domingo, 2 de abril de 2017

A diarista – 2ª parte


Mais ou menos depois de uma hora e meia, a dona Sônia chegou com as crianças que nem ao menos se importaram com a minha presença. Ela demonstrava preocupação com o marido e já os pequenos cada um foi para o seu quarto.
- Ele continuou no quarto. E meia hora antes havia saído para almoçar. Ofereci a minha ajuda, porém, disse-me para não me preocupar e levou a bandeja para o quarto. – Eu lhe passei o que havia ocorrido, ou quase tudo.
- Tudo bem! Obrigada! – Disse dona Sônia se retirando.
***
Neste momento procurei fazer ainda mais o meu serviço. E quando dona Sônia saiu do quarto, estava na cozinha para pegar o envelope com o meu pagamento.
- Que bom que ainda esteja aqui! – Ela me disse sorrindo.
- Sim dona Sônia! – Eu lhe falei.
- Uma amiga aqui do condomínio está precisando de uma diarista. Não sei se fiz mal, mas eu lhe indiquei. Aqui está o cartão dela. Pediu para você entrar em contato ainda hoje, talvez precise de você para amanhã mesmo! – Ela explicou.
- Pode deixar, assim que eu chegar em casa, ligarei com mais calma. Obrigada dona Sônia. Isso demonstra que está gostando do meu trabalho. – Eu a agradeci.
- Estou sim! Você além de ser muito eficiente e organizada... Também é muito discreta! O meu marido me avisou que você não o incomodou em nenhum momento. Porque quando ele se sente indisposto devido ao estresse do trabalho, ele acha melhor ficar sozinho, por isso, fui trabalhar! – Ela me explicou.
- Tudo bem dona Sônia, não precisa se explicar! – Eu lhe falei.
Ela apenas sorriu.
- Está aqui o número da sua amiga. E ligarei sim! Obrigada! – Eu lhe agradeci mais uma vez.
***
Enfim, deixei a dona Sônia, para ter um pouco de privacidade em meus pensamentos.
Ela nem pode imaginar o que está acontecendo entre o doutor Ikaro e eu.
***
No caminho para casa, as palavras de Ikaro rodavam em minha cabeça como se fosse o efeito de uma bebida barata. Ele nem sabe nada ou quase nada da minha vida, apenas que trabalho dois dias na semana em sua casa.
Dos meus pensamentos fui despertada quando a voz feminina no áudio do metro, anunciou a parada na qual deveria ficar... De volta à realidade!
Ao chegar em casa, fiz o de praxe... A primeira tarefa era verificar se estava tudo bem com o gatinho. Depois de outro banho, para não ficar tarde, liguei para o número da amiga de dona Sônia. Ao ler o cartão, com calma, verifiquei que se chamava Catarina.
Ao me atender, identifiquei-me. Ela me avisou que é viúva, tem duas filhas casadas e que fica mais fora da cidade do que propriamente em casa. Então combinei que estaria pela manhã em seu apartamento, para que pudesse me orientar naquilo que desejasse dos meus serviços.
***
Logo cedo retornava ao mesmo endereço que estivera no dia anterior... E o meu corpo já o reconhecia.
Dona Catarina me pediu dois dias na semana, mesmo que a maior parte do tempo ela ficasse se revezando na casa de suas filhas, pois sendo viúva não queria se desfazer do seu cantinho.
- Menos mal! Mais um patrão, não daria certo! – Eu pensei.
Na parte da tarde, dona Catarina seguiu em um táxi para o aeroporto, aonde embarcaria para Porto Alegre, com o intuito de passar quinze dias com uma das suas filhas e depois retornaria. E levou consigo o número da minha conta bancária para depositar o meu pagamento.
Enquanto, terminava os serviços do dia, o telefone tocou...
- Boa tarde, eu pensei que não fosse atender! – A voz do outro lado falou firme comigo.
- Como soube que estaria aqui? - Eu lhe indaguei.
- A senhorita fique sabendo que, estava com a minha esposa, quando a dona Catarina lhe ligou agradecendo. E como já tenho o número, ficou fácil! – Ele em disse com ironia.
- Ah sim! – Não soube o que falar.
- É uma pena que não poderei vê-la. Hoje a minha esposa e eu temos uma apresentação das crianças no colégio! – Ele se justificou.
- Tudo bem! – Eu o respondi com a boceta em chamas.
- Até mais, minha delícia! – Ele se despediu.
Quando me preparava para deixar o apartamento de dona Catarina, a campainha tocou. Ao observar pelo olho mágico, verifiquei que era o porteiro Ademir com algumas correspondências que imaginei ser da dona do apartamento.
Não abri a porta totalmente, mas o porteiro forçou a sua entrada.
