domingo, 23 de dezembro de 2018

Tela em construção




Na expansão da imensidão que consome a noite, o meu corpo se contrai ao toque de suas mãos.

A pouca luz no ambiente refletindo em minha pele branca, alimenta a sua sede pela luxúria. 

Os meus olhos vendados...

Pegando em uma de minhas mãos,  girando o meu corpo e me roçando vai se mostrando viril.

O entorpecimento dos sentidos...

Oferecendo em meu paladar o precioso vinho.

O chicote me resvalando, no pequeno susto e na expectativa do que virá.

Os puxões em meus cabelos amarrados estrategicamente em um rabo de cavalo.
As tapas ardendo na carne...

Assim vão se formando contornos...

Desenhando mapas...

Que delineam as trilhas do prazer.

Rendo-me...

Entrego-me ao nosso fetiche e perversão. 
Você me conhece muito bem, cada peça desse jogo, vibrando na reação que produz.
A uma nova contração sinto os espasmos em um deleite desmedido.

Tenho a necessidade dessa tua força... Da tua pressão encaixado em mim.

Que vai me consumindo e renovando o tesão.

Passar o tempo contigo, são imensuráveis todas as horas, pintando de roxo toda a tela do meu corpo.

E é com orgulho que as observo e relembro cada sensação do momento de sua criação. 
A dor e o prazer em sua miscelânea constante, no gozo que explode devolvendo a visão através da venda.

Você tem esse poder de me persuadir e mostrar do que sou capaz.

Tudo flui a contento...

Em nosso acordo de lascívia, reconstruindo a tela quando as suas cores se dissipam.

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Ode à luxúria



Um frenesi se apossa de meu corpo,
Com o líquido vermelho, preenchendo o copo.
Através do paladar, percorrendo a mente,
Os arrepios na pele, de modo veemente.
Feito viço... Chama que penetra,
As rimas que se encaixam em cada letra.
Assim é nosso tesão... Atormenta a excitação,
Incrementando o desejo, doce perigo.
Entre os meus lábios, faço-me o teu abrigo,
Materializando-me nessa gostosa perversão.

Despindo-me... Remexendo os quadris,
Entro no personagem, sou a meretriz.
A que hipnotiza a melhor atriz,
A luxúria comandando o espetáculo.
Como prêmio, eu recebo o cobiçado falo,
Invadindo-me... Rasgando as regras.
Sem pudor, rendo-me a constante entrega,
Emitindo sussurros, gemidos e uníssonos ais.
Prevalecendo a constância de profano deleite,
Venerando com os nossos atos, a Afrodite.


De presente recebo a melhor performance,
Na volúpia, nenhum resquício de romance.
Dedos entrelaçados, puxando-me os cabelos,
Instigando-me de quatro, apoiada pelos cotovelos.
Envolvendo-nos em nuances de lascívia...
Amo o teu jeito cafajeste... O estalar das tapas.
Trilhas percorrendo, reacendendo todas as etapas,
Com louvor me entorpecendo com primícias.
Na ardência da carne... Exuberância do kama sutra,
A miscelânea de nossas essências, não há outra.

Não existem limites, embriagados pela loucura,
O elixir que a vida salva, o leite quente que cura.
Movimentos cadenciados, compasso da devassidão,
Quando nos encontramos, uma forte explosão.
Interagindo, causando curto-circuito na libertinagem,
Quem é que resiste a uma boa sacanagem?
Mas com você é constante o cio,
Um desregramento, a voluptuosidade de meu vício.
O embevecer de almas... Enlace desmedido e visceral,
Desfrutando do êxtase... Momento único e cabal.

