A vida tem mesmo dessas coisas,
aliás, o corpo.
Aquele dia seria apenas mais um
casual –
Uma visita familiar.
Porém, quando Harley e eu estamos no
mesmo ambiente, tudo se transfigura.
Uma vontade enorme de nossos corpos,
orifícios latejando, aguardando a melhor oportunidade para se entregar.
No entanto, as horas passavam e não
acontecia.
Poucos instantes de anoitecer, um
bairro inóspito, até que o movimento de pessoas na casa foi cedendo, dando
lugar a tranquilidade.
Como desculpa, usei o argumento de
que passaria a noite, disse que estaria perigoso para atravessar.
Um dos amigos de Harley insistia em
ficar, e nós dois desejando um momento só nosso. Com certeza percebia a tensão
sexual no ar.
Harley sem se preocupar com a sua
presença, abriu a bermuda curta que eu usava, enfiando a mão por dentro da
calcinha, começou a dedilhar o clitóris.
Aquela sessão de exibicionismo foi me
incendiando.
A voluptuosidade crescente, fez com
que me colocasse ajoelhada de costas para ele sobre o sofá, abaixou um pouco
mais a minha roupa, comigo empinada – Continuou o seu intento.
O seu amigo nos observou um pouco
mais e depois se retirou. Porém, percebemos que alguém se aproximava pela
janela aberta, dando continuidade ao voyeurismo.
Por mais que estivesse delicioso,
Harley me convidou para nos aventurarmos pelas ruas do bairro. O meu tesão era
tamanho que não pensei na possibilidade dos perigos.
As ruas estavam escuras –
Reconhecia algumas e outras não,
O que me despertava calafrios.
Ele sabia exatamente onde queria me
levar:
Em uma transa muito louca, aonde
encontraria o inesperado, algo antes nunca vivido. E foi assim o que aconteceu.
Seguindo por ruas pouco iluminadas
entramos por um portão, atravessamos por alguns corredores em um misto de tesão
e receio, até que chegamos atrás de um prédio.
Qual não foi a minha surpresa, havia
mais três casais mantendo relações sexuais: Um homem com outro o enrabando e
mais dois casais héteros. E ao chegarmos não se importaram nenhum um pouco com
a nossa presença, pois sabiam que a nossa intenção seria a mesma, agindo com a
maior naturalidade possível, ou melhor, fodendo.
- Agora é a nossa vez! – Harley
exclamou me pegando pela mão.
Empurrando-me de encontro à parede,
foi abaixando a minha roupa e colocando o pau para fora. Um convite para cair
de boca.
Pensa num cacete além de gostoso,
ainda é cheiroso. No mesmo instante, cai de joelhos para adorar o membro da
profanação.
Ao degustá-lo, de vez em quando
olhava de soslaio para o que acontecia ao redor –
Também me tocava ao mesmo tempo.
Harley me puxou para cima, girando-me
–
Metendo os dedos em meus buracos –
Enfiando de uma só vez na boceta e
arremetia ferozmente.
O ritmo seguia no compasso de
sussurros alheios, policiava-me para não gemer. Não sabia onde estávamos.
Devido à tensão sexual do dia
inteiro, não demorei a me entregar ao êxtase, derramando-me em sua batuta.
Ainda convulsionava quando saiu de
uma entrada, e se anexou a outra, primeiro enfiando os dedos no pequeno buraco
que latejava de excitação, depois direcionou a ponta do cacete –
Deu inicio a sua incursão.
Agarrava-me a borda da janela do
prédio, permanecendo nas pontas dos pés, quando o senti completamente atolado,
rebolava os quadris para instigá-lo;
Mesmo com a dor que aos poucos foi
arrefecendo cedendo lugar ao prazer.
Sentia-me observada e olhando para
trás, notava os olhares de outras pessoas em nossa direção.
Uma das mulheres parecia querer me
devorar com o olhar. Aquilo foi me incendiando cada vez mais, o que fez com que
Harley investisse com mais força gradativamente.
E eu me colocava no papel da puta –
Da pura Messalina.
Estocava-me!
O voyeurismo ao nosso favor –
Promovendo um espetáculo digno de
luxúria.
Entorpecida pelo furor –
Embriagada pela excitação –
Novamente fui levada ao êxtase.
Mordendo o falo com a boca anal,
Contraindo-me convulsivamente.
De repente, Harley se expandiu no
pequeno buraco que se contraia involuntariamente.
Antes que pudesse ejetar o último
jato de porra no rabo, ele me colocou de frente e me penetrou outra vez
na boceta.
Neste
momento, percebi que um dos casais se aproximou sem pedir permissão. A mulher começou a me acariciar e também a
Harley, passeando as mãos por nossos corpos... Por meus seios e os chupando.
As
arremetidas de Harley em minhas entranhas se faziam firmes e constantes.
Olhando-me
bem no fundo dos olhos, a mulher misteriosa sem nada pronunciar começou a
acariciar Harley por trás, e com muita maestria penetrou o dedão em seu rabo,
que se entregou ao momento, deixando-se levar por tais sensações, excitando-me
ainda mais.
Ao
gozar observando a tal mulher, ao olhar em sua direção com o meu corpo
estremecendo, um homem alto vestindo uma túnica nos olhava com um gesto de
reprovação.
Essa
mesma mulher abriu um portão na parede lateral para que pudéssemos escapar.
Ultrapassamos
alguns corredores até que conseguimos nos desvencilhar.
Quem
imaginou que pudéssemos ser surpreendidos?
Uma
mistura de excitação e adrenalina, incorporavam-se em nossas veias, no caminho
de retorno para a sua casa. Lá um ambiente totalmente seguro para a nossa
realização, relembrando cada momento em que compartilhamos de reações com
pessoas totalmente desconhecidas, onde podíamos intensificar as peripécias de
voluptuosidade sem alguma desaprovação.
Era
alta madrugada, quando nossos corpos pediram descanso.
Pela
manhã, depois de um café reforçado, voltei para a minha rotina, com as suas
sensações reverberando em meu corpo.
***
Outro
dia, a tarde, quando fazia um passeio, havia um enorme jardim repleto com
muito verde e um paisagismo impar.
Ao
passar por um grupo de pessoas, que entoavam cantos e pronunciavam palavras de
conforto, encorajamento e fé.
Um
homem que tinha em mãos o microfone...
A
sua voz parecia um tanto familiar.
Ao
me aproximar, a sua figura não me era estranha
–
Conhecia-o
de algum lugar;
Mas
de onde?
Aquela
sensação de deja vu permaneceu latente na alma.
O que será que o futuro me reserva?
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