sábado, 31 de outubro de 2020

Fomentando a carne

 

Há alguns anos nos conhecemos...

Da amizade surgiu algo platônico –

Um desejo –

Uma vontade entranhada na carne –

De se estar por perto –

De alcançar o toque.

Porém, a oportunidade de dar vazão a voluptuosidade de nossos corpos nunca existiu.

Em si –

O tesão -

Confesso que ficou adormecido.

Talvez amadurecendo...

Pessoas sempre existiram na sua vida.

Outras pessoas surgiram na minha...

Ainda bem que a excitação não floresce apenas para um alguém.

***

Por obra do acaso ou do destino, Renato ficou doente em um momento em que a sua família havia ido passar um período fora, visitando parentes. Ele devido ao seu trabalho ficou.

Por compaixão e zelo, por consideração, achei melhor que permanecesse em minha casa, mesmo não morando sozinha.

Acomodei-o em meu quarto. 

Não teria problema em dormir na sala. 

Entre uma tarefa e outra, ajudava-o no que fosse necessário. 

Após alguns dias, a febre deu uma trégua.

Passou a caminhar pela casa...

De repente, uma tontura.

E no quarto, quando fui levar algo para que pudesse comer, percebi que queimava em febre.

Todas as vezes que o encontrava sozinho, acontecia um clima, que nos deixávamos levar por aquele sentimento de anos atrás. Por mais que tentasse disfarçar ele também notava a minha vontade.

***

Renato em meu quarto, encontrava-se deitado sobre a poltrona onde costumava fazer as minhas leituras – Enrolado em um cobertor em seu delírio febril, ele o afastou dizendo que me desejava. E que me desejou desde o primeiro momento.

Uma vontade translúcida despertava em meu olhar...

Preocupada com a febre. Seria emocional?

As minhas mãos percorriam por seu tórax embevecida pelo tesão. A sua boca implorava pela minha.

Rapidamente lhe dei a medicação, fazendo compressas. Finalmente a febre cedeu, menos o rompante que se acomodava em nossos corpos.

- Você pensou que fosse um delírio febril? – Renato me perguntou.

- Imaginei! É normal acontecer quando a febre está alta! – Eu lhe respondi.

- Sabe muito bem que não! - Ele falou se aproximando.

A sua boca se resvalou em minha face, até a sua língua invadir a minha, retribuí com igual desejo.

Antes havia trancado a porta, e subindo na poltrona, levantando o vestido, encaixei-me em seu corpo, roçando os nossos sexos, fazendo-o teso. Sentia-me cada vez mais  umedecida. Renato explorava o meu corpo com as suas mãos, quando me tocou por entre as minhas coxas, enfiando os dedos na boceta, ficou me fustigando. O que me fazia bailar sinuosamente, a excitação em grau crescente.

Agora levada por meus delírios, enfiando a mão por nossos corpos, afastando a calcinha, fiz com que se acomodasse em mim... Abraçando-o – Gemia próximo ao seu ouvido, comandando os nossos movimentos.

Ele interagia comigo...

Rendia-se...

Entregava-me...

Renato crescia!

Um tesão avassalador ocupava cada espaço de nossas almas. E isso fazia com que, a nossa interação se desse em todos os sentidos.

O ritmo acelerando –

O clitóris roçando em seu corpo –

As nossas línguas entrelaçadas –

Respirações ofegantes.

De repente, o meu corpo se expandiu em uma explosão de êxtase e relaxamento.

Não queria que essa sensação acabasse, assim como o seu estado febril e continuei a galopar o tornando mais rígido, até o instante de pulsar e exsudar. Fiz questão de cessar as minhas arremetidas e a degustar de cada momento. Renato me olhava fixamente.

- Como posso ter sido tão burro e não ter vivido isso antes? – Ele se perguntava.

- A culpa não foi de nenhum dos dois. Era para acontecer agora! – Eu lhe respondi.

- Agora vou querer sempre! – Ele exclamou.

Passada a nossa euforia, vesti-me com pressa...

- Daqui a pouco eu volto para ver como está! – Eu lhe deixei 

***

Nunca imaginei que pudéssemos ter algo e bem no meu quarto.

***

Na calada da noite, fui ao seu encontro. E ficando em sua frente, desfiz-me da camisola e deitei-me ao seu lado. Não precisávamos de palavras. Ele ainda estava um pouco enfraquecido, coloquei-me por cima de seu corpo. As suas mãos encheu com os meus seios e a boca com a sua língua. 

E o sentindo crescer, invertir o meu corpo, ao toca-lo com a ponta da língua, sorvi a glande que se alojou entre os meus lábios. A sua língua deslizava por meus lábios vaginais, abafava os meus gemidos, sorvendo o pau que emanava as primeiras gotas se misturando com a saliva.

Os nossos corpos reagiam...

