Em pleno palco nua,
Sobre a cama.
Submissa – Tua,
Desfaço-me da dama.
Use de artimanhas,
Doce subterfúgios.
Solta, sem manha,
Intrigantes artifícios.
Instinto avassalador,
No apogeu do despudor.
Ressonância de desejos,
Provocantes lampejos.
Não há o limite,
A fantasia e a realidade.
Nada que delimite,
Toda voluptuosidade.
Nas mãos os apetrechos,
Iminência, molhado sexo.
Afogando-me em fluídos,
Docemente pervertido.
Provoca-me a ânsia,
Falta ar, intolerância.
Suportando o desconforto,
Performances, o porto.
Amarrada à mercê,
Açoites – Mútuo prazer.
Na pele a reação,
No olhar a sensação.
Castiga-me com firmeza,
Chicotes e tapas.
Impõe destreza,
Deixando as marcas.
Longas horas, paciente,
Pelas entradas, penetração.
Investidas, a perversão,
A expansão, presente.
Ao final, o castigo,
Coloco-me à disposição.
O ato, certo perigo,
A libido – A realização.
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