domingo, 5 de abril de 2015

Flagrante: Ele usa as minhas calcinhas



Karl e eu sempre formamos um casal normal e comum aos olhos de outras pessoas. Pois tínhamos uma vida pacata e distinta, apesar de muita vontade em sermos pais, optamos deixar esta questão um pouco para mais tarde.

Havia dias em que a vida era mais corrida. Porém, o cotidiano se restringia ao trabalho. No entanto, não deixávamos a nossa vida sexual de lado. Essa era a nossa fonte para não deixar que o estresse acabasse com o nosso casamento.

Karl executivo de uma multinacional muito famosa. E eu secretária de uma grande empresa da cidade.

Ele de vez em quando viajava a trabalho. E eu no meu cargo buscando a promoção para subir na hierarquia da empresa. Devido, a essa questão, procurava não me atrasar, mantendo as tarefas em dia. Com isso chegava antes do meu horário de expediente e checar se estava tudo correto.

Como saía primeiro de casa, deixava Karl dormindo mais ou menos por meia a mais.

Numa dessas minhas manhãs de agitação, após ter chegado a empresa, notei que  havia esquecido na escrivaninha do meu quarto, uma pasta com o relatório que meu chefe havia me pedido para aquela manhã. E, por um mero descuido, o pen drive contendo o mesmo documento também se encontrava junto. Não pensei duas vezes, retornando para casa a fim de buscá-los.

***

Imaginei que Karl ainda dormisse, mas ao abrir a porta do quarto com cuidado, não acreditei na cena que meus olhos presenciavam.

Por alguns minutos, ele não percebeu a minha presença, tão distraído com o que estava fazendo.

A princípio não acreditei!

Será que não conhecia o homem com quem me casara?

Não fiz menção de barulho e, fiquei observando até que, então, surpreendeu-se comigo.

- Não era para você estar aqui! – Disse ele.

- Esta é minha casa! – Respondi.

- Não é nada disso que está pensando! – Exclamou ele.

Nada respondi.

Mas o que poderia imaginar com tal teatro em meu quarto?

Karl sempre fora um homem muito bonito e atraente... E não deixava nada a desejar em sua performance sexual. Mas o que levaria a ter tal fetiche?

Constrangido foi retirando as peças que cobriam o seu corpo...

Nada de sunga Box ou camiseta, como costuma dormir devido ao ar condicionado.

Karl retirava de seu corpo uma pequena calcinha vermelha e um sutiã que formava o conjunto que eu havia usado na noite anterior para ele. E em seus lábios um batom da mesma cor encarnada.

Nunca imaginei que meu marido pudesse usar meus lingeries, enquanto estivesse no meu local de trabalho.

Quem em sã consciência poderia supor que, um executivo respeitadíssimo em uma multinacional pudesse ter um segredo dessa dimensão?

Enquanto Karl se desfazia da maquiagem nu, visualizava o seu cacete grosso com seu saco escrotal apertados numa pequena calcinha.

- Você é homossexual? – Perguntei.

- Não! Nunca me relacionei com outro homem! – Respondeu ele aflito.

- Mas por que então? – A minha curiosidade era maior do que a surpresa.

- Quando as vejo em trajes minúsculos, insinuando-se para mim, bate a vontade de fazer o mesmo... Quem sabe, de me sentir assim como você: Mulher e feminina! – Explicou ele.

- Não compreendi... Já que me disse que não é homossexual! – Disse a ele.

Naquele momento entendia o que Karl queria me dizer, apesar da confusão em minha cabeça. Pois minha buceta foi ficando molhada... Foi batendo um tesão, vendo o meu marido à minha frente, ao contrário daquele homem que impões as suas vontades, do profissional que todos admiram.

- Que tal você escolher um lingerie do seu agrado e eu pegarmos a maleta de maquiagens e irmos para um motel? - Em um ato insano e impensado lhe fiz esta proposta.

Karl hesitou pensativo, mas logo fiz com a cabeça que sim.

Então, vestiu-se rapidamente e, deixamos as chaves sobressalentes com o porteiro para que fosse entregue a nossa empregada quando chegasse.

No carro, não falávamos quase nada... Os meus pensamentos estavam todos embaralhados.
Como meu marido poderia usar minhas calcinhas, não ser homossexual e me deixar excitada o surpreendendo?

Karl em nenhum momento me passou a impressão de se sentir atraído por outros homens nas festas que costumamos freqüentar, são as mulheres mais exuberantes que o atraem.

Ele quis quebrar o clima de silêncio que estávamos tendo naquele momento e, conhecendo-me da maneira que me conhece, tratou logo de passar a mão sobre minha perna até atingir em cheio o meio de minhas coxas tocando delicadamente a buceta.

Aquilo foi me excitando de tal maneira que, não resisti em abocanhar o volume que se formara dentro de sua calça.

Literalmente quebrávamos a rotina... As regras...

Enquanto Karl dirigia, praticava nele um sexo oral delicioso. As suas feições eram de puro êxtase, mas não gozou.

Quando chegamos ao motel, Karl pediu a suíte presidencial e sem limite de horas.

A nossa vontade era muito grande em atirarmos um sobre o corpo do outro. Mas a cena que presenciei ao entrara em meu quarto e ver o meu marido trajando lingerie ficava mais nítida. Era se como também desejasse aquilo. Então, descobri que o fetiche dele também fazia parte da minha fantasia... Foi crescendo uma enorme vontade de possuí-lo.

Parecia que havíamos combinado tudo antes.

Karl pediu licença e se dirigiu até o reservado. E eu me sentia o próprio homem da relação. Como poderia ser? Como poderia acontecer tal fantasia em minha mente?

Despi-me de todos os preceitos e preconceitos, frisando em meu pensamento: Deixe acontecer naturalmente, assim como a correnteza de um rio que segue sem indagar o seu caminho para o mar.

Os minutos se passavam lentamente, o que fazia o meu corpo arrepiar... O tesão aquecia ainda mais. Era uma tortura aquela espera. Como Karl sairia do lavado? Como Karl se mostraria à mim? Como eu me revelaria a ele.

Dado as circunstâncias do momento, mesmo que desejasse não poderia voltar atrás. E não era isso que, o meu corpo pedia. Justamente ele desejava o contrário... Clamava por cada gozo que pudesse vir a ser realizado.

Finalmente após algum tempo de espera, não sei precisar o quanto, Karl veio novamente ao meu encontro.

Para manter o suspense, ele trajava o hobby do estabelecimento. Um tanto desajeito com a minha presença, não sabia o que fazer com as suas mãos... Com o seu corpo.

Nesse instante, tomei a iniciativa. Ele estava de pé em minha frente e, eu deitada sobre a cama, fiquei o observando.

Karl caminhe de um lado para o outro, para que eu possa vê-lo e como se comporta! – Pedi.
Ele achou estranho esse meu pedido inusitado, mas o atendeu sem nada perguntar.

Karl caminhava de um lado para o outro... As suas feições eram estranhas, mas depois de alguns passos foi ficando mais à vontade, fazendo caras e bocas.

Para completar o seu show, colocou-se dentro de minhas sandálias de salto alto, ainda com o hobby. Aos poucos foi ficando mais compenetrado, ou seja, mais excitado e sensual.

Deu continuidade a sua performance abrindo o hobby, soltando-o aos poucos e deixando-o cair ao chão.

Karl trajava o meu conjunto de lingerie preferido: Calcinha e sutiã rendados e vermelhos, também uma cinta liga que não sei como se rompeu ao entrar em seu corpo.

A excitação era mútua. E ao ver Karl daquela maneira, docemente fragilizado. O que não lembrara em nada o marido machão e o empresário respeitado em seu ramo de negócios. Foi crescendo em mim um desejo incontestável de fazer coisas que nunca havíamos conversado ou até no que eu jamais pensava em fazer.

Karl desfilava à minha frente, quando me coloquei ajoelhada sobre a cama, observando cada detalhe do seu corpo recheando minhas peças íntimas.

O seu cacete dentro da calcinha, como se quase o sufocasse e resvalando em seu orifício anal.

Como leio e converso com pessoas através da internet em minhas horas vagas, percebo que os homens têm uma grande fixação por sexo anal. E noto também que, apesar de vivermos em pleno século XXI, ainda esta prática sexual é um tabu. Nem todas as mulheres que aderem falam sobre o assunto abertamente por medo do preconceito.

As lembranças de minhas conversas com os internautas. As trocas de e-mails. Os depoimentos sobre sodomia e inversão.

Inversão!

Essa é a palavra chave.

Fixamente olhava para o finíssimo fio que o cobria, isto é, olhava para o cuzinho virgem de meu marido.

Karl e eu ali  sozinhos tudo a nós era permitido!

Num pequeno golpe, tomei posse do catálogo de sex shop do motel, dizendo-lhe que, escolheria um brinquedinho.

Karl aprovou a ideia e, disse-me que ficasse à vontade.

Pedi através do telefone o objeto desejado e, em poucos minutos foi entregue.

Claro, que fui eu quem o recebi.

Antes que pudesse abri-lo, Karl me beijou e me despiu. Tão suave... Apreciando cada parte de meu corpo.

Todo o meu frisson por aquele momento devasso... Todas as fantasias passeando por minha mente... Tudo aquilo me excitava... O meu tesão era intenso!

O que fiz foi mergulhar de cabeça sem alguma pergunta ou sem qualquer receio que fosse para não interromper o que estávamos vivendo.

Então, foi a minha vez de sugar os mamilos de Karl. O tesão era nítido... O seu cacete foi se enrobustecendo... Trilhava um caminho certo... Sem retorno! Mas também precisava sentir o toque dele.

Em sessenta e nove no qual meu dorso tocou a cama e, ele veio por cima de mim e socava a pica dentro de minha boca e a língua na buceta.

Aos poucos minha mais foi roçando a calcinha que ainda trajava e, meus dedos procuraram o anel.

Gradativamente, afastando-a rocei o meu dedo anelar na borda.

Em um instante, pensei que Karl fosse se esquivar, mas para minha grata surpresa, ele relaxou e soltou um leve gemido.

Desse modo arrumei um jeito de lhe tirar a calcinha, deixando-o mais à vontade.