Direcionava-o para que pudesse brincar com o meu pequeno orifício piscando em sua direção.

Renato no início acariciava... E aos poucos enfiava o dedão, entregando-se... Perfurava-me! A volúpia transcendia e quase me fazia gozar.

Levantei-me... E de pé sobre a cama, de costas para ele me agachando, fui encaixando o seu pau no pequeno buraco que se abria para recebê-lo, enquanto me tocava.

Que deliciosa sensação –

O tesão se fazendo descomunal!

Renato me segurava pelos quadris usufruindo da reação que lhe provocava.  A vontade que tinha era a de gritar e de xingar, mas mordia os meus lábios para não alardear os ímpetos aos quatro cantos da Terra.

O meu sexo desaguava em profusão –

O clitóris intumescido –

O sobe e desce com o cacete de Renato atolado em meu rabo –

Como viver sem obter o prazer de sua provocação?

Os meus movimentos se tornavam intensos, quando em êxtase convulsionei rebolando sobre o seu membro.

Renato me segurava pela cintura proporcionando firmeza naquilo que realizava. E por diferença de segundos exsudou enchendo o meu rabo de leite. Um prazer que há tempos nós devíamos.

***

Após ter passado o nosso frenesi, deitei-me ao seu lado, sentindo as nossas respirações ofegantes.

As suas mãos acariciavam o meu rosto.

Até o dia em que permanecemos abrigados sobre o mesmo teto, aproveitamos cada momento para usufruir desse prazer. 

Quando se sentiu melhor e terminada a sua estadia, encontrávamos uma maneira de nós entregar um ao outro.

Esse foi o nosso segredo –

Por muito tempo...

Até que fui morar em outro Estado.

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Cárcere da Submissão - 4° parte (final)

 


Lilla Bittencourt continuava em seu cativeiro: Um apartamento localizado numa área bem movimentada da cidade na qual residia.

Como as investigações pelo seu sumiço não levava para lugar algum sem mais indícios, com o tempo foi caindo no esquecimento.

***

Enquanto isso, no seu pequeno território insólito, Heitor Kannemberg lhe confiou um pequeno computador, porém, sem acesso a internet ou algo parecido. O único programa instalado, o world para que ela pudesse escrever.

Havia dias em que ela mal digitava uma letra, quem dirá uma sílaba ou um texto inteiro. Não fazia sentido nada o que estava vivendo.

“ Como ninguém nunca descobrira o seu paradeiro?” – Ela se perguntava.

Nos dias em que nada produzia Heitor não a alimentava. Tanto o seu desgaste físico e psicológico era notório.

Por vezes, escrevia cartas para a família e para os amigos, mesmo sabendo que Heitor Kannemberg as leria e depois apagaria qualquer vestígio de seu confinamento. Ao menos aquilo fazia com que o tempo passasse e também se tornou uma fuga para não enlouquecer. 

Nestes dias a comida vinha racionada, assim com a água disposta em pequenas garrafas pets.

***

Na calada da noite, durante as madrugadas, estes eram os momentos em que Heitor mais gostava de agir, entrando sorrateiramente no cômodo onde Lilla passava a maior parte do tempo. E pela ausência de sol, a sua pele se tornava mais branca.

A sua tortura se iniciava com um copo d'água jogada em seu rosto, enquanto estivesse dormindo. Ou como antes de entrar no recinto, ele se masturbava e ereto, invadia sem nenhum escrúpulo, tampando a sua boca para abafar os seus gritos. Na maioria das vezes, amordaçava-a para não correr nenhum risco de ser descoberto.

Lilla sofria todos os tipos de agressões como puxões de cabelos, tapas, socos, mordidas, tinha na pele marcas de pequenos riscos feitos por bisturis. Isso dependia do grau de perversão de seu algoz.

Em seu terror psicológico, instigava-a com as suas ideias, como se lhe encomendasse textos, para que depois ela passasse tudo para a tela em branco do Office. Mas antes de tudo, a tela pintada era o seu corpo, pois ele a deixava cheia de hematomas.

Heitor Kannemberg não se importava com a dor que infligia no corpo e na alma daquela que um dia teve a aspiração de ser uma escritora.

***

Nesta mesma madrugada com os punhos atados e nua, Heitor deitou a cadeira  com o encosto no chão, colocou-a apoiada como se ficasse de quatro, deixando-a exposta. Ele trajando o seu roupão como de costume, despiu-se... Lilla amordaçada nada poderia fazer.

Um cheiro de vela tomou conta do lugar.

Heitor neste momento nada pronunciava, mas em seu olhar havia algo de perversão. 

Ao sentir o primeiro pingo da vela tocar a sua pele, Lilla se debateu... E com agilidade Heitor amarrou os seus tornozelos, imobilizando-a para que a usasse da maneira que desejasse. Ele continuou com a sua tortura e, os pingos de velas escorriam por sua pele clara até esfriarem. Ela não podia visualizar apenas sentir a ardência depois da dor inicial.

