domingo, 12 de dezembro de 2021

Apoteose do gozo

 


Amanheço –

Encaixada ao teu dorso.

Corpulento –

Opulento.


Pragmática excitação,

Preenchida.

Nunca saciada,

Entregue –

Aos movimentos,

Saliências,

Rendida.


A voluptuosidade,

Encarnada na pele.

O desejo volúvel,

Açoites pelo corpo.

Enchendo de luxúria,

A taça – O copo.


Transcende o sabor,

Encorpado paladar.

Atiça as carícias,

Derrama a libido.


Torno-me completa –

E louca.

Os gemidos –

A voz rouca.


Alucinada,

Cavalgando por horas.

Alimentando o fogo,

Com a calma.

Não há perigo,

Vínculos e conexões -

Os cabelos – Os puxões.


O olhar fixo,

Aos gritos, sem nexo.

Enlaçada pela perversão,

Doou-me – A rendição.


Impregna a melanina,

Cacete cravado, dogma.

Arremetidas – O arranque,

A tua cama, meu palanque.


Na apoteose do gozo,

Demovendo frenético.

Transe, troca de fluídos,

Insanos pecados.

O elixir prazeroso,

Jorra no buraco.


Inaudíveis sussurros,

Miscelânea em expansão -

Em decibéis, os urros.


Frenética é a energia,

Transcorrendo em sinergia –

O carnal – Irradia o dia.


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