Sugava-o... Chupava-o...

O meu dedo progressivamente foi lhe furando o orifício anal.

A sua tora em minha boca mais parecia uma barra de ferro ao ponto de atravessar a garganta.
 E quanto mais nos chupávamos, mas era o desejo de nos entregar aos caprichos que consumiam as nossas almas.

A minha boca passeava em seu entremeio, engolia as suas bolas e meu dedo permanecia firme em seu rabo, mordendo o meu dedo.

Os meus gemidos inevitáveis, gozos em sua língua vertendo o meu líquido penetrando a carne.

Mas eu queria muito mais... Ir muito além do que ele havia fantasiado.

Finalmente tomei posse do brinquedinho que compramos.

Em sua presença, para que não perdesse nenhum detalhe o coloquei: Um cinto que acoplado a ele havia um consolo, imitando um cacete grande, grosso e rosado para combinar com o meu tom de pele.

De pé, coloquei Karl para sugá-lo... Fantasiando, como se eu fora um homem.

Conforme ele chupava, o vibrador massageava o meu clitóris. E Karl também penetrava o dedo na buceta.

Podia ver o brinquedo erótico totalmente molhado pela saliva de Karl.

- Isso! Lambe o meu cacete! Puta que pariu! – Xingava-o.

Karl jamais escutara um palavrão de minha boca. Mas a sua excitação era tanta que não prestou atenção.

E entregue...

Plenamente submisso as minhas vontades.

O transe se apossava de nossos corpos com mais intensidade.

Às vezes, Karl se tocava... Assistia aquela cena de outro ângulo, já que o chupei várias vezes nessa mesma posição e, tocando-me. Agora me sentia o próprio macho da relação.

Quanto mais ele era performático, mais eu entrava no clima daquela encenação.

Quando toquei a sua costa com uma mão, fui deslizando... Contorcendo o meu corpo para que, ele ficasse sem movimento, quase engasgando com o consolo.

Outra vez, fui introduzindo em meu dedo a sua abertura... Mantive-me firme em meu propósito.

Quem entra na chuva é para se molhar. E Karl enveredou por um caminho sem volta. E sem alguma objeção, lendo o que o meu olhar lhe dizia, colocou-se de quatro.

As minhas unhas arranhavam o seu corpo... As fincava em sua pele morena.

Karl gritava! Gritos de dor misturados ao prazer que lhe proporcionava.

Aquilo era outro mundo. Uma dádiva ímpar jamais comparada a nenhum outro desejo.

Prosseguia apertando as suas nádegas, fui introduzindo meus dedos... A língua... A saliva... Com um único objetivo.

O consolo encaixado em minha pélvis roçava o seu corpo. E sem dar margem de chance para escapar, direcionei-o no ponto desejado: No buraco alheio já que , ele havia me invadido inúmeras vezes. Agora era a vez dele, descobrir comigo o sabor do prazer que tanto me proporciona.

Ao lambuzar o meu brinquedinho, deixei-o molhado com a saliva de minha boca.
Conforme minhas tapas estalavam em suas nádegas, Karl rebolava e pedia que lhe batesse com mais ênfase.

Feito um verdadeiro macho, o que fiz então? Batia-lhe com tanta vontade que, não era somente ele quem sentia a dor.

Já na entrada de seu rabo fui investindo com força... Como se a raiva se apossasse de meu corpo, relembrando dos momentos mal fodida por ele, quando pensava apenas no prazer próprio.

A cabeça da ferramenta deu um pouco mais de trabalho! Karl pedia pelo amor de Deus que parasse com aquela sessão de tortura. Os meus ouvidos se fecharam para os pedidos de clemência. Isso fez com que jogasse mais brasa na fogueira de meu tesão.

A minha vontade era de enrabá-lo... De fazê-lo sentir na própria carne a dor de um sexo anal mal realizado... De fazê-lo a minha fêmea.

Mas depois agi com sutileza, deixando-o sentir outro lado da moeda.

Já mais contida, cessava por alguns momentos a minha investida, para que seu cu pudesse se acostumar com aquele corpo estranho. Afinal de contas, o nosso ânus é destinado a expulsar o que não é aproveitável em nosso corpo e não de engolir.

Para amenizar o se u desconforto, pedi para que conforme eu introduzisse o meu brinquedo, ele fizesse como se estivesse no reservado.

Com nossos movimentos simultâneos, Karl começou a sentir prazer. O mesmo que sinto quando ele fode o meu cu.

Ao seu pescoço agarrada, socava-o com mais intensidade. E por hora, batia-lhe... Xingava-o...
As palavras já faziam outro sentido em meu espírito. Karl se entregava cada vez mais comigo lhe possuindo, rasgando-lhe as pregas.

No embalo de nossa doce excitação, também o punhetava, sentindo o seu líquido pré-seminal se esvaindo sobre o fino lençol de cetim.

E ao senti-lo mais molhado, mais investia sobre o seu corpo suado.

Os seus cabelos esvoaçavam devido aos movimentos abruptos.

Karl se mantinha firme de quatro agüentando a tora artificial.

Quando não mais suportar a pressão que exercia e se punhentando, gozou fartamente sobre a cama, jorrando litros e litros de leite... Gritando ensandecido.

Nunca o vi gozar tanto daquela maneira!

Mesmo amolecido pelo gozo, Karl pulou para cima de mim, penetrando a sua língua em meu rabinho, deslizando-a em minha buceta.

Não demorou muito para que estivesse em ponto de bala novamente. E me coloquei de quatro.
Karl me instigava!

Excitava-me sempre mais!

Os meus gemidos eram carregados de erotismo, misturados a frases de baixo calão.

- Vai! Fode-me... Rasgue-me... Caralho... Fode-me! – Dizia a ele.

Ele me conhece... Sabe como o meu corpo funciona.

E sim para de me perfurar com a língua, Karl desafivelou o cinto de meu corpo e colocou no seu.

Ele esfregava a sua pica na buceta para que ficasse molhada com a lubrificação natural e, foi introduzindo simultaneamente o consolo e o cacete em meu rabo e na buceta.

Quando comecei a sentir os dois paus adentrando os meus orifícios, meu corpo se contorceu em um arrepio misturado a dor.

- Marido! Puta que pariu!  Quando você quer sabe ser criativo! – Falei à ele.

- Não é a toa que sou um profissional respeitado! – Respondeu com um sorriso de ironia.

Segurando os meus seios, apertando-os até, rebolava para que os dois falos pudessem adentrar em um de meus buracos. Às vezes, dependendo da posição em que me encontrava, ficava parada para degustar da dor que me proporcionava e a piscar a buceta e o cu.

O meu rabo foi se abrindo lentamente devido aos ataques que me dirigia.

Havia um homem comigo, mas quando fechava os olhos a impressão que tinha era de dois homens me estocando, querendo extrair cada gota de suor que meu corpo pudesse jorrar.

Feito uma cachorra... De quatro... De presente para o meu marido, era estocada por sua rola grossa em minha buceta e por um cacete artificial em meu rabo.

A sensação que possuía, era de estar sendo fodida por homens distintos, um embaixo e outro em cima.

Karl me satisfazia com seus movimentos...

Nunca imaginei que pudesse ter esta ousadia, já que, na cama sempre fui tratada como a esposa. E ele se restringia ao básico: papai-mamãe... Acontecia até um sexo oral sem graça. E nas raras vezes que, fazíamos sexo anal, quando assistíamos um filme pornô, ele me cravava de lado.

Mas a partir do momento em que o enrabei, foi diferente. Mostrei a criatividade que poderíamos ter. E Karl aprendeu rápido. No entanto, a surpresa maior foi a minha já que não sabia que possuía toda esta desenvoltura.

Fazia algum tempo em que não frequentávamos um motel. A última vez foi quando ainda éramos noivos, entretanto, quebramos este jejum com chave de ouro.

- Vai! Fode! Fode!    Fode a buceta! – Fode o meu cu! – Dizia a ele, mordendo os lábios.Karl me batia!

Karl me satisfazia!

Éramos jovens outra vez, redescobrindo o prazer do sexo por outro prisma.

Os meus cabelos esvoaçavam de um lado para o outro, na dança... No zig- zag que ele fazia com seus trejeitos.

Gradativamente meu corpo começou a convulsionar.

Os orgasmos vinham seguidos, como ondas em um dia de mar revolto. A buceta em um curto circuito desenfreado fazia com que ficasse entorpecida. Até que, então, Karl latejou o leite e fazendo com que escorresse entre minhas coxas.

Extasiados, entregando-nos ao descanso no fino lençol.

Muita coisa havia mudado entre nós dois, desde o instante que o surpreendi vestido com minha calcinha.

O segredo que era somente dele, agora era compartilhado comigo. Tornei-me a sua cúmplice!

E desde então, o nosso casamento não foi mais o mesmo...

As nossas transas não são mais as mesmas, mornas e sem graça.

Não sei se ele tinha o receio de que o julgasse mal. Ou que lhe apontasse o dedo em seu rosto.

Mas todas, às vezes, que relembro a cena de quando o vi pela primeira vez com uma de minhas calcinhas, bate um puta tesão.

E, por isso, procuramos à cada dia, ter idéias criativas para gozarmos de transas loucas e sensacionais à dois e também acompanhados por outros casais. Tudo em vista o sigilo, já que somos muito conhecidos na cidade na qual moramos.

E neste dia, no motel, foi extraordinário.

E ao retornarmos para casa apenas na manhã do dia seguinte.

Quem mandou meu marido gostar de usar minhas calcinhas?

Agora quando compro, ou ele me presenteia, são em dois tamanhos.

Marido de calcinha?

Está mais do que aprovado!



sexta-feira, 3 de abril de 2015

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Obsessor de almas



Há algo que me perturba...

Uma sombra negra que paira sobre a minha cabeça.

Não compreendo muito bem o que ela significa.

***

Tudo começou com um texto postado na internet... Uma pequena oração gótica:

Anjo negro...

Peço que venha em meu auxílio...

Com o teu punhal...

Apenas um golpe certeiro em meu peito.

E que, por esta ferida...

Deixe verter todo o sangue.

Sugue a minha alma...

E, liberte-me dessa vida de maldições.


Extremamente cansada...

