Nuances corporais,
A tua pele me deixa febril.
Entorpecendo-me de carícias,
A tua língua ágil,
Impregnando na carne a luxúria.
Sou a mulher –
De pele clara,
A mercê de doces mãos.
Desenhando no corpo aventuras,
A tela favorita,
Pintando-me em tom lilás,
Ao modo que me apraz.
Transfigurando-se de modo gentil,
Ao macho viril,
Impondo a força imponente.
Domando-me –
Fazendo-me de capacho.
Em nossa ambiência especial,
Forjando-me no tesão.
A submissa real,
As unhas minando filetes de sangue.
Vendado os olhos,
Potencializando o grau das sensações.
O peito arfando de desejo,
A boceta pulsando em lampejos,
Ansiedade demonstrada por reações.
O cacete em riste,
Indubitável perdição.
É intensa a vontade,
O entrelace de forma magistral.
Encaixes perfeito,
Oscilações em harmonia.
Açoites abruptos,
Em câmera lenta os movimentos.
Preenchendo-me de sustância,
O deleite em primeira instância.
Aflorando o lado b,
O ninfomaníaca de ser,
Embevecidos ao bel prazer.
Desfazendo de todo o caos,
Apertando mais os nós.
A miscelânea de sussurros e gemidos,
Também os gritos guturais.
Fazendo desaguar os mananciais,
Nas ondulações poéticas –
Rituais frenéticos.
Sempre somando a libido,
Cometemos inúmeros pecados.
De espíritos livres,
A cada reencontro pervertido.
Alimentando a chama,
Em constante combustão.
Na parede, no chão ou sobre a cama,
Em qualquer posição,
A excitação proclama.
Não há como ser diferente,
No desfrute da lascívia.
Derramado o suor, os fluídos,
Expelindo o leite.
O ápice latente,
Não importa o lado obscuro do êxtase.
Somos luz e sombras,
Em cada fase,
Sem nenhum disfarce,
Com exatidão.
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