domingo, 10 de agosto de 2025

Todo o meu universo



Provocações à distância,

Observando-nos, a ânsia.

Olhares de cobiça.

De nos tocarmos o desejo,

Deixando subentendidas as palavras.

Respirações ofegantes,

Para o tesão não há regras.

Vozes ecoando por todos os lados,

Somos dois náufragos,

Insulares da luxúria e perversão.

Culminando na febre ardil,

Disfarçando, ambiente nada gentil.


Nas cartas marcadas,

Dispostas sobre a mesa.

O destino fazendo apostas,

Sem nenhuma gentileza.

O vislumbre não há nada concreto,

A esperança da realização,  discreto.

Não importa como seja,

Essa vontade que fica no ar.

Mantém o corpo vivo,

Liberando a libido.

No momento de se concretizar,

Luminescência do permitido. 


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