Ao som do rithym and blues,
Fecho os olhos –
A lembrança da tua voz.
Incendeia-me –
De maneira inebriante.
Recordo-me –
De modo perspicaz.
Um mar revolto,
O tesão contagiante.
No alvorecer da derme,
A carne molhada.
Nunca houve um fim,
Apenas reticências –
Sem algum sim.
Palavras que nunca foram ditas,
Sem nexo –
Sem sexo –
Sem despedidas –
Ou rimas.
Nas indecifráveis métricas,
Abruptas,
Quanto aos movimentos vorazes.
Relembro com vontade,
Dos teus toques –
Dando-me choques.
O retrato da luxúria,
Puro e simplesmente demais.
Ao modo que apraz,
O teu cheiro –
A tua melanina –
O embalo –
Na excitação domina.
Os atritos –
Na hora da submissão.
Em plena comunhão,
Melhor equalização.
Tão avassaladora,
Quanto a miscelânea de tons –
A maior aventura.
Provocando os estalos,
De prazer os sons.
Dos gemidos escancarados,
Os gritos depravados.
Uma loucura total,
As preliminares –
Ao momento do anal.
Dilacerando os corpos,
Extenuando as forças.
Na fome aplausível,
Delirante voluptuosidade.
A excitação de verdade,
Fumegante pulsação.
O leite derramado na pele,
A carne vermelha.
O brio se espelha,
O deleite na expansão.
Contraindo os orifícios,
Insaciável cio.
Em qualquer posição,
Performática explosão.
Transformando-me na puta,
Verdadeiro papel.
Abrindo os meus cadeados,
A porta sempre aberta.
Ao sabor da melhor iguaria,
Na imaginação –
O cardápio do dia a dia.
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