domingo, 1 de outubro de 2023

Transvestir/Cumplicidade mútua (Fetiches - Libertinagens Afrodisíacas)

 

6.     Transvestir

 

Quando o corpo ou a essência desperta o desejo para a transformação, a alma grita por liberdade.

Mesmo o que aparenta ser, não é o que realmente seja.

Há uma infinidade de indivíduos no mundo, nem que sejam gêmeos, trigêmeos, quadrigêmeos ou mais iguais. Nunca nenhum destes será idêntico ao outro, porque as suas personalidades os diferem, tornando-os únicos.

O ser humano tem direito a sua individualidade sexual, mesmo que para exercer tal papel, tenha que se transvestir de seu gênero oposto. Já que este é independente do sexo.

Transvestir-se...

Transmutar-se...

Buscar a sua realização na metamorfose humana –

Sem direito à hipocrisia, racismo e julgamento.

O importante é ser feliz...

Que sejamos a luz em um mundo que está tão cinzento.

 

Cumplicidade mútua

 

Não sei se foi devido à minha criação e formação...

Os meus pais tiveram cinco filhos, sou o caçula com quatro irmãs. O meu pai falecera quando ainda era criança. E figura masculina era as de dois tios distantes. Próximo somente três tias e algumas primas, mas nem por isso, nada alterou a minha masculinidade. E ser criado por mulheres, não foi difícil lidar com cabelos, manicure e maquiagens. Como sendo o mais novo da turma de vez em quando, pegavam-me para cobaia.

***

O tempo foi passando e veio a adolescência... A juventude... E sempre com as garotas. Às vezes, salvava alguma de um perrengue.

Os outros garotos até faziam bullyng comigo, ainda mais por ser negro, chamando-me de mariquinha, mas não ligava. Conquistava até umas namoradinhas.

Com o tempo descobri que eu gostava de me transvestir, mesmo não tendo predileção para o homossexualismo. No fundo eu amo as mulheres e estar no meio delas, faz com que eu me sinta bem e especial.

Embora seja heterossexual. Não era qualquer um que sabia dessa minha... Digamos parafilia.  Essa minha condição era guardada a sete chaves.

Mas será que algum dia, encontraria alguém que pudesse compartilhar um segredo tão particular?

Obtive algumas conquistas, mas o receio de ser mal interpretado falava mais alto do que qualquer possibilidade de prazer.

Quando me dava na teia, trancava-me no quarto e me transformava... Dava-me um tesão e o desejo de ter uma mulher ao lado para compartilhar com cumplicidade dessa fantasia. Um fetiche tão íntimo. Porém, há muito preconceito diante da sexualidade alheia. Talvez se o respeito fosse mais pregado e cultuado, principalmente vivenciado, não haveria tanta intolerância na sociedade sob a qual vivemos, ou melhor, sobrevivemos.

***

Certa noite em uma festa de amigos comuns, eu conheci a Dafne. A sintonia aconteceu de imediato em cinco minutos de conversa, parecia que éramos amigos de infância. E daí por diante, não nos largamos mais.

Sempre que podia estávamos juntos, até que o inevitável aconteceu: De um simples namoro, decidimos por morar juntos. E quando estávamos em locais públicos e de mãos dadas, as pessoas nos olhavam pelo simples fato de uma mulher branca estar se relacionando com um negro. O importante sempre foi o fato de estarmos bem e principalmente felizes.

***

Então, resolvi deixar o meu fetiche de lado, e joguei fora tudo o que dele me lembrava. No entanto, Dafne encontrou um batom no meio de minhas coisas, deduzindo que era de alguma mulher que esquecera e eu guardara. Não sabia onde enfiar a minha cara.

─ Não mentirei! É meu! ─ Eu lhe confessei.

─ Não entendi! Ao menos comigo você funciona direitinho! Ou será que é bissexual? ─ Ela me falou muito séria, tentando se controlar.

─ Eu sou hétero! Mas tenho um fetiche... Uma fantasia... ─ Eu tentei lhe explicar.

─ Acredito que seja normal... Quem é que não os têm? ─ Dafne me interrompeu.

─ Deixa-me explicar. Você conhece a minha história... A minha família... ─ Eu continuei.

Narrei tudo para Dafne sem o medo de ser julgado ou tachado de esquisito. Não havia nada para ser provado. E quantas vezes já havíamos tido relações sexuais? Várias vezes! E a nossa primeira vez foi em uma suíte de motel para ser algo especial e marcante.

Por fim, quando terminei...

─ Pode me mostrar como é isso na prática? ─ Ela me perguntou curiosa.

─ Não sei se será legal... Tem certeza? ─ Eu lhe perguntei.

─ Claro que sim! Não foi isso o que sempre desejou? ─ Dafne quis saber.

─ Sim! ─ Eu lhe respondi enfático.

─ Pode escolher alguma coisa minha. Espero por você lá fora! ─ Ela me avisou e saiu fechando a porta do quarto.

Por um momento, não sabia o que fazer... Não tinha nenhuma reação!

─ Estou aguardando! ─ Ela me disse batendo à porta.