domingo, 25 de novembro de 2018

A massagista



Os últimos dias tinham sido difíceis...
Não suportava a pressão sobre a minha cabeça.
Em mais nada procurava pensar...
Apenas procurei refúgio para a minha alma, como também para o meu corpo...
O refrigério.
Um lugar onde os problemas ficam em um mundo exterior.
Por ser uma pessoa conceituada, trabalho e lido com vidas. Mas há momentos que tudo parece desabar. E são nestes instantes que sigo em busca de aventuras. Atiro-me de cabeça no plano B, aonde além de me divertir e não é pouco ainda ganho uma remuneração extra. Mas não deixo que isso me domine.
***
Uma de minhas melhores amigas tem uma casa de massagem e dependendo do gosto do cliente, ele não fica apenas nela. O pacote vai além do relaxamento.
Adoro esse jogo de sedução...
De induzir a surpresa...
O próximo passo...
Flávia me conhecia bem. E somente ela sabia desse meu segredo libidinoso. Às vezes, trocávamos conversas por códigos. Ela ama quando através de uma senha indico que quero trabalhar em seu estabelecimento para me exorcizar o estresse diário.
Na verdade, descobri o meu talento para massagem por acaso. Certa vez visitando a minha amiga em seu estabelecimento, um de seus clientes bonitões me confundiu com uma de suas funcionárias e eu entrei na brincadeira, porque me senti instigada. Além de ser relaxante, é algo diferente do que eu faço no dia a dia e fiz aquele deus grego loiro gozar como nunca. Às vezes, ele liga para a clínica e procura saber se estou disponível para um trabalho particular em sua casa, e vou sempre que possível.
***
Querendo ou não, tenho uma vida dupla. No entanto, procuro ser muito discreta naquilo que faço. Para disfarçar enquanto estou em locais públicos, uso peruca e óculos escuros.
Mas é no ambiente da clínica que me realizo, tenho fetiche...  Dá um sentido melhor para o que faço... O aroma de essências que fica pelo ar.
Outro acessório que não abro mão é da máscara, pois através dela que me camuflo e posso ser quem desejar. A minha preferida é a vermelha que contraste com o loiro do meu cabelo.
Flávia tem o cuidado de manter o cadastro de seus clientes bem atualizado para não ter nenhum tipo de surpresa. Quando sinalizo que conheço, ela o direciona para outra atendente.
***
Ansiedade era o meu sobrenome, apesar de ter o feito várias vezes.
Cheguei meia hora antes do segundo horário para me preparar. Pouco tempo depois a assistente preparou o meu primeiro cliente do dia, a quantidade pode ser aleatória, já que para quem fecha o pacote completo não tem horário pré-determinado, tanto que são várias salas adaptadas para serem usadas de acordo com a criatividade de cada um. O único pedido que fazia era para que em hipótese alguma a máscara fosse retirada do meu rosto.
***
Ao entrar na sala, mesmo conhecendo o lugar, fazia questão em observar todo o espaço. Assim o cliente ficaria ainda mais curioso, ou melhor, ansioso.
Alguns ao perceberem a minha presença já se mostravam ofegantes, ansiando por provocações e reações.
Primeiro eu dou uma volta ao redor da mesa de massagem, como se observasse a presa a ser abatida... O impacto de meu salto alto no chão cortava o silêncio... Causando suspense!
Calmamente me aproximei e peguei um óleo de massagem disposto sobre a bancada e coloquei um pouco sobre as costas do freguês. O líquido gelado e refrescante, a sua pele se fez arrepiada... Era notável a reação de poder em meu ego. E mais uma vez estremeceu ao sentir o contato de minha mão... Ouvi um suspiro de prazer.
Um jaleco lilás cobria o meu corpo, por baixo apenas um biquíni fio dental que mal encobria o meu sexo.
Não podia deixar de observar a pele morena, as costas largas de meu cliente... O tom escuro de seus cabelos caindo por seus ombros.
A língua passei por meus lábios ressecados pela excitação e massageando o seu corpo, tentava adivinhar os seus traços.
Ao quase atingir a altura de sua bunda, este se enrijeceu... Então, saltei para as coxas firmes bem trabalhadas pela musculação... Continuei com os meus movimentos como se brincasse de massinha de modelar e deixei as pontas de meus dedos tocá-lo, como se procurasse por outro brinquedo mais atrativo. E percebendo a minha intenção, afastou mais as pernas para que eu pudesse alcançar o meu objetivo.
Sempre fui decidida em tudo o que fazia, mas segui o impulso e pedi para que virasse, quando o fez e se aconchegou seguro sobre a mesa, impossível não vislumbrar a sua figura máscula e viril. Os meus olhos percorreram toda a extensão de seu corpo e cessou em meu objeto de desejo. Porém, continuei com o meu trabalho. A essência de minha lascívia fervia em minhas entranhas.
A minha boceta se contraia no ritmo em que as minhas mãos o tocavam.
O seu peito cabeludo...
O meu olhar hipnotizado...
A expressão lânguida de meu desejo...
A minha boca aberta sem quase respirar.
Ele se mostrava passivo às minhas investidas, nada dizia apenas me acompanhava com os olhos. A única reação que obtinha era a sua respiração ofegante, ou seja, gostava do que eu realizava.
Ao cumprir todo o ritual, aos poucos fui descendo em direção a parte inferior de seu corpo atingindo o ponto exato, as mãos ainda um pouco escorregadias, aparei-o com a boca... Antes adormecido, criou vida com a quentura de meus lábios na cor de carmim.
***
Eu sabia o seu nome...
Ele apenas me conhecia como Scarlatti.
***
Simon levantou a parte superior de seu corpo e apoiado nos braços, fitava-me recebendo as carícias, por ora se contraía e relaxava. Ao olhá-lo fixamente, mordia os lábios carnudos... Passeava a língua pelo contorno de sua boca.
Após degustá-lo... Parei bem à sua frente e abri o jaleco, deixando-o cair... Soltei o laço do biquíni revelando os seios brancos e enrijecidos, subindo à mesa eu o massageio usando-os... Enfiava-o em meus entremeios... Fazendo-o totalmente relaxado. Nesta altura, Simon gemia e eu tocava a cabeça de seu membro com a ponta da língua em círculos e ele reagia com pequenos gemidos.
Quando fiz menção em descer da mesa, ele me puxou fazendo com que ficasse encaixada em seu corpo e retirou a calcinha do biquíni, revelando a pele nua... Despida... Lisa... Fincando os dedos entre os lábios vaginais.
Naquele instante o jogo se invertera: Rendia-me ao seu aspecto quente e viril de macho.
O meu líquido escorria em sua mão e por pouco quase gozei... Escolhi deixar me levar sem regras, ao montá-lo... Cavalguei... Até atingir o êxtase.
Havia uma química que incendiava. Sem pensar e me indagar, virei de costas com ele me tocando, direcionando-o para o orifício que implorava para ser invadido.
Simon leu em braile o meu desejo e devagar fui sentando, apertando-o até que finalmente, com movimentos cadenciados de subir e descer, acabava-me de prazer rebolando sobre a ordem de sua batuta. Através do espelho podia contemplar as suas reações e desfrutava de sua ereção firme em meu traseiro.
Ele segurava firme em meus quadris, dando-me o apoio e o equilíbrio necessário para me abastecer... Para me alimentar... Ou ao menos tentar saciar um pouco da minha fome por sexo.
Em meu louco devaneio...
Com as pernas trêmulas...
O corpo suado...
Simon deixou se guiar pelo instinto e se esvaindo, serviu-me do mais delicioso gozo, fazendo-me gozar simultaneamente com ele.
Quando eu pensei que o meu trabalho com ele havia terminado por ali, ledo engano foi a sua vez de me deitar na mesa e me oferecer o seu sexo oral... A língua percorria todo o território da boceta, chegando ao ápice no clitóris como se descarregasse uma corrente elétrica que percorria todo o meu corpo... O dedo penetrando o pequeno buraco que acabar de ser penetrado. Enquanto segurava os lençóis para não agarrá-lo.
Ao me virar de bruços e me puxou para baixo, apoiando-me na mesa, foi deslizando até que finalmente começou a me estocar.
O atrito de seu corpo no meu me abalava, reacendia um desejo imensurável para que não acabasse logo. Sabe quando algo é bom e você não quer que termine nunca? Foi o que estava acontecendo comigo. E de uma maneira ou de outra Simon também sentia o mesmo e me possuía com urgência.
As suas mãos procuravam por meus seios que eram acariciados.
Em um dado momento, ele juntou os meus cabelos e puxando-os acelerava o seu compasso.
Eu gemia e rebolava com o prazer a mim consentido. Deliciando-me a cada nova arremetida e ficando nas pontas dos pés, empinando-me para recebê-lo enquanto os seus dedos me fodiam a bunda.
Ao morder o lençol eu gozei, abafando o meu grito para que ninguém pudesse me ouvir a não ser ele. Mesmo convulsionando de tesão, Simon continuou, até que novamente gozou entre as minhas entranhas, exsudando de modo lactente.
Foi inevitável não apreciar o seu sorriso de satisfação.
E ao tentar não encará-lo, os nossos olhares se cruzaram.
Simon mexeu com algo bem no fundo de minha essência.
Mas não poderia deixar me levar por ímpetos de adolescentes.
Quando finalmente se pronunciou...
- Adorei senhorita Scarlatti. É uma pena que não seja assídua!
- Que bom! Adoro quando os meus clientes saem satisfeitos e relaxados!
Simon recolheu o seu roupão e se dirigiu ao lavado.
***
Talvez o que sentira fora apenas uma mera impressão.
Não quis mais pensar e segui para conferir o horário do próximo cliente.
A vida segue, assim como as minhas aventuras!
Amo a liberdade!

sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Infidelidade (minha felicidade)



Eu me casei com o meu primeiro namorado da época da escola, digo, não com aquele primeiro amor de adolescência, no qual criamos inúmeras expectativas e fantasias.
O meu marido sempre fora muito atencioso, desde a escola. E, depois que iniciamos a nossa vida sexual, o que era bom se tornou ainda melhor. Isso até ouvir os relatos de minhas amigas quanto ao desempenho de seus namorados. Porém, nunca tive a oportunidade de ficar com outro homem.

Quando ficava sozinha, as conversas com as garotas ecoavam por minha mente, feito um vinho barato ecoando em meus sentidos, inflamando-me de desejos. Sentia-me febril, almejando degustar de outros corpos... Outros sabores.

No momento do banho era inevitável não me tocar. E do nada vinha às lembranças de anos atrás... De Frank... Mesmo nunca tendo acontecido nada entre nós dois, as sua figura física me atraia. Desde novo, sempre teve um corpo definido E gozava sussurrando, divagando e criando um teatro em minha imaginação.

Perdi as contas de quantas vezes gozei com o meu marido chamando por seu nome em meu íntimo... Cerrando bem os olhos... O marido nunca desconfiara!

E por falar em Frank, havia muitos anos em que não o encontrava. E nutria até certa curiosidade em saber o que tinha acontecido e como estaria. A última recordação que tenho é que teria se mudado para outra cidade com a família. Depois que isso aconteceu, logo comecei a namorar o Mário, com o tempo passando culminou com o tão sonhado casamento. No entanto, nem tudo seria perfeito.

Mário me ama e sempre me enche de mimos. No quesito sexual é que deixa a desejar, mas nunca reclamei. Com as conversas entre amigas, consegui distinguir que cada homem tem uma maneira de agir entre quatro paredes.

De um modo ou de outro, Frank sempre preenchia os meus sonhos com muito erotismo.
Desde cedo havia um mistério em seu corpo que me atraia, que só depois com o meu amadurecimento fui compreender que se tratava de tesão. Ele não podia chegar perto que já ficava totalmente desconcentrada.
...
O meu marido, às vezes, viaja à trabalho. E quanto a isso, já me habituara. Nestes períodos, às vezes, costumo visitar parentes. Mas desta última vez, não senti vontade de sair e preferi ficar em casa.

...

Certa tarde, eu resolvi caminhar um pouco pelas ruas comerciais e uma loja me chamou a atenção. Pois ali, antes funcionara uma lanchonete cujo dono falecera há alguns meses e desde então os herdeiros, a mantiveram sempre fechada. Agora havia um colorido especial... Transformaram o espaço em uma bela floricultura! Como sou apaixonada por flores, resolvi conhecer a loja.

Tudo muito lindo e encantador... Um aroma especial trouxe as lembranças da casa de meus avôs. Que delícia! Realmente estava encantada com o novo espaço que reabrira.

- Boa tarde! Deseja algo em especial? – O funcionário veio me atender bem receptivo.

Ao me virar, não pude acreditar em quem estava na minha frente.

Ao tentar respondê-lo, a minha voz não saia...

- Será que não nos conhecemos? – Ele indagou.

- Não se lembra de mim? – Eu lhe perguntei surpresa.

- Desculpe-me! Como poderia esquecer? – Ele disse gentilmente. – É que se passaram tantos anos... – Ele continuou.

A nossa conversa fluía entre as lembranças da época do ensino fundamental e do segundo grau, atual ensino médio. Mas, às vezes, as palavras perdiam o sentido. Frank o primeiro amor da minha vida estava em minha frente, lampejos de inúmeras vezes que o desejara... 

O tesão que ainda despertava em meu corpo. O passar dos anos só lhe fizera bem, diferente de meu marido que pensava apenas no trabalho.

O seu perfume se misturando ao das flores, mas conseguia distingui-lo perfeitamente, o aroma de seu feromônio me despertava desejos incontroláveis. Veja como é o destino... O mundo dá muitas voltas e sempre nos prega uma peça nos desafiando a seguir em frente ou retornar ao ponto de partida.

De repente, a boceta começou a latejar, em um orgasmo forte e instantâneo, nunca o sentira dessa forma e procurei disfarçar o meu rosto corado.

Nesse ínterim procurava controlar a respiração, mas em algum momento seria inviável.

- Estou quase encerrando o expediente... Se não tiver outro compromisso, espere para o jantar. Assim podemos colocar a conversa em dia. – Frank me sugeriu.

- Por mim, se não estiver incomodando... – Eu aceitei o convite.

Como Frank estava residindo na parte superior do prédio, ele fechou a loja e tivemos acesso a casa pela parte interior. Não escondia a minha excitação.

A cada degrau que avançava o meu coração parecia que sairia pela boca.

Como o nosso encontro foi uma surpresa para ambos, Frank pediu o jantar a um restaurante, o que foi providencial, não poderia ser vista em sua companhia.

Enquanto arrumávamos a mesa como dois velhos conhecidos, em um dado momento, os nossos corpos se tocaram, feito um curto circuito, os olhares trocando faíscas, foi como anos de tesão reprimido, arrebentasse a barreira, deixando fluir...