 E ao caminhar a sua volta se mostrava teso, robusto e cada vez mais imponente.

− Você sabe que eu quisesse acabar com você, assim o faria! – Heitor falou quase sussurrando.

Lilla apenas o olhava.

− Ninguém mais saberia e nem mencionaria mais o seu nome... – Ele continuava.

Uma lágrima começou a escorrer de seu olhar. E por sua vez, fez com que ficasse com mais tesão.

Heitor se colocando por trás, agachando-se desferiu uma tapa em sua coxa fazendo com que se contraisse, quando no mesmo instante, enfiou três dedos em sua boceta a manipulando.

O que ela sentia se transformava em um misto de dor, prazer e de raiva. Como poderia ter deixado cair na armadilha armada por um psicopata manipulador?

Com ele impondo o seu terror a dedilhando com ferocidade, como ordem natural de seu corpo, sentia-se lubrificada... Molhada... E isso, fazia com que ele percebesse a sua excitação.

Heitor usando um consolo de borracha maior e mais grosso do que o seu próprio membro, enfiou-o na boceta. Lilla continuava parada e não fazia a menor menção de movimento com o pênis artificial atolado em si. Ele rapidamente se levantou e se retirando do quarto, retornou com um espelho e o acomodou na frente de seu rosto para que pudesse desfrutar de suas reações faciais, voltando a enfiar e retirar o consolo de sua boceta.

Através do espelho, Lilla observava o cacete já lubrificado e emanando as primeiras gotas... Quando ele com os dedos começou a manipular o seu pequeno orifício. As carícias foram dando lugar as investidas, iniciando com três dedos, depois com mais dois quase enfiando a  toda a mão.

Lilla se contorcia de dor tendo os buracos inferiores preenchidos pela perversão de Heitor, que ao encostar o pau teso na entrada de seu rabo, olhava-a fixamente através do espelho, lágrimas escorriam molhando a sua face. Com uma só investida, invadiu dilatando todas as pregas.

Lilla não se rendia. E por esta atitude a dor se tornava lancinante. A única reação que ela tinha, era senão chorar. O choro se fazia presente, tornando-se impossível de conter. Mal sabendo ela que o incitava agindo dessa forma.

Heitor Kannemberg após longos minutos se deixou derramar dentro de seu rabo. E mesmo depositando a sua última gota de sêmen, continuava a esfolar a boceta. O corpo de Lilla se contraía involuntariamente. Ela tremia, enquanto continuava com os açoites. Em dado momento, rasgou-lhe a boceta, penetrando o mais fundo que pudesse, gozando outra vez.

Levantando-se e se aproximando de seu rosto:

- Pense em um texto baseado no que acabou de vivenciar! – Ele lhe ordenou.

Lilla em choque só tremia.

E, retirando-se do quarto apagou a meia luz.

Sem  precisar quanto tempo, ele voltou tomado banho. Podia-se perceber pela fragrância que o seu corpo exalava. 

Lilla estava de cabeça abaixada quando ele a desamarrou e permitiu que tomasse um banho. Enfraquecida e com dores pelo corpo, ficou um tempo sentada no box do banheiro e com a boca sempre amordaçada.

De volta ao quarto, deitada sobre a pequena cama que mal lhe cabia, sentia-se feito um animal acuado. E novamente, ele interrompeu a pouca luz que existia. Ainda tremendo, perguntava a si mesmo quando tal sofrimento acabaria. Em seu íntimo, preferia a morte do que aquela vida vil que Heitor Kannemberg  lhe apresentava.

***

Na manhã seguinte, Heitor levara o seu café da manhã. De um jeito ou de outro ele precisava dela para alavancar uma carreira de sucesso como escritor. Por fim, logo após o seu desjejum ela começou a escrever. Naquele dia, escreveu tanto que perdeu a noção do tempo que restara.

Nos dias seguintes, seguiu com o seu ritual, que até mesmo Heitor Kannemberg a deixou um pouco de lado.

O que Heitor fazia quando ela escrevia, armazenava os seus escritos em um pendrive bem pequeno.

Em pouco mais de um mês ela escreveu um livro cujo o tema era sobre BDSM. Talvez achasse que depois desse feito, ele a libertaria. Ledo engano.

Com longos meses sofrendo a violência quase todos os dias, Lilla viu que o seu martírio não teria data para acabar.

Certa vez, Heitor Kannemberg entrou em seu quarto com uma garrafa de champagne e duas taças. Ela foi acordada de supetão, sem compreender o que estava acontecendo.

- Agora o momento é nosso! – Ele falou exaltado.

Lilla coagida em um canto, ficou sem entender.

- O seu livro, ou melhor, o meu livro... É um sucesso! – Ele lhe falou entusiasmado.