Fiquei sentado na cama. Não acreditando no que havia acabado de revelar. O segredo de toda uma vida. Ao menos a reação de Dafne foi positiva.

***

Enfim, respirei fundo...

Ao abrir a porta do seu guarda-roupa, lembrei-me de uma saia rodada verde e um bustiê que ela gostava muito de usar em dias mais ensolarados. Quantas vezes eu me imaginei vestindo aquelas roupas. Lentamente me despi de Michel e me transvesti de Michelle, assim que me intitulava transvestida. Para muitos, algo bizarro, porém, na minha concepção era essencial na formação de meu caráter, como pessoa e indivíduo.

Ainda bem que Dafne não se importaria comigo mexendo em suas coisas. Providenciei uma maquiagem leve, calcei uma sandália básica de salto alto, mesmo sendo um número menor do que o meu.

Ao terminar de me montar, bati na porta dando um sinal.

─ Posso entrar? ─ Dafne indagou.

─ Se estiver pronta para conhecer a Michelle... Sim! ─ Eu lhe respondi.

─ Amiga! Quem sabe agora eu não vire lésbica e resolva-te “pegar”! ─ Ela brincou.

─ Pronto! ─ Eu lhe disse abrindo a porta.

Dafne mal podia acreditar no que o seu marido havia se transformado. Lágrimas escorriam de seus olhos...

─ Inacreditável! ─ Ela me falou.

─ Você gostou? ─ Eu lhe indaguei.

─ Não é que essa mulher ficou poderosa!  ─ Ela comentou.

─ Obrigada! ─ Eu lhe agradeci.

─ O que faremos agora? ─ Foi a sua vez de indagar.

─ O que você quiser! ─ Eu lhe disse, abraçando-a.

Dafne se sentou na cama, pediu para que desfilasse. Meio acanhado, fiquei caminhando de um lado para o outro um pouco sem jeito.

─ Agora eu quero ver do que a Michelle é capaz! ─ Dafne falou me puxando para junto de si.

No primeiro momento, ficamos nos curtindo sobre os lençóis...

Aos poucos nos despimos...

Esquecemo-nos de tudo lá fora. E quando o telefone tocava, não atendíamos.

Dafne achou um pouco estranho quando me viu trajando calcinha e sutiã, mas logo espaireceu quando apalpou o meu cacete em riste.

─ Essa Michelle está diferente! ─ Ela comentou.

─ Por um lado sim! ─ Eu lhe falei.

Desfiz-me do sutiã, da calcinha e também da que ela trajava...

Abrindo bem as suas pernas e degustando de cada centímetro de sua boceta.

Os seus gemidos me enfeitiçavam -

O seu corpo se contorcia de prazer reagindo ao meu.

À vezes, parecia que recebia choques, mas era o corpo se preparando para o êxtase. Inverti o meu e formamos um sessenta e nove... Enfiava o dedo em seu rabo. Aí que ela mais se entregava e se derramava.

─ Foda-me! Foda-me! Foda-me! ─ Dafne me pedia alucinada.

Como não atender ao seu pedido, ainda mais sendo tão maravilhosa.

Coloquei-a na minha frente, voltando a sugar os seios... A acariciar a barriga... A boceta... Penetrando-a com mais vontade e desejo, arremetendo de encontro a sua libido. Estávamos livres e eu me sentia pleno por ter a oportunidade de compartilhar algo tão íntimo, sem ter sido mal interpretado.

Nesta posição, além de arremeter com vontade em sua boceta, friccionava o clitóris. E em uma entrega despudorada, Dafne se rendeu ao êxtase, com o corpo convulsionando de prazer.

Dafne se virou de bruços e erguendo uma de suas pernas deixou a boceta inchada e vermelha exposta de propósito, bolinava-a circulando o dedão massageando o seu rabo rosado. Ela o piscava para que pudesse intensificar as minhas carícias – Enfiava um... Dois... Três dedos... E se empinava mais até que se colocou de quatro, abrindo bem as nádegas.

─ Fode o meu cu! ─ Ela me pedia.

O cacete chegava a pulsar de tanto tesão.

Com vontade deslizei o pau na boceta lubrificada, depois apontei para a sua entrada. Neste instante o gemido era meu. Ao entrar a ponta da lança, ela rebolava, reclamava, fazendo charme.

─ Aí! Está doendo! ─ Dafne falava sussurrando.

─ Quer que eu pare? ─ Eu lhe perguntava.

─ Não! Fode o meu rabo! Fode! ─ Ela continuava.

Aos poucos adentrava com Dafne rebolando e se tocando.

Os seus gemidos e sussurros se misturavam.

Aquilo me causava um tesão do caralho!

Gradativamente aumentava o ritmo de minhas estocadas.

Dafne se tocava...

A química que existia naquela noite foi algo fora do comum E soubemos aproveitar cada instante. E fodendo o seu rabo estava no ponto de quase explodir, mas consegui me segurar, pois queria senti-la gozar outra vez, mordendo a vara com o seu cu. E foi extremamente delicioso. Segundos depois foi a minha vez de exsudar, enchendo-o com muito leite.