Ele me colocou sobre a mesa acariciando os seios por dentro do vestido, forçando o corpo por entre as minhas pernas, fazendo-me perder os sentidos... Eu fiz o mesmo, mas invadindo a sua calça, sentindo-o em minha mão... Abri o zíper e o libertei para prendê-lo entre os meus lábios, ajoelhada em plena sala de estar, sendo a sua entrada.

Frank não fazia à mínima ideia de quanto aguardava por aquele momento... E aproveitar o máximo era o que mais queria.

O cacete de vinte e dois centímetros preenchia a minha garganta... Por vezes, até me engasgava, misturando fluído com saliva... Ele prendia o meu cabelo com uma das mãos, forçando os meus movimentos.

Que membro era aquele? Já que do meu marido era a metade.

Sentia-me a mais puta de todas as mulheres...

E continuou, fazendo com que me levantasse e apoiando-me na mesa, ficando de costas para ele, abrindo o meu vestido, deixando-o cair. Sem a menor cerimônia roçou no entremeio de minhas nádegas.

Eu me virava para trás, para não perder um instante sequer de seu entusiasmo. Não me contendo, fui abaixando a calcinha, enquanto rebolava, enfiando os dedos na boceta e levando até a minha boca e em seguida me beijou.

Ele foi descendo... Lambendo-me... A língua rodeando os meus seios... Descendo... Até alcançar o clitóris... Frank brincava com a boceta... Invadia-me... Fazia-me ensandecida!

Em êxtase...

Aos gemidos...

Sussurrando o seu nome...

Repetindo várias vezes, como um mantra!

Pois estava realizando a minha fantasia de juventude, tendo-o cravado entre minhas entranhas.

Nunca pensei que tivesse coragem de trair o Mário, mas felizmente este dia chegou, e não poderia ser da melhor maneira.

Eu me apoiava na mesa, jogava a cabeça para trás não me importando com nada... Frank agia como se fora um selvagem me abocanhando... Sugando os meus seios... Sentia a sua mão pesada... O peso sobre o meu corpo usufruía de todas as suas sensações e reações em meu corpo.

Em um devaneio visceral, entreguei-me ao gozo, serpenteando em seu corpo, agarrando em seu pescoço, mordendo o dorso de minha mão para abafar os meus gritos.

O meu peito arfava, nunca tinha gozado dessa maneira... E Frank entendia com clareza as minhas nuances.

E para me fazer chegar ao êxtase, para ele era fácil... Entretanto, os seus açoites continuavam para o meu deleite, Frank se derramou exsudando todo o seu néctar viscoso e latente para alimentar a sede insaciável de luxúria.

Ainda estávamos ofegantes, quando a campainha ecoou pelo ambiente. Entre sorrisos e carícias, Frank rapidamente se recompôs para atender. Era o nosso jantar, mas que no primeiro momento foi deixado de lado, enquanto continuávamos a nossa tórrida noite de sexo e lascívia.

Na manhã seguinte, ao acordar nos braços de Frank, eu pensava que tudo parecia um sonho, mas ao vê-lo dormindo ao meu lado, tinha a certeza de que cometeria inúmeras loucuras para reviver tudo novamente. E meu sobrenome seria Infidelidade, para a minha felicidade!