Ela sem nenhuma reação, apenas o olhava fixamente.

Heitor a obrigou beber, e com estômago vazio, o álcool saiu rasgando a sua garganta. O que a deixou tonta imediatamente.

- Acabei de chegar do coquetel de lançamento. Algumas leitoras queriam me acompanhar. Mas por bem, achei que esse momento mereceria ser seu! – Ele lhe explicou.

Ela apenas balançava a cabeça em sinal de negação.

- E você minha querida, amanhã vai começar a escrever outro livro, como se fosse a continuação desse. – Ele seguia a ordenando.

Lilla virou as costas, ele a puxou pelo braço...

- Claro que você vai escrever sua vadia! – Ele exclamou desferindo uma tapa em seu rosto a fazendo cair.

Heitor Kannemberg rasgou o fino vestido que cobria o seu corpo, sem se despir, colocou o membro ereto para fora da calça e a violentou novamente.

- Isso aqui é para lhe mostrar quem é que manda aqui! – Ele lhe dizia, enquanto a estocava violentamente, apertando e mordendo os seus seios, tirando sangue.

E quando a deixou:

- Amanhã não terá nem água e nem comida, passarei o dia fora. – Ele se retirou a deixando no escuro.

***

As horas foram se passando –

O corpo dolorido.

Para matar a sede, bebia a própria urina.

***

À noite, ele lhe levou comida. A sua fome era tamanha que comia feito um animal usando as mãos.

***

E durante os dias que se seguiram, Heitor passou a maior parte do tempo ocupado. Até que não mais se fazia presente.

- Ele não mais apareceu... Ninguém sabe que estou aqui... – Ela pensava.

Lilla sem qualquer contato com o mundo exterior, com fome e ficando cada vez mais enfraquecida, pensava que se ele não voltasse logo, talvez não resistiria.

Adormecida –

Foi despertada por várias vozes que parecia ecoar por dentro de sua mente. Com o tempo percebeu que eram reais e ao mesmo tempo estranho, pois Heitor Kannemberg não faria uma festa com ela presa em seu apartamento. Nem mesmo os seus familiares eram permitidos a lhe fazer visitas.

Lilla pensava que ouvia uma alucinação, que enfim, os anjos viriam resgatar a sua alma, de tão enfraquecida que estava delirando. Até que passou a ouvir choros e lamentos. Vozes elogiavam o talento promissor de um escritor em ascensão, devido aos seus contos, poesias e finalmente um primeiro livro publicado, e que em pouquíssimo tempo despertou a atenção da mídia.

- O que está acontecendo? – Ela se perguntava.

E quando deu por si, as vozes iam se aproximando e ouvia o som de abrir e fechar as portas, como se vasculhassem a residência.

Lilla se rastejou, ficando encostada à porta para ouvir o que acontecia com mais nitidez. Foi então, que percebeu a chance de escapar daquele inferno, passando a bater na porta.

- Tem alguém aqui! – Uma voz feminina exclamou.

- Será que este apartamento é mal assombrado? – Uma voz masculina indagou.

- Deve ter sido impressão. Como está trancada, pedirei o auxílio de um chaveiro. – A voz feminina interviu.

Lilla tornou a bater, mesmo esvaindo o resto de suas forças.

- Se é impressão a sua, eu também a tive! – A voz masculina retificou.

- O chefe! Tem alguém ou alguma coisa aqui! Mas a porta está trancada. Em todas as portas têm chaves por dentro, ou por fora. E esta não! – A voz masculina observou.

- Como assim? O porteiro e os familiares nos avisou que o escritor Heitor Kannemberg residia sozinho. – Outro homem ponderou.

Aos poucos Lilla foi escorregando e desmaiou.

- Se não tem a chave, o negócio é meter o pé Chefe! – O primeiro homem sugeriu.

- E é o que farei! – O homem deu um golpe contra a porta que foi parar longe, chegando a atingir o corpo de Lilla.

Os três ao adentrarem no quarto, ficaram surpresos com o corpo da mulher estendido no chão.

- Será que a está morta? – A mulher quis saber.

Um dos homens agachando e tirando o cabelo de sua face...

- Ué chefe... Essa não é a Lilla Bitencourt que está desaparecida há dois anos? – O primeiro homem constatou.

- É ela sim! – A mulher confirmou.

O chefe que na verdade era um delegado da polícia verificou que Lilla ainda respirava e que a sua pulsação estava fraca.

A policial feminina logo acionou uma ambulância com urgência.

Os demais familiares de Heitor que aguardavam na sala vigiados por outro agente, nada entenderam até que a equipe médica resgatando Lilla e a colocando no soro imediatamente.

O seu corpo era marcado pela violência que sofria ao longo de tantos meses.

- Quer dizer que aquele pilantra a manteve esse tempo todo em cárcere? – O outro policial indagava.