Pensamentos desconexos...

A minha única vontade era de sair correndo... Fugir para outro lugar em que pudesse trazer o alívio para a alma.

Mas esta era a questão: Para onde seguir? E a única saída para me livrar daquela angústia era senão adormecer... Dormir... E em meus sonhos encontrar as respostas.

Ao me levantar sem a menor noção da direção a ser guiada... Para a minha surpresa, os meus passos me levaram ao seu encontro. Então, fui direcionada até aonde ele se encontrava. A quem seria a última pessoa que deseja encontrar, mas nada poderia fazer... Dentre outras pessoas ele estava lá. E, por mais que achasse ruim... Havia desejado a sua presença.

Eu a pedi...

Eu a invoquei...

Por mais que o ignorasse, a sua psique sobre o meu corpo era mais forte do que a força de minha essência.

A maioria das pessoas que ali se encontravam se retiraram do local que era composto de uma pequena construção que constituía apenas de uma pequena cozinha,     banheiro e uma sala/quarto que acomodava além de uma mesa com duas cadeiras, um pequeno sofá e uma cama.

Os presentes agora se resumiam em apenas ele, um amigo e eu.

Aos poucos foi me levando em seu jogo erótico... Abaixando a minha roupa... Massageando o clitóris... Mas desejava muito mais daquilo. Por mais que demonstrasse o que queria, ele não realizava as minhas vontades.

O seu cacete teso ansiava ter fincado em minhas entranhas. E notando a minha ansiedade, apenas deslizava a cabeça sobre a buceta.

O seu amigo presenciava a cena apenas de soslaio e não esboçava nenhuma reação ou desejo em participar.

Ele continuava comigo sentada e de frente, fazia-me mais lubrificada e me molhava com suas primeiras gotas e se entregava ao seu ato.

- Estou ficando cada vez mais excitado! – Falou seu amigo se despindo e tocando uma punheta.
Por impulso tentei me levantar para que nós três pudéssemos desfrutar da luxúria que nos incendiava. E quem sabe realizar uma dupla penetração?

Porém, percebendo as minhas verdadeiras intenções, impediu-me de fazê-lo e, imediatamente o amigo foi deixado de lado. Na mesma posição permanecemos.

- Não vou compartilhá-la com ninguém! – Ele gritou. – Tenho certeza de que é isso o que deseja, mas não terá! – Ele completou.

E fazendo-me como sempre de sua submissa, coloquei-me no papel.

- Por que o amigo com a sua ferramenta em riste não partiu para cima de mim? Para ter a sua fatia do bolo... – Pensativa permaneci.

Não sei e não reconheço essa força que possui sobre os outros... E seus amigos têm o conhecimento de sua obsessão por mim... Um poder sombrio e maquiavélico.

Contorcia-me... Desejava a cada instante a penetração de seu cacete em meus orifícios.

Em meus olhos olhava-me fixamente entoando o seu mantra particular... A cabeça de seu pênis esfregando na abertura da buceta... No clitóris teso.

- Piranha... Safada... – Ele me xingava.

Os estalos de seus tapas em minha face o faziam entrar em transe...

A pele sentia queimar e aquilo o provocava ainda mais.

E como se adivinhasse que o meu gozo estaria para explodir, apertando o meu rosto... O seu cacete começou a latejar sobre a carne quente e vermelha.

E depois de passada a ebulição de seu gozo transcendental... Olhou-me como se pensasse:
- Puta não goza!

- Por que tal punição? – Questionava-me.

Não sabia à quanto tempo havia estado ali com o seu controle direcionado ao meu corpo... Desejando saber por que daquilo tudo.

O amigo continuava de rola dura... E, então foi para o banheiro.

Ao lado de fora, ouvíamos os seus gemidos... Até que com um grito, ele gozou desperdiçando todo o seu prazer que por nós dois pudesse ser compartilhado.

Talvez esteja sendo punida ou banida por algo que fiz e não me recordo do que seja.

Ou quem sabe ainda eu seja o objeto de seu prazer...

E ele seja apenas um obsessor de almas...

Da minha alma!




quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Requintes da obsessão - 3ª parte - Requintes que levam à morte




As poucas mulheres, ou melhor, as serviçais que se encontravam na parte comum da mansão, ou alguma que cuidavam do quarto, mal falavam comigo. Isso quando era necessário. Sempre havia algum lacaio presente para deixar tudo em controle.

Mas um dia, as sombras daquele pesadelo começaram a se acentuar novamente, iguais a fantasmas cruéis à minha volta.

***

Pouco antes do horário do almoço, um de seus lacaios vestido com uma túnica, bateu à porta de meu quarto e, ordenou-me que vestisse apenas uma fina camisola.

- Mas...

- Faça o que lhe mando! - Disse ele me interrompendo. - E seja o mais breve possível! - Complementou.

Ao fechar a porta, o meu corpo tremia, mal tinha o controle sobre mim... Lágrimas escorriam de meus olhos sem a menor menção de choro.

- O que estaria por acontecer? O que fariam comigo? - Pergunta-me em voz alta.

À duras penas consegui me trocar e, mal me vestindo, ele tornou a bater com mais força, dando sinal de irritação.

Com passos lentos abri a porta e o lacaio colocou um capuz negro em mim, agarrando-me pelo braço me puxando de qualquer maneira pelas escadas abaixo.

A minha mente veio à tona todo o cenário que vira no primeiro dia em que cheguei naquele lugar: Os corredores... As luzes vermelhas... Os lacaios... As estruturas metálicas medievais para a prática de tortura e os demais apetrechos.

Sem a menor cerimônia fui atirada por uma porta e devido ao ranger se fechara.

Ao chão demorou algum tempo para que eu pudesse retirar o capuz e ao tomar coragem para arrancá-lo, notei de que nada adiantara... Ao tateá-la notei que as paredes frias e a escuridão era completamente intensa. Não havia móveis... Nada havia... Era somente o vazio e eu.

As horas foram se passando... Com o tempo veio chegando a fome e a sede. O que aquele homem cruel poderia estar tramando? Nem sequer se deu ao trabalho de mandar um de seus lacaios forrar um papelão velho ao chão para que eu pudesse repousar o meu corpo enfraquecido.

O tempo se rastejava feito um animal faminto no deserto.

Doce ilusão a minha em acreditar que seria poupada de outras atrocidades por aquele homem pervertido.

Neste tempo em que estou aqui foram rara, às vezes, em que o vi... Mantinha-me presa... Eu era o seu troféu.

Quando alguém era autorizado a dar alguma informação, quase sempre uma ordem, como de costume era comum uma espécie de testemunha, melhor um
fiscal para inspecionar tudo o que estaria acontecendo.

A fome me corroía por dentro e a sede deixava a boca cada vez mais seca.

Não sei se suportaria outra sessão de tortura, embora não tivesse ocorrido mais. Porém, nunca é uma palavra que não existe e, em mais ou em poucos dias sabia que voltaria a acontecer novamente... Embora não fosse do meu agrado.

Não sei quanto tempo se passara...

Perdi completamente a noção trancafiada naquele lugar. E devido a minha fraqueza, passava a maior parte adormecida.

Até que senti a água batendo em meu rosto.

Ao me esforçar para levantar... Escorreguei e bati com o rosto de encontro ao chão... Notei a presença de dois pares de pés... E com cuidado me levantando outra vez, vi um lacaio com um balde na mão e o meu algoz com um sorriso cínico nos lábios. Não pensei duas vezes e lambia o chão na tentativa de amenizar um pouco a sede, porém, o caimento do piso não me ajudava muito. Se o lacaio ria de mim eu não sei, devido ao seu capuz, mas podia notar o brilho de seu olhar saboreando a crueldade.

Os meus olhos foram vendados e, puxada novamente pelo braço, fui direcionada a outro local... O meu corpo enfraquecido estremecia e ouvia as pisadas fortes daquele homem à minha frente.

Ao nos aproximarmos ouvi o ranger de uma porta velha se abrindo e ao retirar a venda uma luz forte ofuscou a minha visão.

- Preparada para o show? - Perguntou ele com perversidade.

Ao tentar olhar com as mãos nos olhos percebi que era uma arena, um pouco diferente da noite em que cheguei, com assentos para algumas pessoas se acomodarem e, elas estavam lá, usando não capuzes para esconderem as suas identidades, mas um tipo de máscaras... Muito estranhas.

- Meus admiradores... Esta pode ser uma noite especial. O ritual do sangue! Também merece uma atração especial... Aquela que deu início a tudo isso... Aquela que me deu o poder de viver... Ou melhor, de adquirir os meus poderes, desde o dia em que por motivos de força maior... Aquela que me fez conhecer a dor e eu transformei em algo prazeroso... Assistindo de camarote o sofrimento alheio e vocês verão como isso pode ser mais forte do que há em nossas almas. - Disse ele com os braços erguidos.

- Você... Vocês são loucos! - Gritei.

- Cala-se! Você aqui só tem o direito de fazer o que eu te ordeno! - Gritou ele puxando os meus cabelos.

A plateia observava atentamente, não esboçando qualquer reação como se adestrada para isso.

E eu... Simplesmente com a minha agonia corpórea... Onde a fome, a sede e o frio se faziam presentes, totalmente seminua a poucos segundos de não sei lá o que.

O mentor de tudo fez um sinal usando uma das mãos e entraram dois lacaios empurrando uma grande cruz.

Feito uma lança dilacerando o meu peito ofegante, veio à tona todas as lembranças daquela fatídica noite em que Ângelo fora torturado e assassinado, ninguém fizera nada para nos ajudar e, principalmente a ele.

A cruz foi fixada em um pedestal e dela desciam enormes correntes, as quais os dois homens me prenderam pelos braços e, puxando-as me ergueram...

Quanta blasfêmia... Pensava!

Além de meu enfraquecimento... Da dor da alma... Agora a dor se tornara física.

Quando me encontrava no alto, o regente daquele circo de horror, fixou pequenos grampos em meus pés e me dava pequenos choques.

Os gritos denunciando o meu sofrimento em nada atingia a frieza daquelas pessoas. O que ganhariam?

Ele percebendo que não suportava fez outro sinal para que me abaixassem. Por um momento, pensei ter atingido a sua piedade. Puro engano. Porém, não acabara.

