Inacreditável
o poder que desconhecemos possuir, e que de um momento para o outro ele se
realiza – Um milagre, recriando outra realidade na ilusão ao qual somos
submetidos.
O
espaço-tempo é tão transitório.
Quais
fitas de DNA foram apagadas de nosso organismo?
O
ser humano não reconhece a força que tem, por isso, impregnam essa síndrome de
sermos pequenos diante dos que detém o cetro da Terra.
No
entanto, ninguém consegue determinar a
força da natureza. O homem pode até destrui-la,
mas sempre encontrará uma maneira de se regenerar.
Enquanto, a nós vivemos obcecados pela tecnologia, pelo
ego e pela ostentação, vestindo-nos de várias camadas em um jogo de falsidade com
o único de nos darmos bem.
Os
dados estão viciados, com velhas cartas
manchadas de sangue. No entanto, somente
os escolhidos serão capazes de vencer esta batalha. Os que possuem a alma
imaculada.
Não
posso dizer que serei uma delas, porque aqui dentro há uma luta constante entre a luz e as sombras em distintos espaço
de tempo.
O
meu corpo é apenas um instrumento, e ele
possui vontade própria que ressoa em meu espírito.
Na
verdade, não sei o que acontece... É como se me abduzisse, e me levasse para
outra dimensão.
***
Por
esses caminhos vago –
Todas
as noites saindo, conhecendo pessoas e visitando lugares distantes.
Sempre
há alguém com quem se deseja desfrutar de sua gentil companhia.
Como
desejar alguém tão inatingível pelas circunstâncias, a quilômetros de
distância?
Há
uma linha tênue de conexão, onde não pode ser visualizada, porém, sentida em completa sinestesia, com cores e
sabores.
Através
da realidade paralela – Viajei!
Sabia
que estaria a minha espera.
***
O
dia estava ensolarado –
O
vento batendo em meus cabelos.
Enquanto,
caminhava sentia o calor de sua presença, a sua alma me atraía feito um imã com
a essência do coração. Direcionando-nos, sentindo e compartilhando as nossas
energias.
Os
meus pés descalços tocando lentamente o chão, a quentura morna da areia em
completa perfeição.
Não
havia resquício de medo, o amor refletia na aura. Nada e ninguém poderia
estragar aquele momento de felicidade.
De
longe o avistei, de costas, sentado em uma das pedras, observando o mar e
pressentindo a minha presença. Um leve
sorriso estampava o seu rosto.
De
repente, como poderíamos estar no mesmo lugar, em uma linda praia?
Há
coisas que somente o sobrenatural pode nos responder.
Tudo
o que mais precisávamos estava ali:
Zhyan
e a possibilidade de surpresas.
Notas
musicais ecoavam em minha mente contagiando a ambiência.
Os meus
passos cessei por alguns segundos, olhando em sua direção.
O
meu olhar emitindo energia, chamando-o mentalmente, fez com que girasse a cabeça em minha direção,
retribuindo o olhar, revelando a satisfação do encontro.
-
Sabia que você viria. Não me pergunte como. Mas tinha essa convicção! – Ele me
falou ao me aproximar.
-
Também não me pergunte como cheguei aqui. De uma maneira ou de outra
aconteceria. – Eu lhe respondi.
Os
nossos braços se envolveram desejando o toque. O resvalar de nossas peles
na sincronicidade, revelavam algo a mais do que propriamente aconteceria.
Ainda
sem compreensão, parecia tão surreal,
mas estávamos prontos, unidos por uma força magnética, puxando um em direção ao
outro.
A
natureza como pano de fundo para o (re)encontro de almas. Porque possuímos
tantos gostos em comum, sem nenhuma explicação ou querendo se mostrar. A única
intenção é nos darmos bem, com o intuito da interação positiva, pela paz que
emana livremente pelo acatar da terceira dimensão.
Com Zhyan
não há nada forçado, tudo acontece naturalmente, ou precisar me policiar para que não pareça
exagerado.
Como
não vivenciar este sentimento que nos reanima a seguir em frente sem pensarmos
em uma rota de colisão.
Após
um longo abraço, revitalizando-nos,
Zhyan me segurando pela mão, levou-me para sentir a vibração da água sob os meus
pés. Ele lia cada linha dos meus pensamentos,
como se fosse o que desejasse. Ao mesmo tempo em que transparecia estranho,
era tão mágico, como se tivesse me tele-transportado
para encontra-lo. E assim, como Zhyan
gostaria de aproveitar cada instante, entre risadas e experiências, a
sinestesia implacável.
Por
algum tempo, sentado lado a lado sobre a
mesma pedra, contemplávamos todo a beleza que se irradiava ao nosso redor. Por
vezes, em silêncio as palavras não se faziam necessárias, repetíamos um mesmo
mantra no íntimo do chacra do coração. O amor emanava um brilho incandescente
visível em nosso olhar, o que tornava tudo muito intenso.