- Se ele sofreu o acidente há quatro dias, ela ficou esse tempo sem se alimentar. – A policial ponderou.

- Não. Pelo estado de seu corpo, dá para perceber que ele racionava a comida. Uma forma de tortura. Enquanto nas redes ficava se exibindo. – O delegado retificou.

- Mas será como que ele agiu para tira-la e traze-la de volta quando a outra equipe veio averiguar o apartamento?  - A policial continuou arguindo.

Os familiares de Heitor Kannemberg foram dispensados, já que agora o apartamento era palco de um crime.

Depois de Lilla encaminhada para o hospital, a sua família foi avisada do seu paradeiro, passado a surpresa, veio o alívio.

- Filho da puta! Pena que morreu em um acidente automobilístico! – O delegado esbravejou.

- Como dizia a minha vó: Há males que vem para o bem! – O policial comentou.

- E muitos ficaram horrorizados pelo estado em que o seu corpo ficou, já que foi decapitado e teve o seu órgão genital dilacerado. – O Delegado observou.

Após vasculhassem todo o apartamento e recolherem os computadores, cpus e HDs, passariam um pente fino em tudo, o mínimo fato averiguaria para incriminar Heitor Kannemberg mesmo em sua morte. E torcendo para que Lilla se recuperasse. Eles não deixariam que a sociedade idolatrasse um psicopata.

***

Após um mês hospitalizada e recuperada, Lilla deu o seu depoimento na delegacia narrando todos os detalhes de sua vida no cativeiro. 

- Alguém aqui leu o livro do Heitor Kannemberg ou o seu blog? – Lilla perguntou aos presentes.

Quase todos afirmaram que sim, por conta do caso.

- Na verdade, o livro é de minha autoria. E nele narro com requintes de detalhes o que ele fazia e me sujeitava. – Ela complementou.

- Então, ele a mantinha presa para escrever? – O delegado perguntou.

- Sim! – Lilla afirmou.

- Então, esta informação abre outro leque no processo e vamos verificar! – O delegado concluiu.

***

Como Heitor Kannemberg estava em ascensão devido a publicidade que a mídia vinha dando ao livro, que depois da sua morte se esgotou. A imprensa deu prioridade ao caso do sequestro de Lilla, ainda mais sabendo que ele se apropriava de sua obra intelectual.

***

Finalmente, quando o caso foi concluído, Lilla foi passar um tempo fora para que aquilo tudo ficasse para trás.

Com o tempo passou a escrever para se exorcizar e cicatrizar a alma daquilo que de  ruim vivera, expondo os seus medos e fraquezas no papel. Já que se sentar à frente de um computador ainda era difícil. No início a ajuda da família e dos amigos foi primordial.

E hoje ela segue a vida não tanto exposta como deveria ser, ainda mais como uma escritora. Porém, ficou uma ferida aberta.

Nem todo mundo é aquilo que aparenta ser!

sábado, 17 de outubro de 2020

Livro: Fetiches - Libertinagens Afrodisíacas


 Em breve pelo site da Amazon um e-book de tirar o fôlego, e provocar deliciosas sensações!

sábado, 10 de outubro de 2020

A maldição

Serena –

Aparentemente um nome que combina com a sua essência.

Dona de uma alma doce, de pele clara, olhos castanhos, cabelos loiro mel, de estatura mediana. Julgava-se uma pobre mortal como outra criatura qualquer.

No entanto, os seus caminhos seguiam por trilhas que jamais ousaria colocar os pés.

Prometida a igreja desde pequena, só sabia obedecer as ordens dos pais.

Mas em seu íntimo sempre desejou viver ao seu modo e de maneira livre. Porém, a época em que nascera não a ajudava o suficiente.

Em seu âmago havia algo diferente e desconhecido. E sendo protegida não sabia expressar em palavras o que tanto lhe afligia – Apenas sentia.

Todos a conheciam no vilarejo, e a chamavam de santinha.

***

Quando a uma ida à igreja e sozinha, encontrou-se com um rapaz, depois que os seus olhares se encontraram não se desgrudaram mais.

Sem perceber Serena lhe chamara a atenção de alguma forma, e não hesitaram em se falar. Uma força avassaladora dominou os dois de tal maneira, hipnotizados se entregaram ao desejo.

Ela não sabia exatamente o que fazia, até então aquele homem negro, alto, forte e viril tocar o seu corpo e descobrir sensações nunca experimentadas naquele instante.

Carregando-a em seus braços, ele a levou para uma parte mais erma do caminho. E atrás de uma árvore, desfizeram-se de suas roupas... Um lugar inóspito – Serena não percebia e desconhecia o perigo que corria não que aquele homem fosse uma ameaça, mas muito pelo contrário, os dois deixavam se guiar pelo desejo.

O furor do tesão tomava conta de seus corpos, irradiando-os de luxúria.