E trouxeram um suporte para que me colocassem de quatro. Mas ao me colocarem, aquela era diferente, embora de quatro, dependendo de meus movimentos, as minhas pernas eram puxadas de tal maneira que as garras me apertavam. Para completar a sua maldade, ele acoplou um apetrecho em seu pênis, fazendo com que ganhasse mais espessura.

Antes com um só puxão de suas mãos, rasgou o fino tecido que cobria o meu corpo indefeso... Deixando o caminho livre.

A buceta ainda mais exposta era vasculhada por seus dedos sem o mínimo grau de sensibilidade... Lágrimas escorriam de meus olhos... Pois cheguei
a uma conclusão: Se gritasse, o tesão dele tomaria proporções maiores.

Não demorou para que sentisse o gélido instrumento perfurando o meu canal anal... Mordia os meus lábios já que as mãos estavam algemadas.

O povo presente assistia de camarote vip a minha sodomia... O que na verdade era aquilo tudo? Um culto negro? Adoração ao diabo? Uma forma de se fortalecer diante de seus inferiores? Uma maneira covarde e cruel de subjugar os seus subordinados?

Em nada compreendia... Diabo? Inferno? Se é que existe... O meu inferno estava configurado na vida que fui obrigada a ter. E quem na verdade eram aquelas pessoas? Tudo me deixava arredia.

A dor se fazia lancinante em meu corpo... Tudo indicava que ele desejava perfurar o meu intestino, causando-me uma hemorragia... E, assim assistindo do ângulo superior a minha frágil agonia até finalmente fazer a passagem para a morte.

Se era a morte quer eu desejava? Sim! A morte ansiava com todas as forças que me restavam.

Ele me deu uma falsa impressão de que nada aconteceria comigo, enchendo-me de gentilezas... Presentes... De cuidados em meu quarto... Os livros... Entre outras coisas, mesmo com a sua ausência... Como se o seu lado mais sombrio não pudesse mais me atingir. Pois tinha o conhecimento de outras mulheres na mansão, além das serviçais.

De alguma maneira elas eram tão mais vítimas dele, deveriam ser coagidas de alguma forma... Trabalhando como escravas. E não compreendia como suportavam tamanha perversidade daquele homem frio, calculista e sem coração.

Os meus pensamentos focava em outra direção... Imaginava os momentos felizes que tivera com Ângelo e tantos quantos mais poderíamos ter.

O fato de ter sido um rei em sua vida passada... De ter me amado, sendo eu uma senhora casada e morta pelo marido em nome de sua honra. Se for verdade, fui tão vítima quanto ele. Tudo acabara... Rompera-se! Por que ficar prolongando todo aquele sofrimento de ambas as partes? Já que ele sempre põe a todo momento o dedo na ferida.

Em meu íntimo ficava toda aquela perturbação, sentia-me fraca...

Ele notando que não demonstrava qualquer reação e, que as algemas em meus tornozelos pararam de me apertar... A fúria se apossou de sua alma...

Pois esperava que eu pudesse me agitar, espernear e gritar. Feito uma criança pirracenta... Que me fizesse em choque... Que me convulsionasse em prantos para alimentar o seu tesão por me ver coagida.

E num ataque de fúria... Ele próprio abriu as algemas e me jogando ao chão em total descontrole, colocou-se sobre o meu corpo pálido e enfraquecido, dando-me tapas, puxando com força os cabelos, quase quebrando o pescoço... Desaguando toda a sua insatisfação. Não pensava em modo algum reagir... Não queria... A minha alma não desejava mais a vida e sim a morte com aquela maneira de viver. Ninguém interferiu... Alguém sequer mencionou em fazer algo para me livrar de suas garras. Até que ele se levantou e pela sombra em cima de mim, observava-me.

Um de seus lacaios me colocou naquela estrutura como se fora uma guilhotina.

- É isso o que acontece com quem não me obedece... Coloque a venda nesta cadela! - Disse ele esbravejando.

Não ouvia sequer a respiração de alguém... Mesmo com o silêncio imperando. E ninguém possuía a ousadia suficiente para respondê-lo.

Alguns infinitos segundos se passaram...

Até que senti algo frio tocar o meu rosto.

- Vamos ver se consegue adivinhar... - Disse ele com sarcasmo.

Nada respondi.

- Uma mulher tão culta e inteligente não consegue prever o que pode vir acontecer instantes depois? - Perguntou ele passando o instrumento em meu braço.

Ainda calada senti além do pequeno traço de dor, o líquido a escorrer por minha pele. Só então, descobri que, ele tinha em mãos um afiado canivete.

- Quando estou me exibindo não sei qual será o próximo passo... Isso depende da reação da minha vítima. E para quê estragar o seu rosto tão cedo?
- Falou ele diabólico.

O meu tormento se tornou descomunal.

- Acabe logo com o que pretende! - Gritei.

- Não seja idiota! Foi você quem deu início a este ciclo de crueldade, Thiza! - Gritou ele.

Somente ouvia o som de suas pisadas se afastando e se aproximando de mim na frente e também outras atrás.

Ele me introduziu algo e, o que pude perceber, um objeto roliço com uma grossa espessura quase rasgando a minha boca e por trás objetos semelhantes simultaneamente por meus orifícios inferiores, ou seja, na buceta e no cu.

A dor se fazia tamanha e a todo momento aqueles instrumentos eram manipulados de forma doentia e animalesca.

Como poderia acabar com tudo aquilo? Como sairia de toda aquela sessão de tortura?

- Retirem a venda! – Ele ordenou.

A luz ofuscou a minha visão novamente.

Um de seus lacaios me libertou... E novamente fui colocada na cadeira medieval cheia de engrenagens... Braços... Pulsos... Pernas... Cabeça...

Tudo imobilizado... Literalmente imóvel!

Agora sem a venda, assistia ele a brincar com o canivete em meu corpo passeando com ele por minhas partes íntimas.

Toda aquela tensão...

Pressão psicológica...

Concentrei-me naquilo que desejava e, quando se aproximou de mim... Dando menção de que enfiaria a lâmina em meu sexo... No seu rosto cuspi, com resquício de saliva.

Por um momento, constatei que ele continuaria o movimento de sua mão, porém, desferiu um golpe em meu peito.

- Sua vadia! Veja o que me obrigou a fazer! - Disse ele.

- A morte... Somente a morte para me livrar de você... - Disse quase sussurrando.

Rapidamente me libertou da cadeira juntamente com os demais lacaios.

- Isso não deveria ter ocorrido. Mas você exerce uma força fora do comum em meu consciente... E o pior... Em meu subconsciente! - Esbravejou ele.

Sentia o meu corpo flutuando, mas estava sendo carregada para a enfermaria.

Mesmo inconsciente desejava a morte e eu havia provocado caminhos para tal. Sem saber o que de fato aconteceria. E reencontrar-me com Ângelo era o que mais queria.

As minhas preces foram ouvidas...

Algum anjo deve ter se apiedado de meu sofrimento... Ao longe avistei uma luz e Ângelo se encontrava nela... Eu erguia a mão em sua direção.

- Salve-me... Salve-me... - Pedia em súplica.

- Você não pode ir! – Ele gritava... O meu algoz, como se adivinhasse.

A sua voz era cada vez mais distante.

***

Não sei o que encontraria do outro lado da luz que me inebriava de êxtase... Sei que em alguma parte dela Ângelo me aguardava... E se ficasse, não poderia viver uma vida repleta de incertezas.

Eu desejei a morte... A morte dessa vida...

Para viver outra com Ângelo.

Então, sem reação alguma com as vozes ficando ainda mais longe... Abandonei todo o ritual diabólico daquele homem possuidor de uma alma negra.

Na verdade, não sei se realmente era Ângelo, ou se fora apenas uma ilusão.

Sem qualquer indagação eu segui a luz forte e brilhante para viver uma nova vida, depois do que eles chamam aqui de morte.

O mal jamais deve prevalecer...

E deixei para trás, o homem que poderia ser a minha alma gêmea.

Mas com a dor, fora totalmente endurecido por suas escolhas erradas...

Eu segui o caminho da luz...

E, se algum dia, tornaremos a nos encontrar...

Ângelo...

O meu algoz...

E eu.

Só o maior poder irá definir as linhas e entrelinhas do destino.




terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Requintes da obsessão - 2ª parte - Requintes de sadomasoquismo



Parece que fora ontem que tudo acontecera...

A intromissão de meu obsessor em nossas vidas, na de Ângelo e na minha, fizera com que tudo se tornasse frio e sombrio.

Não tenho o meu amor comigo...

A sua vida fora arrancada de maneira muito cruel. E o pior é que assistira à tudo como parte de uma punição por algo que não sei se cometera.

Com o tempo retornei ao trabalho e, ao saber se ainda estava empregada, comportaram-se como se o tempo que fiquei afastada não existira.

Quem finalmente é o homem que assassinou Ângelo?

Quem é ele?

Qual é o seu nome?

Já que não me revelara, estas eram as perguntas pertinentes em minha mente.

***

Quase seis meses se passaram desde aquele episódio.

Nenhum registro de ocorrência... Nenhum noticiário na televisão, jornal ou internet.

Não fui procurada desde então...

Certa noite, enquanto me arrumava para deitar, a campainha soou estridente.

Achei estranho pelo horário e, mesmo com o corpo tremendo, fui atender.

O motorista que havia me deixado em casa no dia da alta hospitalar, entregou-me um bilhete, no qual dizia:



Thiza
O motorista a trará ao meu encontro.
Não amanhã...
Não depois...
E, sim imediatamente.
Tenho planos para você.

seu Obsessor

Ao terminar de ler, o meu corpo foi tomado por uma espécie de choque. E ele havia assinado como havia lhe chamado.

- Não posso ir! - Falei ao homem que me aguardava.

- Se eu estivesse em seu lugar, não teria esta atitude! - Falou o motorista seriamente.

- Esse seu patrão é louco! Como pode trabalhar para ele? - Disse frisando que não concordava com aquilo.

-Tranque a porta e venha comigo! - Disse ele. - E não se incomode com seus trajes! – Ele completou.

Não tive escolha.

