sábado, 30 de abril de 2022

Cumplicidade carnal

 


Amo o teu nome,

Rima com sexo anal.

O que realiza com maestria,

Fator primordial.


Na constância frenética dos atos,

Seja em qual for a posição.

De presente – De quatro –

Desbravando a valente estrutura.

Ação pervertida, a loucura,

Invadindo com afinco –

A tora de ébano.

Fomentando a dor,

Transmutação do prazer –

O plano.


Não conseguimos mensurar,

O deleite da luxúria.

Veemente –

Fremente –

Em nossos corpos,

Tamanha a voluptuosidade.


Rendendo-nos um ao outro,

Na verdadeira cumplicidade.

Reverberando na essência,

Através dos gemidos,

Tomando conta da ambiência –

Na transmutação dos gritos,

Cada vez mais altos –

Para quem quiser ouvir.

É o afrodisíaco preferido:

A exibição.

Na fantasia em deixar os outros,

Com água na boca –

Desejando a nossa perversão.

Na maestria somos incontidos,

O desejo é de desaguar –

Rios transbordando em pleno mar.


Na perfeição,

Preenchendo totalmente os meus espaços.

Mesmo na saciedade,

Instigando-me –

Fazendo-me querer sempre mais.

Das preliminares –

Ao prato principal,

Ou pulando etapas.

No corpo:

Hematomas e marcas.

Plantando-se diretamente no final,

Para depois reiniciarmos,

No momento do último encontro.


Contigo não há tempo perdido,

As reações e o lugar –

Transcende qualquer vontade.

Na alma causando o alarde,

Do sexo carnal –

Com a única intenção de gozar.


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