Serena descobria que tudo poderia ser maior do que vivera até o momento.

Apesar de seu porte físico, Haniel se mostrava muito atencioso e carinhoso. Ela por sua vez, mais parecia um bibelô ao seu lado.

Serena quando avistou o seu membro tomando forma em suas mãos delicadas, ficou tentada para ver até aonde cresceria. O instinto a impulsionou para que colocasse entre os seus lábios, começou a degustá-lo... No início sem jeito, mas logo foi melhorando os seus movimentos percebendo que lhe provocava uma gostosa reação. Dessa forma a quentura e a lubrificação no meio de suas coxas começaram a se intensificar. No início achou estranho ao mesmo tempo instigante e bom, foi o que fez a dar continuidade.

Finalmente, Haniel lhe tocou bem ali no meio, o que fez com que soltasse um gemido. Ele percebendo que estava pronta, deitou-se sobre a grama sugando a sua boca, invadindo-a com a língua, continuou o trajeto pelos seios, deslizando na barriga... Alcançando em fim o sexo intumescido, chupou-a com intensidade, tampando os seus lábios com a mão, sufocando os gemidos.

Haniel direcionando o cacete para a entrada de sua gruta, foi invadindo o quanto pôde, arremetendo-se com cuidado... Um filete de sangue começou a escorrer. Mesmo sentindo um pouco de dor, Serena demonstrava toda a sua majestade de fêmea e o engoliu por completo.

Os seus corpos envolvidos em total sincronicidade bailavam na cadência de uma dança exótica repleta de voluptuosidade como se reconhecessem.

Serena se entregava ao desconhecido... A um prazer nunca experimentado.

Haniel a cavalgava com maestria –

Corpos suados –

Cabelos desgrenhados –

Ofegantes –

Corações acelerados –

Rumo ao igual propósito de redenção.

Com o seu corpo cada vez mais relaxado, Serena sentiu estremecer e o seu sexo convulsionava de uma forma desconhecida, mas que lhe provocava o êxtase. Haniel a olhava com desejo e satisfação, demonstrando no sorriso envolvido em seus lábios... Quanto a ela retribuiu com o mesmo gesto.

Porém, ele não cessava as suas arremetidas... Agarrando-se as gramas no chão, Serena o sentiu pulsionar dentro de si, e quando se acalmou, deitou-se ao seu lado.

Os dois ficaram deitados lado a lado, um mero desconhecido, inertes a uma realidade que julgavam não ser a deles.

Entretanto, o que Serena não sabia, era que Haniel tinha uma família, ou seja, uma mulher. Sim! Ele era casado.

***

Serena cumpria os seus compromissos entre a casa e as suas obrigações na igreja.

Serena e Haniel sempre que necessário achavam uma maneira de se encontrarem. A cumplicidade dos dois era mútua, tirando o fato dele não lhe contar o seu segredo. E o que importava para ela, era estarem juntos. Uma excitação os consumia dia e noite.

***

No lugar em que os dois moravam, existia uma lenda ou uma profecia em que uma mulher branca acabaria com a maldição, colocada no lugar, por uma curandeira que a igreja julgava ser uma bruxa. Está mesma mulher morreu queimada na fogueira pelas mãos da inquisição. Enquanto o fogo a consumia, esbravejou blasfemando contra a igreja. A sua voz ecoava em meio às grandes labaredas que se formaram. E desde então, alguns eventos sobrenaturais vinham ocorrendo no pequeno vilarejo.

Anos depois, uma mulher disse no altar que o seu espírito encarnaria na terra e no mesmo lugar. E assim, a mesma igreja que ceifou a sua vida, redimir-se-ia e todo o mal cairia por terra.

Os homens tomariam conhecimento através de um sinal em forma de um pentagrama em seu corpo. Está mesma criança receberia o seu nome de batismo. No entanto, nem mesmo ela saberia que teria o nome de Luz da Redenção. Somente no momento certo seria revelado.

A partir dessa revelação, a igreja designou um grupo de pessoas para investigarem e descobrir qualquer vestígio e o mínimo que fosse para tentar reverter o caos que se instalou no lugar. E que a mesma igreja sempre colocara panos quentes nos eventos do além para não alarmar a comunidade.

***

Certa vez, Serena adentrou em um recinto restrito na casa paroquial. Apenas pessoas com autorização tinham acesso. Quando alguém a chamou, vislumbrou vários documentos sobre a mesa e também dispostos em estantes. Enquanto a outra pessoa falava com ela e lhe deu as costas, Serena abriu um papel que se encontrava dobrado sobre a mesa e leu o seguinte nome: Luz da Redenção em negrito. Um arrepio correu em seu corpo, tocando a sua nuca, desmaiou em seguida. Ao voltar a si, encontrava-se em casa.