Tudo
e um pouco mais vibrava freneticamente entrando em sintonia com os nossos
corpos.
De
repente, sentimo-nos sugados por uma
força sobrenatural e resplandecente, abduzindo-nos para outro lugar, onde se
fazia noite, de presente um céu iluminado onde podíamos apreciar vários planetas,
servindo de testemunhas oculares para especial momento.
Sobre
a areia algumas mantas e almofadas, ao
redor os vaga-lumes bailavam em um compasso eletrizante, iluminando-nos com a
alegria. Olhávamos sem acreditar, sentindo a paz que transformava o
silêncio em notas musicais.
-
Como pode ser? Estávamos em outro lugar, embora se pareça como o mesmo, torna-se
outro, completamente diferente. – Zhyan me perguntou sem acreditar.
- O
sobrenatural não se explica. Apenas se sente e o contempla! – Eu lhe respondi.
-
Tens razão! Ainda tenho muito o quê aprender.
– Zhyan concluiu.
-
Todos nós! Mas para isso ocorrer, precisamos refletir com a alma, pois nem
sempre os pensamentos são perspicazes. – Eu refleti.
Zhyan
não disse mais nada, ajeitou o meu cabelo por detrás da orelha e me beijou no
rosto.
A
sua ação foi a deixa para que o amor transbordasse de vez, e nos olhando
fixamente, rendemo-nos aos sentimentos
que tanto nos atraía.
Com
um beijo afetuoso, foi me direcionando para baixo. De joelhos desfizemos de
nossas roupas, espalhando-as pelo chão, sem pensarmos em mais nada.
As
carícias sobre as nossas dermes, tornavam-se intensas demarcando cada parte, revigorando-nos
pelo tesão, que transcendia em nossas auras.
Zhyan
por sua vez, projetava o seu corpo sobre o meu -
Sentia-o
firme, forte e febril.
Ao
mesmo tempo de uma intensidade, também
com cenas em câmera lenta, registrando na lembrança cada detalhe por mínimo que fosse.
Não
era necessário entoar palavras, os nossos corpos reagiam a cada toque e trocas de
olhares performando a vontade de estarmos juntos.
A
sua boca quente deslizava por meus seios intumescidos, por ora a língua em meus
mamilos, fazendo-me contorcer pela lascívia, demonstrando a total entrega. Ele foi
descendo, e quando atingiu a parte mais sensível, precisei me controlar para
não me render ao êxtase, pois merecíamos
muito mais. Por mim, viveria presa naquele instante.
Degustada
por seus lábios quente, sentindo-me a fruta mais desejada –
Língua
e dedos me proporcionavam o prazer, no
ensejo de ser invadida.
Como
se lesse os meus pensamentos –
Zhyan
se colocou de joelhos, abrindo as minhas pernas, aproximando-se, batendo com o pau na boceta, deslizando-os
entre os lábios vaginais, preencheu-me de uma só vez, o que me fez soltar um
grito, não de dor, mas sim de prazer com um sorriso estampado no rosto,
fortalecendo a conexão.
Sinuosamente
bailava em minhas entranhas, obtendo e dando a satisfação necessária que tanto
buscávamos.
Em
movimentos precisos, complementava-nos,
interagindo na igual proporção – A natureza em sintonia com os desejos que
emanavam dessa conjunção carnal ou astral?
Usufruíamos
da demanda que os nossos corpos desejavam com tanto afinco, aproveitando os
segundos completa e preenchida.
E
saindo rapidamente do meu corpo, ele se deitou por detrás, preenchendo-me
novamente.
Abraçava-me
por trás -
Apalpava
os meus seios, como se os colhesse, sussurrando em meus ouvidos, fazendo-me
gemer em redenção completa.
Os
quadris rebolando –
Desenhando
círculos no ar –
Enlouquecendo
em libido.
E o
que ansiávamos encontrar em uma mesma vertente, universo paralelo, o antídoto
para afugentar a escassez, porque transbordávamos de vontade. E
totalmente, o que nos fez ser diferentes
diante da realidade que nos cerca.
Observando-nos
do alto, nada mais poderoso do que possuir a oportunidade de compactuar de um
sentimento tão genuíno, ao mesmo modo experenciando aquele turbilhão de sensações que Zhyan me proporcionava.
Em
dado momento, as ondas nos alcançaram
batendo em nossos pés nos reconectando com a energia da natureza que se
alinhava com a nossa.
A
cada instante que aumentava o ritmo de seus açoites sobre o meu corpo,
alimentava não somente o seu como também o meu prazer.
Com
o entusiasmo perdemos a noção do tempo-espaço –
E em
perfeita sincronicidade, os nossos corpos alcançaram uma expansão
transcendental, doce miscelânea de fluídos que nos saciavam naquele instante,
estremecendo a carne e fazendo o espírito mais leve.
