sexta-feira, 23 de setembro de 2022

Mão da luxúria



Ansiedade -

Solfejos -

Lampejos -

Desenhados na alma,

Com a mão da luxúria.


Transmitindo pulsações,

Provocando sensações –

Incendiando reações.


No apego da carne,

No desejo infame.

Em apuros,

Correndo perigos.


No auge –

O rio contido,

A fome a desaguar.

Distância –

Arrefecendo o ar.


Almejando os toques,

Carícias – Retoques.

Fazendo fluir o clímax,

Ao meu modo relax.


A excitação,

O enaltecer da perversão.

No farfalhar das emoções,

Deliciosas vibrações.


Ressoa no território corporal,

Na aura do incondicional.

O encaixe perfeito,

Preenchendo a seu momento,

Todas as entradas.


Dedilhando na inércia,

Lendo em braile –

A cartilha carnal.


Incansáveis –

Por longas horas,

A troca de fluídos.

O prazer como permuta,

Sem alguma pergunta.

Para quê as respostas?


No vislumbrar da aurora,

Cultivando a saciedade.

Incontáveis –

Mútuas expansões,

Liberando a adrenalina.

Imensurável encontro,

Despudorada mulher –

Não mais a menina,

Novas artimanhas, ensina.


Entre um aprendizado e outro,

Presenteando-o com orgasmos.

Fazendo derramar o leite,

Vertendo-me para o deleite.

Entregue aos devaneios,

Contigo –

Totalmente sem freios.


Punk rock

 


Ritmo contagiante,

O tesão afrodisíaco.

À dois alucinante,

Compassos –

Marcados na carne.

Desenhando a derme,

O som espelhado.


Rubor incandescente,

A excitação.

As letras como inspiração,

Arremetendo o fogo,

A transpiração.

Em sintonia,

Impondo a energia.


Os embalos,

Alimento da harmonização.

Os abalos,

Entorpecendo a fluidez.

O bate estaca,

O contra ataque –

Vertiginosa invasão.


Gemidos e sussurros,

Temperando as sensações.

A melodia,

Doces reações.

A brutalidade,

A demanda em alarde.


O suor,

Escorrendo  pelo corpo.

Na língua,

O sabor do sal.

Mútua promiscuidade,

Fluídos e saliva.

A libido,

Sob outra perspectiva.

Misturando as vontades,

Os anseios.


Pura e nua adrenalina,

O furor da melanina.

Preenchendo-me,

Liberando o prazer,

A arte do entreter.

Exibindo-me nua,

Constante fissura.


Luzes acesas,

Pintura de pele.

Através do espelho,

Em tons vermelhos.

Nuances de carmim,

A luxúria sem fim.


Cores e movimentos,

A miscelânea,

Intercalando o contraste.

O chiaroscuro,

O cheiro,

Acentuando o feromônio.

Perpetuando o cio,

O vislumbre nos olhos,

O fascínio.


Entregando-nos –

Rendendo-nos –

À total perdição,

Entre a felação da volúpia,

Aura de profanação.


O som da música,

Inertes ao delírio.

A violência do ato,

Sob medida.

Xingamentos –

Tapas –

Mordidas –

Puxões de cabelos –

Ingredientes performáticos,

Posições acrobáticas.


Ao enleio,

Atingindo o ápice.

Tão necessário,

Quanto ao oxigênio.

Caralho!

Frenético despudor,

Insano refrigério,

Após a expansão.


terça-feira, 20 de setembro de 2022

Gula indomável

 


Amanheci com fome...

Fome do teu cheiro,

Fome de vontade de te ver nua...

Cheirar sua buceta, lamber seu cu, chupar as pregas e meter a língua até onde alcançar. 

Senti com vontade o cheiro do teu cu, lambe-lo com volúpia, enquanto, você chupa a minha pica latejante de vontade. 

Esse sessenta e nove onde encho minha boca dividindo o gosto do cu e da boceta –

Atiça-me!

Sim!

Hoje  amanheci assim:

Com vontade de chupar o seu cu, depois fode-lo com todo tesão que me causa. 

Acho que gozaria sem nem precisar lhe foder, tão grande é o meu tesão.

Vem...