Por bem, os seus pais acharam melhor ela passar alguns dias na casa de familiares, pensando ser esgotamento. Entretanto, o seu pensamento estava em Haniel.

***

Após viajar por algumas horas de trem, foi recebida na estação por uma tia.

Como lá havia muitas crianças, não seria difícil se distrair, principalmente não pensar no amor que estava distante. O que mais lhe afligia era o tempo, pois em dois anos seria levada ao convento. Até lá, muitas coisas aconteceriam.

Por haver muitos familiares, o conforto não existia conforme em casa. A criançada era bem divertida. Mal fazia as tarefas domésticas, e as brincadeiras era rotina. O que lhe confortava e, às vezes, a companhia da tia, por estar longe de seus pais e de Haniel.

***

Em uma das noites, um primo distante chegou de surpresa para repousar na casa.

O seu olhar sobre o corpo de Serena era quase semelhante ao de Haniel, e isso a incomodava, porém, existia uma sombra negra e horripilante.

O primo sinistro percebia que Serena não dispunha mais de sua pureza, ameaçando contar caso não se deitasse com ele.

Ao ponto de quase fazê-lo, Haniel chegou de surpresa na calada da noite, avisando que a levaria para outro lugar. Para escapar da chantagem do primo, ela não pensou duas vezes, e somente de camisola seguiu com ele. A intenção seria que ela retornasse antes do amanhecer. Mas como parar a fúria de um parente interesseiro?

***

Não muito distante dali, Serena e Haniel tentando se desvencilhar foram interceptados por um grupo de pessoas a qual a acusavam de adultério. Ela nada entendia o que estava acontecendo. O que sentia por Haniel, embora avassalador existia um sentimento puro.

Com os braços atados para trás, sofreu uma flagelação pública. No início da madrugada... Distante de casa.

A mulher de Haniel comandava o seu espetáculo de horror. Em seu papel de esposa ofendida, enquanto Serena tinha o seu corpo manchado pelo seu próprio sangue com as pedras a tocando.

Homens seguravam Haniel para que ele pudesse assistir a tudo e lhe servir como lição para não ter o mesmo comportamento.

Outros homens arrastaram o corpo de Serena como se fosse um papel e a colocando sobre um pequeno palanque em praça pública, Haniel viu uma foice reluzir sobre a luz da lua e decapitá-la.

A outra mulher se sentindo triunfante pegou a cabeça decapitada da garota e a exibiu como um troféu.

***

Na manhã seguinte ao acontecido, explodiu feito uma bomba o escândalo.

***

Ao prepararem o corpo de Serena e entregarem para a família, a comissão da igreja fez o seu relatório.

Dias depois, um documento foi entregue nas mãos do padre do pequeno vilarejo. E ao lê-lo, o papel avisava sobre a maldição e que se perpetuaria pela eternidade. Pois constataram um sinal, o mesmo que revelava a sua verdadeira identidade, no corpo de Serena em sua nuca. Ela seria responsável pelo fim dos infortúnios. E como não teve a menor chance, as coisas só tenderiam a piorar.

***

Quanto a Haniel...

Ele não retornou a sua casa.

Após o que acontecera a Serena, ficou vagando pela floresta escondido de tudo e de todos.

Às vezes, alguém o avistava por perto. Com o tempo foi ficando mais escasso até que nunca mais o viram.

***

Moradores até em tempos atuais relembram do amor proibido de Serena e Haniel, passado de geração em geração.

Acredita-se que Haniel era a chave para mudar o rumo dessa história antiga. E como foi interrompida o seu corpo foi abduzido e levado para perto de sua Serena. E hoje os seus espíritos vagam livres pela floresta em outra dimensão e que não poderíamos acompanhá-los.

Quanto ao pequeno vilarejo, com os moradores assustados, quem pôde o deixou, transformando-o.

Os que ficaram eram assombrados e mesmo aqueles que partiram nunca se livraram da maldição que aquela mulher uma vez condenada à fogueira, nunca mais deixou o lugar.

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Alimentando o tesão


Uma quentura...

Vai subindo pelo meu corpo.

O sexo úmido –

Revela o desejo...

A excitação crescente.

Aí que vontade de senti-lo aqui dentro!

Dedos –

Língua –

Pau –

Invadindo-me...

Vasculhando cada canto de meus orifícios.

Só de imagina-lo –

A ansiedade toma conta,

Com a minha libido apronta.

Retribuo carícias...

Com os olhos fechados posso sentir o peso do teu corpo sobre o meu.

Movimentos sinuosos –

A carne tesa me rasgando.

Bailando – Ditando o teu ritmo,

Na loucura que nos acomete.

Na imaginação em que nada me impede de cobiça-lo,

Salivando em meu paladar.

Impossível não despertar o prazer,

Em peles que se misturam –

Dermes entrelaçadas disseminando feromônios.

Rendo-me...

Entrego-me...

