez.
Pelas entranhas,
Doce façanha –
Entregue à embriaguez.
Solfejos –
Ronronados –
Gemidos –
Ensejos.
Incendiando a essência,
Um enredo de palavrões.
Deliciando-me –
As sensações.
Culminando –
Em reações.
O sexo:
Molhado e inchado,
Guloso morango.
Não há perigo,
Sou o teu abrigo.
Rendendo-me –
Em expansão.
Fazendo-o pulsar,
Deixando-me sem ar.
Derramando todo leite,
Vertendo-se em jatos.
Prazerosos gritos,
Arranhando a pele.
Na loucura que descortina,
No apogeu do palco.
Pura adrenalina,
Miscelânea de fluídos.
Seja em qualquer buraco,
O instigante taco.
Nenhum comentário:
Postar um comentário