segunda-feira, 2 de maio de 2022

Pecaminosa adoração

 


Aconchego-me em teu corpo,

No início - Lânguida.

Recriando o torpor,

O frenesi logo em seguida.

Desmedida embriaguez,

Enlouquecedora insensatez.

Tira-me do eixo –

Colocando-me no teu prumo,

Nada perplexo,

Na excitação sem rumo.

 

Desbravando cada parte,

Entorpecendo-nos os açoites.

Não importa o momento,

Insanos movimentos.

De dia, a tarde ou a noite,

O que vale é a magia.

Rendidos à fantasia,

Transmutação – Harmonia.

Frenética sinergia,

Na vibração da energia.

 

Pausa para recuperar o fôlego,

Sem chances para o perigo.

Fazendo-nos de abrigo,

Nessa arte não somos leigos.

Do prazer o deleite,

Vertiginosa excitação.

O aprazer na redenção,

Todo o poder, da persuasão.

O elixir, vertendo o leite,

Tomando direto da fonte.

 

Dando e retribuindo carícias,

Solavancos sincronizados.

A favor da miscelânea de fluídos,

Culminando em gritos e gemidos.

Os compassos em cadência,

A Deusa Lillith, a reverência –

Em total sintonia.

Sinuosos e abruptos,

Usufruindo cada minuto –

Somando os intuitos.

 

Nada de teor da exaustão,

Rendidos na saciedade –

O doce frescor.

Usando palavras de ordens,

O cacete em riste, nada de miragem,

Para degustar cada segundo.

Nos orifícios – O ardor.

Marcas – Feito tatuagens.

Espalhadas marcas pele derme,

Enaltecendo a cerne.

 

Ao mordiscar os seios,

Incrementando o cio –

Pura sacanagem, dualidade.

Sigo fazendo parte do jogo,

Perversa voluptuosidade.

Na realização da cumplicidade,

A contento, iguais de verdade -

Não olhando para o umbigo.

Almas sexuais, permissividade,

Dissonante familiaridade.

 

 

Moldados na luxúria,

Doando-nos no grau da lascívia,

Entre os lábios, primícias.

Intumescidos de desejo.

Em minha subserviência,

Presenteando com os lampejos.

Com a boca de trás,

Mordendo os centímetros, a tora.

Massageando, abertura anal,

Surpreendê-lo, papel principal.

 

Pela luxúria abastecidos,

Ao paraíso – Incontidos.

No metié, o afrodisíaco.

Há sempre a carta não marcada,

Oferecendo com graça, o buraco.

Conheço-me bem – Depravada,

A outra face - Adoras a perversão.

Com maestria do valente és devoto,

No semblante, vejo no teu rosto –

A fiel -  Pecaminosa adoração.

 

 

 

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