A este prazer.

Sou dominada de quatro com os pulsos atados para trás –

Sinto-me uma presa indefesa recebendo as tuas investidas.

Os meus cabelos enrolados em uma das tuas mãos.

Sem nenhuma compaixão –

Açoitando-me!

A cada arremetida sendo dilacerada,

Mas o prazer é maior do que tudo!

Aos poucos –

O meu sexo molhado –

Vai se contraindo –

Latejando –

Convulsionando –

Expandindo-me em um gozo sentido,

No auge de meus batimentos cardíacos...

Cada vez mais ofegante –

Derramando-me como se estivesses exatamente comigo...

Alimentando a fúria do meu tesão.

terça-feira, 6 de outubro de 2020

Fetiches - Libertinagens afrodisíacas

(capa provisória)


Foram quase três meses desenhando cada letra, formando palavras, pintando versos e formando frases.

Na pele – 

No corpo –

Na alma –

Reverberando sensações e reações.

Enfim, Fetiches – Libertinagens Afrodisíacas foi tomando forma e corpo.

Quem sabe em um futuro próximo, com uma editora ou de forma independente pode parar em suas mão.

Para despertar os sentidos e aguçar a libido.

Então, após o seu registro, apresento o nome de uma obra que contém 20 contos relatando fetiches que povoam a nossa luxúria –  Aguçando o tesão.



domingo, 4 de outubro de 2020

Primavera febril


Sob o céu estrelado –

Uma noite quente de primavera.

Não há como não me render aos teus encantos.

O tesão florescendo dentro de nós –

Rabiscando pontos cintilantes em nossas almas –

Demarcando territórios.

Tudo é tão simples –

Ao mesmo tempo tão intenso, 

Quanto a uma irradiação corpórea fazendo aquecer –

Transcendendo.

Sem medo nos entregamos –

Rendendo-nos ao desejo crescente.

Nos toques –

Fazendo com que os lábios se umidifiquem.

Somos tão pequenos com relação ao universo que nos serve de abrigo.

As mãos que se tocam...

Em dedos que se acariciam...

Lábios que solfejam gemidos...

Fazendo com que as linhas corporais bailem em uma forma sinuosa –

Serpenteando –

Em sincronia com os sons de nosso deleite,

No compasso de nossos encaixes –

Em arremetidas constantes –

À procura do êxtase.

Não há limite para a devassidão,

Na cumplicidade que se enraíza e vai nos amarrando ao sabor do prazer.

É esplêndida –

E constante essa fome carnal -

Que vai arrasando tudo como um vendaval.

No entanto, momentos depois estamos prontos – 

Refeitos para um novo embate corporal que vai aniquilando as nossas forças...

Culminando em pulsações na carne molhada, provocando a libido.

Seios intumescidos –

Sexo se derramando –

Preenchendo-me com o teu leite –

Alimentando a luxúria de nossos corpos.

Quanto mais o tenho –

Mais eu quero –

Mais desejo possuí-lo entre as entranhas.

Arremetendo-se em lascívia –

Domando o tesão –

Com o teu corpo encaixado ao meu desbravando os orifícios –

Desferindo tapas em minha pele clara...

Enrolando os meus cabelos em tua mão –

Puxando-os com picardia –

Na perversão que acomete as horas quando estamos juntos,

E num piscar de olhos não percebemos o tempo passar –

Na transcendência que emana de nossas auras.

Acometidos pela respiração ofegante –

Peles suadas –

Pelo entorpecimento –

Lânguidos –

Embevecidos.

Seremos eternos...

Nesse fogo que nos consome –

Feito caieira,

Na loucura que nos invade!


sábado, 3 de outubro de 2020

Barganha


Sirva-me –

Do que desejo:

Do teu corpo...

Do teu cheiro...

Do teu elixir...


Empregne –

A minha pele com a tua essência.


Derrama –

O licor pelas entranhas.


Serei completamente tua,

Sem nenhuma artimanha.


Desbrave –

Conquiste –

Os meus territórios.


Invadindo –

Tomando posse,

De cada orifício.

Sei me entregar,

Nada de subterfúgios.


A minha pele se assanha,

A libido escorre, não há manha.

Devorando-te na barganha,

Sejas meu em todas as manhãs.


Tens a medida certa –

Como persuadir.

Saiba por onde fazer –

E me manter aqui!


Escancarando-me –

Deixando-me de pernas abertas.

A língua deslizando por cada centímetro,

Desferindo o prazer,

Movimentos sinuosos –

Arrancando gemidos.

Cantarolando sussurros.


Convertendo-me –

Transformando-me minha puta.

Entregando-me –

Deixando de lado a dama,

Na cama –

Eterna disputa...

Só assim, haverá êxito na conquista.


Corpos exauridos,

Desejos perpetuados.

Dá fome insaciável,

De tudo o que for possível.