***

No decorrer do dia seguinte, pensei que pudéssemos ter vivido o calor do momento. Porém, Dafne desejou saber quando que eu convidaria a Michelle para outra vez se fazer presente entre nós dois. E eu lhe respondi quando o desejasse.

Às vezes, ao amanhecer ela brincava querendo que a Michelle lhe fizesse companhia para assistir filmes e seriados, e também para fazerem as unhas e os cabelos juntos.

Acredito que Michelle criou um laço de empatia entre nós dois. Até aquelas picuinhas bobas de marido e mulher se acabaram. Não que tudo tenha ficado um mar de rosas, mas passamos a nos compreender mutuamente. Pessoas de fora notaram a nossa diferença e, às vezes, perguntavam o nosso segredo, apenas respondíamos que era amor somado à cumplicidade. No entanto, Michelle era somente nossa, não deveríamos abrir para mais ninguém.

***

Dafne sempre foi uma mulher incrível, e disso eu sabia muito bem!

Recordo-me que em um final de semana, daqueles chuvosos, que seria inviável sairmos e também não queríamos receber visitas. Não existia a necessidade em acordarmos cedo. Ela quando queria algo especial, não nos deixava cair na monotonia.

Em plena manhã de domingo, ao nos servir o desjejum, fui surpreendido com a performance da minha esposa: Ela transvestida com as minhas roupas, o meu tênis maior do que o seu pé, o lindo cabelo liso e loiro mel preso em um coque escondido por meu boné. A minha reação foi senão um misto de emoção com tesão. Eu a beijei em reação e demonstrando tudo o que estava sentindo.

Sem muita demora fui me preparar, pois o Dafno estava aguardando ansiosamente por Michelle.

O nosso café da manhã foi perfeito com Michelle e Dafno se conhecendo.

Em nosso “encontro” lúdico entre um homem e uma mulher, a regra do jogo era enaltecer o amor e nos brindar com muito tesão.

Nada mais afrodisíaco do que a cumplicidade.

E não é que Dafne incorporou mesmo a brincadeira, ou melhor, o fetiche?

Ela me imprensou contra a parede, roçando em meu corpo, enfiando a língua em minha boca, literalmente me devorava.

Eu sentia o meu sexo doer dentro da pequena calcinha, mas ela continuava a me torturar... E que doce desespero.

O cheiro de sexo se inebriava pelo ambiente.

Dafne continuou retirando a minha roupa e eu a sua mutuamente, ao tocá-la senti molhada, soltou um gemido. Agora era o momento de assumir o meu verdadeiro papel na relação. Girei o seu corpo, o meu sexo foi de encontro à boceta e logo se alojou. O seu corpo se contraiu, abraçando-me e encaixando as pernas em minha cintura, arremetia com força. Esticando-se toda se entregou ao gozo... Mas eu queria muito... Muito... Muito mais! E continuava a lhe foder... Dafne gozava freneticamente se derramando em meu pau. Eu a coloquei no chão... Lânguida e de quatro...  Lambia a boceta que se convulsiona em choques. Porém, a sua bunda muito convidativa me chamava.

Dafne se virou para o meu lado e começou a me chupar, a sua boca quente e maravilhosa, soltei os seus cabelos e os segurei em um rabo de cavalo. Não forçava a sua cabeça, deixava-a livre para sugar... Chupar... Lamber... Sorver!

Satisfeita por um momento ─

─ Vem! Agora arregaça o meu cuzinho! ─ Ela me pedia abrindo as nádegas.

Com uma tapa em suas coxas, abri os lábios vaginais, enfiando a língua e chupando o seu clitóris... Seguindo para o seu cu que piscava e metia a língua tesa... Dafne gemia e rebolava... Direcionei o pau e forçando a entrada.

***

O nosso prazer inimaginável, quem diria que em uma festa eu a encontraria? Passava um filme em minha cabeça, desde o momento em que a conheci, antes e depois da revelação. Claro que o depois ficou muito melhor para ambos sem as amarras e nem segredos.

***

Conforme a estocava, seguia entrando... Até que totalmente atolado em Dafne, rebolava se tocando... Segurava os seus cabelos, falávamos palavrões. Por ora, palavras desconexas que nem ao menos compreendíamos tão grande a nossa lascívia.

Dafne se dedilhava...

Adoro vê-la desfrutando do prazer.

Os seus movimentos em uma dança sinuosa, complementava o meu tesão. Acompanhava-a em seu embalo. Até que a fiz outra vez se expandir, mordendo o meu cacete continuamente enquanto gozava. E para coroar este instante, exsudei em seu rabo, brindando com um espumante quente... Sentindo o último lampejo dentro de seu canal anal. E a abracei por trás sentindo a vibração de nossos corpos.

Eu só tinha que contemplar cada uma de nossas explosões sexuais, com a realização de me transvestir...

Com a chuva caindo...

Não tínhamos pressa para nada.

Apenas de namorarmos e nos deliciarmos com o tesão transcendendo em nossas auras.

 

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