terça-feira, 18 de agosto de 2015

Alma pervertida


Eu roubei o teu gozo...

Para isso, inflamei o teu corpo.

A lascívia que nos preenchia era totalmente abundante.

Não há nada que diminua a nossa vontade.

O tesão estampado na alma...

Cativando da mais simples a mais devastadora reação.

É assim que o quero...

É assim que o desejo...

A minha luxúria pintando de vermelho.

No ápice contagiando à áurea.

Eu não sou uma pecadora...

Eu sou o próprio pecado transfigurado em meu corpo.

Nas formas arredondas e convexas.

Eu roubei o teu gozo...

E contigo me expandi em todas as direções.

Alimentando-me com o elixir que me devolve a vida e rejuvenesce a derme.

Sou a devassa...

A demoníaca...

Aquela que se deixa levar pelos instintos mais primitivos e carnais.

E me torna uma fora da lei vivendo à margem de qualquer convenção social que escraviza e que oprime.

A única algema invisível que me detém é a liberdade.

Esta que impera em meus sentidos...

Que transgrida a uma boa conduta moral.

Eu amo a maneira com que me realizo:

Na sociedade a dama...

E a puta na cama.

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