sábado, 3 de novembro de 2018

Conectados pelo tesão




Não sei por que não gosto da data do meu aniversário... Mas vamos deixar as minhas esquisitices de lado.
***
Chegou a tão esperada data.
Animação em nível 0%!
Como já disse não gosto e acredito que as pessoas deveriam respeitar o meu ponto de vista. Por este motivo, não preparei nada. Apenas fiquei em casa, ouvindo um som e tomando um suco em meu quarto com meus livros e discos.
***
Era tarde da noite, no dia seguinte, quinta-feira, ainda teria que trabalhar.
***
O celular tocou, despertando-me de um mero devaneio... Do outro lado, Lilla avisando que passaria em minha casa no tempo de meia hora, para me levar em um lugar. Pelo seu tom de voz, foi uma intimação.
- Esteja pronta quando chegarmos! – Ela me disse.
- Está vindo com quem? – Mal pude indagar, pois ela interrompeu a ligação.
Sem saber o que fazer, perdi cinco minutos e, peguei a primeira calça jeans, uma blusa preta básica de rock n' roll. Com o tênis também foi a mesma coisa.
Quando o celular tocou novamente, Lilla me alertou que estava em frente à portaria do meu prédio. Finalmente calcei os tênis e sai correndo.
Ao os encontrá-los, fizeram a maior bagunça pelo milagre de estar com eles.
Lilla e Luana com os seus respectivos namorados e Marcela, a outra solteirona do grupo.
No carro, como sou muito curiosa, perguntei para onde estávamos seguindo. Marcela logo tomou a frente e respondeu que seria surpresa.
Não sei exatamente o que sentia, mas era um misto de ansiedade, expectativa e uma pitada de receio.
- O que estariam planejando? – Indaguei- me.
Não havia como voltar... Respirei fundo e mergulhei de cabeça na aventura.
***
No trajeto, conversávamos tranquilamente. O namorado de Luana era quem dirigia e, este ficaria só no suco, já que se tratava do motorista da noite.
Ao chegarmos, o letreiro nos indicava o nome do estabelecimento: PUB – Horizonte Cultural.
Confesso que respirei aliviada... Imagina se fosse um baile funk?
Ao entrarmos, o lugar parecia ser bem aconchegante. Um ambiente de muito bom gosto e, pelo pouco que pude observar bem frequentado. A música ao vivo, nada barulhenta. O gênero era pop e rock, mesclada com músicas nacionais e internacionais. Observei que as pessoas conversavam entre si normalmente.
Ao nos posicionarmos em uma das mesas, ficamos bem em frente ao palco que acomodava o artista da noite em seu tolk show. Os meus olhos foram direto nele. E pela troca de olhares de minhas amigas, elas perceberam o meu súbito interesse. Com aquelas madeixas longas e negras, impossível não despertar um sex appeal a mais.
***
A noite no PUB começou tranquila entre amigos, o que mais poderia acontecer?
Lilla e Luana apesar de estarem acompanhadas, interagiam normalmente. Já Marcela também lançava os seus olhares para outras mesas, tentando encontrar alguma garota que fizesse os seus olhos brilharem. Quanto a mim, estava hipnotizada pelo belo músico.
Não conseguia me conter e nem disfarçar o meu interesse. Sentia-me quente por dentro. A bebida começava a causar efeitos em meu corpo. Não prestava mais atenção nas conversas paralelas. Se era para ser uma noite especial entre amigos, só estaria completa se ao menos descobrisse o nome do moreno que cantava em minha frente.
Acredito que de tanto lhe olhar, ele percebeu a minha intenção. Talvez tivesse acontecido outras vezes, de mulheres paquerá-lo. Por vezes, ele também me encarava entre uma frase ou outra de alguma canção.
Mas quando os seus dedos começaram a dedilhar no violão os primeiros acordes de Perfeita Simetria dos Engenheiros do Hawaii, eu enlouqueci! A música da minha banda preferida em seguida dedicando a aniversariante do dia, pronunciando o meu nome, quase fui ao êxtase. Os meus amigos gritavam e faziam a maior algazarra. E eu agradecendo o carinho de todos e mandando um beijo no ar e também na direção do músico. E ele retribuiu com um delicioso sorriso.
A partir desse momento, ele passou a responder os meus olhares de cobiça ou será de gula? Pois imaginava ele todinho despido bem na minha frente, realizando outro show, porém, particular.
Não disfarçava nenhum pouco e as amigas colocavam mais lenha na fogueira.
Quando ele anunciou que cantaria a última música do repertório, o meu coração disparou. Mas ao final, a plateia pediu bis e ele atendeu.
Ao finalizar, enfim se apresentou como Gael Guimarães.
Enquanto organizava os seus instrumentos e demais material de trabalho, aproximei parabenizando pelo show, comentando o set lista, apesar de que ao chegarmos o show já em andamento. E ele tão atencioso me presenteando com dois beijos no rosto pelo meu aniversário.
***
Por acaso vocês sabem quando a química entre duas pessoas acontece e não dá para resistir? Foi o que aconteceu entre Gael e eu.
Ao nos dirigirmos a mesa em que estava com os amigos, apresentei-o e ele me convidou para bebermos algo no barzinho, embora o bar man sabendo que ele preferia uma bebida quente com mel e canela para não lhe prejudicar a voz.
O entusiasmo era mútuo...
Para quem não queria nem ao menos sair de casa para comemorar o aniversário, a surpresa de meus amigos tomara proporções ainda maiores.
Entre uma conversa e outra... Diferentes assuntos... Música... O seu show... Cada um mostrando os seus sinais.
Gael sendo ainda mais perspicaz do que eu, deu a entender que gostaria que esticássemos a noite. E eu sem pestanejar, aceitei o convite.
Não demorou para que meus amigos indicassem o momento de irmos embora e Gael me olhou como se me perguntasse se ficaríamos juntos ou não. E perguntei se ficariam chateados se eu ficasse mais um pouco... Gael logo emendando que me deixaria em casa.
Ninguém fez nenhuma objeção. E ao nos despedimos, as meninas pediram para manter o celular sempre ligado. E nos deixaram.
Gael e eu retornamos para o ambiente do PUB onde ele antes fizera o seu show. No palco outro artista convidado da cidade vizinha. Com as suas cordas vocais já um pouco descansadas, ele optou por uma cerveja. Estávamos entusiasmados um com o outro.
- Agora é a nossa vez de irmos embora! – Ele me avisou brincando.
- E o que sugere? – Eu o instiguei.
- Eu a levarei para o melhor lugar da cidade! – Ele exclamou.
Os meus olhos piscavam, mas nada perguntei.
***
No carro tomei a iniciativa, repousando a minha mão na sua coxa torneada... Acariciando- o com malícia. Gael como dirigia, correspondeu com um olhar repleto de desejo.
- Não vai me contar para onde está me levando? - Eu o indaguei curiosa.
- Surpresa! - Ele respondeu.
Olhava- o fixamente...
A minha mão cada vez mais atrevida, delineando o contorno de sua perna... Subindo... Percorrendo cada detalhe do zíper de sua calça jeans... Fincando enrijecida e apertada.
Gael mordia os seus lábios, passeando a língua por eles, fazendo-os umedecidos, tentando se concentrar na direção.
Imagine como estava desde o momento em que o vi tocando e cantando... Os dedos dedilhando o delicado violão, fazendo-o suspirar notas musicais... Assim estava a boceta: quente, molhada e sussurrando... Desejando ser tocada e invadida!
- Chegamos! – Ele em avisou ao estacionar em frente a uma garagem. – Bem vinda à minha casa! – Ele completou.
- Confesso que estou surpreendida! – Eu lhe falei.
Ele acionou o controle remoto do portão e finalmente entramos.
- E seus pais? – Eu lhe perguntei preocupada.
- Desculpe! Não mencionei que morava sozinho! – Ele pediu.
- Hum que delícia! Sei que vamos nos divertir! – Eu exclamei.
O lugar não era amplo, porém, muito bem decorado e aconchegante para um homem solteiro.
- Fique à vontade! – Ele sugeriu.
- Você disse à vontade? – Eu lhe perguntei.
- Sim! – Ele me respondeu.
Não sei quem me comandava, se era a cerveja ainda impregnada em meu sangue ou se o tesão que embriagava a luxúria.
Eu comecei a me despir, começando pela blusa e ao mesmo tempo retirando os tênis... Depois o sutiã... Gael veio me auxiliando com a calça jeans.
Estávamos em sintonia... Conectados pelo tesão... Olhávamos fixamente... Os nossos corpos girando em um mesmo eixo. A sua mão me apalpando por dentro da fina calcinha que ainda teimava ficar colada... Eu o sentia... Os seus dedos me penetrando... Dedilhando o clitóris.
Ao abri cada botão de sua camisa, fui descobrindo o caminho que em levaria a felicidade... Ao êxtase... E a deixei cair. E ao desabotoar a calça, foi se revelando o volume em sua sunga Box. Confesso que não resisti e agachei puxando para baixo o tecido de seu corpo com os dentes... Bem delicado... Os seus sussurros em meus sentidos alimentavam a excitação. Sorvi-o... O pau grande se tornou robusto com o contato de meus lábios quente.
Eu o olhava entre um movimento e outro, os cabelos caindo feito cascatas em seus ombros, quando ele o prendeu em um sexy rabo de cavalo.
Com a mão entre as coxas, sentia a calcinha molhada... O perfume que exalava dava um toque a mais para formatar a cena que se desenhava ao nosso redor.
A saliva se misturava aos primeiros sinais de seus fluídos... Os gemidos de ambos os lados... Toda a ambiência da lascívia.
Gael me direcionou para o sofá e me colocando de costas para ele, tirou a minha calcinha e a cheirou, abriu as nádegas e com uma deliciosa lambida acertando em cheio o grelo, quase me fez gozar. Com a bunda empinada, os dedos invadiam o rabo que piscava.
- Puta que pariu! – Eu xingava.
- Que boceta deliciosa! – Ele me elogiava.
Ele fez com que virasse o meu rosto em sua direção e atolou o cacete novamente em minha boca... Após algumas sugadas ele veio novamente por trás e penetrou a boceta, rasgando-me de uma só vez, alojando o membro em riste entre as entranhas, fazendo com que soltasse um gemido mais sentido... Logo em seguida, o dedão invadiu o cu.
- Que dor prazerosa... Filho da puta! – Eu sussurrava.
Gael investia com raiva o seu corpo de encontro ao meu, na realização de uma dança frenética, colocando em prática tudo o que ensaiamos durante as horas em que permanecemos no PUB.
Ao mesmo tempo em que o sentia cravado na boceta e também no cu, tocava-me!  Ele me deixava completamente ensandecida. Segurava em meus seios para lhe dar mais firmeza. O embate era tamanho que se fosse viver o resto da minha vida ali, eu ficaria. Quando pressenti o gozo se aproximando... As pernas tremendo... Deixei-me levar por aquela reação de prazer... Pela miscelânea de nossos fluídos. Eu ainda me convulsionava... Os lábios vaginais se contraiam, quando Gael se retirou da boceta, substituindo o cacete por seus dedos e invadiu o rabo sedento.
Um deleite duplo invadia a minha essência...
A dor se mesclando com tudo o que havia imaginado.
Os movimentos cadenciados dilacerando o pequeno canal.
Eu enalteci aquele momento... A surpresa por tê-lo conhecido!
- Que garota valente! – Ele sussurrava em meu ouvido.
Apenas o olhava e, sorria na retribuição do prazer.
As suas oscilações antes serenas aos poucos foram impondo mais energia.
Os puxões de cabelos, denunciava o tesão crescente.
- Isso! Continue me enlouquecendo! – Eu lhe pedia.
De repente, uma tapa estalou em minha coxa.
- Isso cachorro! – Eu exclamei.
Não estávamos em nosso juízo perfeito, A perversão misturada com o álcool exalava em nossos poros em forma de suor.
Eu rebolava feito uma cachorra no cio, ao ponto de gozar outra vez, sentindo as veias de Gael se dilatar em meu cu. E simultaneamente nos deixamos expandir, em um orgasmo sincronizado o mordia com o meu buraco como se o quisesse parti-lo em dois e ele refutando para não fazê-lo.
Com as nossas respirações ofegantes...
Corpos suados...
Batimentos cardíacos acelerados...
Deixamos nos cair sobre o carpete da sala.
Como se não acreditássemos no que acabara de acontecer.
- O aniversário é seu, mas quem ganhou o presente fui eu! – Gael disse sorrindo.
- Que grata surpresa a minha! – Eu agradeci.
Nós dois permanecemos em meio a sua sala nus, conversando, como se nos conhecêssemos há anos. Porém, mal intencionados desejando mais e mais nos conectar carnalmente.
Na manhã seguinte, sem a mínima condição de trabalhar. E enviei mensagens para as minhas amigas avisando que estava tudo bem.
E Gael para completar a nossa noite fez um grande dueto com gritos, sussurros e gemidos.
Não sei não... Mas acredito que continuarei comemorando o meu aniversário por algum tempo a mais!