Na ocasião trajava apenas um baby doll com um roupão por cima. Que diferença faria? Para mim, nenhuma... Pois fazia ideia ao que seria submetida.

O carro era preto e com vidros escuros. Combinava perfeitamente com a personalidade de seu dono.

Ao entrar, deparei-me com a figura daquele homem no assento de trás.

- Ótimo serviço! - Disse ele, dirigindo-se ao motorista.

- Obrigado senhor! Mas este é o meu trabalho. - Agradeceu o motorista.

- Mudei de ideia. Siga para a mansão... Será bem melhor. Não posso chamar a atenção! - Ordenou ele.

Nada dizia... Apenas ouvia atentamente o que conversavam. E ao olhar, de lado para ele, ninguém o observando, bem aparentado, de pele clara e olhos verdes... Um empresário respeitado, ninguém desconfiaria do que ele fazia em seu mundo obscuro. E a cada lembrança do que havia me causado, fazia a minha alma se contorcer de dor.

- Por que está tão calada Thiza? - Quis saber ele.

- Estou relembrando o que fizera a Ângelo. E isso, faz com que o odeie mais e mais! - Respondi com fúria.

- E quem disse que desejo o seu amor? O amor é para os fracos. E necessito do seu ódio para alimentar a minha alma! - Explicou ele.

- Como pode ser tão frio e calculista? - Perguntei.

- Vocês humanos comuns são uns tolos em acreditar nesta ladainha de amor. Por que acha que desde sempre é a minha escolhida? Desde que a conheço nunca mudou com este ar de romantismo! - Explodiu ele.

***

Os meus dias que se sucederam, amanhecera e acordara pensando em Ângelo... Como poderia lutar... Bater de frente com o nosso algoz? Quem acreditaria em mim?

***

O meu choro inconsciente... Lágrimas em meus olhos... Não pronunciei mais uma palavra, até chegar ao lugar por ele escolhido.

Havia poucos pontos de luzes na propriedade em locais estratégicos. A casa olhando por fora, já se mostrava muito grande, porém, ao entrarmos com ele agarrado e puxando-me pelo braço, era imensa e imponente com uma decoração bastante suntuosa com vários quadros e esculturas. No entanto, tão dark. Certamente mostrava o bastante daquele homem.

- Seja bem vinda! E desde então, sinta-se privilegiada por se encontrar em minha humilde casa. Já que é a única a desfilar por aqui! - Disse ele cinicamente.

- Fique sabendo que não quero estar aqui! Leve-me de volta! - Gritei.

- Vejo que está plenamente recuperada! - Falou ele com segurança.

- Você não passa de um maníaco obsessor! - Esbravejei.

- O que farei primeiro com você? - Quis saber ele provocando um silêncio infinito ao me olhar fixamente.

- Leve-me de volta! - Implorei.

- Já sei! - Respondeu ele pegando uma tesoura de tamanho médio.

- O que fará? - Quis saber.

Nada respondeu.

E vindo em minha direção, começou a cortar a roupa que me vestia.

- Esta cor destoa completamente da decoração... Não acha? – Ele comentou usando de cinismo.

Às vezes, a ponta gelada da tesoura resvalava em meu corpo.

Ao terminar tocou uma espécie de sineta e, apareceu um de seus lacaios com correntes e algemas.

Este prendeu os meus pés e também meus punhos, como se eu fora a sua prisioneira... De certa forma, sim!

Ao olhar ao meu redor, havia uma escada que levava aos andares de cima. Mas ele me dirigiu a uma porta que ao abrir, denunciou a escada que nos
levaria ao sótão.

Ao descermos, ele colocou um óculos especial que o fazia enxergar. Já para mim a escuridão era total. Não conhecendo o ambiente, era guiada pelo barulho das correntes no chão.

O lugar estava todo preparado.

Ao ascender as luzes que eram vermelhas para não afetar tanto os olhos, mas também para dar uma ambiência especial aos rituais que ali eram realizados.

Em cena... Somente nós dois...

- O seu silêncio é música para os meus ouvidos! - Disse ele.

Ele apertou uma espécie de sinal e alguém surgiu descendo a escada. Era mais um de seus lacaios que, trazia em mãos um molho de chaves. Este me libertou das algemas em meus punhos e pés, tirando-me das correntes. E logo em seguida, ascendeu algumas velas que se encontravam nos castiçais.

- Por hora isto não se fará necessário! - Disse ele falando sobre a mordaça.

- Por que disso tudo? Por que escolhera logo a mim? - Quis saber.

- Não deveria, mas te responderei... Deve ter estranhado o fato de lhe chamar de Thiza. Pois é... Eu sou a reencarnação de um rei muito antigo do
Egito. E você é uma pebléia, cujo umas centenas de anos, este nosso amor não pode ser consumado. Pois, por ser uma senhora casada e por seu marido na época ter descoberto a sua traição, ele a matou para que eu nunca mais a tocasse. Era a lei em nosso pequeno mundo. A minha dor foi quase que insuportável quando descobri que nunca mais a sentiria em meus braços, jurando que em todas as nossas vidas futuras eu a encontraria! -
Explicou-me.

-Não acredito em uma só palavra. Estás blefando! Ninguém tem esse poder de saber onde anda a alma reencarnada de outra pessoa. - Foi a minha vez de lhe explicar.

- É aí que se engana... Quando tive o conhecimento do que havia lhe acontecido, fiz um pacto com as forças ocultas. E por ser mortal... Em todas as nossas vidas nos encontraríamos. E dessa vez, até que não foi difícil encontrá-la. - Disse ele como se ensaiasse um sorriso.

- Isto é apenas uma desculpa para camuflar a sua doença... Para deixar agir o seu lado obscuro e psicopata! - Complementei.

- Thiza... Você sempre foi e será minha. Até que o meu mestre diga que não. Pois estou aqui para servi-lo. E você querendo ou não fará parte disso. E és o preço que tenho que pagar. Se não fosse por você, eu também não existiria. - Disse ele completamente alterado. - Você não compreende? - Continuou ele.

- Isso é desculpa! Você deve monitorar, não sei como, como escolher a próxima vítima em potencial. E pelo o que já pude compreender de seu esquema, só me tornei mais uma por ser sozinha... Por meus pais e meus dois irmãos serem vitimados naquele acidente fatal. E por ter decidido recomeçar a minha vida aqui nesta cidade. Aonde foi o meu grande erro. Pois me encontrou... - Falei em prantos.

- Deixa de ser tola! Se não viesse ao meu encontro, mesmo que inconsciente, eu iria buscá-la! Ou acha que o acidente fatal com a sua família foi mera obra do acaso? Os meus homens deram uma mãozinha ao destino! - Falou ele bem alto rindo ironicamente.

- Não acredito! Se for verdade... Você é mais louco do que imaginava... Seu obsessor maníaco... Como pode tramar tudo isso? Quem é você? - Disse
tentando descobrir o porquê daquilo tudo, batendo continuamente em seu peito. - Meus pais... Meus irmãos... Ângelo... - Soluçava em prantos.

- Eu sei que não és burra! Mas estás sendo tola! Quando desejo algo, eu vou até o fim. E para nós dois nunca haverá um. E, na verdade, apenas quebras de ciclo... Com a morte, mas sempre reencarnaremos um destinado a pertencer ao outro. De uma maneira, ou de outra sempre nos encontraremos! - Disse ele alterando ainda mais a voz.

- Deixe-me ir! Por que minha família? E Ângelo? Está tudo tão confuso... - Pedi clemência.

Os últimos meses, tudo estava muito embaralhado em minha mente...

Aquele homem me perturbava com o seu modo de agir.

Eu era apenas uma mulher comum buscando viver a vida de um modo simples... Deveria estar naquele carro no dia do acidente com a minha família...
Aconteceria uma festa em outra cidade, porém, um trabalho de última hora da faculdade me impediria de ir... Mas por que justo naquele dia? Quando decidi trancar a faculdade e fugir das recordações que alimentavam mais a minha desesperança com a vida. Foi quando, ao chegar neste novo recomeço, por obra do destino, conhecera Ângelo que, ao saber que era nova por aqui, ele se mostrou prestativo e, o nosso envolvimento foi se dando de maneira natural. E durou até o momento, como vocês já sabem... Quando o obsessor entrou em minha vida. E naquela noite, sobre o teto da mansão, tentava encontrar alguma forma de escapar... De denunciá-lo, mas quem acreditaria?

- Chega de tolices! - Gritou ele fazendo um sinal para que o lacaio nos deixasse sozinhos, cortando o silêncio.

- Por que continuar com isso? Liberte-me! - Pedi.

- Quem dar as ordens aqui sou eu! Cale a boca vadia! Você não conhece a dor... Não sabe o que senti quando em nossa primeira vida, soube o que seu marido a havia feito. Esta mesma dor foi provocada por você... E, então, terá que pagar. Pois se não tivesse nos conhecido... Nada disso teria acontecido... E todas, às vezes, será do meu jeito. De um modo ou de outro pagará com a dor! - Gritou ele mais uma vez.

- Sinto muito! Mas não fui eu... Deixe-me ir! - Implorava.

As minhas palavras de nada adiantavam.

Observava que no amplo salão havia vários objetos cobertos por panos negros. E, ele ao se aproximar de um... Puxando-o em seguida.

Foi revelado um instrumento de tortura... Para falar, não sei o seu nome, mas cujo era usado para decapitar inimigos. Constava de uma madeira plana na vertical com orifícios para prender os punhos e a cabeça do indivíduo. Mas faltava apenas a lâmina para compor uma guilhotina.

Como já estava completamente nua, ele fez com que tomasse parte daquele circo. Se desejasse que eu morresse, teria me entregue à morte em sua
primeira sessão de tortura e sadomasoquismo, quando a minha vida estava por um fio e, socorreu-me.

Acredito que seus planos iriam muito além do que isso.

Ao me prender, tomou posse de um chicote e, assim começou a desferir golpes de encontro ao meu corpo, atingindo coxas, pernas, costas e bunda. A cada novo golpe, não sucessivamente, porém, ritmado para que cada um pudesse ser sentido, um a um em meu espasmo de dor, ecoado ao som dos meus gritos. E podia além de tudo, sentir o sangue fazendo trilhas em minha pele branca.