Ele percebeu que fiquei assustada e ao pegar as correspondências agradeci e pedi licença.
- Você pensa que eu não sei o que está acontecendo entre você e o doutor Ikaro? – Ele me perguntou.
- Não está acontecendo nada! – Eu lhe respondi.
- As outras empregadas sempre se queixavam dele na portaria comigo. Mas você não cometa nada sobre os seus patões!  - Ele comentou.
- Não tenho nada para comentar e nem perder meu tempo fazendo fofocas! – Eu lhe falei bem ríspida.
- Ou você age da mesma maneira comigo ou conto tudo para a esposa dele! – Ele disse em tom de ameaça.
- Não faria isso! – Eu lhe respondi.
- Faria! – Ele falou alto.
- Também quero a minha fatia do bolo! – O porteiro pediu.
Embora de início eu tenha me interessado pelo porteiro, depois que conheci o Ikaro, tudo mudou. E não tive como não ceder a sua pressão... Ao tesão entranhado na pele.
E rapidamente tranquei o apartamento e ali mesmo na área de serviço, Ademir empurrou em mim toda a sua tora... Era grande... Mas nenhuma ousadia em manuseá-la. Talvez pelo pouco tempo que teria, pois havia deixado a portaria sem vigilância. Ele nem ao menos se despiu, apenas desapertou o cinto e abriu o zíper para libertar o cacete, já teso.
Os seus movimentos não me provocavam nenhuma reação, como o corpo já aprendera a andar de bicicleta, aos poucos foi reagindo aos seus estímulos. Mas não cheguei a gozar, porém, Ademir sim!
De seu cacete jorrou uma porra rala... Sem vida! Que ao terminar, lavou-se rapidamente no tanque. Ao se recompor me deixou jogada em um canto e saiu batendo a porta.
***
Não tinha horário...
Perdi a noção do tempo, quando novamente o telefone tocou...
Era Ikaro desejando saber o motivo que ainda me encontrava no apartamento de dona Catarina. Em seguida, avisou-me para descer, pois havia um táxi me esperando que, eu seguisse com ele, pois me levaria a um lugar e que depois de um tempo iria ao meu encontro.
Sem imaginar e pensar no que poderia acontecer, obedeci as suas ordens.
O táxi me deixou em um motel, no qual já haveria um quarto reservado em meu nome.
Ao chegar ao quarto, sentei-me sobre a cama, feito uma criança abraçada aos próprios joelhos.
Não poderia me deixar abalar pelo o que tinha ocorrido... Pois idealizei o porteiro de outra forma e ele não era nada do que imaginei.
Eu precisava reagir...
Então liguei a televisão em um canal adulto e preparei a hidromassagem enquanto ele não chegava.
Toda aquela sensação de liberdade me causava um tesão delicioso.
Uma ducha rápida...
E vestida somente com um roupão assistindo aos vídeos...
As pernas totalmente abertas...
Foi me dando um calor...
A parte de cima do roupão eu abri para me refrescar e deixando os seios à mostra.
Tão entretida estava que não ouvi o barulho da maçaneta e quando dei por mim, Ikaro me observava encostado à porta.
- Que bom que você chegou! – Eu lhe disse pulando em seu pescoço.
- Calma garota! O que aconteceu? – Ele quis saber.
- Nada de mais! Isso é tesão acumulado! – Eu lhe respondi brincando.
Ikaro desfez o laço que prendia o roupão e deixou-o cair, levando-me até a cama.
E ajoelhada reirei o cinto, abrindo o zíper e colocando-o entre os meus lábios.
Chupei-o com tamanha fome e vontade... Ao mesmo tempo abaixando as suas calças e fazendo com que retirasse o paletó e a camisa... E dando um jeitinho retirou os sapatos e as meias... Exibindo-se totalmente para mim!
Eu continuava o devorando...
Como algo assim pode ter alicerce no sexo? Era somente isso o que desejava de mim...
Olhava-o com devoção...
- Meu Deus que homem! – Eu pensava.
E não cessava com os meus movimentos bucais...
Ele vinha de encontro à garganta... Diferente da outra vez me deixava livre.
Ao agarrar-me pela cintura, fez com que ficasse de quatro...
Estar naquele cenário de luxúria com Ikaro era inacreditável... E nos olhávamos através dos espelhos e me entregava ao sabor de sua lascívia.
E sem qualquer menção, invadiu o meu rabo rosado...
Dessa vez eu soltei um grito!
- Isso cadela! Grita! – Ele me pediu.
Conforme as suas investidas sobre o meu corpo se intensificaram...
Uma sensação de dor e prazer se completava...
Nunca pensei que depois de algumas decepções fosse encontrar alguém como Ikaro, embora eu soubesse que ele nunca seria meu de fato, mas sim eu dele...