Dá-me esse cu, 

Esfrega ele na minha cara, deixa-me chupar o teu valente, enquanto, chupa-me e bate uma punheta.

Vem Fá.... e me faz cantar de gozo.

Heitor Cafila 

***

Entrego-me a essa loucura,

No inverter dos corpos, a excitação.

Mutuamente nos bolinando, vertendo em fluídos, emoldurando com gritos e gemidos, numa insanidade performática.

Entre lambidas e sugadas o punhetando, degustando cada centímetro de delícia.

Massageando com a língua a glande,

Derramando-se em desejo.

Rebolo os quadris –

Cesso os movimentos para sentir a língua tesa no clitóris,

Quase fazendo-o sufocar.

Empino a bunda, devolvo o ar.

É sempre assim,

Toda vivacidade transmutada em luxúria,

Realizando-nos em carícias,

Enchendo-nos de primícias –

Sem pressa,

Com todo o tempo necessário para apimentar o cio.

Arrefecendo o orgasmo, afim de aproveitarmos casa segundo dessa brincadeira,

Fogo de caieira, colocando mais lenha nesse brasa.

Saboreando a entrada, ao prato principal, também a sobremesa,

Em cima da cama, no chão, encostado na parede, ou sobre a mesa.

O que importa é alcançarmos o clímax,

Molhados de suor,

Na miscelânea de fluídos,

Duplicidade afrodisíaca. 

Gozando entre gritos e gemidos,

Pronunciando os nossos nomes.


Colisão de energias


As atenções,

Estão voltadas -

Para o foco.


O olhar fixo,

Penetrante -

Sigo confiante.


O alvo certeiro:

Chego -

Domino,

Faço-te prisioneiro.


Invisíveis amarras,

Da luxúria -

Viciado.


Na fissura,

De querer sempre mais –

O gozo,

Nunca é demais.


Desfrutar,

Da carne vermelha -

Na ascensão.


Do prazer,

Espelhando-se -

Ao deleite.


Miscelânea,

De fluídos -

Contagiante pecado.


O fogo na lenha,

A libido -

Ao meu corpo,

O teu se embrenha.


Enlouquecendo-o,

Seios intumescidos –

Pervertidos.


A invasão -

Os açoites -

Os gemidos -

Os atritos -

Os gritos -

Nada arrefecidos.


Colisão de energias,

Ressoar da vibração -

O sexo surreal.


Alucinante anal -

Deliciosa expansão,

Plena realização.


Reações em standy by

 


Surtei na tua cor,

Não tem como não pirar.

Antes de nos olharmos,

Reverberava a energia.

De longe a sintonia,

Envolvente melanina.

Perfeita aproximação,

Obra do destino.

Colocando-me em desatino,

Sem saber o nome.

Ecoando aos ouvidos,

Inesquecível o codinome.

Desejos pervertidos,

O sabor do pecado.


Criando –

Recriando –

Mil e uma possibilidades,

Na imaginação.

Tamanha a conectividade,

As percepções em expectativas,

Reações em standy by.

Deliciosas perspectivas,

Ressoando na alma.

O coração em compasso,

O tilintar,

Por vezes, faltando o ar –

No anseio do fogo,

A volúpia em chamas.


Ao corpo:

Anseio e comichão,

Enredando o tesão.

Pragmática alucinada,

Várias posições –

Alta performance.

A mistura –

Do café com leite,

Para o deleite.

Imaginando o tamanho,

Fantasiando o encaixe –

No vai e vem da lubrificação.

Para alcançar almejada expansão,

Prazer mútuo em comunhão.


Retornando a realidade,

Um jogo de conquista.

Em trocas de gentilezas,

Sem dar na vista.

Entrego-me pelo olhar,

Sem sutilezas.

Entre conversas -

A tentativa,

Em descobrir alguma pista.

Trazendo à vida novos tons,

Borboletas no estômago.

Ouço os sons -

Pura adrenalina,

Devolvendo o frescor de menina.


Rendemo-nos ao clima envolvente,

Para ver aonde que vai dá.

Quem sabe um outro encontro,

Na reviravolta –

Do mundo a girar na inércia,

Provaremos dos solavancos.

De auras unidas,

Aprontando as suas peripécias.