sábado, 27 de outubro de 2018

Entre a razão e o tesão


Desde que me entendo por gente... Por pessoa... Sempre busco o melhor para crescer e evoluir.

Desta forma procuro ajudar as pessoas e principalmente aos meus familiares.

Por este motivo, decidi que continuaria os estudos em uma cidade grande e com mais recursos, mesmo enfrentando um monte de obstáculos e inúmeras dificuldades.
...
Certo dia, para espairecer um pouco a cabeça e me desligar da rotina da faculdade, fui passear no shopping do bairro. Nestes dias de calor, nada melhor do que aproveitar o ar condicionado em que nada vai acrescentar um centavo na sua conta de energia.
E foi nesta ocasião que tudo se deu...
...
Ao caminhar distraída, apenas me concentrando nas vitrines, esbarrei no ombro de um lindo rapaz que, logo me pediu desculpas. Porém, sei que a responsável por aquele momento fui eu. E sem ao menos percebermos engrenamos em uma conversa. Ao nos dar conta, apresentações foram feitas, resolvemos tomar sorvete e continuamos uma conversa formal, mas com nuances de interesse no ar.

Havia algo nele que mexia comigo... Um olhar negro, profundo e encantador. E Fábio percebia. Mais quanto natural demonstrava ser... Mais me excitava!

Para não perdemos mais contato, trocamos os números de nossos telefones, ele enfatizando que, às vezes, passava um período fora por conta de suas responsabilidades com o trabalho. Por isso, que o celular particular permanecia geralmente desligado. E, neste caso, era somente deixar recado na caixa postal. Compreendi-o perfeitamente, mas não me veio a ideia de perguntar o que fazia para se manter, e ele emendou que na próxima semana já viajaria.

Depois desse inesperado encontro, continuamos a nos falar pelo celular e trocas de mensagens

Encontramo-nos no final da tarde de sábado... Sendo inevitável o clima não aquecer.

Desde o primeiro encontro havia uma tensão sexual entre nossos corpos... A sua pele ruborizada não deixava disfarçar.