A partir daquele dia, eu de fato lhe pertenceria!
***
O seu pedaço de carne teso me dilacerava... E eu o desejava mais entre as minhas entranhas. Não sei como, mas ele tomou posse de um pequeno vibrador que massageava o clitóris e me fazia gemer e gritar...
E quando não mais suportando aos palavrões, gozei lhe pedindo para que não parasse de socar em meu rabo.
A nossa euforia era tamanha que nem sequer parecia que havíamos transado no dia anterior.
A volúpia era tão grande que nem sequer pensamos nesta questão.
Eu queria mais dele...
Eu queria que ele enchesse o meu cu com toda a sua porra. E assim o fez...
O cacete latejou jorrando o prazer em meu rabo.
A sensação de poder se apoderou de meu êxtase... E ao invés de me acalmar, surtiu o efeito contrário, deu ainda mais tesão
Depois que ele se acalmou, sugeriu que seguíssemos para a hidromassagem...
Somente com o olhar tinha o poder de se fazer entender e, isso era o que mais me deixava fascinada por ele, como se me hipnotizasse.
Não havia pressa.
Ikaro foi até ao frigobar e levou consigo uma garrafa de vinho e duas taças.
Eu já me encontrava sob a água que borbulhava... O que fazia com que a espuma aumentasse.
Ele nos serviu...
A adrenalina percorria por minhas veias... E ao se misturar com a bebida, não pude me conter e, jogando-me sobre o corpo de Ikaro, deslizei e ao mergulhar, engoli com vontade o seu cacete. Mas quando precisava respirar, erguia um pouco a cabeça, no entanto, sem parar o que realizava.
Ikaro gemia para demonstrar o seu grau de prazer que sentia com o meu boquete aquático...
Não demorou para que ele novamente estivesse  com a sua ferramenta bem dura. E ao me levantar encaixei o meu corpo sobre o seu e o engoli com a boceta.
A água me proporcionava ainda mais energia, em um prazer desmedido e imensurável.
Ikaro canalizava parte do transe para si... Como pode algo assim tão poderoso acontecer sem que ao menos esperarmos?
O meu ritmo cadenciado fazia com que a água formasse pequenas ondas à nossa volta.
A fricção do clitóris em sua pele fazia com que ficasse cada vez mais inchado, quente e inflamado...
Em dedos que se entrelaçavam...
Em palavras desconexas sendo ditas...
Em palavrões com toda veemência pronunciados...
Até que uma força se apossou literalmente de Ikaro e fez com que me jogasse para baixo de si, invertendo as nossas posições.
Ele em estocava com tamanha força que logo eu gozei em meio aquele mar de espuma e me deixei desaguar.
Ikaro soltou um gemido mais sentido... Quando o senti latejar, totalmente ofegante, derramando jatos de porra.
***
Com ele ao meu lado...
Não sabia ao certo como me comportar... O que esperar dele...
Nada quis indagar, apenas viver um dia de cada vez.
Não cogitei a ideia de lhe contar o que ocorrera aquela tarde no apartamento de dona Catarina. Apenas mencionei que não me simpatizo com o porteiro, já que ele me perguntara se estava gostando em trabalhar em seu apartamento e no de dona Catarina.
- Não posso mais me demorar! Sei que você só tem o seu gatinho lhe aguardando! – Ele comentou.
- Como pode saber dessa informação? – Eu lhe indaguei.
- Para a segurança de minha família, averiguo quem trabalha diretamente em minha casa! – Ele me advertiu.
- Então, não sou nenhuma ameaça? – Eu lhe perguntei outra vez.
- Você é outro tipo de ameaça! – Ele me respondeu sorrindo e me beijou como ainda não fizera.
- Hum... Sei! – Eu lhe falei.
- Só não será se seguir corretamente as minhas orientações e principalmente as minhas ordens! – Ele me disse com firmeza.
- Quais são elas? – Eu quis saber curiosa.
- Primeiro você se mudará para um lugar mais seguro, de preferência para mais próximo. Não se preocupe quanto a isso eu já providenciei tudo! Será na semana que vem. E quanto às outras, tudo é questão de tempo. E lembre-se, só trabalhará em minha casa e na de dona Catarina. – Ele foi bem claro em suas explicações.
- Você esteve em minha casa? – Eu lhe indaguei.
- Sim! Como disse, tenho que zelar pela segurança de todos! – Ele me respondeu sem muita paciência.
- Tudo bem! – Eu lhe falei.
Depois de uma ducha, Ikaro se vestiu...
Ao sair do motel sozinha, um táxi já me aguardava Para me levar para casa.
- O que estou fazendo? Tendo um caso com o patrão e sendo chantageada pelo porteiro... Até aonde isso vai parar?
Não pensei que ser diarista seria tão divertido!


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