De forma instantânea,
A libido toma conta.
O corpo em excitação,
O sexo molhado.
Não me desaponta,
Nesta louca vontade –
Também em ereção.
Arrepia a pele,
Nenhum toque repele.
Na voluptuosidade,
Mais do que espontânea.
Seios intumescidos,
Descabida ânsia –
Pela penetração.
Rendo-me à alucinação,
O entorpecimento –
Dança sensual,
Do acasalamento.
Boca aberta,
Respirações ofegantes -
Entrando em harmonia,
Disseminando a luxúria.
Tamanha perversão,
Enlouquecida no ritmo –
Condiciono-me.
Ao sabor –
Da alta voltagem,
Entregando tudo de mim.
Na volúpia –
Dilacera a alma,
Rasga a carne.
Ao moralismo –
Seguimos na contramão,
Inúmeros palavrões.
Na iminência dos desejos,
Aos atritos corporais.
Rendição – Pregas anais.
Os açoites,
Durante o dia –
Ou na calada da noite.
Efervescentes ensejos,
Transmutação das essências.
Fundindo-nos –
Ao igual momento.
Os abalos,
Fervorosos movimentos.
Resultando senão, ebulição,
Em abalos sísmicos.
Deliciosa expansão,
No pulsar da carne,
Miscelânea de fluídos –
Deleitoso pecado.
Rejuvenescendo a derme,
Sem tempo perdido.
Na insaciedade –
Da realidade –
No tempo que se apraz,
Sempre querendo mais.
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