Ainda
penetrado, Zhyan me abraçava por detrás
tão apertado, como quem desejasse perpetuar o instante para sempre em sua
memória. O que me fez sentir livre e feliz ao mesmo tempo, por sua energia
corporal, a recíproca era a mesma. E dessa maneira, permanecemos abraçados,
contemplando a natureza que se fazia presente ao redor.
Entretanto, virei-me para o seu lado, a fim, de
enaltecer a aura de satisfação.
Os
seu olhar esverdeado se confundia com o mar, e outra vez mergulhei não para me
afogar, e sim, transmutar toda a energia que transmutação de meu ser.
Zhyan
traduzindo em expressões corporais, jogou-se em minha boca, vasculhando em cada
canto com a língua em riste, frenético, como se ansiasse por aquele momento
mais do que eu.
As
respirações de ambos estavam ofegantes, caminhando em direção ao mesmo intuito,
de compartilhar sensações espontâneas.
Ao
nos levantarmos, o seu corpo roçando no
meu, acariciei-o sentindo a leveza com um toque sutil o massageando, quando percebi
um pequeno gotejamento, enfim, uma lágrima de felicidade.
Ajoelhando-me
–
Contemplando
o membro rosado sem indagar, assim sendo a minha maneira de saboreá-lo, de tê-lo
entre os meus lábios.
A
cada nova investida de sucção Zhyan emitia um sussurro de prazer, o que me acendia,
tornava-me fogo de caieira.
O
seu fluído se misturava a saliva –
Massageava-o
com a ponta dos dedos –
Com
a língua ágil em uma performance
eletrizante.
Por
vezes, tocava-me mesclando os sons de êxtase por compartilhar de reverberante
momento.
Estávamos
em um transe hipnótico, de repente,
segurando os meus cabelos na altura da nuca, ele me direcionou para as
pedras localizadas próximo de onde nos encontrávamos, colocando-me de costas
para ele – Afastando as minhas pernas, penetrou três dedos de uma só vez,
fazendo movimentos circulares me excitando mais de um jeito.
-
Foda-me! – Eu lhe pedia.
-
Nada melhor do que desfrutar do seu lado mais sapeca! – Ele me falou.
Após
me dito isso, Zhyan me penetrou,
fazendo-me sentir todos os seus centímetros me preenchendo, o nosso deleite.
Nessa
altura do tesão, tocava-me vivenciando as reações que me provocava e o sabor da maresia.
Zhyan
me fustigava –
Açoitava-me
com desejo e precisão.
Sentia-o
de corpo e alma –
Realizando
uma vontade há muito tempo sonhada.
Estávamos
sendo presenteados por uma força infinita e não queria perder nenhum segundo
dessa experiência, mesmo não tendo dimensão para saber o que de fato estava
acontecendo. Éramos somente nós dois e a natureza como testemunha de um enlace
perfeito.
A
vibração das investidas eram nítidas tão tempestuosas quanto a maré cheia.
Apoiando
em uma das rochas, intercalávamos os amassos em meus seios para não me machucar com o atrito nas pedras,
havia sintonia.
Por
alguns momentos, cessava os movimentos para
não gozar muito rápido e acabar com a
nossa festa particular. Os nossos corpos já emitiam os seus sinais: O sexo molhado, a carne inchada. Por fim, não
suportando a ansiedade, deixei-me
expandir, libertando um grito da garganta,
quando o senti pulsar em minhas entranhas, jorrando todo o arsenal de leite, escorrendo
por minhas pernas trêmulas.
E
refeito de seu orgasmo, Zhyan me abraçou,
apoiando-me para evitar que caísse,
recostando-nos sobre a formação rochosa.
Não
acreditávamos no que acabara de acontecer, voltando a razão, sorrindo um para o outro, puxei-o em direção
para a água, onde mergulhávamos para recompor
e equalizar as energias.
Um
bom tempo permanecemos no mar, com a água salgada nos revigorando-nos, sentindo-nos acalentados pela natureza.
Ao
sairmos ficamos de frente, contemplando todo o seu esplendor, de mãos dadas.
As
estrelas enfeitando o céu, admirando as ondas quebrando, e sem percebermos caímos
no sono.
***
No
entanto, ao acordar tive uma grata
surpresa:
Não
estava na praia com o Zhyan, e sim, em
meu quarto, sobre a minha cama com o dia amanhecendo.
Inúmeras
sensações reverberavam em minha essência, o cheiro da maresia em minha pele, e
as lembranças foram brotando em meus pensamentos.
-
Como isso é possível? – Fiz-me essa pergunta.
O
mar –
O
som –
A
natureza –
Principalmente, Zhyan.
Como
poderia ser possível um sonho tão real, está em outro Estado, à quilômetros de distância. E trazer não
somente o aroma, como também as sensações, o sabor de seus fluídos corporais.
Não
vou negar que foi uma experiência sobrenatural.
Em meu
coração resta uma questão:
-
Zhyan, será que o reencontrarei?
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