Submissa às tuas vontades,
Rendo-me –
Devota –
Ajoelhada.
Causando-me alardes –
Volúpia transcendental.
A pele branca –
Nua –
Interdimensional.
Respiração ofegante –
A fenda gotejando...
Orifícios rosado.
Palmadas –
Marcando a derme.
Lapadas –
Chicotadas –
Desenhando mapas.
Caminhos –
Levam ao prazer.
Criando veios,
Manchando o êxtase –
De carmim.
No olfato:
O aroma do fel,
Na visão:
O puro mel,
Em filetes de rios.
Slaaaaaappppp...
O som dos açoites,
Intensificando a libido.
Marcando a memória,
Infinitamente transitória.
Cada reação,
Também as provocações.
Usufruindo de apetrechos –
De ferramentas.
Prazeroso desfecho,
Na sintonia –
De nossa poesia.
Desferindo castigos,
Instigando os gemidos.
Em suas rimas –
As palavras desconexas.
Intensificando a dor,
Ao limite –
Lateja na carne,
Dilacera a alma,
Rasga em pequenos pedaços,
Ao mesmo tempo,
Mostro-me forte.
Aprimorando as intenções –
De voluptuosidade.
O sadomasoquismo –
Ao pleno poder dado.
Em total realismo,
Na completa rendição.
Essa é a excitação,
Ao prover o êxtase.
Na reciprocidade –
Nada velada.
A válvula de escape,
Nos lampejos pervertidos.
Culminando em uma bela pintura,
Fugindo de uma realidade –
Que afugenta a infinitude.
De uma hipocrisia escancarada,
A miscelânea de sensações –
Na submissão –
A total fuga –
Para alguns a heresia.
Repleta de hematomas,
Na expansão –
Complexa devassidão,
Doando-me em servidão!
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