- O que ele ganharia fazendo isso? - Perguntava em meu íntimo.

E por mais que buscasse respostas, não encontraria. Somente uma pessoa fora de suas faculdades mentais, acreditaria numa explicação sem pé e nem cabeça.

Quando imaginava que terminaria... Ele continuava com a sua tortura... Sentia prazer em me dominar. Entretanto, isso era algo imposto à mim, não o que procurava. Já que decidira viver os restos de meus dias para Ângelo e quem sabe teríamos filhos? Só que a minha decisão, até esta fora tirada de minhas mãos. E, agora, estava sendo escravizada por um homem que se julgava superior acima de tudo e de todos.

E, por um momento, sentindo-se satisfeito, libertou-me da "guilhotina" e, apresentou-me a outro instrumento. Porém, que este já conhecia e fizera até então parte de meus mais terríveis pesadelos: A cadeira de tortura.

De violência usando, prendeu-me mais uma vez nela e, ficou em uma poltrona em frente sentado a me observar por vários longos minutos, torturando-me psicologicamente, como se me fizesse adivinhar qual seria o seu próximo passo.

Encontrava-me cansada... A sede se fazia implacável.

Mais uma vez me libertou das algemas e, fez-me com que me ajoelha-se a seus pés... A me rastejar no chão frio... O cheiro de meu próprio sangue exalava em minhas narinas... Porém, isso o fortalecia... O tornava imponente, feito um deus.

Agora, segurando-me pelos cabelos, jogou-me ao chão.

O seu prazer era me ver humilhada!

Mas a sua perversão não cessava por aí...

- Deite-se ao chão! E por motivo algum não tem a permissão para se mexer! - Ordenou ele.

Eu me tremia dos pés à cabeça... Os cabelos longos e loiros desgrenhado ao chão.

Ele se afastou e pegou uma das velas... E, de pé, começou a jogar a cera quente sobre mim. Cada pingo que tocava a pele ardia... O meu grito era abafado pelas mordidas em meus lábios e, estes iniciavam-se desde as minhas pernas e iam subindo de encontro ao meu sexo e seios.

- Boa menina! Está aprendendo! – Ele comemorou com cinismo.

Uma maneira de sobreviver, esta seria a primeira parte, fingir concordar com aquilo tudo.

Ele se ajoelhou sobre o meu pescoço e na direção de meu rosto, livrou o cacete de sua roupa e o colocou em minha boca, obrigando-me a chupá-lo.

- Sua vadia! - Gritou ele desferindo um soco em meu rosto.

A sua reação me deixou tonta... Mas mesmo assim, não me deu nenhuma chance de não fazê-lo.

Então, apossava-se de minha boca... Deslizava o membro teso em meus lábios, como se fora a buceta quente e macia.

- Isso! Engole todo o meu cacete... - Dizia ele abrindo os braços e arremetendo de encontro ao sexo improvisado.

Engasgava-me com o seu cacete... Com a baba que ele produzia. Também ele deixava o seu peso cair de encontro ao meu pescoço que, por vezes me asfixiava. E quando percebia que estava quase desfalecendo, ele me livrava por alguns instantes. Dessa forma agiu até que finalmente gozasse, forçando-me a beber todo o seu leite.

- Não pense que eu terminei... Vire-se sua cadela! - Ordenou-me mais uma vez.

Não suportava aquela situação... Até quanto mais aguentaria?

Mas para a minha indesejável surpresa, ele me mostrou uma espécie de plataforma quase idêntica ao que usara, quando usou de sua sodomia comigo em plena rua, para que todos ali tomassem conhecimento de que eu à ele pertencia. Mas esta era mais rebuscada, possuindo correntes e algemas que me prendiam a ela e, ao mesmo tempo, deixava-me totalmente de quatro. E de onde ele poderia apreciar de vários ângulos os buracos que desejasse penetrar e que, de alguma forma apertavam de maneira descomunal os meus seios.

A minha posição depreciada, instigava-lhe o meu tesão... Trazia ao seu rosto a expressão de um ego inchado feito o peito de uma ave.

Com vários apetrechos ele introduzia em minha buceta e no meu cu... Usava de grampos para prendê-los em meus lábios vaginais e beliscá-los produzindo a dor em meu corpo e, aplaudir as lágrimas de meu rosto escorrendo.

Antes de cada movimento, ele primeiro me mostrava qual instrumento ali usaria para antecipar o meu sofrimento.

O desespero tomou conta de minha alma, quando ele me mostrou um enorme consolo em formato de um pênis, sendo este muito grande e grosso...

Frisando que o colocaria em meu reto.

Primeiro ele ficou brincando com aquilo em minha boca e mal conseguia engolir... Quem dirá com o rabo?

Como a um predador que vigia a sua presa para ela não fugir, foi o que fizera comigo me rodeando, tomando conta para que não fugisse. E não teria como, já que estava algemada e também com vários lacaios ao lado de fora guardando o lugar.

Um de seus maiores prazeres era este, de ver o desespero estampado em meu rosto.

Ao abrir os olhos, percebi a presença de outro alguém. Pelo uniforme era mais um de seus serviçais. E, ele acoplou o objeto no qual estava presa a correntes que desciam do teto e, içou-me... Colocando-me em tipo de cama, formada apenas pela estrutura metálica.

Como uma mente tão perversa, poderia usar de talento para criar mecanismos para esse tipo de comportamento?

- Está com medo? - Quis saber ele. - E antes que me respondas, tenho um aviso: Está apenas começando a nossa diversão. – Ele complementou.

O outro homem fez sinal como se perguntasse pela mordaça.

- Não! Não será necessário! Quero ouvir todos os gritos dessa cadela... Até aonde pode suportar. Já que da primeira vez... Não preciso recordar, já que estavas lá. – Ele completou.

- Seu louco pervertido! Não passa de uma fracassada fraude! - Gritei em desespero.

- Cale-se cachorra... Vadia! - Disse ele desferindo outra tapa em meu rosto.

- Seu nojento! - Falei cuspindo-o.

- Façamos melhor! - Disse ele se limpando. - Coloque-a em outra posição. - Continuou.

Não foi necessário me soltar totalmente... O meu corpo foi içado pelos punhos e tornozelos... Ficando suspensa no ar, como se estivera sentada, depois me colocando novamente sobre a pequena plataforma. Prenderam-me novamente pelo pescoço com duas garras... Desesperada e a mercê daquele louco... Ele não soltava por nada o objeto roliço que pegara minutos antes. Os meus seios estavam tomados pelos hematomas.

Sem qualquer cuidado ele, foi introduzindo de uma só vez o grosso objeto em meu ânus... A dor me rasgava... Gritava com mais vontade e, será que ninguém me ouviria?

A sua sodomia dilacerava o meu orgulho de ser mulher... Por que estava acontecendo tudo aquilo comigo?

Quando o longo cacete de mentira entrara todo em meu reto, ele o retirou e o penetrou novamente para se certificar realmente da dor que me proporcionava e fazia esse movimento repetidamente. Algumas cortinas que emolduravam as paredes, estas se abriram e através de pequenas janelas espelhadas, podia notar que haviam várias pessoas entre homens e mulheres presenciando o que ele fazia comigo. Aí foi o momento de me certificar de que ele não era apenas um louco e que, haviam vários deles camuflados em uma sociedade hipócrita, na qual somos obrigados a conviver. O que todos ganhariam com aquilo? Ereções? Realizações de fantasias bizarras? Quem sabe uma sociedade secreta?

Satisfeito com mais um de seu ato, o seu lacaio me abaixou mais um pouco. Os meus braços doíam e, possuía câimbras nas pernas. E ele não sentia nenhum pingo de compaixão por mim... Pelo contrário, desejava o seu anseio incontido por causar a dor no outro.

Então, ele mesmo me colocou na posição anterior, de quatro... E mais uma vez introduziu o grande consolo em meu rabo... Outro dispositivo na buceta, fazendo assim uma dupla penetração artificial. Mas ele queria muito mais, retirando o de meu cu e introduzindo o seu cacete.

Um sinal com a cabeça fazendo para o lacaio segurou o que estava na buceta, para lhe dar maior firmeza em seus movimentos.

Os meus cabelos puxava e dava-me tapas com mais força espalhados por meu corpo. E, como se fora um maestro, com outro sinal com ambas as mãos, o lacaio pegou outra vela e começou a me queimar com os pingos, enquanto ele arremetia com mais exatidão.

Por alguns instantes cessava...

- Aperta o meu cacete com o rabo! - Ordenava ele.

Eu era obrigada a fazer. E quando não o obedecia, ao invés dos pingos em minha pele clara, era a chama da vela que atingia-me.

Não havia nada naquele momento que pudesse ser feito para ele parar!

Além das tapas, socos, puxões de cabelos e xingamentos, agora eram as queimaduras em meu corpo

E se assim desejasse sair viva, teria que encontrar uma maneira de escapar.

Como disse antes, a dor era externa e optei por amenizá-la obedecendo ao meu carrasco que fazia daquilo o seu espetáculo.

Ele permaneceu por um longo tempo usufruindo de sua sodomia comigo, até que finalmente gozou em meu cu.

O seu gozo era apenas um complemento... O ápice de seu ato era a tortura, o prazer em ouvir os meus gritos e de assistir o resultado da dor emanar por meus olhos.

Quando finalmente pensei que me deixaria em paz naquela noite de terror, enfim quando satisfeito. Entre os homens que assistiam como voyeur na plateia, ocorreu um sorteio, onde apenas um deles seria contemplado, pra que pudesse desfrutar ao menos de uma parcela do que ele vivenciara comigo. E, o meu obsessor fazia questão de assistir para que nada saísse do seu controle. Mais outra sessão de sexo á mim presenteada... Ele vivenciava aquilo, como se seria o meu marido de nossas primeiras vidas de quando nos conhecemos... Uma loucura ao extremo de uma alma perversa
e manipulada.

Enfim, quando todos deixaram o recinto em que me encontrava, duas mulheres entraram. Embora quase desacordada, pelas horas que se passaram, sem me alimentar e nem sequer ingerir um gole de água. Elas me conduziram para um local como se fora uma sala de enfermaria improvisada e lá cuidaram de mim.