Ao deixarmos o local, já no táxi, ele indicou o hotel em que se hospedara. Só estranhei o fato de não entrarmos pela porta principal. Mas tudo bem!

Ao adentrarmos em seu quarto, percebi que era simples, mas bem aconchegante e de muito bom gosto. Com um ar de mistério não revelando em quase nada a sua personalidade e nem de fato o que exercia.

Atencioso, soube muito bem preparar o ambiente, servindo-nos taças de vinho. Como não sou acostumada a beber, logo fui ficando tonta.

As nossas bocas enfim se tocaram, explodindo uma volúpia em nossos corpos, arrancando as roupas, deixando-as espalhadas por toda a parte.

A sua língua percorria a extensão de meu corpo, até alcançar o sexo quente e pulsante.

Fábio derramou um pouco de vinho ali... Gelado... Que o sorveu como se fora o melhor elixir de sua vida. O contraste entre o frio e o quente me causou uma sensação de entorpecimento.

Aquilo de fato estaria mesmo acontecendo?  Ou seria a criação de minha mente pervertida?

O seu pequeno pedaço de carne teso, percorrendo toda a extensão de meu corpo até alcançar o território tão almejado.

A sensação de seu toque era indescritível... A maneira como o fazia excitava-me ainda mais. E a proporção de seu corpo seguia de forma natural e crescente. Assim como a lascívia em nossa essência.

Desde o nosso primeiro e casual encontro, os nossos corpos se acenaram... Deram os seus sinais, almejando se entregar a luxúria. E exatamente era o que acontecia.

Os meus quadris seguiam no ritmo de sua língua... O meu pequeno buraco piscava, também na ânsia de ser invadido, e o direcionei para que o fizesse. Quando me atendeu, senti um frenesi percorrendo o meu âmago, forçando o meu corpo de encontro a sua mão, rebolando... Reagíamos a toda provocação. Porém, ansiávamos por mais!

E quase gozando, coloquei-me de quatro bem provocativa, piscando o meu anel para que ele compreendesse sem palavras o que tanto desejava. Naquele momento só enxergava o cacete reluzente em minha direção e apontando para a minha entrada. Mas este deslizou e foi parar bem no centro das entranhas molhada. No início eu o deixei para que me sentisse e, com jeito fui introduzindo o dedo anelar... Quase falando um palavrão... Ao liberá-lo peguei no cacete e o introduzi na entrada tão desejada.


Senti-o estremecer!
As suas estocadas me invadiam firmes e precisas.

Os gemidos de ambos ecoavam pelo quarto... Havia momentos em que mordia o travesseiro para não gritar de tão intenso.

Eu me tocava...

Ele me tocava...

Preenchia a minha frente com os seus dedos.

Corpos suados...

Cabelos desgrenhados e grudados na pele.

Um mar revolto em nossa essência e, isso nos instigava ainda mais.

Não suportando a pressão e o domínio que ele possuía... Deixei-me expandir... Entre gritos e xingamentos gozei!

Há uma semana aguardando por este momento, passada a sensação do clímax, continuei rebolando com ele encaixado... Desejando sorver todo o leite que ali continha.

Não demorou para que sentisse as suas veias se dilatarem em meu canal exsudando com o leite que alimenta a vaidade de qualquer mulher.

Por alguns instantes, parecia que ele não estava em si, não acreditando no que acabara de acontecer, observando o resquício de seu fluído se misturando ao meu... Uma miscelânea de desejos impregnados na alma.

Este foi apenas um aperitivo para a nossa noite repleta de voluptuosidade.
...
Pela manhã, pude observar um pequeno terço sobre a sua cabeceira. No início fiquei surpresa, como não havíamos falado sobre religiões, talvez ele fosse católico.  Tudo bem. O que importa era que Fábio estava sendo um refrigério em minha tumultuada vida acadêmica.
...
Pela manhã, ele pediu o nosso desjejum no quarto, e não poderia acontecer se não no mínimo prazeroso. Ele sabia exatamente como me excitar!
...
Naquela mesma noite viajou, já que na manhã seguinte teria compromissos.  O nosso frisson era tamanho que nem perguntei para onde iria e também não queria parecer inconveniente.
...
Já na manhã seguinte, na sala de aula, lembrei de Fábio, dizendo que a noite me ligaria.  Confesso que estava ansiosa!

No decorrer do dia, procurei não pensar nele, por vezes, até consegui, mas era inevitável.
...
À noite, em casa, quando o telefone tocou, sai correndo para atender. Mas ao pegar o aparelho, vi que era ligação de minha cidade. Ao atender era uma tia, dizendo que um dos meus irmãos sofrera um acidente de moto e, que eu fosse para casa o mais rápido possível se quisesse ainda vê-lo com vida.

Com medo de alguma notícia inesperada, desliguei o telefone.

Na manhã seguinte, com a ajuda de amigos já estava dentro de um avião voando para a minha doce Minas Gerais.

Não passei nem em casa, fui direto para o hospital.

Como e uma cidade pequena, o clima era de consternação, o meu irmão em estado de coma.

- Por que aquilo estava acontecendo?– Indaguei-me.

A minha mãe me disse que no começo da noite haveria uma missa na intenção da melhora de meu irmão... No fundo achava aquilo uma bobagem. Mas era um pedido dela.
...
Quando cheguei à igreja, um pouco atrasada não olhei bem para o altar. Todos estavam de cabeça abaixada. Os meus pensamentos divagavam... Lembranças de quando corria feito um moleque descalço pelas estreitas ruas... Lágrimas molharam o meu rosto.

De soslaio percebi que todos se levantaram... Procurei a minha família e notei que meus pais e outros irmãos estavam no primeiro banco. E eu preferi ficar no último, bem em um cantinho, aonde ninguém pudesse perceber as minhas lágrimas. Porem, uma voz me chamou a atenção e quando olhei para o altar não pude acreditar em quem conduzia o rito da missa, trajado de uma impecável batina.

Ao tentar falar o seu nome, a minha voz não saiu... E ele me olhava fixamente: Fábio.

Ao procurar disfarçar, sai sorrateiramente da igreja e fui me sentar no banco da praça apreciando a brincadeira das crianças.