A promessa de meu obsessor, de que não seria mantida em cativeiro, foi um blefe. E a partir daquela data, eu me tornaria a sua prisioneira de fato. E nem para passear ao lado de fora da mansão havia permissão.

Aos poucos, consegui algumas informações com aquelas mulheres que me ajudaram em outra noite. E, infelizmente, descobri que não era a única e existiam mais mulheres vivendo igual situação. Porém, descobri que de algum modo eu era tratada de maneira diferenciada das demais. Já que eu tinha um quarto só para mim com aparelho de televisão e som. E sempre tinha acesso as novidades que teria se tivesse vivendo livre.

O meu obsessor de alguma maneira ou de outra me conhecia e, sempre encontrava em meu ambiente particular as raridades de leitura, últimos lançamentos de discos e filmes, até aqueles que ainda não havia chegado ao comércio.

Desse lado dele aproveitando, ficava andando pela mansão, tentando angariar informações para quem sabe um dia escapar daquele lugar.

E por onde viveriam as outras prisioneiras iguais a mim? Por que não tinha contato com elas? Por que só eu desfrutava do acesso às dependências comuns da mansão?

As minhas sessões de tortura, sadomasoquismo com exibicionismo, aquela havia sido a última até o momento. Ele usando de seu poder para me colocar submissa diante de suas ordens.

Eu vivo aqui, sem saber qual, quando e aonde será a próxima... Pois creio que todas nós, não sei dizer quantas (não tenho acesso a elas) sempre somos surpreendidas por nosso obsessor.

Eu me pergunto:

Até quando?

Por quê?

Por que minha família?

E Ângelo?

O que viveríamos se aquele maldito homem não tivesse cruzado por nossos caminhos?

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Requintes da Obsessão - 1ª parte - Requintes de crueldade




Os meus fantasmas estão todos presos aqui dentro de mim.

Recordações do passado...

Pesadelos que me atormentam com o ingênuo sonho de encontrar alguém para mergulhar em meu mundo, desfazendo a nuance cinzenta de dias nublados.

Quando finalmente encontrei Ângelo...

Como o seu nome já diz, ele é um anjo.

O que encontrava nele, foi tudo o que sempre sonhei em realizar com um homem.

A sua beleza estonteante... Pele morena... Olhos castanhos, cabelos castanhos e encaracolados que, davam-lhe um charme todo especial. E não
deixando em citar o seu caráter excepcional.

Uma vida de casal apaixonados vivenciávamos...

Até em que um triste dia... Sem aviso... Sem algum sinal sequer... Ele surgiu!

O seu olhar era tenebroso em nossa direção... No meio da minha própria sala.

E quando penso ter me libertado de meus sombrios tormentos... Envolto em uma nuvem negra, aconteceu o pior de todos eles: A obsessão de um ser possuidor de uma alma completamente sem menção de cor.

O ódio sentia como faíscas nos atingirmos. E não estava sozinho. Os seus lacaios vieram para ajuda-lo.

- Não tocarei em um fio de cabelo dele... Isto é, se você vier comigo Thiza! - Disse ele me olhando fixamente.

- Você não pode obrigá-la a fazer nada! - Respondeu Ângelo.

Neste momento, o homem que não se apresentara, fez sinal com uma das mãos e seus lacaios seguraram Ângelo por ambos os braços e, outro começou a desferir socos em seu tórax e em seu rosto.

- Parem, por favor! Não podem fazer isso! Simplesmente invadir a minha casa e muito menos espancar Ângelo! - Implorei.

- Thiza! Ainda não viu nada!- Complementou o estranho.

- E por que me chama de Thiza? Este não é o meu nome! - Quis saber.

- Desde o início você é Thiza... Mas como que para me impedir de encontrá-la, alguém modifica o seu nome...

- Você não passa de um louco! - Gritei batendo no peito dele.

- Mas no meio da brincadeira, sempre acabo encontrando-a! - Disse-me segurando os meus punhos sem sinal de força.

Os seus homens amarraram Ângelo desacordado em um tronco pelos pés e punhos e o carregaram.

Quanto a mim, tive o pulso algemado por meu algoz.

Ângelo era apresentado na rua como se fora um troféu para que todos pudessem apreciá-lo.

Ao chegarmos a um terreno baldio, próximo de onde morava, colocaram o meu Ângelo em uma espécie de cruz e todos rodeavam o seu corpo. Alguns tinham em mãos tochas acesas e outras uma espécie de esferas com correntes e pregos. E dessa forma o torturavam em minha presença.

Esta triste cena, assistia ao lado de meu obsessor que, fez questão que presenciasse seu ritual macabro.

- Isto é parte do seu castigo... Para aprender que não se pode afastar de mim! –Ele avisou.

Nada adiantava...

Implorava... Suplicava... Para que a vida de Ângelo fosse poupada e que o deixasse ir embora.

- De nada adiantará as suas lágrimas. Não é e pelo como conheço-a, não será a última vez que me fará acabar com a vida de alguém.

- O quê? - Perguntei o interrompendo.

- Não me interrompa quando estiver falando!- Disse ele batendo em meu rosto.

O que me fez cair ao chão.

- Levantem-na! Quero que não perca nenhum detalhe! - Exclamou ele.

Os seus homens me levantaram, já que estava amarrada pelos punhos.

Como poderia ter colocado Ângelo em tal situação? O que fizemos para merecermos tal destino? Só por que nos amávamos?

Não sei por quanto tempo se deu aquela tortura... Cada segundo mais parecia uma eternidade. Aos poucos via não somente o corpo como também a alma
de Ângelo ser dilacerada e, obrigado a pagar por algo que não cometera.

O meu rosto estava molhado por minhas lágrimas e pelo meu suor.

O sangue escorria por seu corpo... Pelo abdômen nu de Ângelo.

Por quê?

Perguntava-me sobre tudo!

No rosto de meu obsessor a satisfação era saboreada com requinte de crueldade, até que com outro sinal, os seus homens começaram a atear fogo em Ângelo.

- Não ficará nenhum vestígio... O seu amor por este homem será apenas mais uma lembrança em sua alma... Daqui a alguns anos... Em outras vidas, não passará de uma simples impressão. Nada mais do que isto! - Disse-me.

- Maldito! Tenho nojo de você! - Disse cuspindo em seu rosto.

- Não adianta! Avisei que seu castigo estaria apenas começando! - Repetiu ele.

Um arrepio percorreu em minha alma...

Quando finalmente o fogo se extinguiu!


***

Ele juntamente com os seus lacaios, fizeram me desfilar pelas ruas do bairro.

Quem era na verdade este homem no qual todos o respeitavam e, sujeitavam-se as suas vontades? Como aparecera ali?

As pessoas me olhavam...

Elas podiam enxergar e sentir o meu desespero...

E por que não fizeram nada por mim e principalmente por Ângelo?

Em um dado momento, aonde havia mais aglomeração de pessoas, o Obsessor... Ele próprio rasgou as minhas roupas e, colocando-me sobre uma espécie de altar, embora pequeno, de quatro... Ali mesmo, com todos me assistindo... Usou de sua sodomia.

- Quero que todos vejam e que saibam e, para que principalmente você aprenda que és minha! - Dizia ele bem alto.

- Nunca! - Gritava.

- Não a manterei em um cativeiro. Mas tu serás a minha prisioneira! - Esbravejou.

- Nunca! - Continuava a gritar.

- Nenhum homem se aproximará de você sem a minha permissão. E se assim o fizer, eu saberei... E terá o mesmo destino do seu amor Ângelo. - Explicou.

Lágrimas incontidas saiam de meus olhos por tamanha humilhação.

O meu corpo se contorcia pela dor.

As suas estocadas eram firmes... Precisas... E abruptas... Até que senti o seu sexo teso inundar o meu cu com seu líquido denso e quente.

E libertando-me ao menos de sua tora, o meu corpo caiu... Já sem forças.

Um aviso aos engraçadinhos de plantão: Thiza é minha e sempre será! - Gritou ele abrindo os braços, vangloriando-se.

Um de seus lacaios jogou um manto negro sobre mim e, pegou em seus braços.

Não sei como, ele deixara um de seus homens me carregarem.

Não fui levada para casa...

Deixaram-me em um quarto completamente negro... E, então, soltaram os meus punhos.

A minha primeira atitude foi tomar um banho para que pudesse me livrar dos fluídos daquele homem que mal conhecia.

- E onde estava? - Perguntava-me. - Se me disse que não me manteria em cativeiro... Será que já fizera outras vítimas? O meu cárcere seria psicológico.

Não havia roupas no lugar... Cheguei a esta constatação.

Cansada e pensativa a respeito do que fizeram à Ângelo, era tudo tão vívido em minha mente... Mas ao mesmo tempo surreal. Pensara que fora um sonho. E era tão real. Pois sabia que estava plenamente acordada. E se dormisse um pouco... Será que se apagaria e tudo voltaria ao seu normal quando acordasse?

- Trouxe isso aqui para você! Sei que precisará, mas não agora! - Disse o Obsessor estendendo algumas peças de roupa em minha direção.
Ao pegá-las fiz menção de ir ao banheiro...

- Não dei ordens para se retirar! - Gritou ele.

- Preciso ir embora! Não quero ficar aqui! Você acabou com o que mais eu tinha de precioso nesta vida! - Falei aos gritos.

Com paciência e sem se abalar, ele me ouvia atentamente sem pestanejar. O seu olhar de desdenho afetava ainda mais a minha ira.

Como uma criatura poderia agir tão friamente? Será que em suas veias não corria sangue humano?

Olhei atentamente ao meu redor, nada de portas e nem janelas trancafiadas. Mesmo se tentasse fazer algo, os seus comparsas me impediriam de sair.

E se desejasse me salvar, teria que acatar as suas ordens.

O quarto era amplo, com uma decoração um tanto peculiar e duvidosa.

Havia alguns instrumentos que me causavam arrepios só em olhá-los. E o mais tenebroso dele era uma cadeira em estilo medieval com apoios e presilhas para os pés, punhos e outras feitas para prenderem braços, pescoço e cabeça. Como uma mente tão perversa seria capaz de criar tal monstruosidade?