Ao final da missa, familiares vieram ao meu encontro, no entanto, disse que precisava ficar mais um tempo sozinha.

Quando finalmente todo aquele burburinho teve fim, Fábio veio ao meu encontro... Uma coisa em meu íntimo me avisava que viria... Logo me pedindo desculpas e dizendo que não se perdoava por não ter me revelado nada.

- Você é o mesmo homem que conheci em outra cidade!  - Eu lhe falei.

Por um impulso me aproximei mais dele, no entanto, afastou-se!

Ele quis saber o que me levou até ali e, expliquei-lhe que tudo fora apenas uma mera coincidência... O que me fez voltar tão inesperadamente...

- Como este mundo é pequeno! – Ele comentou.

Porém, em público não poderíamos demonstrar nenhum grau de intimidade.

- Eu queria poder te abraçar agora! Mas não posso! –Ele me disse de modo tão sofrido.

- Eu precisava tanto... – Eu lhe falei abaixando o olhar.

- Conheço um momento que podemos ficar sozinhos! – Ele sugeriu.

- Qual?  - Eu lhe perguntei curiosa.

- Venha se confessar! Estarei lhe aguardando amanhã às oito horas da manhã.  – Ele continuou.

- Tudo bem! –Eu concordei.

- Vou lhe aguardar então. –Ele confirmou.

- Preciso ir! Ainda não fui em casa. Primeiro passarei no hospital e depois tentarei descansar.  – Eu me despedi.

...
Tudo parecia uma tempestade na minha cabeça.

Quem em sã consciência, no Rio de Janeiro, poderia imaginar o Fábio padre? E aquele acidente inesperado com o meu irmão de apenas dezoito anos de idade?

Tudo era demais... E a última coisa que queria era um escândalo na pacata cidade.

O pouco que dormi, acordei com o galo cantando, sentindo um enjoo e lembrei que não havia me alimentado direito no dia anterior.

No horário em que o Fábio marcara, cheguei meia hora atrasada para não demonstrar a minha ansiedade. E pela sua feição, talvez ele pensasse que eu não apareceria.

Ele me explicou que a confissão costuma ser dentro da igreja, mas devido à ocasião, ele comunicou a secretária que achou por bem ser em uma sala fechada.

- Danadinho ele! Bem que ele mereceria um Oscar pela atuação!  - Eu pensei.

Já quanto a mim, o meu rosto estava inchado de tanto chorar. Não precisaria de um mínimo de esforço.

Fábio com toda cerimônia, abriu a porta para que pudesse entrar em sua frente, ao passar e fechá-la. Não precisávamos de máscaras, apenas falar baixo para que ninguém pudesse ouvir.

- Eu sei pelo o que está passando. Se não bastasse a situação do seu irmão... E agora me vendo como quem na verdade sou...

Eu o ouvia com a cabeça abaixada.

- Mas tudo o que vivemos é real... Na noite que disse que te ligaria, eu te liguei inúmeras vezes e nada do telefone esta ligado. Somente quando a vi participando da missa que eu pude compreender que você era a irmã que estaria para chegar de outra cidade. Perdoe-me! – Ele continuou.

- Não tenho nada para perdoar... É a sua vida! O que escolheu para si. Não posso continuar aqui por muito tempo. No máximo até o próximo domingo pela manhã. – Eu o comuniquei.

- Eu sei que tens as suas responsabilidades.  – Ele me falou se aproximando e me tocando no rosto.

Foi o estopim para que novamente pudesse explodir todo o nosso tesão, não importando o lugar no qual nos encontrávamos.

Fábio me pegou e colocando-me sobre a mesa e sem se indagar, invadiu a boca, ofertando-me a sua língua que se enroscava com a minha.

Por ora, as minhas mãos penetraram pelo tecido que cobria o seu corpo, abrindo o zíper e colocando- o para fora.

Livrei-me de seu beijo ofegante, ajoelhando-me e oferecendo a minha reza em forma de deliciosas sorvidas em seu membro teso de minha boca, mas com cuidado para não fazer nenhum tipo de barulho. Como não sou boba nem nada, ele me virou de costas, levantando a saia comprida e grossa do vestido, revelando que estava sem minha peça intima inferior, já no ponto de ser servida para o gostoso pároco.

Ele se arremetia de encontro ao meu corpo...

Não dava para me conter com todo o furor sexual que nos envolvia, independente de sua vocação, comigo estava o homem Fábio, devorando-me por completo, feito uma puta.

A sensação do perigo...

A adrenalina fazia com que agíssemos sem pensar, apenas procurando conter os ruídos que pudéssemos fazer, mas encaixes funcionavam perfeitamente. Até que mordendo o dorso de minha mão, gozei arremetendo o meu corpo de encontro ao seu cacete.

E no auge desse frisson, Fabio se deixou levar pelas contrações de meu sexo no seu.

- Que loucura deliciosa! – Eu lhe disse baixinho.

- Você quem me deixa completamente louco! – Ele comentou.

Rapidamente nos recompomos, tentando nos prometer que ali por diante nos comportaríamos enquanto estivéssemos naquela cidade. E que quando eu retornasse ao Rio de Janeiro, com certeza saberia e, daria um jeito de me ligar.
...
Nos próximos dias, o meu irmão continuou sem nenhum tipo de reversão em seu quadro clínico.

Na manhã de domingo, como previsto retornei, não tinha nada para fazer, era somente acreditar em um milagre.

À noite, como prometido Fabio me ligou e, conversamos como se nada diferente houvesse acontecido.

Até que, às vezes, tentava imaginar a reação das beatas com aquele homem lindo celebrando a missa.
...
Para a minha surpresa, na terça-feira, o telefone tocou, era ele me dizendo que havia um taxi na porta de casa me aguardando. E ao verificar era ele, que havia vindo de surpresa para me levar onde estaria hospedado.

O abraço de dias atrás, então foi dado e muito sentido... Como se ali juntasse todos os meus pedaços.

E finalmente Fábio me mostrou o que realmente desejava: Uma vida dupla... Ou será dividida entre a sua vocação e uma vida carnal ao meu lado.

Por que se arriscaria a tanto?

Só o tempo iria me dizer...