O medo era nítido em meu corpo... O que me fazia tremer dos pés à cabeça. E à medida que ele se aproximava, o meu choque crescia.

Ele não se abalou com nenhuma reação minha e, jogou-me sobre a cama.

Ao cair de costas, girei...

O que fez com que me puxasse com força não possuindo nenhum resquício de piedade...

Ele se apossou de um grande consolo, comigo de bruços, abriu as minhas pernas e começou a introduzir na buceta... O meu corpo se convulsionava. E por mais que tentasse me controlara era impossível, diante da força que meu obsessor exercia, não somente na carne como também em minha alma.

A minha posição o ajudava com a intenção que assim desejava... Não pensando duas vezes, tornei a fechar as pernas. E, por meu ato impensado, ele puxando-me pelos cabelos, fez-me sentar na cadeira que me causava náuseas.

- Sua vadia! Se não for por bem... Será por mal... E o mal é o cálice que adoro beber! - Explodiu ele em fúria.

Naquele exato momento, não poderia dizer mais nada, já que fora amordaçada e aprisionada.

As engrenagens giravam o meu corpo, faziam-me ficar de ponta cabeça... O que me deixava tonta.

Em um momento, ainda de cabeça para baixo, ele me obrigou a fazer-lhe sexo oral.

As correntes se resvalavam de encontro ao meu rosto e, às vezes, fechava a boca. Porém, ele afastava e ambas batiam com força em minha face.

Ele me obrigava a sugá-lo de todas as maneiras e, quando o chupava, apertava com as mãos o meu pescoço o que me fazia asfixiar.

A cabeça sentia pesar pela posição e, quando ele girou uma alavanca com força, a minha cabeça rodava... Com ânsia de vômito tentei me controlar.

E com outro golpe na alavanca, ele abaixou o meu corpo para que os meus seios ficassem na altura de seu cacete. Então, os juntou apertando-os utilizando de força e, introduziu o cacete teso entre os dois, realizando assim uma espanhola... A ponta do membro ia de encontro aos meus lábios
e, forçava-me a outra vez engoli-lo.

Numa prática alucinante continuava a sua tortura... Até que em outro movimento giratório da cadeira, posicionou-me de quatro, em sua engenhosidade perversa.

Apossando-se de um consolo mais longo e grosso... Ele começou a introduzi-lo na buceta... Lágrimas emanavam de meus olhos com tapas e xingamentos ele continuava com o seu ritual satânico.

Por que fazia aquilo comigo? O que fizera para merecer tal castigo? E Ângelo?

Naquela altura a minha pele clara já estava manchada de vermelho e com vários hematomas.

Quem era aquele homem que não o conhecia e que, achava-se no direito em me possuir... Quem ele pensava que eu seria?

Não imaginava que depois daquele fatídico dia a minha vida mudaria completamente.

A sua sessão de tortura continuava a executar.

O grande consolo que antes alojado na buceta ele deslizava vagarosamente no entremeio dela e de meu cu... O meu corpo estremecia só de imaginar... Ele introduzindo em mim por trás.

Não deu outra...

Sem pressa... Com um olhar fixo naquele objeto, limpou com uma flanela o apetrecho e, totalmente seco foi enfiando com força em meu rabo.
Os meus gritos alimentavam ainda mais a sua perversão e, fazia questão em admirar o sofrimento na expressão de meu rosto.

Quando o falso cacete penetrava em meu reto, com a mesma rapidez que o introduzira ele retirou e alojou o próprio membro, dando-me uma forte estocada. A dor invadiu em cheio a minha alma e dilacerou a essência de mulher.

Os meus pensamentos estavam ligados a Ângelo... Pensava na morte terrível que tivera... De alguma forma por minha causa.

Sem o mínimo de decência e repleto de egoísmo ele apertava com vontade os meus seios como se desejasse arrancá-los e arremetia com firmeza de encontro ao meu cu.

A tortura dilacerante me deixava tonta...

A cabeça girava... As lembranças se concentravam nas cenas como se fora um filme em que a vida de Ângelo era ceifada.

Em nome de quê ou de quem? Ou para quê?

Com um urro alto e agudo o meu algoz gozou... O que me fez escapar um pouco das recordações que acabara de acontecer. A sua satisfação era nítida... Podia ver e sentir o regozijo entranhado em seu ego.

Então, liberando o meu cu e, o membro ainda semiereto, a porra escorria entre as minhas pernas e, sem nada dizer saiu apagando as luzes, deixando-me na penumbra total com o corpo dolorido e aprisionado a aquela cadeira.

O pavor e o tormento cresciam de maneira descontrolados dentro de mim. Já que não sabia as horas... Se já era noite ou se era dia.

A fome e a sede me faziam entrar em desespero... Até que sem forças desfaleci...

Sozinha sonhava que, estava deitada em uma grama lindamente verde e olhando para o azul do céu. A escuridão do lugar não mais existia.

- Cuidado! A pressão dela está abaixando! Nove por cinco... - Dizia uma pessoa ao longe.

Não sei quem eram, mas haviam mais pessoas e as vozes ecoavam cada vez mais distante.

- Minha nossa! Quatro por um... Injeção de adrenalina! - Dizia outro alguém.

As vozes foram se distanciando...

- Deus queira que ela resista! - Comentou alguém.

- Só um milagre! - Suplicou o outro.

Até que fechei os meus olhos.

- Não podemos fazer mais nada! - Disse outra pessoa quase num sussurro.
Não sei por quanto tempo estive naquele lugar, onde tudo acontecera culminando na morte de Ângelo e em meus estupros e tortura.

***

Quando finalmente acordei, o ambiente negro havia dado lugar a uma nova ambiência com espaços amplos e arejados. E, ao invés do negrume era o branco que prevalecia.

Uma mulher de branco se encontrava ao meu lado.

- Quem bom querida que acordou! - Exclamou ela.

Assustei-me... Como poderia ser?

- O que aconteceu? - Indaguei.

-Então, não se lembra? Mas isso é normal devido ao choque que sofrera! - Explicou ela.

- O quê? Onde está Ângelo? - Tornei a perguntar confusa.

- Tenha calma! Você não pode se agitar! - Pediu ela.

- Como vim parar aqui? - Perguntei.

- Um empresário encontrou-a desacordada em um terreno baldio. Ele havia ido lá, para fazer o reconhecimento do local para um possível empreendimento seu. Ao constatar que ainda respirava, acionou a polícia e a ambulância. - Continuou ela.

- Quem é este homem? - Quis saber.

- Não se preocupe! Assim que souber que acordou e que, está bem melhor virá te visitar! - Complementou - Mas você lembra-se quem é? - Continuou a
mulher.

- Sim! Catarina Novaes. - Respondi sem muita convicção na voz, pois lembrava que o tal homem me chamava de Thiza!

- Desculpe-me a minha inconveniência... Posso explicar. Devido a violência que sofreu, você chegou aqui sem um de seus documentos de identificação. Mas procure descansar. Depois veremos como identificá-la para acionar alguém da sua família! - Explicou a enfermeira.

- Não terão este trabalho. Não tenho ninguém aqui nesta cidade. - Complementei.

As lembranças de tudo o que vivera, retornavam à minha mente feito uma enxurrada de coisas ruins.

- Não se preocupe com isso agora! Só procure descansar! - Disse ela de repente, como se lesse os meus pensamentos.

Logo outra enfermeira viera para substituí-la. Ou seja, não me deixavam sozinha. Parecia que estava sendo monitorada.

Até que no fim da noite, o meu bem feitor, aquele que me salvara, entrou pela porta do quarto sem ser anunciado.

- Está gostando do tratamento vip? - Perguntou ele ao me perceber assustada.

- Você é um louco! - Foi o que consegui lhe dizer.

- Demorei tanto à encontrá-la. E quando acontece me dá um susto desses... Se não fosse por mim, teria tido o mesmo destino que o seu amado. - Ele continuava a falar.

Mas não o olhava...

- Depois do que fizera... Era melhor ter me deixado morrer também! - Expliquei.

- Não! Não poderia... Como disse-lhe você me pertence! - Exclamou ele mais uma vez.

- Não posso compactuar com isto! Ângelo e eu tínhamos planos. Você é um criminoso... O seu lugar é atrás das grades! - Esbravejei.

- Santa ingenuidade... Eu tenho muito dinheiro, influência e poder sobre qualquer coisa. Bom... A deixarei em paz por um bom tempo para que se recupere.

Neste instante, senti um breve alívio que não durou muito tempo...

- Deixarei um motorista à sua disposição. Quando for receber alta, serei avisado... E, depois nos reencontraremos. - Explicou ele seguro de si.

- Preciso que me deixe em paz. Já não basta o que arrancou de mim? - Explodi.

- Não adianta fugir. Aliás, jogo se o fizer. Só tornará o mais interessante. Ou seja, você não tem nenhuma escolha a não ser concordar com as
regras. - Falou ele mais uma vez.

- Seu louco! - Gritei.

- Não se esqueça! Está em um hospital... Apesar de que não aprecio nenhum pouco este estilo. Não pode perturbar os demais pacientes. Fico
contente que esteja bem... Preciso de você viva. Logo mais nos veremos! - Disse ele usando de seu sarcasmo e deixando o quarto.

Pouco mais de uma semana, recebi alta e, o carro com o motorista estava a minha espera. Os hematomas haviam ficado mais claros, já quase despercebidos.

Não sei o que fizeram para justificar a minha ausência no trabalho. E, preferi deixar esta questão para mais tarde.

Só sei que a casa, tudo estava da mesma forma que deixara no dia em que a minha vida mudou... E Ângelo... Uma lágrima percorreu o meu rosto.

A sua ausência me deixava desconfortável... O que havia feito a ele?

Qual a razão para aquele crime tão brutal? A forma com que a sua vida fora arrancada.

E quem seria aquele homem que julgava ser o dono não só de meu corpo como também de minha alma.

Será que estava ficando louca?

Não!

Tudo fora tão real:

A tortura de Ângelo...

Esta tão real em meus sentidos!

A minha própria...

Com requintes de sadomasoquismo...

Que também quase custou a minha vida.

Por que disso tudo?

Isso é...

Se haveria algum por quê!